Confesso que hoje mais cedo alguém comentou comigo esta mesma notícia, e eu assegurei a ele que certamente era boato ou brincadeira de alguém. Mas agora que o White enviou o link e os comentários, percebi que realmente foi divulgado como eu havia ouvido. Quem sabe amanhã eles não publicam um desmentido ou uma declaração esclarecendo que a coisa não foi bem assim?
Aos curiosos, adianto que meu convite da semana passada que chamou usuários satisfeitos do Linux no Computador para Todos para que se apresentassem surtiu efeito: ao final dos 8 dias e após 3 notícias e 1 e-mail para os assinantes da newsletter, surgiram 4 usuários satisfeitos, o que prova de forma irrefutável que eles existem, para tapar a boca de muitos críticos do programa, que diziam não haver nenhum. Mas, verdade seja dita, nenhum dos 4 manteve instalada a distribuição que veio com o programa, porque preferiram usar outras que de fato faziam o que eles precisavam. Em breve publicarei um relatório mais completo.
“O Convergência Digital traz uma notícia fora do comum até mesmo para os seus padrões, usualmente já excepcionais. Segundo ele, "O governo está preparando uma pesquisa para contradizer os dados apresentados pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), registrando a alta substituição do Linux por cópias piratas do Windows."
O site cita como fonte um assessor da Presidência da República, que mesmo antes de ter passado da fase de preparação da tal pesquisa, já afirma que "os novos dados mostrarão que os compradores de equipamentos enquadrados no programa PC Conectados mantêm em uso o sistema operacional livre."
Além da clarividência sobre resultados de pesquisas futuras, o assessor demonstra não estar atualizado nem mesmo sobre o nome do programa governamental a que se refere, que já mudou para Computador para Todos há cerca de um ano.
Eu sou mais um que torce para haver resposta e conseqüência sobre a pesquisa da ABES, mas não desse jeito...”
Enviado por White Plate -
referência.
Obviamente, a ABES fez uma pesquisa para atender os seus interesses, que não são, necessariamente, os nossos ou o do governo (talvez alguns dados tenham sido, inclusive, omitidos na pesquisa da ABES). Por outro lado, o governo tem a obrigação de avaliar suas iniciativas, a fim de realizar correções na condução das políticas públicas. Parece que esta avaliação só surge devido à pesquisa da ABES, o que é uma pena.
Resta-nos o consolo de saber que, provavelmente, a pesquisa a ser realizada pelo governo mostrará outros resultados que deverão justificar a manutençao do programa e a utilização de Linux, bem como indicar mudanças a implementar. Pessoalmente, acredito que devam ser mudadas a configuração mínima do hardware, o critério para escolha das distribuições e, como sugestão adicional, o usuário deveria receber a inscrição gratuita em algum curso básico de informática (para que ele tenha a chance de aprender que Linux é "legal" e não é difícil). Creio que um curso de 8h seriam suficientes (os fabricantes fariam um convênio com os cursos já existentes nas cidades onde o computador fosse vendido, fornecendo o material didático - uma apostila).