Google considerando remodelar o processo de lançamento de novas versões do Android, diz o WSJ
O Wall Street Journal não identificou suas fontes, e o Google não quis comentar; mas, se confirmada, a notícia me parece boa: em próximas versões do Android, os modelos inaugurais (“Nexus”) serão feitos por até 5 fabricantes simultaneamente e com acesso antecipado ao código do sistema operacional, e em vários mercados internacionais o Google oferecerá vendas diretas deles, sem passar antes pela mão das operadoras.
Via idgnow.uol.com.br:
Reportagem publicada hoje pelo jornal Wall Street Journal revela que a Google pretende mudar a sua estratégia para o sistema operacional Android. Para enfrentar concorrentes como a Apple (no segmento de tablets) e impedir que as operadoras de telefonia celular controlem o mercado de smartphones, a empresa estaria planejando oferecer a várias fabricantes de eletrônicos acesso antecipado às novas versões do Android e vender ela mesmo os aparelhos. A reportagem cita pessoas a par da questão. Procurado, um porta-voz da Google se recusou a comentar.
A expansão das vendas diretas seria uma tentativa do Google de controlar mais recursos e aplicativos cruciais compatíveis com os tablets e celulares e Android, reduzindo assim o poder das operadoras em relação a customização aos aparelhos, disseram as pessoas ouvidas. Geralmente, as operadoras também cuidam do marketing e da venda dos aparelhos e assim exercem um controle maior sobre os serviços compatíveis com eles.
Segundo a reportagem, agora a Google vai tentar cooperar com até cinco fabricantes ao mesmo tempo para criar o portfólio de aparelhos iniciais “Nexus”, que envolve smartphones e tablets. A empresa também planeja vender os aparelhos diretamente para os consumidores nos Estados Unidos, Europa e Ásia, a partir do seu site, e possivelmente também para alguns varejistas, diz a reportagem. Os aparelhos usarão a nova versão do Android (Jelly Bean) e a empresa espera ter um portfólio completo disponível nas lojas por volta do fim de novembro.
@brlinuxblog
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Não vejo isto com bons olhos. Se igualar ao iOS para que?
O grande problema da demora dos updates são primeiro as fabricantes: todas elas querem personalizar a interface ao seu modo. Ok, se não demorassem tanto, não vejo isso com maus olhos, afinal querem se diferenciar da concorrência.
Mas depois disso, ainda vem a operadora pra querer “personalizar” o aparelho, e entupir de aplicativos que não podem ser removidos normalmente.
E esse último ponto, não afeta apenas Androids. Lembro do meu finado Nokia 5530: depois que fiz o unbrand (pra remover a identificação da Claro do sistema), apareceram nada menos que 4 updates OTA, que funcionaram numa boa.
O único contra que posso ver, é a Google sofrer alguma represália por tentar fugir das operadoras.
Mas enfim, Cyanogen neles!
A Apple tem só 3 aparelhos(só atualiza versões) com ios: Iphone, ipod touch e ipad.
E tudo só de um fabricante, a própria Apple.
Que mania de pensar tudo em função da Apple. IDG viajou nessa.
A iniciativa é interessante, mas pelo que vejo nunca mais veremos um Nexus sendo vendido oficialmente no Brasil ( assim como o Nexus One nunca veio).
venda direta é a unica forma do google manter um certo controle no android.
O que é altamente saudável, visto essa salada de versões que nos temos hoje em dia.
Acho que ja estamos calejados de saber que fragmentação ou “personalização” demais so atrapalha.
A idéia è ,que existam mais Nexus ao invés de apenas um. Pra início de conversa, torna a atualização do sistema bem mais fácil. Como um nexus tem acesso antecipado ás novas versões, mais fabricantes tem acesso mais cedo.
Além disso, a estratégia de um Nexus para a todos governar è divertida, mas criou um monstro: a Samsung. Ela ficou tão poderosa que faz um lobby muito forte para continuar na liderança para sempre. Se tiver de dividir a coroa, mais fabricantes terão chance de se destacar e equilibrar novamente o mercado Android, que hoje pertence 40% à Samsung.
A venda direta tb tira o poder excessivo das operadoras. Elas meio que boicotaram o ICS nos EUA por ter duas tecnologias dos quais elas não gostam: wifi direct e Google Wallet (NFC).
Com a venda direta e um Nexus para cada grande fabricante, aumenta a oferta de Androids puros e que terão mais agilidade nas atualizações. Para nós, consumidores, as vantagens são claras.
Finalmente a Google está tomando as rédeas do seu mercado.
De nada adianta todo o esforço que a Google faz para promover o Android, se todo o resto da cadeia produtiva não está em sintonia e nem tem motivação para fazer as coisas acontecerem.
Essa coisa de diferenciação é coisa do século passado, onde tudo era novidade e cada virgula fazia uma diferença enorme. Hoje em dia tem que ser simples e ágil, e ponto.
Essa estratégia da Google, se for verdadeira, será muito boa. As fabricantes e operadoras vão continuar com a opção de criar as suas personalizações. Mas vão ter que fazer isso sem prejudicar o usuário, porque senão o usuário vai pular fora.
De inesperado, só isso aqui: ” e em vários mercados internacionais o Google oferecerá vendas diretas deles, sem passar antes pela mão das operadoras.”
Fora isso, era questão de tempo a Google ver que precisa trazer o hardware mais para perto do software (ou vice versa).
E como o @Rael disse “Cyanogen neles!”.
As operadoras vão acabar logo com essa ideia de venda direta, pois elas gostam de ter o controle da situação e nem a Google tem peito para bater de frente com elas, caso elas se sintam prejudicadas.
quero um botão na tela chamado “Atualizar”.
Isso não vai dar certo. As operadoras devem ser encaradas como parceiras nesse ecossitema, afinal, os preços dos aparelhos são subdisiados em função dos planos contratados. A nokia sabe muito bem disso e é por isso que nesse ponto eles são bem sucedidos. O google deveria facilitar o processo de personalização e a atualização do sistema operacional deveria ser mais desacoplado das personalizações. É praticamente impossível lançar um novo android a cada ano e obrigar todos a mudarem seus produtos.
O @ted respondeu primeiro que eu. A Nokia já tentou nos EUA vender desvinculado das operadoras e até hoje paga por isso, nunca teve um mercado decente lá. O próprio Google já tentou isso com o primeiro Nexus e hoje já tenta, vendendo o Nexus atual na sua loja.
Pra esses aparelhos caros o subsídio das operadoras influencia muito, não tem jeito. Já trabalhar mais próximo dos fabricantes e colocar algumas personalizações deles já no Android puro ajudaria no ciclo de atualizações.
Como o colega disse, algumas coisas poderiam ser desacopladas das personalizações e conseguiria liberar sem precisar passar por toda a homologação. Outra ideia é criar um tipo de selo ou certificaçao pros modelos que conseguissem um certo nível de facilidade de atualização.