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PC World promove o velório da expectativa por um “ano do Linux no desktop”

A ideia de que (1+`date +%Y`) seria o mítico “ano do Linux no desktop”, em que ele passaria a ter presença majoritária neste mercado, circulou por vários anos consecutivos na década corrente mas, pelo que me lembro, já não circula há algum tempo, e não parece ser o alvo de muita gente – certamente não é o meu.

Mesmo assim o articulista Robert Strohmeyer, da PC World, escreveu um artigo buscando sepultar a ideia e, embora lance mão de argumentos dos quais eu discordo e de expressões que eu não usaria, posso afirmar que me parecem razoáveis as conclusões objetivas que identifiquei no texto, de que:

1) depois de não ocorrer no alinhamento de condições favoráveis registradas em 2008 (rejeição do Windows Vista, explosão dos netbooks, destacados avanços na usabilidade das distribuições), fica a impressão de que seria necessária uma conjuntura ainda mais especialmente favorável para que este “ano do Linux no desktop” ocorresse.

2) um cenário em que uma forma modificada do conceito “mercado do Linux no Desktop” possa se beneficiar de eventuais avanços dos aplicativos residentes “na nuvem” ainda parece bastante possível.

3) os dispositivos móveis talvez sejam os herdeiros das expectativas de expansão considerável do Linux nas mãos do mítico “usuário final”.

4) quem tem motivos para usar Linux no desktop hoje provavelmente continuará tendo, o que se reduz (ou não aumenta tanto quanto previsto pelos otimistas da primeira metade da década) é a taxa de novas adesões.

Mas não se engane: minha interpretação é subjetiva, e a forma como o autor do artigo original descreve tudo isso parece bem mais com um troll do que com uma avaliação isenta.

Começa assim:

Estamos aqui reunidos para dar adeus às intenções do Linux de se tornar um sistema operacional para desktops competitivo.

Ele deixa para trás segurança, estabilidade e grandes avanços de usabilidade, de performance e de compatibilidade. Deixará, também, saudades e uma legião de fãs que, simplesmente, não vê mais porque usar o sistema, filho de Linus Torvalds e do Minix, do Unix e de outros queridos membros da família *x. (via pcworld.uol.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-10-19

Comentários dos leitores

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    Magic (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:12 pm

    Acho que o mais fail é quem fica criando estas expectativas. Que nem objetivo tem. Pois o que é o ano do Linux para ele? quantos por cento do mercado?

    Para mim somente a nata intelectual geek usando Linux já esta bom.
    Podem trolar e falar mal do Linux na minha cara que eu nem ligo, taco um f****** e deixo a pessoa viver na sua ignorância.

    luiz (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:26 pm

    O jeito agora vai ser BSD então.

    E olha que eu gostava de usar Linux, mais já que acabou acabou.
    Sentirei saudades do meu Arch Linux.

    Mr. Isaac (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:26 pm

    Dei até risada aqui quando li….rs
    Uma legião de fãs que não vê mais motivos de usar o sistema????
    Quanto mais eu uso, mais quero usar….kkkkkk.

    Junin (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:28 pm

    LOL

    Não consegui passar do segundo parágrafo.

    “Ele deixa para trás segurança, estabilidade e grandes avanços de usabilidade, de performance e de compatibilidade. Deixará, também, saudades e uma legião de fãs que, simplesmente, não vê mais porque usar o sistema, filho de Linus Torvalds e do Minix, do Unix e de outros queridos membros da família *x. “

    Por que alguém que usa o sistema hoje não vai parar de deixar de usar?

    Ridículo.

    Cícero Moraes (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:28 pm

    Eu também acho que está perfeito do jeito que está.

    Linux em desktop se traduz em acalentar os vícios de usuários mimados e avessos ao estudo e compreensão.

    Grande abraço!

    Alex Bars (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:43 pm

    Dorgas…

    Usando Linux a 4 meses(casa/trabalho) não tive um motivo se quer para retornar ao Windows e MAC…umas vez que até os Programoes(Dreamweaver/Photoshop) e Jogos, estão quase todos rodando tranquilamente…perdi as ultimas necessidades do WIndows/MAC!

    Diogo Bohm (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:44 pm

    Não consigo acreditar que acabou… como pode?! É hora de voltar para o windows, escutar música no Winamp, compartilhar arquivos no Kazzaa, instalar o AVG e o regCleaner, de repente até um firewall, tipo o ZoneAlarm, baixar denovo o DownloadAcelerator, instalar o trial do Winrar de algum CD empoeirado, enfim, voltar para esse mundo perfeito do software proprietário, mal escrito e mal documentado? :)

    Acho que falta o que fazer na PCWorld, pra uma abobrinha dessas ser publicada. Se bem que é sensacionalismo e é disso que a mídia vive mesmo…

    A. Romero (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 3:54 pm

    Embora usuario de Linux, tambem concordo que é pouco provável que ele vingue no Desktop, simplesmente porque ele não é a “melhor” opção para a imensa maioria das pessoas.

    O “Ano do LINUX no Desktop” já aconteceu a algum tempo e as pessoas ainda nem se ligaram nisso.

    Não é o fato de a maioria querer usar, mas sim o fato de ele atender com folga o que a maioria precisa é o que caracteriza essa marca.

    O LINUX vai levar ainda muito tempo para vencer a INÉRCIA das pessoas.
    Mas quem quiser usar o DESKTOP LINUX hoje vai se sentir totalmente a vontade e ser feliz.

    Aqui em casa temos 5 computadores, 3 com Linux e 1 com MacOS X e 1 com Windows, e não estou contando as VMs, então o linux ta ganhando de lavada por aqui. :D

    bruno buys (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:07 pm

    Muito provavelmente o que estava incorreto era a expectativa inicial, de dominar esse mercado.
    Por outro lado, o GNU/Linux está muito bem como sistema de nicho. Somos suficientemente importantes para que haja drivers de dispositivo para nosso sistema (ok, poderia ser melhor, mas não dá pra dizer que é um desastre), sabemos compartilhar a informação necessária pra resolver problemas, temos desenvolvedores competentes envolvidos, o que mais precisamos?
    Sinceramente, não vou negar que gostaria de ver a microploft perder mercado, mas isso está muuuito longe de ser uma prioridade minha.
    Hoje em dia (e já faz bastante tempo que é assim), eu consigo pegar um micro só no hardware, baixar tudo que eu preciso da internet e ter um computador funcionando em coisa de 2 ou 3 horas. E sem fazer nada ilegal. No fim tenho um micro mais rápido, mais sólido e melhor que qualquer win. Não tenho nada do que reclamar.

    Joao Mandl (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:08 pm

    Uma das matérias mais infeliz da IDG .. rs
    Sem comentários …

    Junin (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:09 pm

    Só uma pergunta, terça que vem é a missa de sétimo dia?

    Peterson (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:12 pm

    Eu vou continuar fazendo o que faço. Enquanto ele funcionar bem pra fazer o que eu e a maioria das pessoas faz hoje em dia, vou continuar usando linux e recomendando pra quem não aguenta mais insegurança, instabilidade e etc.

    Anderson R. (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:23 pm

    Linux como panacéia libertadora e salvação do mundo está morto mesmo. Resta o software em sí, que é o que “vive” em nossos Pc’s e servidores.

    Pois é. Ele morreu.

    Morreram aqui na empresa 1.200 desktops Linux.

    Morreram também perto de 20.000 desktops Linux em nossos clientes.

    Que triste essa terça-feira…

    PoolS (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:28 pm

    Acho que vale a reflexão…
    O Desktop em si é algo com data para mudar.
    O Android é um linux e muitos utilizarão sem saber.
    No fim tem o começo.

    Até mais,

    HeDC (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:34 pm

    A pesada corrupção governamental ajuda muito o MS-Windows e outras porcarias em termos de software. Se os governos usassem o q se deve, SL/CA, a situação seria BEM diferente! E tudo na vida fica cada vez mais dependente da informática e nada de Política de TI “de gente” salvo raras excessões.

    o (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:34 pm

    Os problemas que acontecem com o linux no desktop acontecem com quase todos os outros softwares que não são os líderes de mercado.

    Se o problema do linux fosse usabilidade e facilidade como dizem, o mercado do MacOS X seria muito maior, o que não ocorre.

    O que impede o avanço do linux nos desktops é simplesmente a quantidade de arquivos em formatos proprietários legados, a falta de oferta de versões linux dos programas proprietários principais do mercado e a inércia e má vontade das pessoas em mudar o status quo.

    Uso linux há mais de 8 anos em desktops e servidores (e agora no celular tb) porque não tenho má vontade em aprender coisas novas, não possuo grandes legados de arquivos e programas e nunca fui dependente de um ou outro software proprietário exclusivo para windows.

    kashmir (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:35 pm

    Dear Torvalds

    I’m sorry but Linux is dead. :-(
    Would you like to drink tea tomorrow?

    MrBiTs (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:37 pm

    Cada dia mais me convenço de que IDG é algo que não deve ser levado a sério.

    benjamim.gois (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:42 pm

    Para mim o problema nunca foi o Linux em sí, para mim o grande problema sempre foi o openoffice. Não há como mudar para um sistema operacional alternativo e ter problemas diariamente com formatação de todos os arquivos da empresa, afinal pessoas não usam um sitema operacional e sim os aplicativos que rodam sobre ele. Acredito que se o Openoffice fosse a suíte dominante do mercado estes números poderiam ser diferentes. But, maybe it’s too late.

    José Luís (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 4:49 pm

    Provavelmente esse Robert Strohmeyer é mais um da linha de John C. Dvorak…

    @benjamim.gois

    O erro ai é jogar a responsabilidade pelos problemas de formatação em cima do OpenOffice, principalmente quando eles ocorrem na importação de formatos que não são nativos dele.

    Para ver isso, basta abrir um documento ODF feito no OpenOffice lá na suite MS Office.

    Na maior parte das vezes vai ocorrer problema de formatação.

    E olha que nesse caso do problema do MS Office não existe desculpa, afinal o ODF é aberto e deveria ser funcionar bem no MS Office. (não existe nada escondido sobre o ODF ao contrário do DOC e DOCX).

    Ou seja, a falta de competência na formatação pesa mais do lado do MS Office do que do OpenOffice.

    @benjamim.gois

    A solução para a sua reclamação pode ser algo parecido com o que fizemos aqui:

    http://bsrsoft.wordpress.com/2010/10/15/bsrsoft-deixa-de-usar-doc-e-docx-em-favor-do-odf-open-document/

    Posso dizer que está funcionando bem, apesar de fazer só alguns poucos dias.

    Foi meio radical, mas funciona bem.

    Bruno Cabral (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:00 pm

    O ano do Linux é o ano em que ele possui uma legião de usuários!!!
    Só pra refletir, a comunidade no orkut Kubuntu Brasil tem cerca de 3.900 e a Ubuntu quase 40.000 membros. Isso só contando duas variantes de uma mesma distro, pois se somar-mos as 3 principais distros, dá bem mais.

    Juan (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:05 pm

    Tomei um susto quando liguei meu laptop e vi um fantasma saindo do Grub…

    Xinuo (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:12 pm

    Ué @benjamin.gois, vc está usando .DOC e/ou .DOCX no OO e vai querer que funcione 100%?!?!? Acho que uma melhor migração WIN -> GNU/Linux é feita primeiro instalando no Windows os programas que tb rodam no GNU/Linux, depois com o tempo vai desinstalando os programas proprietários do Windows de modo a deixar só os programas comuns aos dois SOs, daí um belo dia substitui o Windows por alguma distribuição, previamente testada.

    nerdsabetudo (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:16 pm

    o Linux no desktop vai acontecer em 4 anos e será com o Android, LOL!

    nerdsabetudo (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:17 pm

    ah, desktop não mmorreu? Hoje que saiba notebooks, netbooks, tablets e smartphones vendem muitooo mais que desktops, LOL 2!

    É por matérias que nem esta que a imprensa, tal como a conhecemos, encontra-se em plena decadência e desacreditada. Hoje obtemos informações sérias em blogs, em sites interativos, enquanto jornais e revistas ficam cada vez mais desacreditados. O desespero os leva ao sensacionalismo barato.

    A informação hoje nos vêm mais pela participação de internautas bem informados e até pelo twitter, de onde recebemos notícias que os jornalistas demorariam pelo menos um dia.

    Não tenho nada contra a profissão, pelo contrário, mas os seleciono com rigor.

    Rafael A. de Almeida (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:26 pm

    Que pena, eu gostava tanto do Ubuntu :(

    Falando a verdade é que a experência do usuário comum com os ambiêntes linux é muito ruim eu vejo isto em 3 pontos:

    Primeiro é forçar o usuário em aprender a mexer em um ambiente diferênte onde ele quer só trabalhar.
    Segundo os problemas parecem ser sem solução pois ninguem aparece para dar uma dica para resolver tarefas simples do dia a dia pois nenhum de seus colegas entem de linux.
    Terceiro a irritante e constante incompatiblidade com dispositivos por que sempre tem algo que não funciona no linux pode ser o winmodem ou placa wireless ou a impressora exclusiva para windows pro usuário não funciona e ponto.

    É claro que se pode falar em culpa de fabricantes de hardware e usuários que não querem aprender mas o fato não muda o usuário prefere o windows em que tudo funciona. E se você for falar em virus e formatações a verdade é que com antivus gratuitos e com o sistema razoavelmente estavel como o windows xp ou superior o usuário comum vive tranquilamente chamando um técnico para formatar seu PC no maximo 1 vez por ano o que é bem confortavel para o usuário.

    Aliás nem o preço faz diferênça pois se ele paga R$ 2500,00 em 10x R$ 250,00 para não ter dor de cabeça ela não vai preferir pagar 10x R$ 200,00 para levar para casa algo que ele não conhece.

    Conan (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:28 pm

    Vamos fazer um fork. Pode se chamar YAULOS (yet another unix-like operationg system).

    self_liar (usuário não registrado) em 19/10/2010 às 5:37 pm

    Na minha opinião um novo ano do linux deve ser:

    1)Toda a sociedade respeitar os setores da sociedade :por exemplo,eu não gosto de patentes de software nem de copyright abusivo,mas respeito quem quer viver assim,no entanto ,patentes e custos pesados do copyright só devem valer para eles.
    No geral , o software livre quer seu conjunto respeitado na hora das intersecções.

    2)Ter capacidade de sustentabilidade e desenvolvimento suficiente para enfrentar os desafios que outros setores da sociedade nos impõe.Por exemplo,quando a interface gráfica nasceu o software livre teve muita dificuldade de acompanhar por causa de falta de recursos.
    Espero que hoje a sociedade esteja mais consciente das inovações e que o software tenha recursos minimamente suficientes para suportar as demandas dos outros setores da sociedade.

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