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Editorial: Revista Veja, articuladores, relógios-cuco e o novo namorado de Stellman

Continuando a proposta de publicar um editorial às sextas-feiras sobre os temas que marcaram a semana, aqui estamos nós com mais um texto escrito em primeira pessoa ;-)

Entre os temas da semana estão o encerramento do debate sobre a ausência de atenção dedicada pela comunidade à palestra de Richard Stallman sobre a GPLv3 no FISL, os possíveis perigos da partidarização do movimento de software livre, a LinuxWorld Brasil, e o assunto da semana: a matéria da Veja e a constatação de que não há entidades ou indivíduos se dedicando à articulação política do software livre no Brasil - ou eles estavam em férias durante esta semana ;-)



A saga da ausência de notícias sobre a palestra de RMS a respeito da GPLv3



Houve ausência mesmo?

Nos dias que se sucederam ao FISL, um pequeno (mas ruidoso) número de leitores gastou bastante energia criticando o conjunto da comunidade, que debatia (inclusive em nível internacional) outros assuntos que atraíam o interesse geral mas não escrevia nada sobre o assunto específico que essa minoria acreditava ser o mais necessário e digno de debate: a palestra de Richard Stallman na conferência internacional sobre a GPLv3, realizada durante o FISL.

Hoje faz precisamente um mês desde que o fisl7.0 iniciou, e após ler a transcrição da palestra de RMS publicada pela FSFE, eu acabei formando minha opinião sobre o assunto: acredito que não houve mais transcrições nem debates, e que elas não surgiram mais cedo, porque a comunidade tem se mantido bem informada sobre o assunto, e a palestra no estilo "apanhado geral" de Richard Stallman esteve muito mais no campo da reafirmação do que no da novidade - algo muito apropriado para a situação, mas que naturalmente gera muito menos cobertura e repercussão do que se ele tivesse feito um anúncio de uma novidade no processo, ou mesmo se tivesse praticado mais um de seus comportamentos tão peculiares a seu estilo pessoal. Afinal, as questões sobre GPLv3 em relação a DRM, Linux e patentes já vinham sendo discutidas há várias semanas.

Quando publiquei o relato da palestra enviado pelo leitor Carlos Estêvão, acabei descobrindo que houve sim pelo menos um anúncio de novidade, durante a sessão de perguntas e respostas após a palestra, quando Stallman revelou ter recebido a inspiração sobre uma forma de traduzir a GPL para outros idiomas sem ter de confiar na tradução de outras pessoas da organização nem se expor às perspectivas de desastre que ele via antes. Achei muito positivo! Mas nem isso, nem a manifestação fora do comum de Michael Tiemann (presidente da OSI) durante a mesma sessão chegou a provocar o grande debate que eu achava que ocorreria - nem mesmo a minoria que clamava por essa cobertura teve muito a debater - o que aparentemente mostra que os entendimentos sobre o assunto estão consolidados.



Isso também explica a escassez de noticias sobre o assunto em nosso idioma em outros sites - passado um mês da abertura do FISL, acho que já teria dado tempo. Mas na minha opinião isso está certo: sendo uma discussão internacional, é positivo que ela ocorra de maneira centralizada, sem fragmentação por idiomas. E fico feliz por ter feito minha parte para contribuir com a divulgação em português, apesar da alta-freqüência dos relógios-cuco.

O caso Veja: Cadê a articulação política da comunidade livre brasileira?



Ao longo da semana a comunidade lidou com aquele que talvez tenha sido o pior ataque operado por intermédio da mídia contra o software livre no Brasil - e o software livre nem era o alvo, era apenas o instrumento. Falo, naturalmente, da infame matéria da Veja intitulada 'Opção de Lula pelo software livre atrasa o país', que criticou duramente a forma como o governo federal selecionou suas prioridades na área de TI mantendo o foco no software livre, o que teria impedido a atribuição de recursos suficientes às áreas que já iam bem, e não teria alcançado resultado positivo suficiente para justificar isso, nas áreas que escolheu tratar com maior atenção.

Tomei conhecimento do ataque (dirigido contra o governo, mas ainda assim ferindo o software livre) na sexta-feira, ajudei a divulgar a questão no sábado, e já no domingo estranhei a ausência de manifestações visíveis de articuladores políticos da comunidade. escrevi:


nossa comunidade é provida de grande número de articuladores políticos com laços estreitos com o governo, e que certamente eles estariam preparando uma resposta à altura. Como a Veja circula desde sexta-feira e seu ciclo de repercussão tem pico no final de semana, e como esta resposta ainda não foi divulgada, tenho certeza de que quando vier, será fortíssima, certeira e objetiva, demonstrando mais uma vez o verdadeiro valor dos indivíduos e organizações que assumem para si os papéis de articulação política.


O que vou dizer aqui não é uma acusação ou crítica a ninguém em particular, mas sim uma constatação: embora eu tenha ouvido muitas vezes no passado pessoas se posicionando como articuladores políticos da comunidade, aparentemente elas mudaram de ramo, ou estão articulando de forma tão subterrânea que mal se percebe. Ou estavam indisponíveis justamente neste momento de crise.

Não quero este papel para mim, portanto não critico outras pessoas por não exercê-lo. Nem tenho certeza de que a existência deste papel seja necessária. Mas se alguém o assume e divulga, deveria exercê-lo nos momentos de crise também, e não apenas em frente aos flashes. Fica o alerta a todos: se esperam representatividade e defesa dos interesses coletivos, talvez seja interessante procurar criar algum tipo de mecanismo comunitário que seja atuante (e vá além de discussões internas e pregação aos convertidos) em momentos de crise. Contem comigo para ajudar a divulgar.

E fica a constatação: ao longo desta semana, apesar da visibilidade da iniciativa do BR-Linux e de ter conseguido contato diretamente com quem poderia responder às questões da comunidade, não fui procurado por nenhum movimento, projeto, articulador ou liderança propondo ações em conjunto, oferecendo algum contato extra ou de outra forma exercendo a definição do papel de articulação...

Respostas à Veja



Para complementar: ontem saiu a primeira nota de resposta das autoridades do governo federal mencionadas pela matéria da Veja. Assinada pelos responsáveis pelo ITI, pela SLTI e pelo Serpro, a nota se distinguiu pela sobriedade e pela defesa da política de software e das ações do próprio governo, e sem se ocupar de forma tão direta pela defesa do software livre. A nota foi apropriada e correta para a finalidade a que se destina, e tem uma característica especialmente digna de menção: não pecou pelo golpe baixo de misturar ataques ad hominem contra a revista e o jornalista no meio da argumentação - ou seja, concentrou-se em responder à Veja, e não em jogar para a torcida. Ainda assim, a nota não responde nem mesmo à metade das afirmações sobre o software livre (e seu emprego pelo governo brasileiro) que a Veja fez e eu gostaria de poder rebater com dados e informações concretas.

Estes dados e informações concretos foram solicitados no domingo à SLTI, cujo responsável foi a única autoridade federal mencionada na reportagem. Na segunda-feira recebi um telefonema da Secretaria confirmando a intenção de responder às 10 perguntas do BR-Linux, e esta intenção foi reafirmada por e-mail na quarta-feira. Não há nenhuma razão para acreditar que a intenção inicial não será cumprida, portanto vamos continuar aguardando: a transparência do governo federal nos permitirá montar uma resposta à altura.

Em paralelo, já na quarta-feira percebi que a chance de obter os dados antes do fechamento da próxima edição da Veja ia se reduzindo cada vez mais. Resolvi então dar um passo além, e propus uma campanha para que os usuários enviassem respostas claras e educadas à redação da Veja esclarecendo alguns pontos em defesa do software livre. Pedi ainda que a comunidade ajudasse a espalhar a mensagem, e o resultado demonstra que a defesa de interesses em comum pode unir nossa comunidade de forma independente de movimentos políticos: nas últimas 72 horas foram vários milhares de acessos à página com a mensagem e as instruções sobre como enviá-la à Veja. E a análise do log mostra que as pessoas estão seguindo links dos sites mais variados: bluebus, softwarelivre.org, orkut, os blogs mais variados (alguns mostrando inclusive as mensagens diferentes com as quais aderiram à campanha), um jornal, e muitas, muitas listas de e-mail. Obrigado a todos, espero que nossa mensagem seja lida.

Obrigado também ao Falcon_Dark, Ricardo Bánffy/Webinsider, Sérgio Amadeu, Rafael Peregrino/LinuxMagazine e a todos os outros que de maneira independente mas unida por um interesse comum fizeram sua parte para oferecer uma resposta à atitude da Veja.

E se for para termos articuladores, que eles apareçam e façam sua presença ser notada com vigor nessas horas...


Software livre e política partidária



Eu sou a última pessoa que vocês verão fazendo campanhas de política partidária ou sugerindo em quem ou como cada um deve votar. Mas tenho visto o crescimento de dois posicionamentos que considero perigosos sobre o software livre:


  1. reduzir o software livre a uma questão política ou partidária
  2. reduzir o posicionamento político ou partidário a uma questão de software livre


A política tem seu papel no que diz respeito ao software livre, e vice-versa. Mas os exageros devem ser evitados, principalmente os argumentos do tipo bicho-papão: "se você não votar da forma Y, será o fim do software livre no Brasil ou no estado Z". De fato, temos assistido a várias situações em que a alternância de governos leva a interrupção de projetos de adoção do software livre. Mas este não é o único cenário possível, e nem precisa ser o único critério de escolha política.

Para ilustrar, um exemplo de cada caso, que venho estudando para minha pós-graduação. Um estado brasileiro construiu uma história de adoção do software livre, e transformou esta adoção em bandeira partidária. Em 2002 houve a alternância do governo estadual, e seguiu-se quase imediato desmantelamento das iniciativas de software livre, cessação de apoio às iniciativas da comunidade sem perspectiva de diálogo. O bicho-papão pegou mesmo.

Uma situação bem diferente encontrei pesquisando a situação dos municípios em que houve alternância em 2004. O governo anterior de um município litorâneo havia passado por aquela fase de deslumbramento, criou sua própria distribuição de Linux para uso próprio (e obrigando-se ao esforço de mantê-la, algo que aconteceria de modo bastante diferente se ele adotasse uma distribuição existente, contribuindo com código para ela ou não), obteve o merecido destaque na imprensa e formou sua equipe. Mudou o governo, e apesar dos discursos alertando contra o bicho-papão do desmantelamento, o software livre foi mantido no back-end e hoje é orgulhosamente exibido até mesmo em banners no website do município. É difícil saber se os desktops do município ainda estariam rodando software livre se a administração anterior tivesse adotado uma distribuição que não precisasse ser mantida por ela mesma, mas pretendo descobrir isso em entrevistas posteriores (e se o trabalho ficar legal, compartilho com vocês depois).

São apenas 2 exemplos, e há muitas outras possibilidades. O resumo da ópera é que as opções políticas de cada um são absolutamente pessoais, e cada um escolhe seus próprios critérios. Nem sempre a continuidade da política pública de software livre existente é a melhor opção, e não necessariamente este deve ser o principal critério de escolha. Discussões partidárias são bem-vindas em diversos lugares, mas querer impor uma visão ou um critério de escolha partidária aqui nos comentários do BR-Linux é um ruído desnecessário - e um esforço que seria melhor aproveitado em outros fóruns voltados a este assunto específico.

Exerça sempre seu senso crítico, e não se deixe levar pelo discurso do medo. Saiba ouvir e formar sua opinião, sem ceder à pressão de quem quer que seja. Fóruns dedicados à tecnologia não fornecem o solo ideal para que germinem debates políticos amplos - não deixe ninguém reduzir o software livre a uma questão partidária, nem reduzir o posicionamento político a uma questão de liberdade de software!


LinuxWorld Brasil



A semana que vem será marcada pela LinuxWorld Brasil, evento que tem características muito mais voltadas para o mercado do que para a comunidade. Isso significa que provavelmete iremos encontrar uma cobertura muito mais "de perto" nos maiores sites brasileiros sobre TI, e que estas notícias devem repercutir no mercado com uma facilidade muito maior do que as geradas em eventos com características mais "de comunidade". Estas notícias me interessam muito menos, pessoalmente, mas vou fazer o possível para cobrir o evento com qualidade, mesmo estando distante. Já renovei a parceria de cobertura com o InfomediaTV, então deveremos ter vídeos, notícias e informações sobre os bastidores, bem além do que a Info e o IDG Now vão mostrar ;-)

Mais importante do que isso, conto com a participação dos leitores que estiverem lá - tentem enviar seus relatos e fotos tão rápido quanto possível, para compartilhar suas impressões com os leitores que não puderem estar lá. E se você não vai ao evento mas gostaria que algum aspecto dele fosse coberto pela comunidade, que tal avisar antes? Se for interessante, eu publico como notícia e conclamo a comunidade a aparecer por lá e registrar para benefício de todos. Não posso proibir ninguém de ficar choramingando depois por 2 semanas porque ninguém cobriu algum aspecto do evento, mas posso oferecer essa ajuda antecipada ;-)

E agora uma aposta. Parafraseando o Cesar Brod no seu texto recentemente publicado aqui no BR-Linux, "Se eu fosse a Microsoft" eu aproveitaria o palco da primeira LinuxWorld realizada no Brasil e a presença do Bill Hilf (chefe do laboratório de interoperabilidade deles) no evento para fazer algum anúncio que levasse mais algumas pessoas a reduzir as dúvidas sobre se eles têm mesmo algum interesse real em interoperabilidade. Alguém aposta contra, e acha que ele vai seguir a moda de vir ao Brasil apresentar apenas um discurso requentado? Alguém quer tentar adivinhar o que vai ser anunciado, ou apostar que não haverá anúncio nenhum?

Para mim, um anúncio não basta para convencer de nada. Mas um discurso morno ou requentado seria uma mensagem muito clara na direção oposta.

Para encerrar: o novo namorado de Stellman



Acabei de ver o link da notícia na capa do UOL: Nívea Stellman, a musa oficial do BR-Linux, está de namorado novo. Mas não há de ser nada, caro leitor: seu dia de sorte ainda vai chegar.

É isso aí, assim concluímos nosso editorial desta semana.


Comentários dos leitores

Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Comentário de Marcelo Vivan Borro
Stellman??: Brain eu jurava que vc tinha escrito Stallman errado, mas depois que segui o link vi que era Stelmann (e não Stellman)...
Custume de escrever sobre Saint Ignucius? :-)

Marcelo Vivan Borro
Comentário de Neto Mussauer
Triste: A notícia mais triste da semana!!!! rssssssssssss

GULBF - Grupo de Usuários Linux da Baixada Fluminense
www.gulbf.com.br
Comentário de vmedina
O Problema da Nívea: O Problema da Nívea Stellman é que ela ronca e tem chulé. :P

Não vale a pena não, sei disso! :P

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de vmedina
2 pesos, 2 medidas; Ano eleitoral;e Chulé. Que mistura! :P:
Tomei conhecimento do ataque (dirigido contra o governo, mas ainda assim ferindo o software livre) na sexta-feira, ajudei a divulgar a questão no sábado, e já no domingo estranhei a ausência de manifestações visíveis de articuladores políticos da comunidade


Oras, para as respostas da Microsoft uma semana é pouco, porém para o articuladores com laços com o governo, bem como para o próprio, é insuficiente.

No meu caso chegou na hora H, pois pude responder facilmente um chefe aqui.

De fato, temos assistido a várias situações em que a alternância de governos leva a interrupção de projetos de adoção do software livre. Mas este não é o único cenário possível, e nem precisa ser o único critério de escolha política.


Concordo em termos, claro que ninguém vive só de SL, mas a experiência vem provando que o pessoal do PSDB paulista, nada contra os paulistas, tomam atitudes contra o SL.

"Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo." George Santayana

"A História não se repete sempre. Algumas vezes ela apenas berra, 'Por quê vocês não me ouvem?'" John W. Campbell Jr

A menos que nós tenhamos uma declaração de nossos candidatos, como interpretar de outra forma?

Até lá como podemos lidar com o perigo real, a menos que alguém detenha informaçoes que mostrem que este perigo seja inexistente, de um retrocesso imenso no país. Nunca houve algo deste tipo. Como o SL irá lidar com isso?

Muita gente reclama que não deveria ter sido associado ao partido e eu concordo, mas como lidar com isso agora? Não há tempo hábil para desvincular um do outro, por mais que seja tentado, a menos que houvesse alguém atingindo diretamente os outros candidatos. Como não existe uma pessoa da comunidade com essa abertura e nos baseando no que reza a cartilha política brasileira, só posso concluir que este evento é certo de ocorrer caso o PSDB/PFL vença.

Alguém discorda e tem bons argumentos para isso? Gostaria muito de estar errado quanto a isso, mas tudo indica que não.

Mas realmente qualquer um é livre para escolher o que bem entender, e SL não é a única coisa no que se pensar. Mas para quem trabalha com isso eu creio que é algo a se pesar com cuidado.



Porém o mais importante:

O Problema da Nívea Stellman é que ela ronca e tem chulé. :P

[]s!

ps:

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de
pesos diferentes aplicados a casos diferentes: Não dá pra comparar as duas situações: uma entrevista para a qual convidamos uma entidade que não é nossa amiga a responder, e a solicitação feita a agentes públicos para que nos dêem condições de dar uma resposta a um ataque claro, direto, grave e de grande repercussão. Mais importante: com dados cuja transparência é do interesse de todos, e que já poderiam estar disponibilizados a todos nós desde antes.
Comentário de brain
Tem razão: Tem razão, Marcelo. Espero que a Nívea me perdoe.
Comentário de Noel G. Cerqueira Jr.
O Vinícius é um petista: O Vinícius é um petista inveterado :-)

Brain, parabéns por sua análise. Salve o software livre! Independente de partido político, religião ou raça!!
Comentário de vmedina
Realmente. Mas não sou fanático: Nunca disse que não era. ;) Estou até olhando os preços das estrelas na loja do PT. Eleição sem votar no PT é algo simplesmente triste! :P

Porém, ao contrário do que você tenta implicar, eu não sou cego nem nada. Meu candidato a Deputado Federal será o mesmo de sempre, Chico Alencar(PSOL-RJ) e convido a todos a olharem ele como um posível candidato, porém ele se encontra no PSOL. Eu até considero votar na Heloísa Helena, pois muito admiro a senadora. Oras, com os bugios, eu até mesmo acho que a condução do Requião no PR é boa. Portanto, não venha me caracterizar como fanático.

Visto isso, vamos voltar a discutir o tópico e não quem levanta ele? Agradecido.

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de vmedina
Claro que podemos.: Para reunir tais informações é necessário que você confira vários documentos para não ter nada voltando contra você. Uma imprecisão inocente pode virar uma acusação de fraude. Claro que você deve considerar isso.

Os dados estão transparentes e se bobear foram publicados em D.O. e você sempre pode fazer perguntas a eles.

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de vmedina
Eu não entendi uma coisa...: O relógio cuco é uma metáfora para qual discussão?

Ou não tem nada a ver com nada mesmo? :P


Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de
E foi o que eu fiz: Fiz 10 perguntas sobre dados aos quais eu não tenho acesso, e estou aguardando as respostas, que a SLTI confirmou que enviará, e aí poderei compor a resposta que me propus a responder, amparado em dados oficiais e assinados pela autoridade responsável, e não em minha própria pesquisa.

Espero que sua resposta com base nos dados do D. O. U. fique pronta logo também.

Minha intenção de responder baseado em dados e ainda a tempo de pegar a próxima edição da Veja já caiu por terra, entretanto - a revista já está nas bancas. E não acho que o prazo de 6 dias entre a publicação do ataque e a primeira manifestação pública das autoridades citadas tenha sido rápido, aliás.

Mas em nenhum momento reclamei que a SLTI esteja demorando em me fornecer respostas. Pelo contrário, fico feliz que eles estejam dispostos a ajudar. E não entendo por que você acha que o prazo de uma semana pra eles é insuficiente, mas discordo dessa tua avaliação - eles podem levar o tempo que precisarem, longe de mim impor prazo a alguém que convidei para me responder perguntas.
Comentário de Caio Begotti
Uha...: "Oras, com os bugios, eu até mesmo acho que a condução do Requião no PR é boa. Portanto, não venha me caracterizar como fanático."

Condução do Requião no PR é boa? Pode não ser fanático, mas cego é com certeza... e acho que você não mora no Paraná...

--
caio1982
Comentário de Noel G. Cerqueira Jr.
Não leve a mal, é que não: Não leve a mal, é que não resiti ao comentário :-)

Acho saudável a divergência de opiniões e o debate aberto como o que travamos esta semana. Respeito sua posição política, embora não concorde com ela.

Gostaria de continuar o debate político mas penso que este não seja o fórum mais apropriado. Muitos dos leitores devem achar uma chatice - com razão.

[]s

Noel

Comentário de vmedina
AH... eu realmente não moro lá! :P: Ia só como turista, e gostava do que eu via.

Claro que eu posso só ser equivocado e estar olhando para a fumaça e os espelhos. Se quiser me apontar pra onde eu devo olhar?

[]s!

Vinícius Medina
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Comentário de Donnie Darko
pensei que o Stallman, além: pensei que o Stallman, além de cobrar 5 pratas para tirar fotos com ele, era...errr...menina.
Comentário de lmveloso
"O modo certo de admitir um erro": Olá pessoal,

Movido pela recente repercussão da infame matéria da revista Veja, considero bastante pertinente outra discusão recente do renomado THE WASHINGTON POST num artigo de Deborah Howell sobre "O modo certo de admitir um erro", tratando específicamente de erros jornalísticos.

Há uma cobertura completa feita pelo Observatório de Imprensa em 'Voz dos Ouvidores' que no mínimo servirá para compararmos com o estilo de retratação da imprensa nacional, o qual sem dúvida pode ser muito enriquecido com a experiência da imprensa internacional.

Será que podemos esperar tão refinada retratação da Revista Veja de forma a lhe garantir a credibilidade e confiabilidade como registro histórico no futuro ?

Aqui está link e Boa Leitura
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=381VOZ003


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Comentário de alexandre_parente
Software livre e política: Software livre e política partidária:

Estou de pleno acordo... está posição já foi defendida aqui antes, em alguns post, mas sempre foi sufocada por aqueles que não conseguem dissociar os dois temas, acho importante que vc coloque isto em discussão... já que sua palavra carrega um ponto a mais de credibilidade.

Respostas à Veja:

Quanto a veja, sinceramente não consigo me indignar o suficiente para escrever algo para veja... e como se indignar com a globo.... torna-se algo recorrente, depois enfadonho. Falando em globo... qual será a opiniao da CNBB sobre esse caso? (isso foi uma piada)

Acho que nao precisamos dar respostas para veja, temos sim que criar mecanismos que garantam o acesso a informacao... a veja nunca vai permitir isso, e por isso, gosto tanto dessa internet anarquica...

Falando em anarquia... nao uso o orkut, mas acho que deviamos acompanhar esse processo no MP sobre o orkut. Hoje é orkut que vai ser fechado pq permite a difusao do mal... amanha sao os blogs, depois a internet, pq qual a difenca de eu criar uma pagina de pedofilia no orkut ou no geosites?


Comentário de vmedina
Para encerrar...: Eu não tinha, nem tenho, a menor intenção em pesquisar os D.O.U.s... se eu gostasse dessa tralha não trabalharia com informática. ;) Só disse que isso já está transparente.

Só achei exagerada essa coisa de não ter sido rápido o suficiente no caso dos articuladores e ter sido no tempo exato para a MS.

Mas ei, eu posso discutir com vc aqui até a thread ficar com 1 caractere de largura, e ainda assim nem eu nem você vamos recuar! Para poupar as minhas, e tb as suas, pobres mãos da DORT vamos concordar em discordar?

[]s!

ps: Continue com os editoriais. Lhe caem bem. :)

Vinícius Medina
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Comentário de
o que quiser: Você pode achar o que quiser, mas não aceito que me acuse de aplicar 2 pesos e 2 medidas, ainda mais de forma tão profundamente falaciosa. Já se passou mais de uma semana e nenhum esforço de articulação apareceu ainda. Absolutamente nada. Não entendo de que forma você acha lógico comparar esse tempo de resposta de articulação ao tempo que a Microsoft (ou qualquer outra entidade) leva para responder a uma entrevista por e-mail - para mim são 2 coisas completamente distintas.

Me parece que você está comparando o tempo de resposta da MS com o tempo de resposta da SLTI, mas eu não faço essa comparação. Como já disse, quem convida não impõe prazo. Se você quiser comparar, tudo bem, mas não tente fazer parecer que sou eu quem está comparando, ou que estou reclamando do tempo de resposta da SLTI, ou do ITI, ou do Serpro. Minha crítica é à ausência de articulação política da comunidade, apenas.

Mas você tem razão, não vale a pena continuar discutindo. E não, não concordo em discordar. Não estou aplicando 2 pesos e 2 medidas, você que está comparando coisas distintas, e aparentemente achando que eu estava comparando estas mesmas coisas.
Comentário de vmedina
Não levo a mal, só declare que não visa desqualificar: Minhas opiniões.

Apesar de ser petista assumido e defender um novo mandato do presidente, eu ainda mantenho minha dedicação a verdade acima de tudo.

Realmente é saudável, pois desde que tenha respeito tudo assim o é.

[]s!

Vinícius Medina
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Comentário de Noel G. Cerqueira Jr.
De maneira alguma visei te: De maneira alguma visei te desqualificar. Depois de nosso debate, durante a semana, pude constatar que você defende com muito vigor a ideologia petista. A palavra "arraigado" foi escrita em referência a esta percepção. Se você realmente acredita no que diz, assuma isto como um elogio.

[]s
Comentário de nemesis
sexta-feira no boteco: "Stallman revelou ter recebido a inspiração sobre uma forma de traduzir a GPL para outros idiomas sem ter de confiar na tradução de outras pessoas da organização nem se expor às perspectivas de desastre que ele via antes."

e qual forma inspirada seria essa? será que resolveu ser poliglota? :)

"articuladores políticos da comunidade, aparentemente elas mudaram de ramo, ou estão articulando de forma tão subterrânea que mal se percebe. Ou estavam indisponíveis justamente neste momento de crise... se alguém o assume e divulga, deveria exercê-lo nos momentos de crise também, e não apenas em frente aos flashes."

incisivo. particularmente, eu não me envolvi no mérito de passar emails indignados à Veja pq acho que é perda de tempo: a revista é decididamente hipócrita e de péssimo jornalismo. É como mandar cartas indignadas para "O Povo" pedindo para não mostrar cadáveres massacrados na capa...

"o novo namorado de Stellman"

tu é sacana mesmo, hein, brain? ;)

tudo bem, é sexta-feira...

;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de vmedina
Pelo contrário: Eu não sou de "juventude petista" ou algo que o valha.

Esse conjunto de valores que eu defendo são meus, baseados na minha instrução e no que eu entendo de mundo. Minha ética eu mesmo faço.

A única coisa que eu quero do mundo é sinceridade, igualdade e justiça. Se isso é o que o PT prega, é coincidência.

[]s!

Vinícius Medina
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Comentário de vmedina
Oh... se você diferencia...: Para mim, parte destes articuladores incluía o pessoal relacionado na resposta. Provavelmente me enganei com o encerramento do tópico da resposta.

Desculpe. Por favor ignorem a primeira parte.

Se possível, deixem esse comentário moderado de forma que possa ser visto pelos outros. Afinal, não há como editar lá em cima.

Mais uma vez, minhas desculpas Augusto.

Vinícius Medina
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Comentário de
Não, não é "se você diferencia". A diferenciação está cla: Era só ter lido a frase seguinte à que você resolveu colar. Ela é bem clara falando de articuladores da comunidade com laços estreitos com o governo. Estava diferenciado desde o princípio, exceto na sua argumentação.

Aliás, agora me ocorre que nesta sua argumentação sobre o tempo que a SLTI está demorando para responder, quem está aplicando 2 pesos e 2 medidas é você. Para mim a SLTI pode levar o tempo que quiser, já que eu a convidei. Mas para você, a explicação do que você julgou como demora excessiva no caso das respostas da Microsoft envolvia manipulações escusas das respostas, por parte do departamento de marketing e jurídico. Só que no caso da SLTI você parece achar que o tempo de resposta está sendo bom (e eu concordo, porque não há nenhum prazo estipulado), e que o tempo decorrido se justifica em função das mesmas preocupações típicas de departamentos de marketing e jurídicos ("[conferir] vários documentos para não ter nada voltando contra você. Uma imprecisão inocente pode virar uma acusação de fraude.") que no caso dos outros entrevistados era razão de crítica.

Já eu acho que tanto a Microsoft quanto a SLTI devem ter estas preocupações saudáveis com a precisão, a sua segurança jurídica e o efeito que suas declarações terão sobre o público, e espero que sempre usem suas assessorias especializadas ao se comunicar. E acho que nenhuma das duas demorou demais para responder as perguntas do BR-Linux (embora a SLTI nem o tenha feito ainda).
Comentário de vmedina
Desculpe, como eu já disse não percebi.: Mais uma vez, errei ao declarar. Quer que eu corte o meu dedo mindinho para reparar o erro? Eu disse que cometi o erro e disse até porquê devo ter me engando. Procurarei ser menos leviano da próxima vez.

Ahn... e eu disse onde que eles fizeram "manipulações escusas"? O que eu reclamei é que aquele tempo todo poderia estar sendo usado para produzir respostas que não fossem conclusivas sobre o comprometimento. Porém, o Fernando explicou que não se tratava disso.

"Manipulação escusa" é muito semelhante a fraude. Nunca levantei tal acusação.


Vinícius Medina
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