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Único desenvolvedor do Pinta declara a morte do projeto

O Pinta, inspirado no Paint.NET, é um editor gráfico que atingiu recentemente sua versão 1.0 e frequentemente é aclamado como o bom ponto intermediário entre aplicativos com menos recursos, como o Xpaint, e aplicativos com funções mais complexas, como o Gimp.

Descrito como uma forma simples e poderosa de desenhar e manipular imagens no Linux, o Pinta vinha agregando número crescente de usuários ao longo de anos recentes, a ponto de ser descrito algumas vezes, em comentários de leitores do BR-Linux, como o sucessor escolhido por eles para as tarefas que anteriormente executavam no Gimp.

Hoje, entretanto, chegou ao meu conhecimento a notícia de que o único desenvolvedor do projeto o considera morto, em termos ao mesmo tempo lacônicos e claros: “O Pinta está morto porque não tenho qualquer desejo de trabalhar nele, e eu era o único a trabalhar nele”.

Lamento pela descontinuidade, mas ao mesmo tempo o fato de tratar-se de um projeto open source oferece a garantia de que os interessados em dar continuidade possam fazer um fork da última versão e seguir em frente. Veremos se isto acontecerá! (via omgubuntu.co.uk)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-09-08

Comentários dos leitores

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    Guilherm_ (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 9:16 am

    Era meu editor favorito para imagens, pouco complicado se comparado ao gimp e mais completo que o basicão, agora qual vai substitui-lo?
    =/

    Marcelo Mendes (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 9:37 am

    @Guilherm_, ele vai estagnar por um tempo, mas não significa que ficará indisponível. Pela maturidade do código existe a possibilidade de alguém tocar o barco. Assim esperamos.

    Zhu Sha Zang (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 9:38 am

    Quanto mais usuários menos desenvolvedores. “Quem não devolve para a comunidade é idiota”, né?

    Joao (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 9:56 am

    A não adesão de outros desenvolvedores ao projeto seria por ele usar Mono ? o Pinta usa Mono ?

    Adriano (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:18 am

    E uma dúvida: a continuidade de um projeto de código aberto/software livre, que o desenvolvedor inicial abandonou, é necessariamente um fork?

    Joao (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:20 am

    É vi varios .cs de CêSharope :).. antes que digam eu sei que é xarope é com x..
    Vale a pena dar continuidade em um projeto cuja plataforma esta praticamente morta?

    linuxer (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:24 am

    Isso é que dá usar mono num projeto. Não vai atrair ninguém mesmo.

    Poderiam reescrever o programa em C++, C ou até java para ter alguma perspectiva futura.

    Elder Marco (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:37 am

    Mas já apareceu gente querendo continuar o projeto. Chegou até a perguntar ao desenvolvedor original se pode manter o mesmo nome e tal. A discussão está rolando na lista do pinta:

    http://groups.google.com/group/pinta/browse_thread/thread/6955dc6de7b80f07?hl=en&pli=1

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 11:02 am

    Acho que continua…Mas há outras alternativas, como o Picasa e o Krita, então não vejo essa coisa desesperada, na verdade sempre achei o Pinta estranho, talvez por usar mono e ser lento pra caramba.

    ejedelmal (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 11:44 am

    Poderiam portar para Vala (live.gnome.org/Vala)

    Leandro Santiago (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 12:20 pm

    AO meu ver trata-se de um ótimo software. Hoje eu realmente me pergunto se valeria a pena reescrevê-lo, só por usar o mono. O Software está lá, funcionando, com bom desempenho (imagina uma versão em java? teria até splash screen :-)), com bons recursos e tal. Mas eu realmente não vi muito investimento das distribuições nele.

    Pra não falar que é abandono de softwares de criação, outro da área (de pintura), o MyPaint, está com um fôlego imenso e vêm evoluindo de maneira espantosa nos últimos anos/meses.

    Ou seja, pode ser que o projeto em questão, o Pinta (você pinta com meu gimp?), chegou a este estado por não conseguir atrair usuários e desenvolvedores.

    Bem que o Ubuntu poderia patrocinar (já que, querendo ou não, o Ubuntu vêm recheado de Mono) e incluí-lo na instalação padrão, pois falta um bom editor de imagens simples pro GNOME/Ubuntu.

    mcp (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 12:47 pm

    é complicado essa coisa do grátis.

    Umav Ozatroz (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 12:55 pm

    monotonia

    Kadu20es (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 2:20 pm

    Pinta vai sobreviver!
    Um software tão legal e útil para pequenos acertos, com certeza vai achar seu espaço no coração dos developers!

    Joao (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 3:18 pm

    @Leandro Santiago

    ‘Software está lá, funcionando, com bom desempenho (imagina uma versão em java? teria até splash screen :-))’

    Falar é facil… mostre-me os benchmarks.

    Engraçado …grande parte de quem fala que o Java é lento nunca efetivamente programou em Java (ou programou muito tempo atrás quando era realmente lento ou com swing que é uma carroça mesmo).

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 3:23 pm

    @Joao: Falar é facil… mostre-me os benchmarks. [2] =D

    Joao (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 3:23 pm

    Em tempo …

    Encheu o saco esse negocio do Java é lento…vira o disco ai Deuses do Assembly :)

    Bremm (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 4:51 pm

    @Leandro Santiago

    Aos poucos o Ubuntu está “arrancando” tudo que é feito em Mono do padrão distribuído. Uma das primeiras coisas foi o Tomboy.

    @João

    Realmente, encheu mesmo. Encheu tanto quanto o fato do pessoal insistir em dizer que Java é rápido.

    Pintor (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 5:25 pm

    Que é isso, daqui a pouco vai pintar alguém com pinta de desenvolvedor e adotar o projeto para – como diria vovó – pintar e bordar com o Pinta !!

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 5:38 pm

    Joao

    “Engraçado …grande parte de quem fala que o Java é lento nunca efetivamente programou em Java”

    Daria pra se dizer o mesmo de quem programa e java e vende o suporte a múltiplas plataformas como vantagem. Imensa maioria só programou em windows. E alguns ainda amarrando ao SO, com caminhos e APIs.

    “quando era realmente lento ou com swing que é uma carroça mesmo”

    Não é pra fazer nada gráfico desktop então, só servidor ?

    Ou usar o que? SWT, que apela pra API gráfica do sistema, que NÃO é java ?

    psantos (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 6:32 pm

    Pintou sujeira!

    jrk (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 8:07 pm

    É um excelente programa, com certeza terá continuidade (nem que seja com outro nome).

    Marcos (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 9:03 pm

    @Weber Jr., você foi o exemplo perfeito de quem ou não trabalhou efetivamente ou tem anos que não trabalha e não acompanhou a evolução.

    JAVA (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:42 pm

    Java ja me deu casa, carro,playstation 3, viagens…
    Java é o maximo. Quem não tem capacidade pra aprender ,adora falar mal e monte de mentiras.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:44 pm

    Marcos

    “você foi o exemplo perfeito de quem ou não trabalhou efetivamente ou tem anos que não trabalha e não acompanhou a evolução.”

    Já me fiz útil para algo, coisa boa.

    Agora ajude a mim e aos demais que não conhecem tanto. Qual opção mais eficiente com Java para desktop ?

    Caio Ribeiro Pereira (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 10:59 pm

    Se eu tivesse tempo livre juro que iria dar um fork para aprender mais sobre o Pinta, poxa é um excelente projeto par a Linux.

    Leandro Santiago (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 11:27 pm

    @all. Foi brincadeira o meu comentário com relação ao Java. Não, nunca programei em Java, mas reconheço seus méritos. A implementação da Sun é bastante rápida e em vários aspectos bate implementações linguagens como C++ (que possui capacidade de expressão semelhante) em aspectos como alocação/desalocação de memória.

    Vejamos bem: o Pinta é escrito em C# e usa Gtk# para a interface. O port do Gtk pra C#, pelo que vi, está bastante evoluído, talvez bem mais que o port para Java (por favor confirmem ou neguem isso). O port pra C++ (gtkmm) está de igual para igual com o original, em C. C++ seria uma boa pedida (mesmo, IMO, seria uma reescrita sem sentido, pois a versão atual funciona muito bem).

    Uma alternativa mais viável seria python, já que anda lado-a-lado com o Gtk e GNOME. Vala talvez, mas ao meu ver é uma linguagem com futuro incerto (não é uma que eu veja como sobrevivente nos próximos 20 ou 30 anos, como são C, C++, python e Java hoje)… Enfim, só quem pode dizer isso é o próprio desenvolvedor.

    Outra alternativa é reescrevê-lo em C++/Qt. Ao meu ver o Qt é o framework open source mais promissor da atualidade. Mas a mudança no código seria tão grande que não valeria a pena o investimento no Krita, por exemplo? O problema do Krita é depender do KDE. É, talvez uma versão Qt sem KDE seria legal…

    Particularmente para mim seria um projeto legal pra investir, se não fossem os meus 500 projetos não começados ou não-acabados e minha incrível falta de tempo (até pra aprender) que abate meu cérebro dolorido :-(

    Ricardo Almeida (usuário não registrado) em 8/09/2011 às 11:28 pm

    Chama o Miguel…Quem sabe ele continua o projeto.

    Leo (usuário não registrado) em 9/09/2011 às 12:55 am

    @weberjr excelente argumento.

    Joao (usuário não registrado) em 9/09/2011 às 1:30 am

    @Leandro Santiago

    Perfeita explanação sobre o assunto :D

    Quanto ao port do GTK para Java creio que você tenha razão pela associação logica entre: GTK/Gnome/Mono/C#/Miguel

    No mais desculpa ai as palavras ríspidas (as vezes meu suco gástrico fala mais alto)

    Juan (usuário não registrado) em 9/09/2011 às 8:35 am

    @Weber Jr.
    “Ou usar o que? SWT, que apela pra API gráfica do sistema, que NÃO é java ?”
    Pode usar tanta coisa com o Java, inclusive o GTK.

    cochise (usuário não registrado) em 9/09/2011 às 9:03 am

    comparar pinka e krita ou mypaint é não conhecer a área.
    Krita e mypaint são programas para DESENHO, não edição de imagens. O foco é desenho digital com tablets e tudo mais. Inclusive rolou uma discussão legal quando o krita decidiu deixar de ser um software de edição de imagens.
    Hoje realmente existem poucas alternativas para edição de imnagens para linux. Perder o pinta é triste, mas praticamente não me afeta, uma vez que gosto muito do GIMP.
    Mas comparem os comentáios aqui com os do OMGubuntu.
    Até agora ninguém entre os afetados ou realmente chateados se ofereceu para fazer código ou testar as novas versões como lá. Interessante.

    Rafael "Monoman" Teixeira (usuário não registrado) em 9/09/2011 às 10:23 am

    Já fiz o fork do fork do Cameron White para ver se ajudo.

    Com o Robert Nordan, vamos criar uma organização do github para centralizar o desenvolvimento futuro.

    Stay tuned, Pinta is alive… and kicking!!!

    Leandro Santiago (usuário não registrado) em 9/09/2011 às 11:51 am

    @cochise, não comparei o mypaint com o pinta. Disse que o MyPaint é um projeto com bastante fôlego e vem evoluindo muito, algo que não acontece com outros projetos da área (não disse de edição de imagens, para para quem trabalha com criação digital).

    David Revoy, um dos principais artistas e “evangelizadores” do MyPaint mesmo costuma utilizá-lo ao lado do gimp (e blender, e alchemy e recentemente krita), para suas criações. Ou seja, muita gente que trabalha com criação digital também precisa editar. por isso é necessário um bom editor. Ah sim, este foi um dos caras que trabalharam no curta Sintel.

    Minha comparação não foi em funcionalidade, mas em “investimento” e interesse dos usuários pelo projeto. O MyPaint tem isso. Mas me parece que o Pinta não. O desenvolvimento do MyPaint está bastante movimentado e há muita gente realmente ansiosa pelo seu futuro.

    E não, não trabalho na área, mas tento acompanhar o desenvolvimento de vários destes projetos, mesmo que de longe, só olhando.

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