GNU sed 4.2.2 lançado, mantenedor sai e deixa críticas ao estado do GNU e da FSF
Enviado por Nícolas Wildner[Ironmanaico] (nicolasgauchoΘgmail·com):
O desenvolvedor cita o motivos de sua saída e nas entrelinhas deixa a mensagem que Richard Stallman e a FSF estão prejudicando o andamento do desenvolvimento de ferramentas GNU. Três foram os principais aspectos que segundo Paolo, se nenhuma atitude for tomada, trarão o falecimento as ferramentas mantidas pela GNU:
1 – O problema de uma pessoa decidindo tudo, e na maioria das vezes, rechaçando novas sugestões devido a opiniões como “não adotaremos o padrão C++ de programação sobre o C por ser muito feio(sic)”. Alguns fatores como segurança são também deixados de lado devido a padrões eleitos como “melhores práticas”, que muitas das vezes não são revisados.
2 – GNU faz pouco pela FSF e a FSF faz pouco pelo GNU. Desde o GNU manifesto [1985], distribuir software livre absolutamente deixou de ser exclusividade do GNU, e a FSF não tem feito o suficiente para valorizá-lo. Em um exemplo da interação insuficiente entre os 2 projetos, ele cita o Gnash, que é um dos projetos “top” que recebe pouco amparo financeiro.
3 – Adicionar o prefixo GNU a programas não é mais sexy hoje em dia. Não é um sinônimo de desempenho, e a máxima “Se for mal feito no Unix, sinta-se livre para substituir completamente com algo totalmente diferente e melhor” não se aplica mais aos programas GNU. Paolo também cita exemplos como o llvm, que ganha tração em cima do problema generalizado de desempenho e de demora em decisões técnicas com ferramentas GNU, ao mesmo tempo que as empresas preferem utilizar ferramentas que não possuem a GPLv3 como licença.
O autor também deixa claro que não possui nada contra a FSF e que vai continuar a erguer a bandeira do movimento, mas está insatisfeito com a gerência humana e técnica sobre qualquer ferramenta que leva o nome GNU. Paolo também afirmou que vai continuar como desenvolvedor das tecnologias gcc e gnu-smalltalk, pois elas lhe abriram as portas para o desenvolvimento de software livre.
Maiores detalhes nos links de referência.” [referência: news.slashdot.org]
eh uma pena ver noticias como esta!
As notícias técnicas legais não têm muito ibope, mas as de “bafão” como essa aqui fatalmente conquistam um monte de comentários… É só esperar pra ver.
É verdade infelizmente a filosofia e o movimento não anda no seu melhor momento!!
Concordo que o C++ acaba destruindo qualquer projeto a longo e médio prazo pelo fato de ser difícil manutenção porque as pessoas não documentam e acabam abstraindo de tal forma que fica impossível ser entendido por qualquer pessoa. Sempre que possível escrevo meus programas em C puro e depois de vários anos continuam sendo mantidos pelas empresas onde passei enquanto os escritos em C++ são constantemente substituídos por outras linguagens ditas mais modernas como Java, C# e outras mais. O fato é que C++ induz as pessoas a pensarem que terão mais produtividade adotando vários frameworks disponíveis e acabam perdendo o controle depois de algum tempo. O próprio Linus Torvalds não admite de maneira nenhuma que partes do kernel sejam escritas em C++ pelas razões que citei acima. Acho que o pessoal do GNU está correto e isso mostra o grau de maturidade de seus integrantes.
Achei divertido ver a contradição do texto e título. Como o desenvolvedor crítica, no título, mas no texto “deixa claro que não possui nada contra a FSF”?
Pode isso Augusto?
Concordo com o Patola e sugiro mudar o nome do site pra br-contigo
Ou então os comentaristas fazerem um curso de interpretação de texto e deixarem de ser chatos.
O título é condizente com a matéria, pois ele fez critica ao estado do GNU e da FSF e não a fundação como entidade, mas deixa claro que se sente desconfortável com as decisões gerenciais que ambas estão tendo atualmente.
Com relação ao C++ ser feio não é argumento técnico. Falta de documentação é algo que acontece com C puro também. Manutenção é sim um ponto a ser discutido, mas para isso que existe design patterns.
No fim parte do problema é tecnico parte é gerencial.
Objetive-C é tido como feio mas qualquer bobão sabe usar pois te obrigava seguir determinados padrões.
@Wallacy concordo com vc, mas não deixo de concordar com o @Patola e o @Marcos no que diz respeito as noticias ou bafos.
Concordo com vc @Wallacy no quesito de documentação e boas práticas, hoje para se trabalhar com frameworks temos que adotar várias práticas de projetos (patterns e gerencia de projeto), hoje existem diversas técnicas para manter projetos grandes, veja exemplos de projetos python, neles temos diversas regras como:
PEPs de código (Lint)
PEPs de nomes (Lint)
Testes unitários (unittest)
Testes de inferface (…)
Design Patterns (…)
Um projeto pode existir sem nenhum destes mas ele esta fada a ser muito caro para ser mantido.
Ahnnn não. Ele critica as políticas do desenvolvimento do projeto GNU, e diz que gostaria que a FSF fosse mais ativa em ajudar o projeto.
Na verdade, tudo que ele fala é que não estão tendo atrativos para pessoas contribuirem para o projeto, fora a filosofia, e critica abertamente o Open Source.
Claro, o “Ironmaníaco” convenientemente omite vários desses pontos na sua tradução parcial e resumida da notícia do slashdot e do e-mail. Sem falar que a qualidade geral da tradução é MUITO porca.
Depois perguntam pq o RMS não deixa traduzirem os textos dele.
O GNU morreu e ninguém se deu conta.
O que interessa hoje é ser “GRÁTIS”.
Nada mais apropriado que a cultura reacionária e estagnada que se criou. Óbvio que ninguém usa C++, não é porque é ruim, é porque os caras não manjam, e quem quer mudar, enfrenta os retrógrados estabelecidos (um deles RMS e o outro o Linus). Software GNU é como disse o mantenedor do sed que jogou fezes no ventilador. BLOATED e vai continuar assim. Podem chorar ai os famosos apoiadores de comunidades, que não codificam NADA e só policiam os outros.
O artigo que fez o autor da discussão chutar o balde foi este aqui, da LWN. Ele cita os fatores que levaram o criador do GnuTLS a retirar o software do Projeto GNU, e as argumentações — sujas, IMHO — vindas da FSF para impedi-lo de fazer isso. Como bônus, o artigo também comenta um pouco sobre a falta de transparência na gestão do Projeto GNU, por simples e pura vontade da Fundação.
Há pouco tempo, eu pensava em me tornar um contribuidor da FSF. Mas o texto acima conseguiu me deixar revoltado o suficiente para desistir da ideia. Uma organização que objetiva “defender o software livre”, mas não incentiva os desenvolvedores que os mantêm e ainda torna-os simples joguetes não merece o meu auxílio.
De qualquer forma, o universo se reorganiza. Existem várias ações que vão de encontro aos ideais do Software Livre, mesmo que sejam executadas fora do alcance da Fundação. A chama de esperança para mim agora é o projeto copyleft.next, feito por um funcionário da Red Hat, que busca criar uma nova licença de software com copyleft forte (semelhante à GPL), mas sem os anacronismos que as licenças da FSF possuem.
Não vou cuspir no prato em que comi. Sou bastante grato à FSF pelo trabalho que ela fez outrora. Mas o projeto que ela iniciou está mostrando sinais de agonia, indicando que é preciso encerrá-lo. Torço para que os membros da Fundação tenham a sabedoria necessária para mudar a dança enquanto é tempo.
Tércio, valeu pelo link. Ótima leitura. :)
É, o Stallman está ficando mala mesmo…
O uso mais adequado de C puro ou C++ depende do projeto em si. C++ eh mais adequado para projetos com grande demanda de dados como interfaces graficas, mas no caso do uso para pequenos aplicativos console, nada haver usar C++.
eh por isso q projetos como o Gnome agonizam na sua evolução e manutenção… por ter sido elaborado em uma biblioteca gráfica usando C puro enquanto o GTK ja ameaçou ser descontinuado… o que caracteriza uma escolha inapropriada de linguagem. C++ eh C do mesmo jeito com novas técnicas de elaboração de fluxo de execução para alta demanda de dados e organização estrutural. e o Qt vai muito bem usando técnicas computacionalmente corretas em C++.
IMNSHO o problema está em criar regras fixas e na gestão pessoal.
O todo, ou seja, os desenvolvedores todos, deveriam sobrepor o individual em um projeto coletivo como esse. Me assusta saber que uma pessoa tem um poder tão grande.
@Spif
>>> Claro, o “Ironmaníaco” convenientemente omite vários desses pontos
>>> na sua tradução parcial e resumida da notícia do slashdot e do e-mail.
>>> Sem falar que a qualidade geral da tradução é MUITO porca.
Maiores detalhes nos links de referência
Lista: http://article.gmane.org/gmane.comp.lang.smalltalk.gnu.general/7873
Deixa de ser pau no ** e leia os links de referência, pois todo mundo ja tá careca de saber que as notícias daqui do Br-Linux são geralmente chamadas para notícias externas. Eu não omiti convenientemente informações, e não me culpo se pessoas de cérebro limitado tipo o seu, tecem este tipo de comentário sem ler os links de referência antes e gerar uma discussão com o mínimo de conteúdo.
Quanto a qualidade da tradução, obrigado pela opinião.
@Tércio Martins
É, o problema do GnuTLS foi justamente o de ele ter cedido o copyright para a FSF, e agora que ele quer dar um “boost” e está insatisfeito com a direção do projeto, ele pode fazer apenas um fork perdendo um pouco da “fama” que o projeto GnuTLS possui, já que ele não pode usar o mesmo nome.
@Spif.
Leia também o link http://lwn.net/SubscriberLink/529522/854aed3fb6398b79/ citado pelo @Tércio, que é referenciado no email do mantenedor.
Iromaniaco, você FEZ um resumo que atende as SUAS pretensões. São palavras viciadas pelas SUAS crenças.
Os links de referência colocam a sua tradução porca no devido contexto. Lendo eles é que eu critiquei a sua posição mais duramente.
Já quanto o “pau”, você pode manter ele no seu * , pois é o lugar de direito dele.
O Link do Tércio é interessante. Ele trata inteiramente da questão dos direitos autorais dos programas GNU, que são passados inteiramente para a FSF. Isso é aceitável no caso do Projeto GNU, pois não é interessante ter múltiplos donos para um sistema livre. Oras, existem muitas formas de se comprar essas pequenas partes individualmente. A FSF age como a protetora do sistema, usando vários dispositivos que empresas e legisladores criaram para proteger os seus interesses. Isso é genial e subversivo.
Mas o verdadeiro tema do Link, escrito por Michael Kerrisk (um notório colaborador da Linux foundation e projetos ligados ao Kernel.org), é o embate entre o Software Livre e o Open Source.
Por mais que pareçam a mesma coisa, ambas são MUITO diferentes.
Software Livre é uma ideologia, para impedir que a tecnologia seja uma ferramenta de dominação. Ela é fundada sobre pensamentos libertários, de independência de governos e empresas. Ela foi concebida para salvaguardar as liberdades individuais de cada usuário de computação, em um contexto aonde várias empresas e governos adorariam ter mais poder e controle no seu computador pessoal.
Open Source é uma metodologia de desenvolvimento. Eles usam parte dos preceitos da filosofia, mas é completamente avessa a ela. O ponto do Open Source não é independência, liberdade completa ou algo do tipo. É sobre publicar o melhor programa. Não trata da independência de empresas ou governos, se você tiver dinheiro e não mudar a metodologia demais, você é mais que bem vindo: Vc é VIP.
Por isso é importante ler essa peça autoral, de uma das mentes por trás do Open Source, a respeito do Software Livre tendo isso em mente. É como ver um filme em 3d: Você tem que usar um filtro pra poder ver todas as facetas.
Agora entendo porque alguns projetos de SL, como o Haiku, optaram por licenças como a MIT ao invés da GPL.
Principalmente pq eles provavelmente são Open Source.