Décadas depois: suporte ao 386 é removido do kernel Linux
Enviado por Nícolas Wildner[Ironmanaico] (nicolasgauchoΘgmail·com):
“Um pull request entitulado “Nuke 386-DX/SX support” feito por Ingo Molnar, alterou 24 arquivos gerando 56 inserções e 425 exclusões de linhas removendo o suporte à “anciã” plataforma Intel 386.
Linus torvalds comentou com bom humor: ” …no qual a complexidade nos importunou com trabalho extra a cada mudança de primitivas SMP por anos. Infelizmente há um custo nostalgico: seu original e antigo 386 DX33 de 1991 não será capaz de bootar kernels do Linux mais modernos nunca mais. Sniff.” Eu não sou sentimental. Boa viagem.” [referência: muktware.com]
• Publicado por Augusto Campos em
2012-12-13
Oh Não!!!
Alguns desenvolvedores de microondas e máquinas de lavar vão sentir falta deste código…NOT!
Que absurdo. Linus se vendeu as grandes corporações. Tem que ser feito um fork urgentemente antes que seja tarde demais.
já foi tarde!
Tudo isso a preço de quê? – O kernel Linux de tão gordo, precisa de mais espaço pra crescer (somente tamanho), o jeito é sacrificar órgãos (suporte a old machines) como forma de manter-se vivo/aberto/imponente para receber mais gambirras mal testadas sendo incluídas…
deveriam abandonar logo a arquitetura x86 32 bits e suportar só AMD/Intel 64 Bits pra ver c conseguem extrair um melhor desempenho do hardware e assim td rodar mais rapido.
425 linhas de códigos eram tão difíceis de dar suporte?
Depois BSD é que tem código legado… Chupa essa manga….
@José Maria
As 425 linhas não. Mas as outras milhões de linhas que precisavam delas…
poderiam tb retirar o 486 e outras porqueiras que ninguém mais usa.
@José Maria
“…no qual a complexidade nos importunou com trabalho extra a cada mudança de primitivas SMP por anos…”
E eu, que dias desses tentei botar um Pentium MMX para rodar novamente usando distros Linux minimalistas, e não consegui!
@Reginal Cledito,
cara, BSD (Netbsd) roda até em torradeira … 386 é luxo … XD
Mas pelo que eu sei ainda usam processadores derivados do 386 para uso embarcado. Vejam p.ex. esta placa que ainda é vendida:
http://www.embeddedarm.com/products/board-detail.php?product=TS-3300
Todo mundo que programa em C sabe que essas poucas linhas poderiam ter sido colocadas entre diretivas de pré-processador de compilação condicional (#if, #ifdef, #ifndef), que automaticamente incluem ou removem as tais linhas do processo de compilação do kernel.
Mesmo sendo um processador antigo, ele foi muito importante e ainda hoje é usado em alguns equipamentos. Remover o suporte ao 386 significa remover a possibilidade de upgrade do kernel linux nesses equipamentos.
O 386 foi justamente o primeiro processador da Intel que tinha capacidade de rodar um sistema unix e foi num PC com 386 que o Linus Torvalds criou o linux.
Eu achei pouco código a ser poupado para deixar de suportar um processador tão importante.
Antigamente o pessoal se orgulhava de dizer que o Linux rodava em hardware antigo, que não descontinuava suporte como fazem os SOs proprietários. Hoje aplaudem quando é retirado o suporte a hardware antigo.
Quase removeram o suporte ao barramento ISA quando lançaram a versão 3.0 do kernel, mas por sorte mudaram de ideia. Isso sim teria sido desastroso.
Mas o pior não é o caso do kernel, que descontinuou o suporte a um hardware de 20 anos atrás. O pior é o caso de algumas distribuições, como o Ubuntu, que já não dão mais suporte a hardware com 2 anos de idade. Exigem placas gráficas aceleradoras com bom desempenho apenas para o funcionamento do ambiente gráfico padrão, que não necessitaria de nada disso. Realmente, a mentalidade da maior parte da comunidade Linux está mudando.
@linuxer @Carlinhos
>>> Mesmo sendo um processador antigo, ele foi muito importante e ainda
>>> hoje é usado em alguns equipamentos
O quão “upgradeavel” tais equipamentos são? Pro fornecedor não seria mais interessante manter um “good’old” 2.4 ou 2.6 do Linux que é menos inchado que o 3.0?
>>> Realmente, a mentalidade da maior parte da comunidade Linux está mudando.
Comunidade: debian.org
Empresa: canonical.com / ubuntu.com
O Ubuntu utilizar a política de hardware obsoleto do jeito dela não significa que representam a comunidade como um todo.
Tá, tá, eu sei que eles tem boa influência, mas poxa, é algo que é uma decisão muito mais de negócio que uma opinião da comunidade.
E Canonical tem o que mesmo a ver com este caso?
Eu queria saber qual a real vantagem de rodar um kernel 3.x num PC 386 no lugar da série 2.4 ou 2.6, como o Ironmaniaco falou. Até onde eu saiba a série 3.x é bem mais “pesada”, e traz suporte a novas tecnologias… o que definitivamente não deve ser bem utilizado por um 386.
A placa que o linuxer mostrou é um caso a parte. Acredito que muito dificilmente um produto moderno vá utilizar tal parte, e o que utilizar certamente nem pensará em usar um kernel 3.x. No lugar dessa placa temos equivalentes atom e arm, muito mais capazes, baratos e eficientes.
O problema é o suporte para os sistemas embarcados industriais antigos. Existem produtos que utilizam PC104 e 386, por exemplo: http://www.square1industries.com/products/CM-389.html
Mas com certeza, devem rodar sistemas antigos. Acho que nenhum projeto atual começado do zero, usa essa tecnologia. Ou seja, retirar o suporte para 386 atualmente não tem impacto nenhum.
Mais ou menos o que acontece com sistemas bancários feitos para Mainframes em cobol.
Ai que saudade do meu 386…
Erro de tradução
Good riddance que dizer:
“Que alívio me livrar disso” e não “boa viagem”.
Detalhe cultural.
“Mas com certeza, devem rodar sistemas antigos. Acho que nenhum projeto atual começado do zero, usa essa tecnologia. Ou seja, retirar o suporte para 386 atualmente não tem impacto nenhum.”
Essas placas são para aplicações MUITO, MUITO, MUITO específicas que com certeza não vão rodar um kernel 3.7.
“Quase removeram o suporte ao barramento ISA quando lançaram a versão 3.0 do kernel, mas por sorte mudaram de ideia. Isso sim teria sido desastroso.”
Tá, e? Alguém (exceto situações muito específicas) ainda usa ISA? Acho que não se fabricam mais placas-mãe de desktop/servidor com esses barramentos há uns 10 anos.
@Renan, Você esquece que o que torna o Linux forte é o fato de ele ser o SO de escolha para aplicações específicas. Se o Linux deixar de atender a esse público, que está tão satisfeito com ele, as empresas e centros de pesquisa vão migrar para outras alternativas, infelizmente até para alternativas proprietárias, como o QNX. Criar placas para o barramento ISA é infinitamente mais acessível e o custo de prototipagem é imensamente menor que se utilizado o barramento PCI. Hoje temos o USB que é um barramento moderno e temos chips de baixo custo para conectar equipamentos a esse barramento, porém o USB não é adequado a todo tipo de aplicação. Por exemplo, não é adequado para comunicação em tempo real com dispositivos.
Mas o que fez voltarem atrás da decisão de remover o suporte a ISA provavelmente não foi isso, mas sim o fato de o ISA não estar restrito a aplicações específicas. Muitas placas mães modernas possuem um pequeno barramento ISA para conexão aos sensores (por exemplo de temperatura).
@Ironmaniaco, Quando eu digo “comunidade”, me refiro aos usuários de Linux, cujos usuários de Ubuntu hoje representam uma boa parte. Sim, nós vemos muitas pessoas insatisfeitas com a postura da Canonical, mas a maioria aplaude de pé e trata os computadores de mais de 2 anos atrás como lixo, como equipamento que deve ser descartado. Esse é uma postura totalmente anti-ecológica (para não usar outros adjetivos), e não existia na comunidade no final dos anos 90 ou início dos anos 2000.
O problema é que os kernels da série 2.x não têm suporte a alguns dispositivos e protocolos e já chegaram ao fim de linha, como se pode ver na tabela
http://en.wikipedia.org/wiki/Linux_kernel#Maintenance
ou seja, não têm mais sequer atualizações de segurança. Imaginem o uso de um sistema operacional sem atualizações de segurança em sistemas industriais ou bancários.
O que vai acontecer ? Quem precisar de um sistema operacional embarcado para uma placa dessas vai partir para um NetBSD ou qualquer outro BSD. Isso é o que eu faria se fosse o engenheiro responsável por um produto desses.
É simples, se alguma empresa desses embutidos não ficou satisfeita com o anúncio, que crie seu próprio fork. Resolvido.
E em época de ARM 1.4 GHz com dois cores e 1 GB de RAM custando 50 dólares, alguém mesmo ainda faria uma aplicação específica pra um 386 33 MHz com 4 MB de RAM maior e custando quase 300?
“antigamente os usuários tinham orgulho do linux suportar hardware antigo(…)”
Continuam tendo orgulho, e se você olhar o ‘antigamente’ era hardware de 10 anos atrás, que o linux continua suportando. Agora suportar um hardware jurássico em um mercado quase inexistente é um custo a mais pro desenvolvimento do SO. Além do mais, duvido que na prática o kernel 3.x ainda compilaria nesses processadores.
Quanto mais hardware, maior o esforço de desenvolvimento, isso tem um limite. Quem fabrica/usa hardware desse tipo não fica fazendo upgrade de SO, colegas.
Quanto à empresas que vendem distribuições não suportar dispositivos antigos, cada distribuição tem seu foco e pra quem usa computadores mais antigos, existem dezenas de distribuições pra isso. Outros possuem hardware mais avançado, querem um Linux que explore o potencial do seu computador. Até no Brasil a grande maioria das máquinas já são Pentium IV pra frente, imagina em países desenvolvidos…
@Marcos, A penúltima versão do Ubuntu roda até em Pentium III. Eu já testei. Mas a última não roda num Pentium IV. Não roda nem em um PC de 2 anos atrás. Eu só acho muita hipocrisia uma distribuição que diz seguir a filosofia “ubuntu” africana e que se diz “Linux para seres humanos” estar tão focada em computadores de última geração e em usuários dos países desenvolvidos. Eu sempre apoiei o Ubuntu, mas algumas atitudes recentes da Canonical tem me deixado desapontado.
Eita povinho que gosta de coisa velha e vive reclamando.
Quer coisa velha tem que usar software velho.
Pentium 4 foi lanÇado no ano de 2000. Deve ta zoando querer que a ultima versão do Ubuntu suporte algo de mais de 10 anos atras.
Por esse tipo de pensamento que o linux não cresce. Porque muitos da comunidade SL ainda querem viver no passado.
@K, Leia de novo. Eu disse que o Ubuntu 12.10 não roda em computadores de apenas 2 anos atrás. Por exemplo um eeepc que eu tenho. Em contraste com o Ubuntu 12.04 que roda até em Pentium III.
Não se trata de viver no passado. Trata-se de programadores preguiçosos que precisam de grandes recursos computacionais para gerenciar interfaces que tem o mesmo nível de complexidade de interfaces de 10 anos atrás. Não estou falando que a interface não é inovadora, estou falando que nada justifica os recursos que são consumidos pela mesma.
Quando toda a terra firme do planeta estiver tomada por lixo e tivermos que viver em barcos no mar porque não tem mais onde pisar, volte a falar comigo e diga o que acha do descarte tecnológico injustificado.
Carlinhos falou tudo
@Patola
Ainda digo mais, ateh a familia ARM estah mudando de uma casa jah apertada de 32 bit para uma casa bem maior, mais arejada e com jardim de 64 bit.
Nao precisa nem criar um fork. Se esse codigo eh/era tao importante assim para essas empresas porque nao colocar ums desenvolvedores pagos dentro da Linux Foundation para dar suporte ao codigo e facilitar a vida dos outros?
@K eu tenho o Slackware 14.0 “ultima versão” com XFCE rodando muito bem em um pentium 4 2.4 Ghz com 512 de RAM.
>> Erro de tradução
>>
>> Good riddance que dizer:
>>
>> “Que alívio me livrar disso” e não “boa viagem
Erro de português. ‘QUER DIZER” e não que dizer. ;)
/piadaantesquequalquerumcomececomomimimideprofessorpasquale.
Na tradução também pode dizer “Já vai tarde”, mas sabe quando o cérebro pensa em inglês e não acha palavras adequadas?….heheheheheh
Eu acho estranho falar que o Ubuntu 12.10 não roda em um pc de 2 anos atrás.
O meu pc tem 6 anos de idade e roda o Ubuntu 12.10.
Config:
AMD Athlon 64 3200+
2 GB de RAM
HD IDE 40GB
Geforce 6100