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Governo português decide pelo uso do ODF na administração pública

O governo português publicou uma lista de padrões abertos que devem ser usados pelos órgãos públicos, como parte de uma reforma de TI que busca economizar 500 milhões de euros por ano. Órgãos que considerem impossível a adequação precisam notificar o equivalente à Casa Civil de lá, que irá verificar a situação.

Além do ODF, a lista inclui ainda PDF, XML, XMPP, IMAP, SMTP, CALDAV e LDAP. A opção pelo ODF exclui o OOXML, da Microsoft (tecnicamente também um padrão aberto), mas não se estende à definição de qual aplicativo deverá ser usado para criar e visualizar os documentos. (via h-online.com – “Portuguese government goes ODF only – The H Open: News and Features”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-11-21

Comentários dos leitores

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    Flavio (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 2:23 pm

    Nada como uma baita crise para induzir mudanças estruturais.

    Edd (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 3:01 pm

    Palmas para o governo Português!
    Quem serão os próximos ?

    Spif (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 5:01 pm

    Palmas para o quê? Usar padrões abertos deveria ser encarado como obrigação, não como favor.

    Além do que, na conjuntura atual, todos fazem output para ODF, incluindo a Microsoft. Como até mesmo os Offices podem gerar OOXML, não faz diferença alguma.

    André Luiz Duarte de Queiroz (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 5:25 pm

    A mudança para os padrões abertos de arquivos em si proporciona alguma economia? Ou é porque permitirá a adoção de software abertos e de licença gratuita ou, ao menos, mais barata do que as soluções proprietárias usuais?…
    Se o Governo português for suficientemente firme em sua política de TI para bancar a mudança de cultura corporativa e não se render ao lobby usual, pode ser que dê certo. É o que acho.
    Alguém discorda, ou vê aspectos que eu tenha deixado passar?

    Spif (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 6:33 pm

    Claro, pq o ponto de Software LIVRE é ser MAIS BARATO.

    Certas pessoas são tão decepcionantes aqui.

    Leonardo Reis (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 7:19 pm

    Isso eh muito positivo.

    Penso que o grande motivo do SL e seus padroes abertos com toda a grande qualidade que oferece, sem esquecer da enorme reducao de despesas que propicia, ainda eh a enorme falta de empresas oferecendo suporte.

    Salamão (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 7:50 pm

    Já vi isso várias vezes. Instituição com problemas financeiros, corta $$ em TI. A começar pelas licenças de softwares. Dai, o parque vai ficando cada vez mais obsoleto (estão sem $$, lembram? ) e o caos se instala. Daí, passado o estado de baixo $$, o dono da idéia de usar SL é demitido,(porque cortadam tudo, até investimento em mao de obra) e no lugar colocam um PAItrocinado por entidades comerciais, que compra um parque de máquinas novinhas em folha, usando soluções comerciais, e tudo funciona. E os fornecedores de mão-de-obra-barateeeenha-e-capada garante o baixo preço da mão de obra. E viva o capitalismo, já que o socialismo não deu certo :D

    Manolo (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 8:07 pm

    @Salamão

    Cara, isso aconteceu aqui onde trabalho, rs. Hoje o software proprietário reina aqui como o salvador da pátria.

    Mauricio (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 8:19 pm

    A vantagem do ODF é a interoperabilidade.

    Temos formatos abertos e bastante disseminados na área de gráficos, páginas de internet, vídeos e até músicas.

    Mas nos documentos (texto, planilha), predominavam os formatos fechados. Com o ODF você pode decidir se usa um programa proprietário ou aberto para abrir o arquivo. Além disso, você pode ter segurança em enviar um documento para um amigo e saber que ele vai poder abri-lo, e ainda, com o documento independente do software você terá segurança em conservá-lo por tempo indefinido, sabendo que ele poderá ser lido por você, ou por qualquer pessoa no futuro.

    Usar um formato aberto não é só questão de economia. É de liberdade também.

    Mauricio (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 8:26 pm

    … sem falar que pega mal um Governo me obrigar a ter um aplicativo proprietário para ler suas publicações.

    Manolo (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 8:33 pm

    Os defensores do SL, na ânsia pela adoção do OpenSource acabam fazendo algo extremamente errado: vendem a ideia de SL=Gratuito. Quem compra a ideia, não gasta com software, e consequentemente, também não gastam com mão de obra. O resultado é uma fórmula explosiva, que dá nisso:
    http://www.theregister.co.uk/2012/11/20/freiburg_germany_dumps_openoffice/

    Quem adota o Software Livre, deve ter a consciência de que ele deve investir as economias no próprio projeto que foi adotado. Só assim o SL dá certo.

    Marcos (usuário não registrado) em 21/11/2012 às 10:37 pm

    “A vantagem do ODF é a interoperabilidade”

    fail. Era pra ser assim, mas na prática a coisa é bem diferente:

    Tente abrir um arquivo odf um pouco mais complexo no LibreOffice, Google Docs, Calligra ou outro software e vai ver que abrem diferente e desconfigurados entre si. Se você salvar então…

    Agora, faça o mesmo com um arquivo .doc, por exemplo.

    Infelizmente os formatos proprietários da MS são tão populares que os desenvolvedores gastam mais esforços neles do que em tornar o ODF interoperável.

    “Quem adota o Software Livre, deve ter a consciência de que ele deve investir as economias no próprio projeto que foi adotado. Só assim o SL dá certo.”

    Perfeito, o que se economiza em licença deve ser investido em treinamento e planejamento adequado, senão pode sair mais caro no final das contas e ainda estragar a imagem do SL em ambiente comercial, que é o que vejo ocorrendo.

    sergio (usuário não registrado) em 22/11/2012 às 1:37 am

    Eu sou a favor da liberdade,
    na empresa onde eu trabalhava, usavamos openoffice,
    mas havia gente que nao conseguia usar openoffice, sómente o da microsot…

    Nao teve problema… Os que nao conseguiam usar Openoffice, estavam livres para ir na livraria catarinense e comprar (com o proprio salario,claro…) um Office da microsoft… instalar no computador dele, quando for embora da empresa, claro.. levaria o seu “office”…

    Resultado: NENHUM dos funcionarios comprou Office, e todos foram felizes…

    Junior (usuário não registrado) em 22/11/2012 às 8:28 am

    É claro que a idéia é usar SL…

    Se fosse para pagar licenças Ms-Office para ler/escrever ODFs, não teria porque adotar o ODF… Poderiam ir de ooXML mesmo..

    “Palmas para o quê? Usar padrões abertos deveria ser encarado como obrigação, não como favor.”
    Sim, é uma obrigação. E deve rolar umas palmas sim para um governo quando ele cumpre com sua obrigação…

    Reikainosuke Nekomata (usuário não registrado) em 22/11/2012 às 9:08 am

    @Junior: sim, infelizmente são poucos os governos que cumprem a sua obrigação.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 22/11/2012 às 2:49 pm

    Marcos

    “Infelizmente os formatos proprietários da MS são tão populares que os desenvolvedores gastam mais esforços neles do que em tornar o ODF interoperável.”

    Nã, inverteu as coisas.

    Não é por “investimento” que se torna mais “interoperável”. É porque não se tem alternativa(ou percepção de falta de alternativa). Ou se segue o jogo do monopólio, ou se fica de fora.

    E por haver uma implementação que é a referência: A da MS. E de novo, não por qualidade, e sim por falta de alternativa, durante anos.

    Isso é uma coisa, outra é melhorar mesmo como os programas com ODF nativo funcionam. Sempre lembrando que aqui mesmo já se noticiou que a MS fazia “interpretações próprias” (para ser gentil) de como abrir e gerar um ODF pelo seu Office.

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