“Por favor, não chame o GNU de Linux, pede o americano Richard Stallman, fundador da Free Software Foundation, que alerta para a iminente guerra jurídica contra a Microsoft e pergunta ao leitor: "De que lado você está?" -- Esta é a chamada para a entrevista de RMS publicada no Brasil pelo site da ComputerWorld.
Na entrevista, o fundador do GNU trata de patentes, marcas e copyrights (que o entrevistador chamou de propriedade intelectual), a importância comparada de desenvolvedores e usuários, DRM, código aberto, o nome dado aos sistemas operacionais que usam o kernel Linux, seu respeito pelo direito de Linus Torvalds expressar suas opiniões sobre licenças de software, patentes de software e suas conseqüências, software livre no governo brasileiro e até sobre o uso de máquinas para votar. Trecho:
COMPUTERWORLD O que é mais importante para você, a grande base de desenvolvedores do GNU ou a sua enorme base de usuários?
STALLMAN Eu aprecio a ambas, mas nenhuma delas é o que mais importa. Nós não desenvolvemos o GNU apenas para obter um triunfo técnico ou só pelo sucesso. Nosso objetivo era ganhar liberdade, para nós próprios e para você.
O que é importante sobre o GNU é que ele fornece um meio para usar computadores com liberdade. Mas esta conquista é precária. Existem centenas de distribuições GNU/Linux, e quase todas elas incluem algum software não-livre. Em 1992, o GNU/Linux tornou possível pela primeira vez usar um PC e manter-se livre. Em 2000, ironicamente, cada versão do GNU/Linux incluía software não-livre e assim convidava os usuários a render suas liberdades ao instalá-los. Hoje, fico feliz em dizer, as distribuições Ututo e o gNewSense são 100% software livre. Com eles você não pode errar, a menos que saia por aí atrás de programas não-livres.
Se você tem interesse pelas opiniões do fundador da FSF, não pode deixar de ler!”
"Não dê pérolas aos porcos, pois eles se voltarão contra ti e te devorarão".
O Stallman simplesmente ainda não entendeu essa frase...