A importância de documentos em formatos abertos
Enviado por Eliane Domingos de Sousa (elianedomingosΘgmail·com):
“Uma pergunta me chamou muito a atenção esta semana e me fez parar para pensar sobre o assunto: “Você quer que os seus documentos, fotos, artigos, etc sejam lidos ou vistos daqui a 20 anos?”.
Leia a matéria na íntegra: [imasters.com.br/…]” [referência: imasters.com.br]
• Publicado por Augusto Campos em
2012-09-19
@brlinuxblog
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Eliane, a importância de formatos abertos é a mesma de uma comunidade por trás sem interesse financeiro, se é que você me entende.
Reinados assim, aqui nesse mundo, morrem.
Um dos problemas também se refere a arquivos de áudio e vídeo, eu já tentei migrar todas as minhas musicas para codec aberto “OGG”, mas sempre acabo voltando para “MP3″, por questão de compatibilidade, a maioria dos celulares e reprodutores de musica “MP3″, não suporta os formatos abertos e por comodidade acabo deixando tudo com codec proprietário mesmo até porque não é nada pratico ficar convertendo arquivo para passar para os dispositivos.
E não é por questão de qualidade dos codecs, o “OGG” é muito superior em qualidade do que o “MP3″, acho que faltam parcerias nessa areá, a FSF deveria tentar parcerias com fornecedores de hardware para incluírem formatos abertos…
@Rafael, nao sei qual eh o seu celular, se nele nao podem ser instalados aplicativos, ok voce estah certo, mas a muitos anos o Symbian tem tocador que suporta OGG, e com certeza tem em Android, MeeGo e outros.
Exystem muitos players portateis que suportam OGG e ateh players de mesa jah vem suportanto OGG (audio e video), alem de matroska.
Claro que nao eh a maioria, mas tem e nao eh dificil de achar.
Um ponto muito importante eh termos um grande formato aberto para projetos. Os formatos do AutoCAD e do Micro-Station sao os mais famosos, mas sao fechados. O DXF eh um antigo formato que nao concorre com esses formatos, servindo bem a troca de pequenos elementos entre programas.
Em minha opniao ter formatos abertos/transparentes como dominantes nas areas de documentos de produtividade (texto, planilhas eletronicas, apresentacoes, bancos de dados, gerenciamento de projetos, diagramas/fluxogramas, etc.), desenhos vetoriais, imagens, fotos, e projetos de engenharia sao muito importantes e de carater estrategicos, tanto para o desenvolvimento de um ecossistema aberto, como tambem eh uma questao de possibilitar a isonomia e soberania das nacoes (inclusive a nossa).
No final da matéria tem alguns links sobre legislação de municípios e estados brasileiros (PR, RJ, RS) adotando o ODF na administração pública, por exemplo:
http://www.broffice.org/publicacao_oficial_lei_15.742_ODF_ISO_2
Alguem sabe se existe uma lei análoga no estado de SP?
Uma busca superficial pelo google com as palavras-chave “lei ODF SP” não teve nenhum resultado específico sobre a questão.
Vou contra a maré e acredito que ser aberto ou fechado não garante nada. Se a pessoa quiser acessar um formato de 20 anos atrás que ninguém teve o trabalho de atualizar, basta guardar a versão do software que abre esse formato. Da mesma forma que os arquivos antigos são armazenados, as versões antigas dos softwares também são arquivos e não se auto destruirão.
Além do mais, se a pessoa tem interesse de que a informação mantenha-se acessível, ela mesma pode atualizar os seus documentos.
@ Marcos.
Quando o formato é aberto, ele pode, em algumas partes, ser lido pelo ser humano sem necessidade de programas, pois em sua maioria são arquivos xml.
NO caso de arquivos binários, não se pode garantir que existirão sistemas operacionais que consigam trabalhar com aquele software que leia aquele arquivo. Pense, por exemplo, nos arquivos gerados por programas como “carta certa”, ou outros editores de textos e planilhas antigos que hoje dão o maior trabalho para serem abertos.
Vá mais longe e não pense em 20, mas em 100, 200 anos pra frente. Aliás, para entender o que virá pela frente, temos que pensar no que aconteceu no passado, ou no que ocorre no presente: hoje documentos antigos não ser lidos porque a civilização que os produziu se extinguiu. Da mesma forma, daqui a 100 anos, muita coisa que está na internet poderá ser lixo incompreensível pois não teremos programas que possam lê-los.
Só complementando.
Você está pensando em documentos particulares, que uma pessoa guarda para si.
Mas o uso de formatos abertos é útil não apenas à preservação de documentos
particulares, mas ao conhecimento humano.
@ TIQ
Atualmente o ODF é oficialmente uma norma internacional,e é lei em vários países.
Os editores são obrigados a lerem arquivos ODF.
Isso não impedirá a concorrência. Muito pelo contrário. Fará com que a qualidade de softwares aumente, porque o formato não estará nas mãos de uma só pessoa.
Não podemos esquecer ainda que o atual formato da Microsoft para o seu Office 2013 é o Office Open XML Strict (OOXML com extensão docx), que é, também, um formato aberto, aceito e adotado em vários países, apesar de ser idealizado principalmente pela Microsoft (e não só por ela).
Então, podemos dizer que o formato aberto para documentos é uma “moda” que veio pra ficar.
(OOXML com extensão docx), que é, também, um formato aberto, aceito e adotado em vários países
Nem a microsoft implementa o OOXml.
Pelo menos, não no Office 2007:
http://www.codeproject.com/Articles/20246/Microsoft-Office-XML-formats-Defective-by-design
Os filtros de importação Open XML/DOCX da maioria das suítes concorrentes é péssimo, infelizmente. O formato ODF é fantástico, mas a maioria das pessoas não o utiliza por comodismo da suíte proprietária. É como o SVG, suportado pela Adobe e pela maioria dos browsers, mas solenemente ignorado pela fatia bitolada dos designers que preferem .ai e .CDR
A parte do OOXML eu apenas citei a título informativo.
No meu dia-a-dia, por questões de trabalho e de convicção pessoal, uso o formato ODF e o Libreoffice, pelo menos para produzir arquivos de texto, tanto no trabalho quanto em casa, para que os meus arquivos não tenham problema de formatação.
No caso de apresentações e planilhas mais complexas… um dia hei de substituir, com certeza.
@Mauricio, como disse antes, basta além de armazenar somente os documentos, armazenar o software que os lê. Simples.
@Marcos, se pensar assim também deve ser guardado o PC que roda o software, pois depois de 20 anos quem garante que os programas vão rodar nos hardwares do momento?
@Jean
Pois é. Ninguém garante que o software vai rodar futuramente.
Muitos programas antigos não rodam no Win7, nem no “cmd”.
Com o desenvolvimento da “nuvem”, não dá pra se saber se teremos aplicativos que lêem os indigitados programas daqui a um tempo.
Ademais, não seria mais simples, em vez de guardar o programa e o arquivo que os leu, o PC que roda o sistema e o escambau, guardar apenas o documento escrito um padrão aberto e armazenado na web?
@Jean,
Nem precisa guardar o PC. Pode-se utilizar de emuladores para rodar o sistema operacional ou utilizar de algum outro software. Por exemplo, tem o DOSBox que consegue rodar os programas do antigo DOS. Já usei em alguns jogos antigos e acredido que consiga abrir qualquer software antigo que se utilizasse o antigo DOS.