Oracle levando o DTrace ao (seu?) Linux
A Oracle anunciou que atualizou os pacotes do DTrace (um recurso avançado de depuração surgido no Solaris) com uma versão baseada no Unbreakable Enterprise Kernel Release 2.6.39.
“Unbreakable Enterprise Kernel Release 2″ é como a Oracle se refere à versão do kernel Linux presente em sua distribuição corporativa, de maneira que pra mim remete aos títulos honoríficos dos chefes de Estado norte-coreanos.
Já o DTrace é um software sob uma licença de software livre com a qual a GPL, usado no kernel do Linux, é incompatível. Assim como o ZFS, também surgido no Solaris, trata-se de um recurso interessante mas cuja adoção diretamente no kernel Linux é complicada devido à rejeição que a GPL exige. Mas a Oracle, na condição de detentora dos direitos autorais da ferramenta, prosseguiu mesmo assim, e acredito que não vai demorar até sabermos mais detalhes sobre as condições de licenciamento e a possibilidade (ou não – e é neste lado que eu apostaria) de inclusão por terceiros em kernels Linux que não sejam o Unbreakable Enterprise Kernel Release 2. (via lwn.net – “Oracle offering DTrace for Linux [LWN.net]”)
Dick Trace?
bom, vamos ver se chega… pois no BSD já tem faz tempo… e para debug, é muito bom….
trace(1M) System Administration Commands dtrace(1M)
NAME
dtrace – DTrace dynamic tracing compiler and tracing utility
SYNOPSIS
dtrace [-32 | -64] [-aACeFGHhlqSvVwZ] [-b bufsz] [-c cmd]
[-D name [=value]] [-I path] [-L path] [-o output]
[-s script] [-U name] [-x arg [=val]]
[-X a | c | s | t] [-p pid]
[-P provider [[predicate] action]]
[-m [provider:] module [[predicate] action]]
[-f [[provider:] module:] function [[predicate] action]]
[-n [[[provider:] module:] function:] name [[predicate] action]]
[-i probe-id [[predicate] action]]
DESCRIPTION
DTrace is a comprehensive dynamic tracing framework for the Solaris
Operating System. DTrace provides a powerful infrastructure that per‐
mits administrators, developers, and service personnel to concisely
answer arbitrary questions about the behavior of the operating system
and user programs.
The Solaris Dynamic Tracing Guide describes how to use DTrace to
observe, debug, and tune system behavior. Refer to this book for a
detailed description of DTrace features, including the bundled DTrace
observability tools, instrumentation providers, and the D programming
language.
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e vai por ai…
“Unbreakable Enterprise Kernel Release 2″
cara, como é bom que nomes de projetos open source não sigam essa nomenclatura bullshit e presunçosa…
@Rombo, são nomes comerciais e as empresas adotam simplesmente porque funcionam. Ou seja, vende.
Bom, já existem distros com drivers proprietários no kernel. Uma distro comercial voltada para empresas com um recurso recomendável para empresas, é uma coisa natural.
O X da questão é saber se a forma que foi usado não fere alguma licença. Quem desenvolve Java, talvez lembre do caso do jUnit, que vinha com o netbeans e a Oracle descobriu que a licença dele era bem antiga e tinha uma incompatibilidade com a GPL. Eles entraram em contato com o desenvolvedor do jUnit e sugeriram que ele adotasse a licença EPL (Eclipse Public Licence), que era baseada na licença que o jUnit usava e que não era mais recomendada nem por quem criou essa licença.
No forum do jUnit os desenvolvedores postaram que acharam interessante o esclarecimento e o nível de detalhamento que eles estudavam as opções de licenças livres, mas explicou que como o jUnit tem muitos colaboradores e que o trabalho comunitário da forma que é gerido é muito complexo, ficaria muito difícil mudar o licenciamento nessa altura do campeonato. E aproveitou pra dar uma ‘espetada’ de que a Oracle deveria ser assim tão amigável e prestativa nos outros projetos open source que patrocina ou trabalha.
E hoje o Netbeans, pra resolver a questão, não instala o jUnit como default, mostrando durante a instalação a licença da biblioteca e pedindo pra pessoa confirmar se concorda com ela ou então instalar a IDE sem ele.
Poderiam parar com a lenga lenga de tentar continuar com o Btrfs (B-tree file system) e modificar logo a licensa do ZFS pra compatibilizar com o a GPL (por conseguinte, com o linux)…