“Apesar de pegar uma pequena pergunta para dar um contexto inteiro a uma entrevista, o IDG Now publicou uma entrevista do Linus concedida a Computerworld onde ele fala sobre o surgimento do Linux, os primeiros passos do sistema, preocupações com propriedade intelectual, uso do Linux pelo governo brasileiro e outros pontos interessantes de sua vida e do sistema operacional que criou. Realmente vale a pena a leitura.”
Enviado por Antonio Rogerio Lins de A. Pessoa (antoniopessoaΘcreape·org·br) -
referência (idgnow.uol.com.br).
A entrevista é interessante e tem temas variados. Extraí uma das perguntas, reproduzida abaixo:
CW - Muitos programadores fizeram milhões com as novas tecnologias, mas você preferiu permanecer desenvolvendo o Linux. Não acha que perdeu a chance de uma vida ao não criar um sistema proprietário?
Torvalds Não, de verdade. Em primeiro lugar, eu vivo muito bem. Tenho uma casa de um bom tamanho e com um belo jardim, onde de vez em quando cervos surgem para comer as rosas (minha mulher prefere as rosas, eu prefiro os cervos, mas no fundo nós não ligamos pra isso). Tenho três filhos e sei que posso bancar a educação deles. Do quê mais eu preciso?
O ponto é o seguinte: um bom programador ganha bem. Um sujeito conhecido mundialmente ganha ainda melhor. Eu simplesmente não preciso criar empresa nenhuma. Além de esta ser a coisa menos interessante que eu possa imaginar para fazer. Eu ODEIO papelada. Jamais poderia tomar conta de empregados mesmo que tentasse. Uma companhia que eu criasse jamais teria sucesso eu simplesmente não estou interessado! Então, ao invés disso, eu tenho uma boa vida, faço algo que realmente me interessa e que ao mesmo tempo faz a diferença para as pessoas, não só pra mim. E isso me faz bem.
Portanto, acho que teria perdido a chance de uma vida se NÃO tivesse tornado o Linux largamente disponível. Se tivesse tentado torná-lo comercial, ele jamais teria se saído tão bem, nunca teria sido tão relevante, e provavelmente eu estaria estressado. Estou muito feliz com as minhas opções de vida. Eu faço o que me importa e sinto que estou fazendo a diferença.
Mas o q eu gosto mesmo é de programar, resolver problemas.
Esse papo de assumir a fama pelo trabalho dos outros não é comigo (isso é uma pedrada para analista q diz q qdo o sistema fica bom é mérito deles, quando sái errado, é culpa do programador)...
Não dá para ser programador e feliz ao mesmo tempo ???