VLC 2.0: nova licença, novos formatos, suporte experimental a BluRay
O VLC 2.0 chegou repleto de novidades, com downloads oficiais para Mac e Windows e o aviso de procurar seu empacotador preferido para obter os executáveis para Linux (algumas distribuições como o Ubuntu já contam com soluções, e o código-fonte está disponível para quem não quiser esperar.
As novidades incluem o novo licenciamento (a GPL foi substituída pela também livre mas menos restritiva LGPL em alguns dos componentes essenciais do VLC, possivelmente evitando as condições que permitiram o conflito interno no projeto que interrompeu a disponibilização de uma versão para o iPad e iPhone anteriormente), o suporte experimental a BluRay, o suporte a novos formatos de arquivo de vídeo e áudio, incluindo vários de uso tipicamente profissional, o melhor aproveitamento da capacidade de processamento de de CPUs multi-core, GPUs e dispositivos móveis e muito mais.

Já instalei e estou usando, satisfeitíssimo. Escrevi uma coluna no TechTudo com mais detalhes.
Abaixo reproduzo abaixo o texto enviado pelo Sidney Doria, integrante do videolan.org que sempre procura nos manter atualizado sobre as novidades no projeto:
O grupo VideoLAN acaba de lançar a versão 2.0 do multi premiado Reprodutor de Mídias VLC, com o codinome “Twoflower”. O VLC é um dos projetos de software livre mais bem sucedidos da atualidade, que na sua última versão atingiu um volume de 50 milhões de downloads!
Twoflower traz uma nova interface, que para o Mac OS X foi remodelada através do projeto Google Summer of Code e ficou incrível. Além disso, traz suporte a inúmeras funcionalidades novas, inclusive a reprodução de discos Blu-Ray, e novas versões (experimentais) para Android e Windows 64-bit. Também, o novo suporte multi-core a decodificação de alta resolução e a renderização auxiliada por GPU são novidades técnicas que agradarão os usuários e os profissionais de mídia. Confiram!
No Mac é sempre mais bonito, hehehe.
No Linux e no Windows não mudou quase nada (visualmente falando), já no Mac deu uma repaginada geral, ficou bonito mesmo.
Ah, como queria ter um Mac… :sonho:
Gostei do funk do stallman, haha. A interface do Mac está bonita, só falta corrigir os bugs.
“…e o aviso de procurar seu empacotador preferido para obter os executáveis para Linux”
Tá, estou baixando os fontes e em seguida vou compilar e ainda vou disponibilizar o RPM pra quem quiser, mas seria tão difícil disponibilizar um instalador (assim como foi para Windows e Mac) para Linux?
Falta de opção não falta, tem instaladores gráficos para Linux até em loja de 1,99. Como sempre ficamos pra segundo plano… A Apple chuta os caras e como recompensa, tem instalador e visual melhor para eles.
@miranda, não foi a Apple que chutou ninguém, a licença da loja era incompatível e os próprios desenvolvedores que solicitaram a remoção.
@miranda, a questão é que, em se tratando de Linux, é melhor (mais rápido e prático) deixar o time da distribuição empacotar, pela quantidade de distros existentes. Já no WIndows e Mac, os desenvolvedores são praticamente obrigados a empacotarem, já que não há ḿais ninguém que o faça.
$ pacman -Ss vlc
extra/phonon-vlc 0.5.0-1
Phonon VLC backend
extra/vlc 2.0.0-3 [instalado]
A multi-platform MPEG, VCD/DVD, and DivX player
[blockquote]“A Apple chuta os caras e como recompensa, tem instalador e visual melhor para eles.”[/blockquote]
Pois é, eu nem digo muito do instalador, já que era só lançar um tar.gz com os binários, mas o visual melhor é realmente falta de respeito, já que daria para melhorar grandemente só se esforçando um pouco, como o cara do Musique (antigo Minitunes, também em Qt) fez.
Mas é assim, eles sempre se esforçam para dar um bom visual para a versão Mac e nos jogam às traças, ainda bem que há player melhor — e mais bonito — que ele no Linux.
Obrigado Marcos e Leandro pelos esclarecimentos!! ;)
Pra quem não quer esperar, ta na mão:
http://dl.dropbox.com/u/15983230/vlc-2.0.0-1.i386.rpm
http://dl.dropbox.com/u/15983230/vlc_2.0.0-2_i386.deb
Como foi compilado para a interface em QT, acho mais apropriado usá-lo no KDE. A interface não mudou quase nada, confira.
ops…confira aqui:
https://photos-4.dropbox.com/i/xl/s_ArZ4CL4VHOusxFIlUPivIAHFO4196KJ2bEsJdwTNk/15983230/1329843600/28a9952/vlc20.png
Quem ama não dilacera suas waifus com o VLC.
Já está disponível nativamente no vindouro ubuntu 12.04.
No ubuntu 11.10, basta tascar no terminal:
# add-apt-repository ppa:n-muench/vlc
# apt-get update
# apt-get dist-upgrade (atualizar) ou
# apt-get install vlc (para quem ainda não tem)
Dança do GNU: http://www.youtube.com/watch?v=7t96m2ynKw0
Segundo reza a lenda, era o Cardoso que estava dentro da fantasia, hehehe.
“GPL foi substituída pela também livre mas menos restritiva LGPL”
Restrições para manter um nivel de controle nas liberdades de cada um.
Para Ubuntu 10.04, 10.10, 11.04 e derivados como Trisquel é possível instalar a versão instável(2.1).
No Terminal:
sudo add-apt-repository ppa:videolan/master-daily
sudo apt-get update && sudo apt-get install vlc
Versão estável(2.0) para Ubuntu 11.10 e derivados:
sudo add-apt-repository ppa:videolan/stable-daily
sudo apt-get update && sudo apt-get install vlc
Fonte: http://askubuntu.com/questions/105587/how-to-update-vlc-to-the-latest-version
@miranda para de atirar sem mirar. O fato de não ter um binário para linux se deve justamente pela fragmentação. E olha o problema, se colocam a versão do Ubuntu, estão promovendo o ubuntu e os usuários do Suse ficam insatisfeitos. Se é o contrário, os usuários do Ubuntu ficam insatisfeito. Em ambos os casos, os usuários do Fedora ficam insatisfeitos. Levando em consideração que Linux não é compatível com Linux, a melhor decisão é sim deixar para as distros compilarem. E nem tem motivos pra achar ruim, eles são muito rápidos.
A mesma coisa acontece com o Visual. A Apple possui uma política forte de interface com o usuário (que no mundo Linux muitos, mas muitos usuários mesmos, porque algum motivo obscuro, fazem questão de dizer que é inexistente), possui documentos que mostram do porque das coisas, e uma API bem rica. É fácil e conveniente fazer a coisa certa. E outra, no mundo Apple, se vc faz um software com interface errada, você é tosco e incompetente. Até o VLC antigo era mais bonito no sistema da Apple. Novamente, fruto de padronização.
@Leandro Santiago (tenchi) É obrigação do desenvolvedor empacotar, compilar e distribuir software, e não do mantenedor do Sistema Operacional. Essa aberração só acontece no Linux pela maldita falta de padronização.
Só finalizando, o VLC ficou bem melhor. Um formato que ninguém citou mas teve uma melhora expressiva foi o rmvb, da Real Player. Esse formato é importante pq muitas séries são disponibilizada em rmvb e ele roda ruim no VLC. Agora roda liso. E o Boxee Box, na próxima atualização deve rodar bem, uma vez que eles utilizam o VLC.
Muito bom, muito bom, muito bom.
Essa versão do VLC quebrou a compatibilidade com o meu receptor de TV digital, tanto no Linux quanto no Windows. Por isso vou ter que ficar com o 1.12 por enquanto.
Mas como sou usuário satisfeito do SMplayer, não tem problema não.
@Tiago
O problema do RMVB é que a Real Networks age como uma patent troll e qualquer empresa que utilize ele e não pague leva processo, além de não ser um formato tão usado.
Só aqui no Brasil, RMVB é formato de encoder preguiçoso e de gente preguiçosa, dá para fazer MUITO melhor com VP8 ou x264 na mesma faixa de tamanho com uma melhor qualidade. O grande problema são algumas séries que só se acha nesse formato, mas que com o fim do Megaupload sumiram definitivamente.
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@Nyappy, pois é. Eu ainda tenho muita coisa em rmvb. Mas estou substituindo por mkv ou avi – h264 ou x264, desde que rode, não me interessa o formato, pode ser até flv.
Nesses outros realmente tem uma qualidade melhor e rodam mais liso. Mas ainda tenho o legado. Não dá para simplesmente jogar fora.
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@Tiago
“É obrigação do desenvolvedor empacotar, compilar e distribuir software, e não do mantenedor do Sistema Operacional. Essa aberração só acontece no Linux pela maldita falta de padronização.”
Não é aberração, existe um motivo por trás disso e aparentemente você não sabe.
Cada distribuição pode (e deve) arrumar a casa do jeito que ela bem entende, isso é o que a diferencia das outras. Sei que é chover no molhado, mas Linux é só kernel o resto é organizado pelas distribuições. Mac/Windows são “Kernel + o Resto” por isso é fácil empacotar para eles pois o Resto é o mesmo e você como usuário fica com uma opção apenas goste dela ou não.
Quanto a padronização, ela existe sim, chama-se LSB procure no google que você acha informação sobre isso.
Outra coisa, a GUI do vlc é escrita em Qt e caso as distribuições queiram elas poderiam alterar os temas padrão da Qt e disponibilizar uma interface melhor.
Outra vantagem do empacotamento por distribuição é que o responsável pelo pacote pode incluir recursos específicos da distribuição sem atrapalhar o código central do software (veja o Linux Mint + Gnome Shell 3 = MGSE).
E a principal vantagem: em caso de bugs críticos, o pessoal da distribuição pode em alguns casos corrigir o erro e entregar para seus usuários ao invés de aguardar uma correção upstream.
A RedHat é conhecida por ter diversos patchs que fazem sentido apenas para eles e seus clientes sendo assim os mesmos não têm razão para o código upstream.