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Alguém sabe onde estão os fontes dos softwares livres aprimorados pelo SERPRO?

Não tenho um contato no SERPRO a quem possa encaminhar a mensagem abaixo para obter mais detalhes, portanto conto com a comunidade para fazer esta ponte. Naturalmente, espaço com o mesmo destaque está disponível para a resposta da instituição. Vale lembrar que nem sempre as licenças livres obrigam a disponibilização do código alterado (por exemplo, em casos em que o software alterado não é redistribuído) - mas esta disponibilização é sempre simpática, adequada ao modo de produção de software aberto, e ética.

Segue a mensagem recebida:


“O SERPRO implementou um sistema baseado no software livre dotProject (GPL), fazendo para tanto melhorias no original. O Sistema Controle de Demandas do SERPRO permitirá visibilidade do processo e do tratamento das demandas, tanto para o Cliente como para o Serpro. Isto é ótimo, porém a empresa não dá qualquer sinal de que irá devolver as melhorias à comunidade da ferramenta. A tela inicial do sistema pode ser vista em https://demandas.serpro.gov.br/ , onde consta o logotipo do software original. A notícia original do SERPRO sobre o assunto está no link abaixo.

Em tempo, cabe lembrar que o software LETRA, lançado com grande destaque pelo SERPRO como software livre, até hoje não está disponível para download. É preciso seguir uma grande burocracia para ter acesso ao programa, e isto só é possível a instituições que trabalham com o público alvo do aplicativo. ”


Enviado por AC - referência.

Comentários dos leitores

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Comentário de thebluesgnr
Esclarecendo: A GPL não exige que o programa seja disponibilizado para download - apenas que aqueles que receberem uma cópia do program têm direito a também receber o código fonte.

Comentário de brain
como consta na notícia,: como consta na notícia, não?
Comentário de pizza
Sobre as questões burocráticas...: Cabe lembrar que a barreira para que softwares públicos (ao menos na esfera Federal) sejam disponibilizados foi quebrada quando a Dataprev liberou o CACIC. Hoje basta que as instituições sigam os mesmos passos para o processo (basta que o órgão contacte a Dataprev e pegue o HOWTO).

Realmente é um embrólio muito grande, mas que atualmente está bem mais fácil de desenrolar.
Comentário de rfsbsb
Detalhe: Mas um detalhe é que ela OBRIGA quem fez modificações, devolver essas modificações à comunidade.
Comentário de Copernico Vespucio
"Ética"?: mas esta disponibilização é sempre simpática, adequada ao modo de produção de software aberto, e ética

Se alguém altera um soft livre e distribui os binários, mas não os fontes, está contrariando legalmente a licença GPL e a ética social que a licença se propõe a defender.

Se alguém altera ou custmomiza um soft livre, para o próprio uso ou para o uso de seus parceiros ou mesmo seus clientes, isso não é pecado
nem anti-ético. É possível inclusive vender a customização, desde que sempre acompanhada dos fontes.

Ninguém é obrigado a distribuir, principalmente de graça, suas alterações. Vamos lembrar que soft livre não é soft grátis.

Por outro lado, muitas customizações podem ser tão especificas que sequer interessem a outros usuários (eu mesmo já fiz várias que encaixam nesse caso).

Tampouco a não-distribuição é contrária ao modo livre de trabalho. Se o autor da alteração declina da possibilidade de auxílio da comunidade, não há problemas quanto a isso.

Finalmente, o mercado open source não é baseado em simpatia e popularidade. A exigência ética é apenas o código-fonte dos binários distribuídos, mais nada.

Software Livre / Open Source é uma coisa: software de domínio público, é outra.

Finalmente, se o autor deseja que todos os usuários que alterarem seu produto contribuam com o projeto original, deve usar uma licença que lhe garanta isso.

Anti-ético é desrespeitar acordos. Acordos são expressos por licenças:
É anti-ético usar código livre em produtos proprietários, assim como usar produtos proprietários em desacordo com sua licença. Em suma, o anti-ético é desrespeitar a vontade do autor, da forma como ele a expressou.

[]s
Comentário de Copernico Vespucio
não que eu saiba: Posso estar errado... Caso seja esse o caso, por favor nos indique o trecho da GPL que obriga o usuário a devolver suas modificações.
Comentário de brain
indo além?: Copérnico, acho que ninguém falou nada sobre ser anti-ético deixar de disponibilizar o código das alterações não distribuídas. Mas eu não tenho dúvida de que distribilizá-lo é uma atitude ética, mesmo nos casos em que a licença não exige.
Comentário de Mais do mesmo
Acho que no texto original: Acho que no texto original em nenhum momento se falou de obrigação em devolver as modificações, foi um comentário do editor do sítio.

De qualquer forma, concordo, pois o SERPRO vem falando e usando muito software livre, assim como o Governo Federal como um todo. Mas onde essa instituição quer chegar, se faz matéria em cima da utilização de um SL, se está realizando seu desenvolvimento com muitos benefícios próprios, mas não colabora com a comunidade?

É razoável tirar dinheiro para patrocinar eventos de SL, isso é "fácil", porém não é suficiente. A comunidade da ferramenta não recebe esses patrocínios, ela se alimenta das colaborações. Sem elas, o SERPRO continua tranqüilo, pois já "sugou" o que precisava, e pronto.
Comentário de chronos
não obriga a não ser que ...: De fato a GPL não obriga quem fez a alteração a devolver código fonte, publicar na web, e coisas do tipo.

Me lembro vagamente que a GPL apenas obriga que a pessoa mande o código para alguém caso este alguém o peça, ou seja, se alguém enviar um e-mail ao SERPRO pedindo o código fonte das alterações, ele seria obrigado a enviar.

Faz tempo que li a GPLv2 inteira, e se estiver errado, me corrijam.

Felipe 'chronos' Prenholato.
Linux User nº 405489
www.gentoobr.org
Comentário de Copernico Vespucio
nem um pouco: Eu me referi a citação na própria notícia.

eu não tenho dúvida de que distribilizá-lo é uma atitude ética

Qual é o padrão de ética utilizado?

Existem modelos de negócio baseados em customizações distribuídas apenas para os usuários finais. Existem outros, mas isso não diminui a importância dos primeiros.

Eles estão entre os modelos que provam que trabalhar e ganhar dinheiro com código livre é possível e até mesmo a FSF considera os modelos comerciais de software livre muito importantes.

Se vc. quer dizer que esse tipo de modelo é anti-ético, então vc. transforma o SL apenas em um hobby ou contribuição social. Um tipo de atitude que reforça a idéia de que não vale a pena desenvolver SL.
Comentário de Copernico Vespucio
De novo, posso estar errado, mas...: ...Eu creio que eu teria direito de pedir o código-fonte caso eu já possua uma cópia dos binários, e apenas nesse caso.

Não lembro de nenhuma cláusula na GPL que transforme soft feito sob ela em soft de domínio público.
Comentário de brain
eu quero dizer o que eu disse: Como de hábito, eu quero dizer o que eu disse. Vou copiar a frase inteira do texto que escrevi na introdução da notícia:


Vale lembrar que nem sempre as licenças livres obrigam a disponibilização do código alterado (por exemplo, em casos em que o software alterado não é redistribuído) - mas esta disponibilização é sempre simpática, adequada ao modo de produção de software aberto, e ética.


Veja o que estou afirmando ali. Estou afirmando que a disponibilização de código sob licenças livres, quando alterado, é sempre ética. Eu não estou definindo que qualquer outra coisa seja sempre anti-ética, nem que este é o único modelo ético.

Não tenho nada contra os outros modelos de disponibilização. Acho que cada um deve procurar seu espaço e seu modelo.
Comentário de Copernico Vespucio
Impressão errada: Deu uma impressão errada, Augusto.

Pelo que eu entendi, creio que vc. quis dizer que a disponibilização dos fontes é admirável e merece elogios, segundo sua visão.

Agora, quando falamos de ética, inevitávelmente polarizamos. Se dizemos que algo é ético, isso significa automaticamente que o contrário não é. A Ética é, por natureza, maniqueísta.

Peço que me desculpe, mas não creio que o termo tenha sido usado de forma feliz.
Comentário de
polarizar a ética: Eu concordo que geralmente consideramos que para toda atitude X cabe apenas um conceito: "ético" ou "não-ético" - sob o ponto de vista de cada indivíduo ou grupo social, ao menos. Entretanto, quando se afirma que a atitude X é ética, não estamos dizendo que todas as outras atitudes possíveis no mundo não são éticas.

Eu afirmei que a disponibilização do fonte alterado de um software livre é uma atitude ética, e não imagino que você possa a partir daí concluir que eu dei a entender que todas as outras formas de distribuir software do mundo são anti-éticas, ou especificamente que o software proprietário é anti-ético. Isso foi um grande salto da sua parte, mas eu não forneci a rampa ;-)

Acredito que você tenha entendido errado, mas o motivo não foi este que você mencionou.
Comentário de Copernico Vespucio
Lógica...: Antes de mais nada, creio que defendemos que o software proprietário é anti-ético sim, por motivos já conhecidos. Não é preciso deixar de dizê-lo, com todas as letras.

Ainda assim, as pessoas devem manter o direito de serem tratadas com ética ou na ausência dela, conforme sua vontade.

Em relação à própria ética, acredito que ninguém tenha uma visão inequívoca dela, mas o dicionário Aurélio diz que:

"Ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto"

Resumindo: Ética define o que é assumido como certo e errado, de acordo com uma determinada cultura, ou mesmo de forma universal.

Então, nesse caso:

a) "Distribuir o código é correto..."
b) "Não distribuir é correto também..."

!!!!????

Se eu entendi errado, não sei como eu poderia ter entendido certo!

Não quero ser tão chato a ponto de criar uma discussão por causa disso e vou parar por aqui. Mas vc. não pareceu ter desejado dizer o que disse...

Se foi esse o caso, vc. apenas expressou sua opinião, o que acho correto ("BR-Linux: Linux com opinião", certo?). Eu então apenas registrei minha discordância.

Caso não seja, sua posição ficou confusa. Aí não estaria claro se vc. considera errada ou não a atitude SERPRO, por exemplo.

Finito. Foi assim que eu entendi a coisa. Suponho que já tenha entendido sua opinião real e isso é o que eu queria.
Comentário de sri_canesh
Coisa típica do governo do: Coisa típica do governo do PT



Comentário de brain
o que eu disse: Você parece partir do princípio de que essa situação só permite duas atitudes possíveis, e eu discordo. Afirmo que disponibilizar o código de sistemas sob licenças livres que tenham sido alterados seja ético. Outras situações merecem exame. Não sei qual foi a situação do Serpro, especificamente. Discordo que a partir do que eu falei alguém possa tirar a conclusão de que qualquer outra atitude, em qualquer circunstância, seja anti-ético.

Também não defendo que distribuir software não-livre não seja ético (nada contra quem defende). Prefiro o software livre, defendo-o, adoto sempre que posso, divulgo, mas não acho que seja o único modelo possível.
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