Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Primeiro lugar: a arrancada do uso do Kindle Fire entre os tablets Android

A Flurry Analytics divulgou seu relatório de uso de tablets Android referente ao trimestre natalino (novembro a janeiro), revelando um detalhe interessante sobre o Kindle Fire (que a empresa contabiliza como um tablet Android): lançado em novembro, ele já aparecia no gráfico no início do período, mas ao final de janeiro já se tornou o ocupante da primeira posição.

Os números da Flurry, que complementam outras pesquisas baseadas em acessos a serviços on-line ou mesmo a desempenho comercial, não medem fabricação ou vendas, mas sim a frequência de uso, calculado a partir de informações de sessões de execução coletadas pelos seus recursos presentes em ~120.000 aplicativos, incluindo vários títulos populares, de diversas plataformas móveis, que segundo ela estão presentes em cerca de 90% dos tablets Android em operação no mercado. Assim os tablets que estão guardados na gaveta (e interessam menos para as estimativas de audiência de quem produz conteúdo ou desenvolve apps) naturalmente ficam de fora.

O salto que o Fire, lançado há poucos meses e disponível apenas nos EUA, deu sobre outros modelos que estão no mercado há mais de 1 ano e disponíveis internacionalmente, pode ter várias explicações, mas a da Flurry envolve basicamente 3 fatores: os diferenciais da Amazon App Store (que atende o Kindle Fire mas também pode atender a outros dispositivos), o preço e a forma como a Amazon apresenta o produto aos consumidores, sem ênfase em especificações e tecnologia, mas com atenção ao conteúdo e funcionalidade.

Acredito que a presença de casos de sucesso em uso real atrai mais desenvolvedores de apps e conteúdo, e é bastante positivo para a plataforma. Vou continuar acompanhando, e discorri mais longamente sobre o tema (incluindo a questão da pertinência do Fire no conjunto dos tablets Android) na minha coluna desta semana no TechTudo.


• Publicado por Augusto Campos em 2012-01-31

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 31/01/2012 às 3:15 pm

    Bom, bonito e barato!

    bsduser (usuário não registrado) em 31/01/2012 às 5:57 pm

    E como diz a analise: focado na FUNCIONALIDADE de uso. Isso é uma clara mensagem de que o usuario nao esta querendo saber se tem 3 cores, 4 cores, se o sistema é linux, android, firoid, amoloid, ios.. O usuario quer uma coisa que seja bom bonito barato, e que atenda suas necessidade basicas que é 90% absorver informacao ou conteudo… 10% (ou menos..) para produzir conteudo.. Ponto para a Amazon…

    Jeff (usuário não registrado) em 31/01/2012 às 6:34 pm

    O Google investiu tanto dinheiro no Android, a Amazon chegou personalizou e praticamente tomou o mercado de Tablets Androids, pelo menos no momento.
    O pessoal de Mountain View deve estar rasgando as roupas de raiva.
    Realmente preço barato associado a um conteudo excepcional como o da Amazon, vai deixar os outros fabricantes de Tablets Android no chinelo.
    Bela sacada da Amazon.

    Spif (usuário não registrado) em 31/01/2012 às 7:33 pm

    A amazon percebeu direitinho o caminho que a Apple traçou com o iPad. Não é o software, nem o hardware e muito menos o conteúdo, mas o pacote completo.Isso contrasta com a noticia do Android Market, sobre o novo problema causado pela política descuidada do Google para aceitar programas.

    De um lado respeito ao usuário, conteúdo útil e bom. Do outro malware, esquemas e responsabilidade empurrada ao usuário. O resultado não podia ser outro.

    Porfírio (usuário não registrado) em 1/02/2012 às 11:36 am

    Fora dos EUA, o porte do Cyanogen do ICS para o Fire será celebrado com festa e fogos.

    É muito bom ver um tablet barato e popular aumentar sua adoção e marketshare. Os desenvolvedores da plataforma Android tem motivos pra comemorar.

    Por outro lado:

    É muito ruim saber que se trata de um produto “capado” para se limitar a ser uma vitrine dos serviços de um único fornecedor. É como se você comprasse um Samsung Galaxy Tab e a única opção disponível (e possível) fosse o Samsung Apps.

    É ruim também saber que o baixo preço não é resultado de uma otimização do equipamento ou um bom “deal” com fornecedores. Ao invés disso, é um produto subsidiado porque o dispositivo é limitado.

    Em muitos lugares do mundo, incluindo o Brasil, o Kindle Fire é pouco mais útil do que um peso de papel (como o próprio Tech Tudo observa em seu review de vídeo no You Tube).

    Amazon, eu sou cliente de vocês e gosto muito dos seus serviços. Posso dar algumas sugestões?

    a) Use peças de excelente custo-benefício para montar um hardware de excelente custo-benefício: trabalhe com um processador MIPS. Agora que vc. tem volume de vendas, compre peças com desconto no volume. Então teremos um aparelho bom e barato por méritos próprios e não apenas subsidiado. Daí ele pode deixar de ser apenas uma vitrine.

    b) Possibilite a instalação de outros mercados, que podem atingir clientes que sua empresa não pode ou não quer atingir. Concorrência agressiva não é necessária: seus serviços já são apreciados em todos os lugares do mundo onde eles chegam.

    Se essas coisas, ou algo parecido, forem feitas eu ficarei feliz de comprar um kindle Fire pra mim.

    “O pessoal de Mountain View deve estar rasgando as roupas de raiva.”

    Pelo contrário, nas últimas conferências eles comemoram o sucesso do Kindle Fire, já que é um Android também. E o Google ganha dinheiro com tantas formas indiretas que de qualquer forma, está no lucro.

    Outro ponto interessante é que se for analisar por valores brutos, nenhum dos outros tablets Android perdeu vendas, todos aumentaram. A distorção é porque o Fire cresceu muito mais, atingindo um mercado que os outros não chegavam, nem o iAborvente.

    Porfírio (usuário não registrado) em 1/02/2012 às 1:28 pm

    @Marcosalex, o que é um “iAborvente”? :-D

    Concordo com você. Ainda que o Fire não leve a marca “Android” e seja um fork alternativo, os aplicativos são 100% compatíveis. Com o aumento do marketshare e da adoção dele, todo mundo que trabalha com o sistema ganha com o desenvolvimento dele.

    E até que apareça um “Médici” maior, quem mais trabalha com o sistema hoje é o pessoal de Montain View.

    Spif (usuário não registrado) em 1/02/2012 às 8:46 pm

    “E o Google ganha dinheiro com tantas formas indiretas que de qualquer forma, está no lucro.”

    Alguma coisa que concordamos. Na verdade eles tinha que pagar pra vocês usarem o sistema.

    Também não acho que você entenda o mercado do Kindle Fire, ou dos Kindles, e como eles são diferentes do seu regular tablet.

    Spif (usuário não registrado) em 1/02/2012 às 10:53 pm

    “eles tinha”, tá triste. Desculpem os erros, caros colegas.

    Porfírio (usuário não registrado) em 2/02/2012 às 12:29 am

    Se tem tanta certeza do qye fala, @Jeff, importa um de lá pra você…

    Não faço isso porque vou estar sendo melhor atendido com um tablet regular. Meu irmão pode até ter me convencido de que um tab de 7 pol. é util, mas nada de Kindle Fire: a Amazon se recusa a atender brasileiros com aplicativos. Além disso eu já tenho alguns apps úteis comprados na loja da google e um aparelho que não deixa eu aproveitar o que eu já comprei não me interessa.

    Tô mirando no modelo menor da asus. O preço é tão atraente quanto, tenho uma boa experiência com o meu Transformer no quesito qualidade e esse sim é um tablet Android completo.

Este post é antigo (2012-01-31) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.