Netflix confirma que continua sem planos de suportar o desktop Linux
A continuidade da ausência de suporte ao Linux previamente afirmada com bastante clareza não seria nova notícia, mas a empresa se deu ao trabalho de voltar a confirmá-la, transformando-a assim em uma novidade, embora requentada.
Fora a situação da companhia, que possivelmente justificaria que ela prestasse atenção especialmente em maximizar as receitas que pode obter de onde já está presente e em escolher bem (pelo critério lucratividade) onde vai atacar depois, outra possível explicação trazida pelo OMGUbuntu é que em outras plataformas desktop a empresa recorre ao Silverlight, da Microsoft, para a exibição de seu conteúdo – e ele não está disponível para o Linux.
Mas nas plataformas móveis ela abriu mão deste componente, quem sabe algum dia o estímulo certo a faça fazer o mesmo nos desktops? (via omgubuntu.co.uk – “Netflix: ‘No Change in our plans for Linux’ | OMG! Ubuntu!”)
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E eu confirmo que continuo sem planos de assinar o Netflix. Além de eles ignorarem solenemente os usuários Linux Desktop o serviço tem uma péssima reputação sobre o mecanismo de débito em conta, vide reclameaqui. Em todo caso, deixo aqui a dica do http://www.crackle.com.br (da Sony) onde você pode assistir gratuitamente alguns clássicos e séries, obviamente, o acervo é bem limitado, mas tem alguns títulos interessantes. Ao longo do filme existem pequenas propagandas em vídeo intercaladas, nada que atrapalhe.
Essa estória do Silverlight não cola porque ela suporta plataformas onde o mesmo não está disponível, como o Android e o Nintendo Wii.
Reza a lenda que um dos donos ou diretores da Netflix é acionista e diretor da MS, o que poderia explicar essa distância que eles mantêm do desktop Linux.
Tem o NetMovies que é compatível com Linux :)
Deixemos esses palhaços da netflica de lado…
É uma questão de fatia de mercado! Eu entendo que eles como investidores visam o lucro e por isso se preocupam mais com a maior fatia do mercado.
Eu gostaria muito de ter mais suporte a estes tipos de software no linux, mas quando eu escolhi usar o linux à pouco mais de um década, tinha em mente que iria enfrentar este tipo de dificuldade.
Eu não culpo eles, pois não estão sendo injustos, como outros por aí que fazem venda casada, ou qualquer tipo de jogo sujo em detrimento do software livre!
Não compensa criar um player pra algo que tem em menos de 5% do mercado e muitas configurações diferentes.
Vou usando no Xbox, Wii… e vendo aonde vai dar.
Bem, não tenho dados para confirmar minha hipótese, mas tenho a impressão que há mais usuários Linux “convencionais” (distros Linux) do que ChromeOS (que, aliás, não deixa de ter um kernel Linux). E o Netflix suporta ChromeOS – https://chrome.google.com/webstore/detail/deceagebecbceejblnlcjooeohmmeldh?hl=en-US&hc=search&hcp=main
Mas deixando essa questão de número de usuários ou potencial de usuários de lado, o Netflix suporta vários dispositivos que usam Linux como kernel, vide o próprio ChromeOS, o Android, e um dispositivo de media center chamado Roku. Fica a impressão de que não demandaria muito esforço portar a plataforma para o Linux, afinal ele já roda em vários dispositivos Linux…
Vai entender.
Concordo com o Spif, a questão é mercado mesmo. Quem dera fôssemos uma grande ameaça à MS no desktop a ponto dela querer dificultar que até um serviço de streaming de vídeo fosse oferecido pra Linux, mas a fragmentação do SO e seu pequeno mercado desestimula melhorar essas soluções.
O que poderia ser feito pra quebrar o paradoxo do ovo e da galinha seria que distribuições Linux voltadas ao desktop entrassem em contato com a Netflix e trabalhassem junto em uma solução integrada. Várias empresas fazem isso pra gerar demanda pra sua plataforma, inclusive a MS que já contribuiu pro PHP, Eclipse IDE e até pro kernel Linux pra funcionar melhor com o Windows em uma relação ganha-ganha.
Quem eu acho que teria maiores condições de tentar uma aproximação para uma possível solução em conjunto seria o ubuntu…
A Netflix não precisa nem de boicote dos usuários linux porque ela mesmo vai se afundar no Brasil.
Mesmo os usuários de windows no Brasil não estão dispostos a alugar vídeo pela web se podem baixar por torrent MAIS filmes e disponibilizados muito mais rápido (alguns até gravados do cinema e nem exibidos ainda nos cinemas do Brasil).
Os profissionais de TI da netflix e de outros serviços do gênero são é uns incompetentes que não conseguem dar uma solução multiplataforma decente e apelam para as armadilhas da Microsoft, da Adobe e outras empresas americanas semelhantes.
Vai ser engraçado (triste) quando pudermos rodar o Steam e os jogos da engine Source no Linux… e ainda não ter acesso ao Netflix.
Numa época em que você pode comprar um computador por US$ 35,00 (Raspberry Pi), que roda Linux, e poder transformá-lo num HTPC praticamente completo, não suportar Linux é miopia. Linux não é mais apenas sobre Desktop, é também sobre servidor de mídia doméstica dedicada de baixo custo. E nest nicho de mercado o Netflix poderia brilhar.
Marcos, eu também achava que era uma questão de mercado, mas, como dito pelo Filipe Saraiva, também imagino que haja menos ChromeOS do que Linux. E então dúvidas aparecem…
De qualquer forma, o Netflix não está com as finanças boas e, nesse caso, explorar e prospectar um nicho onde ele ainda não está presente talvez não fosse uma má ideia.
Tenho NETFLIX e roda de boa no meu x-box e no ubuntu desktop via browser.
xará, o Netflix está crescendo no Brasil, sim. E a taxas de 2 dígitos por ano, uma marca bastante razoável em um país onde a pirataria corre solta e o pessoal não liga pra direitos autorais.
@Joaquim MAchado, ‘não estar com as finanças boas’ é mais um motivo pra não investir recursos em uma plataforma tão pequena, fragmentada e onde tem-se uma cultura muito resistente a pagar por conteúdo.
Eu acho que o número de usuários Linux é maior que o número de usuários de XBox 360, Wii ou PS3 talvez não juntos, mas separadamente sim.
Marcos:
“mais um motivo pra não investir recursos em uma plataforma tão pequena, fragmentada e onde tem-se uma cultura muito resistente a pagar por conteúdo.”
Discordo, Marcos…Alguém se lembra dos jogos Indie que lançaram para Linux, Mac e Windows…Pois é, 15% da receita veio do Linux, somente 1% a menos que a receita oriunda do Mac. Não é porque temos menos usuários que daremos menos retorno. Uma vez que nossos usuários são os mais ativos e o que vejo é justamente o contrário: Usuário de Windows não gosta de pagar por nada, preferindo a pirataria. Então, acho que a Netflix está perdendo um nicho pequeno mais muito relevante.
Mal das pernas é eufemismo…
http://www.valor.com.br/empresas/2763268/lucro-da-netflix-cai-91-no-segundo-trimestre
…e onde tem-se uma cultura muito resistente a pagar por conteúdo.
Como é que é??? tá brincando? Pô, Marcos, ser fora da realidade uma vez é uma coisa, ser duas vezes é esgotar a quota…
Ninguém ainda sacou que a Netflix tem toda essa “antipatia” do GNU/Linux por causa do amor dela por DRM? Com o Silverlight ela pode controlar mais ferrenhamente, e em plataformas clopen como Android ela também tem muito menos riscos de desmontarem a aplicaçãozinha dela, por isso ela coloca DRM sem o Silverlight.
Eles deveriam criar uma API, mesmo que restrita, pra quem quisesse desenvolver. Isso ampliaria as possibilidades de mercado.
E eu continuo sem suporte ao Netflix nos meus linux! Não sou eu que tô perdendo dinheiro mesmo. Sem problemas. :)
Marcos: “os usuários de windows no Brasil não estão dispostos a alugar vídeo pela web se podem baixar por torrent MAIS filmes e disponibilizados muito mais rápido (alguns até gravados do cinema e nem exibidos ainda nos cinemas do Brasil).”
Que tipo de ser nojento, abjeto e porcaria assiste esse tipo de filme? Nossa, é horrível, sem qualidade… Francamente, esse tipo de pessoa nem deveria ser permitida compartilhar do nosso oxigênio.
Só tem uma coisa pior que “pirataria”, é “pirataria” malfeita.
José, a própria netflix explica na mesma notícia: “Em comunicado, a companhia informou ter elevado o número de assinaturas em 530 mil nos Estados Unidos, para 23,9 milhões. O aumento de assinaturas fora dos EUA foi de 560 mil, chegando a 3,62 milhões. A empresa associou a redução em suas margens ao aumento dos custos com as operações internacionais.”
Estteferson: Eles deviam usar HTML 5
@Spif
Imaginei que alguém falaria isso, mas creio que seja conversa pra
investidorboi dormir.Nossa! Vocês fazem um barulho danado por causa de uma simples decisão de uma empresa capitalista! Se ela não quer oferecer o serviço, problema é dela! Além de perder clientela, abrirá espaço para a concorrência! &;-D
O Netflix está crescendo muito no Brasil, tanto que a cerca de um mês eles se conectaram ao PTT-SP em modo ATM. Sinal que estão com muito trafego oriundo de nosso pais.
Pois é, @Spif. Leitura e interpretação de textos é uma capacidade cada vez mais rara no país, no sentido inverso do crescimento de cidadãos que trocam ‘mas’ por ‘mais’. hehehe
Mas o pior é usar como prova de conceito os jogos Indie.
Marcos, a troca de ‘mas’ por ‘mais’ foi um erro bobo que não anula a lógica da argumentação. Você se foca no detalhe de um texto coloquial porque está errado no argumento…
@bebeto_maya, leia o texto com atenção e vai consegui interpretar que meu argumento está certo.
“…e onde tem-se uma cultura muito resistente a pagar por conteúdo.”
É, generalizar para justificar uma posição pessoal é no minimo ofensiva. Entrar num site que tem Linux como tema principal e dizer essa barbárie, é a mesma coisa que entrar no meio da torcida do Palmeiras e gritar “vai Corinthians!”
E a Netflix tem um conteúdo fraquíssimo, bem dizer só tem lançamentos. Netmovies é bem melhor e ainda dá direito de locar 4 mídias no mês.
Eu discordo que o Netflix tenha conteúdo fraquíssimo. Pode ser antigo, mas tem muita coisa boa lá. É uma pena eles não quererem suportar o Linux. Menos mal que eu consigo ver no PS3, que acho até melhor, porque prefiro ver filme na TV, e não no PC.