Dando continuidade à sua
análise do que já foi descrito como um 'vírus não-viral' que seria capaz de operar tanto em ambientes Linux quanto em ambientes Windows, a Newsforge
obteve uma cópia do vírus e testou-o em laboratório. Os resultados? A versão presente em um arquivo executável para Windows (mesmo rodando sobre o Wine) foi capaz de infectar alguns executáveis nativos de Linux (more, date e ls) em formato ELF, e estes programas tornaram-se capazes de infectar outros executáveis gravados no mesmo diretório - desde que fossem rodados por um usuário com permissão de escrita sobre eles. Os mesmos testes, realizados em outras condições (versões de kernel diferentes) falharam em produzir infecções.
Consultado sobre os testes, Linus Torvalds comentou que na realidade o que este programa faz de incomum é ser capaz de operar nativamente em Linux e Windows - fora isso, ele realiza operações triviais, como escrever em arquivos para os quais seu dono tenha permissão de escrita - o que não torna impossível que uma versão mais insidiosa seja escrita, capaz de infectar arquivos fora de seu próprio diretório e com algum apelo que leve o usuário incauto a executá-la com privilégios de root.
A questão é simples: O programa consegue alocar uma rotina dentro de programas compilados nativamente para Linux, desde que tenha permissão para isso.
Mas porque é trivial? É trivial porque você pode abrir um arquivo num editor e gravar algo dentro, desde que tenha permissão. Em outras palavras, o que o CLT.EXE faz é uma abstração da realidade. No entanto, ele tem a habilidade de se alocar em áreas de um programa compilado para Linux e para Windows mas sem afetar o seu funcionamento.
Mas o lado bom dessa história, é que estamos diante de uma nova forma de lidar com as pragas virtuais. Enquanto o windows é atormentado e muitas vezes com prejuízo para o usuário, no Linux estamos debatendo, estudando, investigando as reais possibilidades, dando subsídios importantes para bloquear ou tornar o Linux mais hostil ainda aos vírus e etc.
Enquanto isso, aqueles "gerentes de TI" de senso comum, vão pegar a notícia e estampar para todos: "Estão vendo?? Tem virus sim para esse tal de linux".
Estou dizendo isso, pois conversando com um professor de um curso de sistemas, queria me provar por A + B, que tinha provas que o Linux era mais caro, menos estável e etc, pois um amigo dele, recebeu um e-mail da MS com o famigerado "Get the Facts". E olha que são da área de TI da Caixa.
Eu fiquei tão pasmo que me deu dor de cabeça. Não dava para acreditar que pessoas "esclarecidas", estavam baseando suas afirmações sem investigar....... Eta senso comum!!!!!
Ai tive de apelar: "Por acaso se você montasse uma padaria, iria dizer aos seus clientes que o pão da padaria ao lado é melhor que o seu??? Colocaria um cartaz: O Meu pão é dormido e contém bromato??"........ A resposta foi um silêncio profundo!!!
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Roger