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Desenvolvimento colaborativo além do software


“Nós já mostramos ao mundo que desenvolver software colaborativamente é melhor. A Wikipédia também prova que criar conteúdo assim também é positivo. Neste artigo proponho mais um uso do desenvolvimento colaborativo, dessa vez para propor soluções para nosso país, nas esferas política, econômica, social e quaisquer outras que você desejar.

No texto, tentei me afastar dos termos técnicos para aumentar o número potencial de leitores, tentando atingir a "grande massa". Sugestões são muito bem vindas!”


Enviado por Pablo Hess (phessΘlinuxmagazine·com·br) - referência (mmulpp.blogspot.com)..

Comentários dos leitores

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Comentário de Fábio Prudente
Sourceforge para ONGs: Gostei do artigo, e da ideia. Parabenizo o autor pela iniciativa.

Na verdade, por trás do desenvolvimento colaborativo de software está o princípio da meritocracia, segundo o qual as ações que têm mérito (sob alguma métrica, socialmente definida) ganham força (adesão de mais usuários e desenvolvedores).

Enquanto na democracia há somente 2 possibilidades (os que vencem uma votação, e os que perdem, ou seja, projetos que são "aprovados", ou "rejeitados"), um sistema meritocrático admite infinitas possibilidades, cada uma com seu grau de adesão, ou de "mérito".

Na busca por soluções de problemas sociais, alternativas à democracia estatal, surgem as ONGs, cada uma com sua linha de ação, e com seu grau de mérito. Semelhantes aos projetos colaborativos de software, as ONGs não discutem apenas ideias, mas sim, implementam ações concretas. Se as ações de uma ONG geram resultados mais efetivos, então esta ganha adesões, e suas ações são copiadas por outras.

O problema é que não há uma forma fácil de conhecer e comparar essas ações e seus resultados... cada ONG tem o seu próprio site, muitas delas desconhecem recursos de TI que facilitariam a colaboração online (tais como Wikis, Fórums, RSS, demonstrativo financeiro, recolhimento de doações...).

Que tal se houvesse uma Meta-ONG, cujo papel fosse dar suporte à criação de sites interativos e colaborativos para outras ONGs, com ferramentas uniformes, de forma que essas ONGs não precisassem se preocupar com essa parte chata de TI??? - esse meta-site poderia, então, colher automaticamente estatísticas de acesso e atividade das diversas ONGs ali hospedadas...

Seria algo como um SourceForge para ONGs...
Comentário de olarva
Democracia Pura.: Faz alguns anos que tenho idealizado algumas soluções nesse aspecto.

Imagine, se nós pudessemos votar nas pautas da Câmara dos Deputados?
Os Deputados e senadores existiriam apenas para propor pautas, mas a escolha ficaria por conta dos eleitores.

O futuro é por ai mesmo.



Comentário de Luiz Escobar
Vivo imaginando isso também: Vivo imaginando isso também à um bommmmmmm tempo.... nós é que deveriamos votar e saber das necessidades dos projetos, o que rola por traz das cortinas.... e coisas assim.... já somos dois com as mesmas idéias.. ;-)
Comentário de Daniel Guimaraes
Bom, então acho que somos: Bom, então acho que somos três. Também vejo esse modelo colaborativo como algo fantástico no âmbito político. Os projetos, destino dado a verbas, prioridades, tudo poderia ser proposto através da internet, de modo que nós poderíamos votar diretamente nas soluções e idéias, e não em partidos ou nos representantes dessas idéias, que detém poderes especiais nas mãos por anos sem fiscalização ou cobrança da nossa parte. Isso é que dá margem a essa separação do governo em relação à vontade geral. É um absurdo que foi necessário enquanto a tecnologia não podia resolver. Mas agora pode. Se tivéssemos condição de votar a qualquer momento e de qualquer lugar nas várias propostas e soluções, isso incluiria naturalmente os projetos propostos pelos legisladores e pessoas "da política", gente com perfil técnico em áreas como saneamento, segurança pública, economia ou o que for. Mas os projetos seriam eleitos pela meritocracia, e não seria necessário atribuir poderes prolongados a pessoa alguma. E, mesmo que ainda fosse, poderia haver mandatos curtíssimos apenas para implementação de uma proposta específica, em vez períodos fixos, etc., etc..
Comentário de mim
Doce ilusão...: É, realmente é assim mesmo que as coisas deveriam funcionar, acontece que vocês ignoram que o atual sistema NÃO é feito para a participação de todos nas decisões políticas, e não importa o quanto todos queiram, ele vai continuar NÃO o sendo. Imagine se todos pudessem votar se deve-se aumentar o salário mínimo ou o salário dos parlamentares, ou decidir sobre a privatização de tal empresa pública ou concessões de tais estradas, ou qualquer coisa que fosse contra os interesses dos ricos e poderosos, que financiam a grande maioria dos políticos???
Gente, isso aqui é Brasil capitalista, não a antiga China na época de Mao Tsetung ou a União Soviética do tão mal falado Stálin...
Comentário de olarva
Quem busca encontra...: Colega, respeito tua opinião, mas penso diferente.

Tudo muda.

Basta acompanhar a linha de tempo da história:

Escravidão - > Servidão (Feudalismo) -> Concorrência (Capitalismo) -> Cooperação (estamos chegando lá)




Comentário de phess
Código Aberto != Comunismo: Não acredito que ainda haja alguém freqüentando o Br-Linux e achando que Código Aberto é igual a Comunismo...

A força do Código Aberto é fruto do desenvolvimento colaborativo como modelo de desenvolvimento. Esse modelo, por padrão, gera código melhor e de forma mais rápida que outros modelos (como o de software proprietário, por exemplo). A motivação do uso do Código Aberto não tem *NADA* a ver com comunismo ou filantropia. É a concorrência do mercado levada ao extremo. Puro capitalismo.

Então, a única sugestão que faço é que esse modelo seja adotado, de alguma forma (*ainda não definida*) mais ampla, pela sociedade em que vivemos. Só isso.

Garanto a você que Stalin e Mao Tsé Tung não pensavam assim.

Mas sinta-se livre pra discordar. Ou criar um fork da minha idéia. Ou não. :) É saudável.
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