“O resultado final do pregão para a compra de 150 mil laptops de baixo custo para estudantes de escolas públicas deve sair na semana que vem. O processo, iniciado pelo governo federal em dezembro, foi paralisado porque o preço foi considerado alto.
A melhor oferta foi da Positivo Informática, com o Classmate, desenvolvido pela Intel. O lance da empresa foi de R$ 98,18 milhões, o que representa R$ 654 (US$ 360) por máquina. O governo negocia agora condições melhores com a Positivo. Se não for alcançado o valor esperado pelo governo, há a possibilidade de um novo pregão.
O Uruguai pagou US$ 199 pelo XO, criado pela organização não-governamental One Laptop Per Child (OLPC), do professor Nicholas Negroponte. No Brasil, a oferta da OLPC foi de US$ 386 por máquina. A Positivo participou da concorrência uruguaia, e seu preço ficou em US$ 245. Ou seja, 32% menor do que aqui.
De acordo com Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, as diferenças nas condições dos editais explicam a distância entre os preços. O Uruguai pediu 90 dias de garantia, a entrega foi centralizada num depósito, o pagamento era antecipado e houve isenção de todos os tributos.
Aqui, a garantia é de três anos e no local: se algum quebrar, o fornecedor terá de atender ao estudante em uma das 300 escolas que participam do projeto em todo o país. O fornecedor é responsável pela entrega, instalação e testes em todos os estabelecimentos de ensino, o que inclui a configuração de um servidor fornecido pelo governo local.
Além disso, o preço inclui impostos (o governo prometeu isenção, que ainda não está em vigor) e a fabricação local é mais cara. Os laptops comprados pelo Uruguai são importados de Taiwan. (...)”