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Icaza diz que o desktop Linux falhou, CNN diz que foi a Apple quem matou, e Linus diz que a culpa não foi do kernel

Na semana passada o criador do GNOME Miguel de Icaza fez o usual: jogou várias pás de suas opiniões no ventilador, falando sobre um declínio no número e envolvimento de desenvolvedores atentos ao desktop open source, em parte por terem tido razões para dar mais atenção aos aplicativos online, móveis ou ao Mac.

A Wired e a CNN ajudaram a dar uma dimensão muito maior à repercussão, com um título que marotamente enfatizava o potencial inflamatório da questão (“Como a Apple matou o desktop Linux”) em detrimento de vários temas interessantes que poderiam ter merecido uma abordagem que se tornou impossível devido à temperatura alcançada.

Mesmo discordando das conclusões migueladas, na minha coluna do TechTudo eu procurei extrair os argumentos interessantes levantados, incluindo as razões que tornam a ideia de Open Web atrativa para quem antes dava atenção ao nicho do desktop open source, a situação por que passa o próprio GNOME criado por quem agora vem criticar o estado do desktop aberto, e a alegação de que um dos fatores que tornou o desenvolvimento do desktop open source menos atrativo foram as repetidas novas versões que quebravam compatibilidade com o que foi construído antes.

Não mencionei no meu artigo, mas Icaza também disse que o exemplo desse comportamento de quebra de compatibilidade vinha do próprio kernel Linux.

Escrevi a minha coluna a respeito no final de semana, e depois que ela foi publicada fiquei sabendo que Linus Torvalds havia respondido às manifestações.

No primeiro momento, antes de ler, tive uma dúvida: será que Linus iria refutar que o desenvolvimento do desktop open source já não é mais o mesmo? Mas constatei que não: o ponto que ele destacou é que não é verdade que o kernel dá o mau exemplo em questão, pois a política estrita dele é limitar as mudanças aos aspectos internos do kernel, não quebrando jamais as interfaces externas (API, ABI) – ao contrário do que acontece no próprio GNOME criado por Icaza, ele enfatiza em meio a outras críticas ao projeto (e Icaza lembra, corretamente, que há muito não participa do desenvolvimento do projeto, e não gostaria que a ira torvaldiana fosse dirigida ao Gnome devido ao seu envolvimento prévio).

Outros desenvolvedores do kernel Linux, como Ingo Molnar e Ted T’so, acrescentaram comentários similares ao de Linus, rejeitando a alegação de que a culpa era do kernel, ou que o desenvolvimento do kernel adote como paradigma a quebra constante de interfaces. Alan Cox acrescentou que o próprio GNOME surgiu criando confusão de interfaces em relação ao KDE, que já existia e que ele pretendia substituir.

Seja como for e independentemente da culpa, a existência de múltiplas interfaces que evoluem quebrando compatibilidade de interfaces com aplicativos que funcionavam corretamente nas outras e em versões anteriores parece mesmo ser um fator pouco atrativo para desenvolvedores externos, que certamente preferem fazer um pacote único, adotando as melhores práticas da versão atual do ambiente e que vá ser instalável nas versões futuras por vários anos, do que as alternativas a isso.

Várias alternativas já foram tentadas e podem continuar sendo (algumas funcionam), e uma delas que tenho percebido recentemente é a presença de suporte a apenas uma distribuição popular, mas não sei avaliar se isso é bom ou ruim para o desenvolvedor.

Detalhei um pouco mais na minha coluna (incluindo aspectos como duplicações de esforços X escassez de voluntários), mas não creio que solução eficaz vá partir das próprias distribuições ou dos desenvolvedores de desktops, ao mesmo tempo em que acho natural parte dos desenvolvedores que já deram bastante atenção ao desktop open source agora preferirem ir para outros campos, inclusive o da Open Web e o do mercado móvel, onde ainda há possibilidade de continuar atendendo a boa parte do mesmo público, inclusive. (via zdnet.com – “Linus Torvalds on the Linux desktop’s popularity problems | ZDNet”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-09-05

Comentários dos leitores

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    Marcos (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:08 am

    Quem matou o desktop linux foi a própria criação do Icaza, o Gnome, que só serviu para dividir mais a comunidade de desenvolvedores e afastar os desenvolvedores americanos do ambiente desktop que estava mais avançado na época e que tinha realmente alguma chance de ser o desktop padrão do linux: o KDE.

    A picuinha do Icaza em torno do uso da Qt e reinvenção da roda com o GTK+ só atrasou o desenvolvimento dos desktops linux em muitos anos. E hoje o Gnome está na situação ridícula de hoje graças a isso tudo.

    Sri_Dhryko श्रीध्र्य्को (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:19 am

    Depois da novela Mono/Moonlight, Miguel de Icaza é a pessoa menos adequada para falar qualquer coisa a respeito do universo GNU/Linux. Independentemente de atrasos e divisões, como diz o @Marcos, o KDE vai bem, obrigado, e pode sim ser o desktop mais usado, exceto naquela distribuição de origem africana.

    Henrique Ribeiro (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:19 am

    Tentei em alguns minutos formular uma opinião sobre este problema mas não consegui. O cenário é muito complexo e várias variáveis estão no jogo. É terrível ver com o GNU/Linux decaiu no cenário Desktop nos últimos anos. E na minha opinião, essas briguinhas de Gnome pra cá, Unity pra lá só faz tudo ficar mais confuso. Acredito que estamos passando por um processo de transição na computação pessoal e ainda não estamos conseguindo ver.

    réquer (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:24 am

    Unity não se chama unity a toa :)

    E no mais, mimimi.

    joao da silva (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:29 am

    O Linux no desktop fracassou, isso é um fato.
    Eu cansei de ver minha impressora e scanner pararem de funcionar depois de uma atualização. E ai ficar horas a foi compilando as coisas no kernel para fazer funcionar novamente. Se somente existi-se o Gnome e KDE ficaria fácil, mas esse é apenas um dos problemas. Pois existem dezenas de interfaces grafica e isso atrapalho muito o uso do linux por usuários comuns.

    Tanto kde quando gnome estão parado no tempo em relação ao windows e mac.
    a falta de integração entre kernel e GUI de uma forma consistente matou o linux no dektop, pois a diversidade nesse caso não ajudou em nada.

    Não adianta tapar o sol com a peneira dizendo que desktop esta morrendo , pois a microsoft faturou bilhoes com win7 e vai fatura bilhoes com win8.

    Odone Machado (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:35 am

    A Apple não teria força para matar o desktop linux. A chamada foi meramente sensacionalista. O desktop linux ainda se mantém em crescimento, ainda que lento e poderia crescer mais se não fosse a grande torre de babel de interfaces gráficas e o grande número de distribuições que acabam por atrapalhar a experiência do usuário iniciante. Falando em Apple, imagino que a mesma, neste momento pós Steve Jobs (que sempre foi a alma da Apple), vai ruir em meio à falta de criatividade e inovação ao mesmo tempo que ficará brigando com a concorrência por causa de patentes.

    Igor Cavalcante (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:35 am

    Bem, nós somos desunidos demais, criamos rinchas até com quem adora o linux, pelo fato de ele usar um ambiente desktop diferente ou até pelo fato de ele utilizar um editor de texto diferente! Não temos focos em um projeto que funcione bem, mas em trilhões de projetos em trilhões de distribuições!

    Marcos (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:39 am

    @joao da silva

    O desktop linux não fracassou porque não é único e nem as necessidades das pessoas são as mesmas. Nos meus desktops linux, que uso diariamente em casa e no trabalho, o KDE vai bem, obrigado. Não compilo kernel há muitos anos, até porque qualquer distribuição moderna já traz quase tudo compilado como módulo e aí então basta saber carregar o módulo correto, quando isso não é feito automaticamente.

    Tendo um hardware adequado para o uso de linux (bem suportado) e não dependendo de algum software exclusivo para windows e sem alternativa livre, a experiência com desktops linux só não é melhor por causa da falta de algum programa devidamente empacotado nos repositórios da distribuição linux usada.

    Quanto ao problema de hardware não suportado e da falta de versões linux de softwares proprietários populares, a culpa é quase sempre muito mais do fabricante do que dos desenvolvedores do software livre. O efeito “tostines” é que impede um maior interesse dos fabricantes em suportar o linux e isso não tem uma solução mágica ou fácil, mas não depende do linux.

    Frank (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:50 am

    O desptop Linux no meu desktop está vivo e vai muito bem, obrigado. Para mim o que está acontecendo é só mais uma trolagem visando fazer com que quem ainda o usa, mude. É o bom e velho dividir para conquistar.

    Apple? Não, obrigado. Dispenso.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 10:53 am

    Depois da novela Mono/Moonlight, Miguel de Icaza é a pessoa menos adequada para falar qualquer coisa a respeito do universo GNU/Linux. [2]

    Quem é Icaza mesmo? O cara do .NET trap?
    É um fanfarrão mesmo.

    >>> A picuinha do Icaza em torno do uso da Qt e reinvenção da roda com
    >>> o GTK+ só atrasou o desenvolvimento dos desktops linux em muitos anos

    E o resultado tá aí. O Gnome sendo “forkado” como se não houvesse amanhã, devido a richas de performance/usabilidade/preferencias/pomba-gira/conceitos.

    Os que conheço do KDE são o Trinity, para manter a usabilidade e as saudades do KDE3, e o Razor-Qt, que tem por objetivo criar uma interface mais “leve” que o KDE4.

    Troll puro e simples.

    A serviço de quem? Adivinhem, rs.

    Renato (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:06 am

    Andei pensando em comprar um Mac. Mas li isso -> http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI6127937-EI12884,00-Hackers+divulgam+milhao+de+dados+de+usuarios+Apple.html

    Daí me lembrei por que optei pelo software livre.

    ikk (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:07 am

    Li num desses site por aí e vale a pena repetir:

    O desktop Linux está a apenas 3 anos de se tornar perfeito para o usuário comum.

    Ele estava nesse estado 10 anos atrás e daqui a 10 anos pelo jeito ainda estará à mesma distância de se tornar completamente usável.

    Ou seja: os últimos incômodos que precisam ser solucionados não o são, e os desenvolvedores continuam ressolucionando problemas antigos, irrelevantes, ou apenas mantendo o software sem resolver nada interessante. Até porque os problemas que restaram são os chatos de resolver. Mas os programadores preferem refazer gerenciadores de janelas.

    Marcelo M. Fleury (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:09 am

    Utilizo GNOME 3 e estou bastante satisfeito! Tirando alguns bugs com o notify, ta bem tranquilo :). Utilizo apenas GNU/Linux como Desktop a mais de 7 de anos e nossa, como é bom! Obrigado :).

    Já utilizei diversos outros WM, mas quanto ao GNOME, a comunidade já esta tomando iniciativas como o mate… se não esta dando certo, não tem problema, fork e façamos dar certo independente da opinião de qualquer pessoa.

    O problema é conseguir e querer agradar consumidores de computador pessoal e que nada entendem ou fazem para realmente fortalecer uma comunidade open source, nem mesmo enviar um bug ou coisas do tipo. Quanto a essas pessoas, bom, tanto faz, pode ir para o MAC, para o WINDOW$, para a NUVEM… vai lá, não sentiremos sua falta :).

    []s

    Spif (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:23 am

    Só dá criança nessas threads de comentário.

    Queridos, enquanto vocês estavam tomando mamadeira e mamãe trocava as suas fraldas, o QT não era livre. O GNOME, e o GTK, veio para suprir essa necessidade.

    O GNOME não destruiu o Desktop Linux, da mesma forma que o KDE 4 quando chegou e foi recusado também não destruiu.

    Deixem de ser esse bando de tolos e parem de cair na falação do Miguel de Icaza, que à muito deixou de ser um cara genial para ser apenas mais um idiota.

    Coboleiro (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:24 am

    na boa … simples e direto … cagaram no gnome… tentaram algo que não agradou e não tiveram a humildade de voltar ao que era antes … e agora vem com essa conversa mole ai …

    Jose Pissin (pizza) (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:33 am

    Bom mesmo era se tivéssemos adotado e evoluido o Enlightenment, que era revolucionário na época e que massacraria a Apple a a M :-)

    Mas não, sempre correm atrás da janelinha e da maça… isso jamais garantirá o sucesso do desktop livre.

    Vladimir (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:37 am

    Lamento que a comunidade do Linux se alimente de flames. Vários projetos odiados se convertem em grandes sucessos tempos depois. Foi assim, por exemplo, com o KDE 4. É preciso esperar um pouco mais para saber como os desenvolvedores do GNOME vão resolver os problemas que enfrentam e pode ser que muitos outros se envolvam (ou retornem) ao projeto. Profecias do fim do papel, do desktop e muitas outras seguem esse tipo de pensamento fatalista.

    aleph (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:38 am

    Este “joão da silva” é um perfeito troll, não?

    Compilar coisas no kernel para funcionar impressora?? hehehe Nem no arch nunca precisei fazer isso, com várias impressoras/scanners, imagina no Ubuntu etc.

    Várias interfaces gráficas atrapalham o usuário… “comum”?? O usuário comum usa a interface que aparece para ele, pronto e acabou-se. Se ele for mudar é pela vontade de novidade que talvez já lhe retire o título metafísico de “comum”.

    Ou seja, tá na cara que tem gente aqui diretamente comprometida com propagada contra Linux, opensurce, etc…

    Lembro da primeira vez que ouvi falar no Linux como algo que poderia quebrar o império da Microsoft. Era um Davi bebê colocado (contra sua vontade) para “brigar” contra um gigante Golias, armado até as unhas. Então…

    Ratito (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:40 am

    A ideia que ficou conhecida como “Linux”(softwares livres), de compartilhar, colaborar com o próximo, será o futuro depois de todo esse turbilhão que o mundo tá, e que um monte de gente tem permitido entrar nessa nuvem que não é útil pra nada.

    Vou contar uma coisa a vocês, que observo na vida, com as pessoas deste mundo. Quando não se consegue criar algo bom e justo, ou melhor, os que não conseguem criar algo bom e justo… ou seja pra melhor… geralmente causam confusão e caos, para desestabilizar os que assim o fazem e conseguem ainda criar de forma boa e justa, coisas melhores.

    Os que realmente criam e fazem coisas melhores, nem sempre vem expor a opinião do que pensam. Apenas fazem e se sentem bem seguindo a vida em paz.

    Linuxers, num se iludam com essa onda de trollagens e notícias apenas pra chamar atenção. Pra dar “audiência”. Pra mim os que agem assim são sujos. E se não são, se permitiram agir de forma suja. Não precisa de nada disso.

    A ideia de Liberdade num vai acabar pq uma nuvem negra tem tentado com todas as forças perturbar os que tem alguma clareza. É como tentar tapar o Sol com uma peneira.

    Paz a vcs.

    João (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:41 am

    a culpa é quase sempre muito mais do fabricante do que dos desenvolvedores do software livre

    O problema é que você não consegue simplesmente criar um driver sabendo que ele funcionará, por exemplo, em toda a série 3.0 do Linux. Uma hora alguma coisa dentro do kernel quebra a funcionalidade do seu driver. Já no Windows, você ao menos sabe que o driver do hardware para o Windows a partir do Vista funcionará no Windows 7, mesmo depois de uma série de atualizações ao longo dos anos.

    Sim, eu sei que o Linux precisa funcionar adequadamente em várias plataformas diferentes, e não tiro os méritos do Linux, não. Só que eu ao menos não tenho um pingo de paciência para ficar preocupado se meu hardware vai ou não funcionar no Linux, se o som vai parar de funcionar porque uma mudança interna no Kernel 3.0.35.44.32.3.2.ab.33.bolinha.verde quebrou o sistema de som.

    Rodrigo Pinheiro Matias (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:43 am

    Eu sou otimista, não participo da ideia de que o Desktop Linux fracassou, acho que ele vai até bem de mais em um mundo onde o que vale é usar software pirata, as pessoas que não participam desta onda quase sempre utilizam Linux, não estou falando que não existem usuários legais no OSX e no Windows existem sim e para te falar a verdade ultimamente tenho visto muito mais Windows legais do que ilegais, o problema destas estatísticas moram logo ai, eles não levam em consideração as copias piratas e talvez não devesse levar mesmo, partindo do pressuposto que todos SOs são livres para serem instalados.

    Eu acredito no desktop linux por que eu uso ele no meu dia a dia e não tenho problema com impressora, nem scanner e nem muitas coisas que o pessoal fica de mimimi dizendo que não funciona direito.

    Mas a opinião deles é bem mais importante que a minha. O que posso dizer ao Miguel é que tenha paciência quebra de cultura leva tempo para ser assimilada pela comunidade, isto esta acontecendo com GNome e já aconteceu com KDE.

    Concordo plenamente com o Linus quando ele diz que o kernel não atrapalhou o crescimento do Desktop Linux na verdade quem acompanha a evolução do kernel podem perceber um excelente ganho de performance proveniente da evoluções do kernel.

    Percebo que:

    98% dos usuário OSX são autênticos
    60% dos usuários Windows são autênticos
    150%* dos usuários GNU/Linux são autênticos
    400%* dos usuários Unix são autênticos

    * Geralmente usuários mais avançados usam uma técnica que esconde o SO que esta usando no navegador ou usam recursos do tipo NoTrack

    Bem é minha mera opinião.

    Porfírio (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:44 am

    Não tem na de errado com o desktop Linux, não há nada que ele precise ser que ele não é. Todo sistema tem problemas específicos e comparando com os outros com os quais sou obrigado a lidar (Mac, Windows), o Linux me dá muitas vezes menos problemas.

    Compare o tempo que vc leva pra instalar Win7,Lion e Ubuntu (no sentido de deixar o sistema pronto para o usuario final), por exemplo.

    Miguelito, o sem noção, antes era o Elop da comunidade e hoje virou só uma solteirona faladeira. Quem fracassou foi ele.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 11:49 am

    “Quem é Icaza mesmo? O cara do .NET trap?”
    É um fanfarrão mesmo.”

    É o MVP da Microsoft. É o dono de uma empresa que fornece suporte daquela aberração, o Mono.

    Realmente um dos menos indicados para se confiar.

    1 – O Desktop Linux não morreu

    2 – As publicações mostram que além de quererem criar Flame, são muito fanzocas da Apple.

    Porque qual moral tem a Apple no desktop? Empresa de bilhões de dólares e atingiu o que, 10%, chega a tanto ?

    E esse número deve ser inchado pelo Ios que exige ambiente Mac para o desenvolvimento. Ou já mudaram isso?

    Mas como vi comentarem semana passada ao ler a polêmica: Como tem gente sempre querendo decretar a morte do Linux.

    Hora da Conspiração: Será efeito da Valve incomodando alguém?

    marcelo ulianov (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:13 pm

    Não é verdade pq nunca existiu um desktop linux. Essa salada nunca deu ponto. E nunca vai dar…

    JCCyC (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:14 pm

    “E ai ficar horas a foi compilando as coisas no kernel”

    Uso de palavras-chave padrão de retórica anti-Linux detected.

    Espero que você esteja olhando para o lado enquanto digita essas bullshits, ou corre o risco de quebrar o monitor com o esticamento repentino do nariz.

    Leonardo Reis (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:27 pm

    Como assim falhou?
    Eu uso a pelo menos 15 anos!

    Marcos (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:40 pm

    O que atrasou o linux foi o X.org, toda versão quebram a ABI. No mais, a idéia da canonical de um servidor gráfico do boot ao shutdown como no windows e osx é a salvação, wayland ftw.
    Falo que atrasou, pois quem nunca teve que ficar alterando x.org.conf, que coisa chata, tinha que configurar o mouse pra funcionar.

    Flavio (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:49 pm

    Anteontem tivemos um post com o título: Google revela detalhes sobre o Goobuntu.

    E ainda há quem diga que o desktop Linux morreu… Morreu pra quem, cara pálida?

    bruno (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:54 pm

    Eu acho bem válido esse procedimento de escolher uma distro popular para desenvolver e manter um software/serviço. Se realmente for um projeto bom fica a responsabilidade de outras distros de se adaptar a ele, e não o projeto ser responsável por todo o suporte.
    Lembro dos trechos de “Rebel Code” que narrava uma das grande sacadas no desenvolvimento do kernel Linux que garantiram seu sicesso, Linus ao invés de portar as ferramentas Gnu e outras para o Pinguim, ele modificava seu Kernel para ser compatível com essas ferramentas. Assim garantia comparatibilidade e o mínimo de esforço para fazer ports.
    Acho que os mantenedores de distros ou um ambientes desktop devem seguir o exemplo de Linus e correr para adaptar-se aos grandes projetos. Crescerem e correrem atrás para serem elas as escolhidas dos desenvolvedores.

    Ednei P. de Melo (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 12:56 pm

    1) Viva o Xfce! &;-D
    2) http://www.hardware.com.br/artigos/calendario-software-livre/

    Porfírio (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 1:06 pm

    A única coisa boa nessa thread, que está discutindo a opinião de um cara cuja opinião não tem nenhum valor na comunidade, são algumas coisas que identificamos mas infelizmente, não vamos corrigir:

    >> A absoluta falta de união da comunidade reflete em todo ecossistema Linux: perde-se tempo demais com trollagens, com tentativas de posicionar a minha distro como melhor que a do meu vizinho, discutir que tal ou qual produto é ou não livre ou é ou não Linux, se o nome de uma distro está ou não correto, ou reclamar da popularidade que esta ou daquela distro ganhou.

    Se todo mundo na comunidade empurrasse na mesma direção, mesmo que não no mesmo ponto, já teríamos uma presença mais forte no desktop a muito tempo.

    Que importa se aquela distro X é mais popular que a minha, se:

    a) Ela serve pra testar coisas que eu uso na minha, então a adoção dela reflete positivamente na minha qualidade.

    b) As melhorias da distro X (ou no kernel da distro Y) são retornadas de volta pra comunidade e podem ser usadas na minha distro.

    Não é assim que tem de ser? Parem de brigar, caramba!

    A mesma coisa vale para linguagens de programação e outras coisas. Eu nunca vou entender o motivo dos desenvolvedores serem tão provincianos com seus nichos.

    >> Tem muito lobo disfarçado de ovelha na comunidade. Por amor ao politicamente correto, temos sido obrigados a tratar esse pessoal como “colegas”. O Miguelito é um deles, mas tem muito Elopiano e menor monta disfarçado (ou muitas vezes, nem tanto) por aí. O Miguel ao menos fez um trabalho, ainda que ele seja conhecido é pelo seu “cavalo de tróia”, tem outros que nem isso.

    Tem muita gente que nem usar uma distro Linux usa, mas diz que é usuário, só pra passar sua “mensagem”. Esses tipos são fáceis de identificar porque em toda a discussão onde detalhes de uma distro qualquer aparece (geralmente são os debates mais relevantes) é fácil notar sua ausência.

    Uma coisa importante na agenda, se realmente queremos crescer e ver crescer o Linux, é reduzir o nível de ruído improdutivo e entender que todo esforço soma e toda cizânia subtrai. Não deixem que os Elopianos usem o “dividir e conquistar” conosco.

    André Luiz (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 1:09 pm

    @augusto Campos
    Concordo com sua opinião, da coluna do TechTudo. E se me permite, acrescento:
    É nestas horas que a “gratuidade” que muitos ainda confundem com liberdade atrapalha.
    Muitos projetos open source são mantidos com o tempo livre dos desenvolvedores e é natural que quem desenvolva por ofício procure investir seu tempo em atividades mais rentáveis. Como você bem falou, o movimento migratório é natural, mas este não é seguido pela reposição da “mão-de-obra”. Sem contar que desenvolver para plataformas móveis dá muito mais visibilidade e rentabilidade (e isto é amplamente divulgado pelo menos aqui em minha região).

    Rodrigo (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 1:14 pm

    Bem a verdade não é o fato de existir KDE/Gnome/Unity/Mate/Xfce/Lxde que faz o Linux não ter um bom apelo nos desktops.
    A verdade é que existem muitas distribuições, as quais adotam métodos de inicialização diferentes (System V, Systemd, etc) e gerenciamento de pacotes diferentes (AUR, RPM, DEB, TGZ, etc), bem como cada distribuição adota versões diferentes de bibliotecas básicas, impedindo a compatibilidade com outras distribuições.

    Além disto, o fato de lançar uma nova versão a cada 6 meses (coisa do Ubuntu) ou uma nova versão do kernel Linux a cada 3 meses, colabora para que drivers deixem de funcionar, ou ainda que aplicativos que não foram atualizados para a nova versão do ambiente gráfico ou biblioteca deixem de funcionar.

    Se o Linux quiser alcançar um bom número de usuários nos desktops terá que lutar para implementar um gerenciamento de drivers mais eficientes, pois se você precisar de um driver que não está empacotado para a distribuição é uma dor de parto para fazer funcionar. Leigos não sabem compilar drivers, e mesmo técnicos não querem perder tempo com isto!

    A retrocompatibilidade seria algo muito bem vindo no Linux, assim a cada atualização do sistema operacional não quebraria a compatibilidade com aplicativos.

    Leonardo Reis (usuário não registrado) em 5/09/2012 às 1:23 pm

    Quanto a questao da “duplicações de esforços X escassez de voluntários” eu nao acredito que seja esse o problema, uma vez que temos casos de sucesso, o Unity eh uma derivacao, o GNOME vem sofrendo agora, mas foi um gigante no mundo FOSS na era GNOME 2.

    Acredito que o grande probela seja a falta de ordem nas coisas. Jah comentei isso antes aqui, acredito que a Free Software Foundation e a Linux Foundation, deveriam se dedicar a infraestrutura e padroes. Se assim fosse o GNOME talvez nao estivesse sofrendo. Projetos como o GNU CAD nao adam porque querem fazer uma implementacao (um software) de CAD ao invez de fazerem documentacoes, padroes e infraestruturas.

    Porque o Unix eh bem sucedido? Talvez a resposta esteja no POSIX e nao em uma implamentacao de UNIX* extremamente bem feita.

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