Formato OpenDocument aprovado pela ISO/IEC
O padrão OpenDocument, conhecido dos usuários de OpenOffice.org e outras suítes livres como o formato de arquivos que vem sendo adotado em versões recentes, foi aprovado (sem votos contrários, mas com algumas abstenções) pela ISO/IEC no início desta semana. A partir de agora, o ODF pode ser chamado oficialmente de padrão ISO/IEC 26300. O Groklaw tem mais detalhes.
(postado por Augusto Campos)
Comentários dos leitores
Comentário de Dodo
03/05/06 22:55
É o mesmo sim...: A ISO (www.iso.org) é a Instituição Internacional p/ Padronização, a qual define inúmeras "normas", dentre elas a de Sistemas de Qualidade (a famosa série ISO 9000) até a ISO 14000, de Gerenciamento Ambiental, as quais são as mais conhecidas por serem auditáveis - e, portanto, certificáveis. Mas tem inúmeras outras, como as bem conhecidas dos Linuxers que é a ISO 9660 (define o volume e a estrutura dos arquivos em CD-ROM) e as referentes ao conjunto de caracteres (ex.: ISO 8859-1 p/ o alfabeto Latino-1), que são normas não necessariamente auditáveis ou certificáveis, mas sim de definição, padronização e sistematização.
Comentário de Daniel Dantas
04/05/06 8:12
uhuuuuuuu
: uhuuuuuuu
Beleza. Existe uma luz no final do túnel e não é a M$ vindo na contramão.
É o começo do fim da hegemonia do MS Office.
Beleza. Existe uma luz no final do túnel e não é a M$ vindo na contramão.
É o começo do fim da hegemonia do MS Office.
Comentário de nemesis
04/05/06 9:52 - usuário registrado #1514
não se canta vitória antes do fim: a M$ não chegou aonde estar sendo boba. Claramente ela vai dar suporte ao formato para não entrar no mesmo tititi que teve com o estado de Massachussetts, ainda que através de addons de terceirizadas.
Mas, claramente tmb, documentos serão salvos no formato .doc padrão e usuários domésticos dificilmente mudarão essa configuração ou mesmo tomarão conhecimento do outro formato, da mesma forma que ignoram por completo RTF...
o que vai matar o Office é isso + suítes web + Linux no desktop + OpenOffice + todo o rancor que muitos nutrem pela M$...
*edit*
foi só falar:
http://linux.slashdot.org/article.pl?sid=06/05/04/1246256&from=rss
;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")
Mas, claramente tmb, documentos serão salvos no formato .doc padrão e usuários domésticos dificilmente mudarão essa configuração ou mesmo tomarão conhecimento do outro formato, da mesma forma que ignoram por completo RTF...
o que vai matar o Office é isso + suítes web + Linux no desktop + OpenOffice + todo o rancor que muitos nutrem pela M$...
*edit*
foi só falar:
http://linux.slashdot.org/article.pl?sid=06/05/04/1246256&from=rss
;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")
Comentário de vmedina
04/05/06 10:14 - usuário registrado #257
Para a galera do serviço público...: Alegrem-se e sejam felizes. Quando quiserem pedir o BROffice(aqui no Brasil) é só descrever o seguinte
Eu não sou especialista em licitações, mas acho que isso até cola! :)
Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Aplicativo de aautomatização de escritórios, compatível com os formato Microsoft Word, Excel e Powerpoint, com suporte ao padrão ISO/IEC 26300
Eu não sou especialista em licitações, mas acho que isso até cola! :)
Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de João Avelino
04/05/06 11:07
Um chance ao menos...: Em um pais onde os políticos se mantém no poder graças a um eleitorado de imensa maioria ignorante (analfabetos, semi-analfabetos e alfabatizados que não lêem), seria de admirar que o governo inevstisse de verdade em um projeto educacional que tivesse apoio internacional (traduza-se: gente de fora incentivando e ajudando a dar certo).
Já laboratórios de informática são bem visíveis, tornam-se uma ótima ferramenta de marketing eleitoral.
Em relação ao Laptop, realmente não tenho muita esperança que se fosse usado se tornaria o que prometem.
Mas, olhando pela pior situação possível: pelo menos daria uma chance a crianças carentes de ter um acesso (pequeno, e desatualizado, é verdade) a tecnologia.
Pelo menos, teriam uma chance de aprender por conta própria.
Que de cada 10000 crianças que recebem 1000 aproveitassem, já seria um ganho gigantesco. Pois esses, no futuro seriam a alavanca para o crescimento dos outros 9000.
Já laboratórios de informática são bem visíveis, tornam-se uma ótima ferramenta de marketing eleitoral.
Em relação ao Laptop, realmente não tenho muita esperança que se fosse usado se tornaria o que prometem.
Mas, olhando pela pior situação possível: pelo menos daria uma chance a crianças carentes de ter um acesso (pequeno, e desatualizado, é verdade) a tecnologia.
Pelo menos, teriam uma chance de aprender por conta própria.
Que de cada 10000 crianças que recebem 1000 aproveitassem, já seria um ganho gigantesco. Pois esses, no futuro seriam a alavanca para o crescimento dos outros 9000.
Comentário de João Avelino
04/05/06 11:09
Lugar errado: Um chance ao menos...: Ops... Coloquei o comentário no assunto errado. Desculpem.
Comentário de Heilel
04/05/06 20:36
Você está confundindo: Você está confundindo coisas.
ISO 9000 é uma série que visa a qualidade em processos. A ISO -- International Standards Organization -- é uma organização, como diz o nome, voltada à padronização e normatização de diversos processos. Qualidade é apenas um deles. Há outros como ISO 14000, por exemplo, ligado à área ambienteal.
Imagine que esse padrão ISO/IEC 26300 é como uma norma da ABNT. Você não tem uma certificação, mas só pode se dizer compatível com esse padrão / norma se você segui-lo.
Um padrão é diferente de uma norma pois um padrão não é mandatório, ou seja, não precisa ser adotado obrigatoriamente. Uma norma, por outro lado, pode ser aplicável sob força de lei (caso de muitas normas da ABNT, principalmente para engenharia e segurança), sob demanda de alguma instituição (como as normas para escrita de textos, também da ABNT, que todo estudante universitário já viu um dia) ou sob demanda popular ou de clientes.
Um padrão é seguido por motivos de compatibilidade e interoperabilidade. Há padrões para tamanhos de parafusos, porcas, espelhos de tomadas e interruptores de luz, diâmetro de tubulações, cores de cabos e fios, tensões em tomadas, etc.
O que foi feito é tornar o padrão de documento OpenDocument Format -- ODF -- um padrão ISO/IEC. Com isso conta-se com um novo padrão (afinal, ele já existia antes, mas não tinha o peso de uma organização do porte da ISO ou IEC por trás dele, então era um padrão "fraco") que pode ser citado de forma mais clara e com um embasamento técnico maior.
Com isso, também, cria-se um processo mais burocrático para alterações neste padrão -- principalmente para preservar investimentos de adequação e uso, além da "durabilidade" de produtos que usem-no --, que precisa ser votado, etc. e recebe então um novo número ou uma nova revisão (depende do processo, da organização / associação / instituição que publica o padrão). A ISO, por exemplo, mantém a numeração e faz alterações na data de publicação. Não há mais de uma versão por ano e geralmente alterações em padrões ocorrem depois de vários anos de uso, discussão, etc. Veja a própria ISO 9001 que você cita, onde provavelmente está pensando na ISO 9001/2000. A versão anterior era a ISO 9001/1994. A numeração se manteve e a mudança no ano de publicação qualifica a nova edição.
Espero ter ajudado a esclarecer um pouco mais.
ISO 9000 é uma série que visa a qualidade em processos. A ISO -- International Standards Organization -- é uma organização, como diz o nome, voltada à padronização e normatização de diversos processos. Qualidade é apenas um deles. Há outros como ISO 14000, por exemplo, ligado à área ambienteal.
Imagine que esse padrão ISO/IEC 26300 é como uma norma da ABNT. Você não tem uma certificação, mas só pode se dizer compatível com esse padrão / norma se você segui-lo.
Um padrão é diferente de uma norma pois um padrão não é mandatório, ou seja, não precisa ser adotado obrigatoriamente. Uma norma, por outro lado, pode ser aplicável sob força de lei (caso de muitas normas da ABNT, principalmente para engenharia e segurança), sob demanda de alguma instituição (como as normas para escrita de textos, também da ABNT, que todo estudante universitário já viu um dia) ou sob demanda popular ou de clientes.
Um padrão é seguido por motivos de compatibilidade e interoperabilidade. Há padrões para tamanhos de parafusos, porcas, espelhos de tomadas e interruptores de luz, diâmetro de tubulações, cores de cabos e fios, tensões em tomadas, etc.
O que foi feito é tornar o padrão de documento OpenDocument Format -- ODF -- um padrão ISO/IEC. Com isso conta-se com um novo padrão (afinal, ele já existia antes, mas não tinha o peso de uma organização do porte da ISO ou IEC por trás dele, então era um padrão "fraco") que pode ser citado de forma mais clara e com um embasamento técnico maior.
Com isso, também, cria-se um processo mais burocrático para alterações neste padrão -- principalmente para preservar investimentos de adequação e uso, além da "durabilidade" de produtos que usem-no --, que precisa ser votado, etc. e recebe então um novo número ou uma nova revisão (depende do processo, da organização / associação / instituição que publica o padrão). A ISO, por exemplo, mantém a numeração e faz alterações na data de publicação. Não há mais de uma versão por ano e geralmente alterações em padrões ocorrem depois de vários anos de uso, discussão, etc. Veja a própria ISO 9001 que você cita, onde provavelmente está pensando na ISO 9001/2000. A versão anterior era a ISO 9001/1994. A numeração se manteve e a mudança no ano de publicação qualifica a nova edição.
Espero ter ajudado a esclarecer um pouco mais.
Como vai funcionar?