Entrevista iraniana com o Dr. Stallman
Uma publicação iraniana sobre Linux entrevistou o Dr. Richard Stallman, e a versão traduzida para o inglês foi publicada pelo OS News. Além da entrevista em si, que comentaremos a seguir, o contexto é interessante: o Irã não é signatário dos acordos internacionais de copyright da OMC, e na prática isso significa que softwares internacionais proprietários circulam por lá gratuitamente – e mesmo assim o interesse no Linux é descrito como similar ao existente em outros países.
Na entrevista, o bom doutor comenta ou responde (ou não) a perguntas sobre vários temas, incluindo o nome correto do sistema formado pelo kernel Linux e uma série de outros softwares, o estado do kernel Hurd, a importância de contribuir com as distribuições existentes ao invés de criar outras, sua auto-descrição como criador do movimento free software, o que ele entendeu das conversas com Linus Torvalds sobre manter o Linux licenciado sob a versão 2 da GPL, o que a FSF produz, e muito mais. (via osnews.com – “Interview: Richard Stallman”)
Tirando o fato do entrevistador martelar a história do GNU/Linux vs Linux em mas da metade da entrevista, tem coisas interessantes.
Nao li, mas pela chamada parece que a materia seria identica a uma materia feita ha 5 anos… “nome” do kernel, como vai o Hurd? o que a FSF produz?, etc.
Ou o Stallman está ficando velho (o que é óbvio), ou os jornalistas não tem assunto e estão ficando monótonos (o que é óbvio também)…
[]‘s
Júnior
“Ou o Stallman está ficando velho (o que é óbvio), ou os jornalistas não tem assunto e estão ficando monótonos (o que é óbvio também)…”
É a segunda opção, claramente. Velho todos ficamos, mas o RMS escreve sobre muito mais assuntos.
Nome de kernel, licença do Linux… Esses assuntos já foram discutidos em tudo que é lado, uma pesquisa básica do jornalista proveria opinião do RMS, dos contrapontos de outros e respostas do RMS.
@Weber: por isso o “o que é óbvio”… óbvio :)
“Tirando o fato do entrevistador martelar a história do GNU/Linux vs Linux em mas da metade da entrevista, tem coisas interessantes.”
“Nao li, mas pela chamada parece que a materia seria identica a uma materia feita ha 5 anos… “nome” do kernel, como vai o Hurd? o que a FSF produz?, etc.
Ou o Stallman está ficando velho (o que é óbvio), ou os jornalistas não tem assunto e estão ficando monótonos (o que é óbvio também)…”
esses coitados ae nem leu a entrevista, e “ESTAMOS” aqui só falando besteira pra nois mesmo… kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk :p
Eu acho que até mesmo o “bom doutor” já está ficando de saco cheio com essa história de HURD e nome do Linux.
Será que ele vai defender a abertura das tecnologias envolvendo armas nucleares?
Uma bomba atômica para todos!
@Porfírio
Também acho. Aja paciência, criar ideias que estão contribuindo para uma mudança global, e ouvir (ou ler) “melequinhas” desde a década de 1980 até 2012 e até sabe-se lá quando… realmente tem que ter saco.
Isso me lembra bem Albert Einstein na sua época.. só hoje se está começando a compreender “na prática” o que o doutor provou em cálculos matemáticos. Na época muitos idolatrávam ele, sem nem saber o que ele fazia. Situações diferentes claro. Ou Sócrates, considerado a raiz da Filosofia, do Pensamento Reflexivo e da Ciência.. e julgado por muitos de sua época como um bobo lunático, e em todo decorrer da História pela maioria, e até hoje por alguns acadêmicos e outros.
A verdade é uma só, só se permite compreender, enchergar, aceitar, apreciar.. a grandeza dos grandes homens e mulheres que marcam na História depois que estes morrem, pois não “afetam mais interesses”.
Tenham um belo dia.
@Mário RPG: hahahahahaha (e… eu já li essa entrevista antes, ou era uma muito parecida, HAUSHUASHAAUH)
@Igor Cavalcante: hahahahahaha. Pena que o Irã use Windows(tm) nas suas usinas nucleares e não goste de Software Live :)
@Igor Cavalcante, creio que o Stallman não tenha interesse nesse assunto de armas nucleares, pelo menos não da maneira que vc colocou.
Penso que ele tenha criado a licença GNU GPL para tentar fugir da obsolecência programada, para saber o que o fabricante faz num equipamento que vc acha que é seu, só pq vc pagou por ele (claro que só se o fabricante tivesse adotado a licença GNU GPL).
No hipotético caso do Irã (eu tb já ouvi dizer que eles usam Windows) estar usando GNU nas instalações nucleares e tivessem desenvolvido softwares derivados de programas GPL, eles não teriam que abrir para ninguém esses fontes. Só no caso deles fornecerem o software para outros países/empresas/etc., estas pessoas teoricamente teriam direito de ver os fontes, terceiros não teriam esse direito. Ok?
O Irã usa um sistema operacional inseguro e instável em suas usinas nucleares? Puxa, eu me descobri um egoísta pensando nisso…
Porque o que eu pensei primeiro é que eu fico satisfeito que o Irã fique tão longe.
Poxa, @Xinuo, eu acho que o GPL foi criado simplesmente pelo motivo que o Folclore conta: Essa ¨#$%@¨# não funciona. Eu preciso que funcione. Ok, eu mesmo arrumo. Código fechado. Ligo pro fornecedor e peço o código-fonte. Fornecedor não dá o código. Digo que eu vou fazer a reversa. O fornecedor me lembra de que fazer reversa quebra a licença. Eu fico %#$@¨#&. Eu crio a primeira licença livre.
“obsolescência programada” é um termo que ficou popular com o sistema das janelas, mas acho que não era um termo de mídia na época que o bom doutor criou a GPL.
@Porfírio, se essa “¨#$%@¨#” não funciona mais por conta de incompatibilidade de software, se o fabricante não quer (ou não acha interessante/lucrativo) fazer funcionar com os novos sistemas, é bem mais conveniente, para o fabricante, fazer o cliente pensar que está obsoleto e induzi-lo a comprar um novo equipamento da mesma marca (de preferência), do que ficar mantendo atualizado firmware e drivers para que funcione nos novos sistemas (atualização essa que sai de graça para o consumidor). Que palavra (ou palavras) seria mais adequada para retratar esse caso?
O fato é que mais e mais equipamentos têm software e embora um equipamento esteja de posse do consumidor, que pagou por ele, esse consumidor fica na dependência do fabricante/vendedor pois esse não abre o software para o consumidor, e o equipamento é controlado integralmente pelo software, sendo o software controlado integralmente pelo fabricante.
Então temos o caso esdrúxulo onde vc não possui o equipamento totalmente, não têm a liberdade de fazer o que quiser do equipamento, pois uma parte essencial dele não lhe pertence, vc fica limitado artificialmente pelo software que o fabricante pôs lá.
E ainda têm o problema do fabricante vigiar o que vc faz no equipamento, espionar outras coisas na rede ou no desktop onde o equipamento está conectado, deixar “porta traseira” no software, para que o fabricante possa acessá-lo e controlando-o remotamente e trocentas outras possibilidades que o fabricante têm, por ter controle total do software que roda no equipamento.
É claro que isso pode ser feito tb com software GPL, mas se o fabricante age com a falta de ética que citei acima, ele naturalmente não quererá deixar os fontes disponíveis, pois isso tornaria mais fácil alguém descobrir as burradas/traquinagens realizadas.