Telas Retina e a necessidade de repensar o visual do Ubuntu
No início desta semana foram anunciados os primeiros notebooks com as chamadas telas Retina, em que os pixels individuais são indistinguíveis pelo olho humano na distância usual de operação. É uma resolução de 2880 x 1800 pixels, com 220 pixels por polegada – bem mais do que o dobro dos pontos exibidos em uma TV de alta definição, por exemplo.
Pixels são pobres como unidade de medida do tamanho de objetos na tela, porque o tamanho deles varia a cada monitor ou modo de exibição. Mas até a semana passada a variação era suficientemente pequena (entre monitores de uma mesma geração tecnológica) para continuar permitindo a prática de definir tamanhos (de ícones, menus e outros elementos visuais) em pixels, desconsiderando (ou dando pouca atenção) à sua densidade em relação à área (DPI).

As telas Retina, ou outro nome que os fabricantes venham a dar a resoluções similares, mudam isso. Com a primeira delas, no Ubuntu atual, o lançador do Unity teria 6mm de largura, e o menu principal teria 3mm de altura.
Há tempo até descobrir se esta tecnologia irá se popularizar (no momento ela só está disponível em um modelo de computador, cujo preço no Brasil está a 1 centavo de atingir a marca dos 5 dígitos), mas a questão está lançada e começa a ser discutida. (via omgubuntu.co.uk – “What Does Ubuntu Look Like on a Retina Display? Like This.”)
Quando o brasileiro médio puder adquirir um notebook com esta tela, o ubuntu já vai estar na versão 14.
Tails,
É que sacumé, Apple falou o que temos de fazer na vida essa semana, internets correndo para segui-la…
Enfim, o KDE tem solução pra isso faz um bom tempo:
Sujeito posiciona e dimensiona todo componente de tela como bem entender e tela e olhos suportarem.
Eles poderiam usar uma técnica que a gente utiliza para fazer websites bem acessíveis. Ao invés de utilizar pixeis como medida, poderiamos utilizar percentual de tela. :)
A solução para isso já existe há muito tempo e consiste em usar ícones e desenhos de modo geral no formato SVG (gráficos vetoriais)
http://pt.wikipedia.org/wiki/SVG
…ou, alternativamente, usar monitores de 50 polegadas. ;)
n é nenhum problema q n possa ser resolvido…
O GNOME Fallback tem solução para isso, o GNOME Shell também, KDE, XFCE, LXDE.
O Unity é o mais limitado por enquanto, talvez no Ubuntu 12.10 já comece os avanços, afinal, na Canonical os designers usam Macbooks, testando Ubuntu eventualmente.
De tudo o que estava escrito na matéria o que me fez refletir mesmo foi a seguinte frase:
“1 centavo para atingir 5 digitos”
Afinal densidade de informação na tela é fácil de resolver, o difícil é uma empresa esperar ser elitista a esse ponto. E o pior ter uma clientela fiel que não se revolta com esses fatores. Veja bem eu gosto dos produtos da Apple (não troco meu ipod 5.5g por nada). Só não concordo com a postura dos clientes que aceitam esses valores abusivos sem reclamar. A empresa precisa trabalhar em função dos seus clientes e não o contrário!
10k por um laptop, 2k por um telefone, ah faça-me o favor…
Mas… mas… mas…!
É tudo pelo usuário. A Canonical “jamaaaais” (sic) faria algo contra o usuário!
Quando uma pessoa senta na frente de um Mac pela primeira vez fica encantada nos primeiros 15 segundos com o visual mas não sabe identificar exatamente o que na verdade o torna tão bonito. Acontece que se vc observar cada ícone no Mac é mostrado usando a tecnologia vetorial e não bitmap como no Windows e Linux. Não sei exatamente se o UNITY é vetorial pois ainda uso o GNOME que acredito ser bitmap. Só sei que se eu comprar um MacBook Pro com Retina Display e pagar 10 mil reais não vai ser para usar o Linux a não ser que seja virtualizado !!!
Até onde eu sei os ícones do KDE 4 são vetorizados. Isso era uma das novidades quando ele foi introduzido. Resta saber como ficaria a questão das fontes.
Clésio Luiz
“Até onde eu sei os ícones do KDE 4 são vetorizados.”
Não só os ícones, barras, e todos demais componentes. Só reajustar como quiser, posição, tamanho e rotação(nunca vi utilidade para essa).
Quanto as fontes, acho que só tem problemas em programas não Qt, tipo Firefox. Ele deixa como está, deve faltar ter alguém que responda ao evento, sei eu.
O Relógio, que é do KDE, vai que vai, enquanto se aumenta o tamanho.
@Willy, são vetorizados mas renderizados para bitmap, já que não existem monitores capazes de exibir imagens vetoriais sem convertê-las para bitmap. (será realmente uma revolução quando criarem um que seja capaz) Ou seja, no fim dá a mesma coisa. Atualmente todos os grandes ambientes gráficos para Linux suportam ícones em formato vetorial.
Há fontes que não são baseadas em bitmap e o freetype, biblioteca responsável pela renderização já as suporta há eras.
Como o colega disse acima, a solução é usar técnicas já conhecidas no mundo web também no desktop. Porcentagem, dimensão física (métrica, polegadas, etc.), dentre outros. Na prática o que vai mudar será só a interface do usuário. Baseado na medida que o usuário colocar (2cm), o sistema calcula qual a dimensão em tela de cada componente.
Resumindo… O KDE é evoluído, maduro e suficiente pra qualquer monitor de qualquer resolução e tamanho. E eu adoro o KDE :-)
Além do KDE (meu ambiente favorito), desde o Vista o Windows usa gráficos vetoriais também, incluindo a fonte Segoe.
A solução é bem simples, icones vetorizados
Agora um notebook custar R$10 mil é não dar o menor valor para o dinheiro
Alguém poderia me dizer por qual motivo alguém compraria um MacBook novo com preço estimado par ao Brasil em R$ 16.000 com softwares altamente expecializados para imagem, audio e vídeo e depois instalar “Ubuntu”?
A verdadeira questão, e já falei isso mais de uma vez (aqui mesmo): se a tendência é aumentar a resolução da tela, pq reduzir a informação contida?
Muito errado remover as barras e N menus do shell gráfico, não duvido que num futuro próximo teremos desktops semelhantes a sites onde o conteúdo do mesmo fica “apertado” no centro do navegador pois não existe conteúdo para preencher os 1000+ pixel de tela.
Na minha opnião, unity para desktop não presta, e eu tento usar já tem quase 1 ano.
@Andre: porquê você quer um notebook de excelente qualidade para rodar o SO de sua escolha? E são 10.000, nao 16. Ainda exagero mas…
…ou melhor para rodar Ubuntu *também* até. Nada te obriga a remover o OS X
Oras Jeremias, paga quem quer. Tem gente que vai pagar. Eu reluto até em trocar o meu macbook white, que ainda dá pra muita coisa! :)
era de se esperar que a empresa responsável por lançar o produto estivesse mais bem preparada para utiliza=la, sempre foi assim, mas pouco tempo surgem soluções, como muitos aqui já falaram, parece que o GnomeShell e o KDE já estão preparados, outra coisa os gráficos do KDE são renderizados (transformados em bitmap) utilizando OpenGL+*+X11 acredito que seja um pouco improvavel renderizar direto um vetor na tela (passar comandos ao monitor?) uma vez que um monitor nada mais é que uma pastilha de memoria que para cada pixel tem um endereço de (32|24|16|8|1)bits a ideia de se usar SVG como icones existe desde muito antes do Kde4 isto nao é novidade no mundo linux.
Seria interessante outras pessoas postarem telas com outras distro que tenham KDE|GnomeShell|XFCE
Isto é realmente interessante, o Ubuntu veste-se de um misto marrom e laranja, abandonou o Gnome e fica pensando em Retina da Apple? O mais interessante foi ver o inicio do post, como se fosse sair amanhã uma dúzia de outros laptops com esta resolução.
Abraço pro gaiteiro.
Além do mais, a última coisa que a Apple pensaria era no Unity do Ubuntu!
Acho que ela nem sabe que isso existe, se soubesse já tinha processado por alguns plágios :-)
Alguém poderia me dizer por qual motivo alguém compraria um MacBook novo com preço estimado par ao Brasil em R$ 16.000 com softwares altamente expecializados para imagem, audio e vídeo e depois instalar “Ubuntu”? [2]
Pior que a galera de computação da UECE fez isso..
Acho o preço dos macbooks injustificáveis. Os Vaios são excelentes e não tem esse preço abusivo.
Agora sobre instalar outro SO no Mac isso é o dono quem decide. Eu faria isso com certeza, a única coisa onde o OS X supera o Ubuntu são nos softwares para áudio. Pois para vídeo o Cinerrela tá matando a pau.
Quando olho para o Unity lembro do Window Maker por causa da barra de icones lateral
Fala serio não parece uma fusão de um Gnome com um Window Maker ?
Vagner, o WindowMaker é baseado noNextStep/Openstep, que se tornou o MacOSX. Por isso semelhança.
@Joel, O Gnome continua lá, a Canonical criou um outro shell.