Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Livre: Google muda licença do WebM

Depois das discussões da semana passada sobre a possibilidade de a licença escolhida para o WebM não ser verdadeiramente open source, uma mudança esclarecedora: o Google trocou a sua licença do WebM, que era um texto próprio, no estilo BSD mas com modificação para proteção contra patentes, e agora adotou uma licença de copyright puramente BSD, livre e open source, e sem aditivos.

O texto concedendo o direito de uso das patentes e definindo as condições em que isso ocorre, que foi a causa da modificação original, foi movido para um termo de concessão adicional que trata exclusivamente sobre patentes, sem misturar com licenciamento de copyright, e evitando a confusão, ao mesmo tempo em que continua cedendo o uso das patentes do Google como anteriormente – exceto para quem tentar usar suas próprias patentes contra o WebM. (via lwn.net)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-06-07

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 10:04 am

    Eu acho que eles querem abafar o caso rapidamente…

    Ficou claro que outro problema mais importante está por trás dessa mudança rápida… google não usa licensa open source, mas “vende” seu peixe falando que é open source.

    Eles mudaram a licensa rapidamente para que não fosse verificado pela OSI para utilizarem o termo open source…

    Insano (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 10:14 am

    Se licença BSD não é open source o que é então?
    A única licença livre de verdade, tudo pode empacotar e vender sem medo de ser feliz.

    Felipe (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 11:22 am

    @Insano, essa é uma concepção dentre outras. Outros podem afirmar que por não exigir a manutenção da liberdade recebida, a licença BSD não tem um compromisso tão grande com a liberdade como as GPL-like.
    Isso porque a ênfase na liberdade é diferente, as BSD enfatizam a liberdade do ponto de vista mais individual [e na minha opinião, egoísta pois possibilitam a "liberdade" de reduzir a liberdade de outros ao não manter o código aberto], já as GPL retiram essa “liberdade” para garantir uma liberdade maior em termos mais coletivos.

    Paulo Scearin (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 11:36 am

    Boa observação do Felipe, nunca tinha pensando por este lado que a GPL garante liberdade em termos coletivos e a BSD em termos individuais.

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 2:27 pm

    @Insano,

    Se licença BSD não é open source o que é então?

    Quem falou que não é open source? A licença BSD em questão é LIVRE e é OPEN SOURCE. O que poderia ser ou não open source é a licença do google, que por um acaso é uma versão modificada da tal BSD.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 3:26 pm

    meu comentário anterior foi principalmente sobre a questão do google não querer que sua licensa fosse colocada em prova pela OSI… o que foi conversado na notícia anterior… não quis dizer que licensa BSD não é open source.. quis dizer que a variação do google sobre essa licensa não é.

    A licença BSD de 3 cláusulas não é aprovada pela OSI?
    http://opensource.org/licenses/bsd-license.php

    Quem não estava no rol das licenças aprovadas pela OSI era a licença anterior adotada para o WebM. A nova licença, estilo BSD, consta entre as aprovadas pela OSI sim.

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 4:35 pm

    Bem que me avisaram que esse negócio de BSD pra lá, BSD pra cá era ambíguo demais…

    Quem não estava no rol das licenças aprovadas pela OSI era a licença anterior adotada para o WebM. A nova licença, estilo BSD, consta entre as aprovadas pela OSI sim.

    A licença anterior era estilo BSD. A nova licença não é apenas estilo BSD. A nova licença é a licenças BSD de 3 cláusulas!

    Só que agora tem duas licenças, uma para as patentes e uma para o material sob direito autoral.

    Mudando de assunto, acredito que em alguns lugares (EUA?), a licença para as patentes envolvidas está implícita. Portanto, acredito eu, que nesses lugares a revogação da licença para as patentes não tenha muito efeito. No entanto, se a implementação não for a do google, ou derivada, você provavelmente precisa de uma licença para as patentes à parte. Mas é só um “eu acho”.

    @André Caldas, isso pq uma coisa é o algoritmo de compressão do codec. Outra coisa é a implementação. Implementações geralmente não tem patentes. Algoritmos sim…

    Coisa parecida com os decoders de mp3 que existem no Linux, como o ffmpeg, o vlc, xmms… Se não me engano são códigos distintos e “from stratch”, mas o formato mp3 é coberto por licenças.

    Me corrijam se eu estiver errado. Colocar uma licença que englobe algoritmo e implementação não é uma boa e o google fez bem em separar as duas coisas.

    Ah sim, eu já tô usando a libvpx, e espero não ser processado por ninguém! :-)

    Sim, a nova licença é a que a FSF chama de “Modified BSD License”, e descreve como sendo às vezes chamada de licença BSD de 3 cláusulas, como você parece preferir. É também o template de licença que a OSI chama, em seu índice de licenças open source, de “New and Simplified BSD Licenses”.

    Mas a FSF também adverte, com razão na minha opiniao, sobre o risco de referenciá-la como “a licença BSD”, porque pelo menos mais uma licença diferente já teve esta mesma denominação. Ultimamente venho preferindo chamar de “estilo BSD” as licenças baseadas neste template, porque cada uma tem texto próprio, e quando – para evitar a confusão sobre a qual a FSF adverte – chamei de “Modificada” e de “Simplificada” causou reações indesejadas.

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/06/2010 às 5:06 pm

    [...] às vezes chamada de licença BSD de 3 cláusulas, como você parece preferir.

    Na verdade, o que acontece é que eu nunca sei os nomes certos. :-)
    Talvez o melhor seja um link para o texto da licença.

    @tenchi,

    Eu também acho necessário que se tenha uma licença separada para as patentes. Mas eu acredito (com muito pouca convicção) que quem utilizar o código do google tem, em alguns países, duas licenças, uma implícita na licença do código e uma explícita. Se ele usar suas próprias patentes contra o WebM, perde a licença explícita, mas e a implícita? Sacou?

    De fato, os termos sobre patentes que o google queria adicionar foram provavelmente inspirados na GPLv3. O Stallman explica um pouco sobre a licença implícita.

    A ideia do Google sempre foi lançar sob uma licença livre, a única forma de se conseguir ter chance de virar um padrão pro HTML5. Ele só precisava saber se suas alterações não trariam problemas no licenciamento, fez o certo.

    Como Apple e cia devem entrar com dezenas de especialistas procurando patentes pra boicotar a especificação, eles estão mais que certos de tomarem seus cuidados.

    Heaven (usuário não registrado) em 8/06/2010 às 9:06 pm

    @tenchi

    Patentear um algorítmo é um completo absurdo, é como fazer um for e dizer que é seu.

    Patente de software é a coisa mais estúpida que já vi na minha vida, principalmente numa área onde o principal foco é a própria inovação, uma coisa é patentear um padrão ou idéia que tenha redução de custos de materiais e meios de produção, outra é patentear somente uma idéia da idéia, de algo que está longe de qualquer padrão ou mesmo abstração, já a nível de código ou de algoritmo é sabido que o mesmo código de uma máquina nunca será o codigo de outra, melhor, se considerarmos as dependencias de cada algoritmo de uma única patente (que envolve obrigatóriamente outras possíveis patentes de software) então os próprios idealizadores da patente seriam obrigados a pagar por incluir outras patentes em seu código.

    Um exemplo de estúpidez é a própria patente do mp3, que se resume a um compressor de stream, assim como tantos outros, se o mp3 fosse de fato o primeiro compressor de stream do planeta (impossível) faria sentido (mesmo que absurdo), mas mesmo que a forma de compressão seja melhor a mesma nem de longe apresentar um carater inovador.

    Para mim a coisa é tão distorcida que é difícil dizer se de fato tem um carater inovador ou é somente uma melhoria de algo existente, entretanto a nível de software que nada mais é que instruções de processador a coisa só piora, já que instuções divergem tanto a nível de linguagem quando a nível assembly o que de todo caso divergiria do algorítmo em si.

Este post é antigo (2010-06-07) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.