“Neste artigo discorro brevemente sobre o Epiphany-WebKit. Uma vertente do Epiphany usando agora o WebKit como seu renderizador. Este pode se tornar o padrão para o Epiphany, o tornando compatível com o Safari e Konqueror.”
Enviado por Carlos Júnior (carlosΘmilk-it·net) - referência (tas.milk-it.net)..
Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Webkit como engine padrão do Epiphany? Dificil...: O fato do Epiphany estar se tornando mais independente de engine é otimo, mas lendo a lista do Epiphany você descobre que dificilmente o Webkit será o "padrão", e esse port é extremamente experimental.
--
Eduardo de Oliveira Padoan
Não vejo a coisa tanto por: Não vejo a coisa tanto por esse lado, pelo contrário. A comunidade vem trabalhando cada dia mais para trazer o WebKit como motor padrão nos desktops linux. Razão: o WebKit nasceu como um fork do KHTML, por sua vez nascido dentro do mundo open source.
Prova disso é que os desenvolvedores do KHTML estão agora migrando para o WebKit, e o fork está sendo agora, depois de todos esses anos, revertido. Como consequência direta disso, já foi anunciado que o Qt 4.4 suportará inteiramente o WebKit, assim como o Konqueror abandonará o KHTML para adotá-lo.
O fato é que a maioria dos usuários de linux usam Gecko por falta de opções. Quem já usou o Konqueror com aplicativos AJAX sabe o que estou dizendo. Além do mais, o Gecko é na verdade o resultado de sucessivos hacks e adaptações feitos em cima do código do Netscape, e pode, com o uso, resultar em lentidão e uso excessivo da memória RAM.
Por fim, vale ressaltar que o WebKit (assim como outras derivações do KHTML) é talvez o motor mais compatível com WebStandards. Experimente acessar o teste ACID2 (http://www.webstandards.org/action/acid2) com seu navegador atual e verá o que quero dizer.
Desta forma, não vejo razão para não adotarem o WebKit no futuro, quando sua adaptação ao Qt e ao GTK forem concluídas. É obvio que isso não seria feito agora, até porque o Epiphany-webkit é ainda quase inutilizável (como no meu último teste, em novembro). Mas, num futuro próximo, creio que a adoção como motor principal é mais que necessária, para não dizer inevitável.
Konqueror e Webkit: Até onde eu sei, o Konqueror não vai usar Webkit tão cedo. Eu já li diversas vezes que os desenvolvedores pretendem sim usar código do Webkit no KHTML, mas não substituir um pelo outro. Motivos para isso seriam que o KHTML está inserido demais na estrutura do KDE e simplesmente jogar o Webkit lá dentro não vai dar certo. Seria muito trabalhoso mudar o suporte de trocentos aplicativos do KDE de KHTML para Webkit. Outro motivo são os desentendimentos entre desenvolvedores do time do KDE com a Apple, pois essa estaria colocando dificuldades no recebimento de patchs do pessoal do KHTML para inclusão no Webkit (necessários para adequar o Webkit ao KDE).
Isso foi o que eu li. Você poderia citar uma fonte que diz que eles já decidiram fazer a mudança?
"... e não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez."
Com relação aos patches,: Com relação aos patches, é um problema histórico. Foi basicamente a má política de patches que a Apple tinha na época do fork que fez com que o desenvolvimento do KHTML e do WebKit caminhassem para lados distintos. Isso sem contar, claro, com o estilo diferente que a Apple tinha como forma de administrar o código, totalmente alheio ao usado pelos desenvolvedores do KHTML.
A idéia hoje, até onde sei, é que o WebKit irá assimilar todos os recursos do KHTML que ainda não estejam disponíveis em sua estrutura, a exemplo do suporte para CSS 3. Igualmente, além do suporte completo que o Qt 4.4 oferecerá para o WebKit, há uma grande tendência para que o Konqueror passe a usar o WebKit ao menos nominalmente para transpor as dificuldades práticas que o desconhecimento do KHTML causa. Exemplo desto é a dificuldade que muitos aplicativos AJAX, como o Gmail, tem para funcionarem corretamente no Konqueror, em virtude do não reconhecimento do KHTML como motor compatível. Os códigos que resultarem disso, claro, serão distintos - característica presente, aliás, na maioria dos ports para diferentes sistemas operacionais e toolkits -, mas o importante é que serão desenvolvidos em conjunto, como muitos desenvolvedores do KHTML já estão fazendo no SVN do WebKit.
Como fonte, poderia citar duas.
Uma da Ars Technica, comentando sobre as discussões acerca do futuro do KHTML no Akademy 2007:
http://arstechnica.com/journals/linux.ars/2007/07/23/the-unforking-of-kdes-khtml-and-webkit
A outra é a captura de tela desta postagem:
http://blog.gwright.org.uk/articles/2007/11/23/webkit-kde
--
Eduardo de Oliveira Padoan