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Red Hat sugere 3 itens que a MS pode tratar se quiser se aproximar do código aberto

Os anúncios de quinta-feira da Microsoft continuam rendendo muitas análises e comentários, e o vice-presidente da Red Hat, Michael Cunningham, joga no time dos céticos, juntamente com a Comissão Européia, que lembrou que a MS já fez promessas bonitas no passado.

Mas Cunninghem tem uma sugestão interessante caso a empresa queira mesmo, mesmo, mesmo aproximar-se do código aberto. Interessante como tema para debate, naturalmente, pois a chance de a MS atender a estas sugestões está no campo dos infinitésimos, na minha opinião.

Mas são passos relativamente simples, em si e considerados nas CNTP. Vamos a eles:

  1. Adotar suporte completo ao ODF
  2. Modificar a sua oferta de uso de suas patentes para que não seja mais incompatível com distribuição usando a mais popular das licenças de código aberto
  3. Não distinguir entre uso comercial e não-comercial em sua promessa de não processar quem venha a colocar suas patentes em software livre

De fato, me parecem 3 pontos razoáveis para alguém que queira se aproximar do modelo aberto e de seus desenvolvedores e distribuidores. Ao mesmo tempo, não me parece razoável esperar que a Microsoft atenda a estas sugestões. A não ser que as circunstâncias a obriguem, mas essas coisas não são rápidas, como o pessoal da Comissão Européia vem percebendo.

Saiba mais (arstechnica.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-24

Comentários dos leitores

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    Lucas Fernando (usuário não registrado) em 24/02/2008 às 5:49 pm

    Isso que é ultimato da Red Hat.

    Renato (usuário não registrado) em 24/02/2008 às 6:30 pm

    O que a Red Hat quer mesmo é que a Microsoft licencie seu código fonte pela GPL, ou seja, dê de graça para qualquer um o resultado de milhões de dólares gastos em pesquisa e desenvolvimento.

    tsc (usuário não registrado) em 24/02/2008 às 7:05 pm

    Realmente essa segunda sugestão…os caras da Micro$oft vão rir.
    Se mesmo dentro do SL existe brigas sobre licença.
    Quanto as sugestões 1 e 2 eu acho interessante.

    Avelino de Almeida Bego (usuário não registrado) em 24/02/2008 às 8:17 pm

    A RedHat não quer os “milhões de dólares” em pesquisa e desenvolvimento, não.
    Essa visão é míope.
    O que ela quer é o seguinte: “Microsoft, minha filha, sai de cima do muro…”
    Pra que outros não usem o código “livre” da Sra MS e depois a mesma venha e processe alguém porque resolveu “voltar atrás…”

    Abraços.

    Bem, eu acho que interoperabilidade o pessoal do SL já faz a muito tempo. O que eu queria era que a MS:

    1- Parasse de apagar as entradas de boot disponíveis na MBR. Se ela que impor a sua opção de Bootload ótimo, mas que respeite a vontade do usuário de ter a máquina em dual boot e não impeça ele de inicializar a sua distro Linux após uma instalação do Windows;

    2- Colocasse como opção de codec o ogg-vorbis e theora no WMP, ao invés de dizer que esse é um formato não suportado;

    3- Ter a opção de abrir e salvar arquivos ODF no MS Office sem precisar baixar um plugin pra isso. Mesmo que a opção padrão do MS Office seja os arquivos proprietários da MS, o usuário devera ter a opção de salvar no formato que deseja-se;

    4- Abrir a especificação o MSN Messenger, para que outros programas de chat pudessem se comunicar com a rede do MSN com total transparência: vídeo, som e arquivos.

    Interoperabilidade pra mim é isso aí acima. O resto é conversa pra boi dormir.

    Eu adicionaria mais uma, abrir as especificações do directX para que possa ser implementado em outros sistemas operacionais.

    Pra mim isto não tem nada a ver com a comissão europeia e ou sobre guerra IE e FF. Lendo estas nocias sobre a MS eu acho que o que MS está atras de algo que ela perdeu a muito tempo e está querendo recuperar, vocês sabem o que é? não? então conta pra eles Ballmer.

    Developers,Developers,Developers,Developers,Developers,Developers.

    Isto mesmo bons projetos e boas ideias mesmo que as vezes nas suas versõs 0.1 0.2 não tenham aquela interface que os usuários querem frequentemente são boas ideias e tem feito o diferêncial do linux, talves o tick tenha vindo quando a MS começou com seus de codigo aberto que não tiveram a adoção esperada por eles ou quando eles viram o nivel de contribuição do ecosistema MS para o IE 7 que tem tão poucas extensões(muitas comerciais como de bancos) que muitos acham até que não tem, enquanto o FF tem tantas extensões que muitos acham que são infinitas. Eu também tenho visto que muitas universidades publicas tem investido em pesquisa e desenvolvimento de softwares para linux ou em java. Bom somando tudo isto se a MS não começar a atrair hoje algumas das boas ideias do futuro para seu sistema o windows em massa vai ser coisa do passado.
    Imagino que alguns concordem comigo mas para quem está meio cetico pense. Se a Adobe,Corel,Borland e muitas outras empresas que com seus produtos ajudaram o windows a ser o que ele é hoje tivessem lancado seus produtos para linux e não houvessem versões nativas para windows será que somente com o MSoffice,VB,MSN e SQL server ela teria mesma posição? Eu acho que não e se os grandes projetos do futuro forem nativos do linux a MS vai enfrentar muitos problemas como o seu carro chefe o Sistema Operacinal MS Windows.

    Rafael Larcher (usuário não registrado) em 25/02/2008 às 10:59 am

    Muita prepotencia da Red Hat querer “impor” condições a uma empresa cujo valor venal mercadológico equipara-se a metade do PIB brasileiro. Teoria e prática no mundo do software livre são dois elementos completamente diferentes. Muito fácil para uma empresa com fins comerciais como a Red Hat querer que Microsoft não faça distinção entre fins comerciais e fins não comerciais. Mais comicos ainda é querer que a mesma seja 100% adepta ao projeto open document format. Mundo comico este dos “filósofos visionários” do softwsre livre.

    Beco (usuário não registrado) em 2/03/2008 às 1:56 pm

    Estou convicto que cedo ou tarde a Microsoft irá tomar esse caminho. Não será agora, mas nas próximas décadas.

    Por enquanto, estarei contente se o ODF for adotado por ela.

    Como o Mark Shuttleworth disse, a MS tem uma visão calcada na década de oitenta, com a ‘guerra de patentes’ ainda como um instrumento importante no controle de seu domínio. Os tempos estão mudando, aos poucos, e o modelo de desenvolvimento de software também. Quem viver verá.

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