Google proíbe fragmentação do Android nos novos termos de uso do seu SDK
O kit de desenvolvimento (SDK) do Android, composto pelo Eclipse, um emulador baseado no QEMU e vários outros componentes que permitem desenvolver para o sistema, ganhou novos termos de uso, e eles agora incluem a proibição expressa de que os licenciados (incluindo quem usa ou distribui o SDK) contribuam para a fragmentação do Android.
Em tradução minha, o trecho específico dos Termos diz: ‘Você concorda em não realizar nenhuma ação que possam causar ou resultar na fragmentação do Android, incluindo mas não limitando-se a distribuir, participar na criação de, ou promover de qualquer modo um kit de desenvolvimento derivado deste SDK.’
O IDG/PC World tentou contato repetidamente com o Google para obter maiores esclarecimentos, mas não obteve resposta. (via developers.slashdot.org – “Google Targets Android Fragmentation With Updated Terms For SDK – Slashdot”)
isso não é open source.. dar liberdade de escolha e criação de trabalhos derivados é algo muito importante para um projeto como esse. menos um ponto para a google.
Isso é um bom primeiro passo, mas nem de longe é o suficiente.
Hoje a plataforma está quase inviável, visto que eu continuo tendo que desenvolver para o 2.3
Mais da metade dos modelos disponíveis ainda sai com o Gingerbread, cada fabricante decide se vai ou não fazer um upgrade e o que vai atochar junto com o update.
@Rodrigo ainda é open source, vc pode abrir o código e propor melhorias para ele, o que não pode é destruir o valor da plataforma quebrando a compatibilidade do seu app com uma ou mais famílias de aparelhos.
E tem que isolar esses “melhoradores de UI” tipo o touchwiz da samsung. Eu suspeito que na maior parte dos casos esses “addons” são os responsáveis por comer a bateria do device.
O engraçado disso é que a Google fez algo parecido com a máquina virtual Java…
Scumbag Google: Opensource nos olhos dos outros é refresco.
@Paulo,
Posso estar enganado, mas essa “fragmentação” não é referente às diversas versões do android abençoado da Google.
Pelo que deu pra entender, o que não pode é modificar a SDK em si, mas o código do android continua livre, inclusive as modificações do kernel.
O Android e Google podem restrigir o que for em nome da marca. Você pode usar ou criar um derivado do Android desde que não use o nome do mesmo. Mas como o povo adora colocar que um dispositivo vem com “Android do Google” acaba na bagunça e o Google quer evitar isso. É como ocorre com o Firefox, é livre, mas qualquer modificação é obrigatória a remoção da marca ou qualquer coisa relacionada a Mozilla.
@Ícaro,
Exato, é por isso que o Debian têm o Iceweasel ao invés do Firefox.
@Ícaro
Isso mesmo. Foi como na época em que a MS tentou modificar o java (J++) e vender o produto como “puro java”.
Pode modificar o Android a vontade, mas aí você não deveria ter o direito de chamá-lo como tal.
@Tércio Martins realmente o Google fez isso mas o resultado final não é uma JVM e sim o dalvik.
Nomes não importantes, pois vc save que está gerando um bytecolde dalvik e não um bytecode Java, coisas diferentes com uma origem comum.
O que foi errado foi o que a Microsoft tentou fazer ao criar uma JVM que era imcompatível com uma série de programas Java e chamá-la de JVM.
@André Moraes Sim, o artigo trata-se mais da fragmentação da plataforma em uma mesma versão do Android nos diferentes fabricantes, mas eu vejo isso como parte de um problema maior que é a fragmentação como um todo. Ao vc gerar um código ele vai estar confinado a um fragmento do mercado e não para ele todo como vc tem ao desenvolver para IOS.
@Paulo Pontes, já leu a documentação do Google? Eles chamam de Java sim, colega. E em alguns lugares chamam o dalvik de JVM.
“Em tradução minha, o trecho específico dos Termos diz: ‘Você concorda em não realizar nenhuma ação que possam causar ou resultar na fragmentação do Android, incluindo mas não limitando-se a distribuir, participar na criação de, ou promover de qualquer modo um kit de desenvolvimento derivado deste SDK.’”
O grifado traz o perigo: O que eles vão jogar nessa desculpa de “resultar em fragmentação”? Trabalho derivativo?
O objetivo na verdade parece ser evitar que existam desnecessárias APIs adicionais, muitas vezes em código fechado. Coisas como a API do Sense, da HTC.