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FreeBSD e a infraestrutura Unix do (Mac) OS X

Leia também: Open Source no mundo Apple, no BR-Mac.org.

Enviado por Jackson Laskoski (falecomΘjack·eti·br):

“Se você sempre teve curiosidade para saber mais sobre a relação entre o BSD Unix e  os sistemas operacionais da Apple (principalmente os atuais), este artigo publicado pelo Patrick Tracanelli vem muito a calhar.

O texto faz uma contextualização histórica muito interessante e aborda os principais aspectos que uniram de forma definitiva a plataforma Mac OS X da Apple à base BSD Unix (mais recentemente e precisamente ao FreeBSD). O post está realmente muito bem redigido e contempla alguns assuntos bem espinhosos, tecnicamente falando, de uma forma bastante sutil. Leitura mais do que recomendada. ;)” [referência: jack.eti.br]


• Publicado por Augusto Campos em 2012-03-07

Comentários dos leitores

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    Tiago (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 4:19 pm

    Essa estrutura é que eu queria que o linux copiasse.
    Não só layouts.

    Illidan (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 4:22 pm

    Muito interessante, vou ler agora!

    Rodrigo Carvalho Silva (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 5:59 pm

    Olá, Augusto

    O Darwin realmente parece ser muito interessante. Por que você acha que ele não é tão usado além do OS X, mesmo sendo open source?

    Mas a que fim serviria um sistema operacional adicional baseado no Darwin? Conheces alguém que demanda isso? Se conhecer, pede pra darem uma olhada no PureDarwin, talvez até contribuir com ele ツ

    Acho que o componente principal de não haver um projeto externo bem-sucedido neste sentido é a falta de interessados, além do fato de ser difícil trabalhar em parceria com a Apple (talvez ainda pior do que com a Oracle). Se não me engano, ela disponibiliza o código-fonte só quando lança ao público uma nova versão do executável, e não enquanto está desenvolvendo – mais ou menos como o Google faz com o Android, e com o mesmo tipo de efeito negativo. É bem mais difícil cooperar externamente com um projeto assim, de código aberto mas processo de desenvolvimento fechado.

    Me parece que o pessoal do OpenDarwin depois de um tempo tentando acabou desistindo (em 2006) e migrando seus esforços pra simplesmente portar componentes open source adicionais pra uso no próprio OS X, mais ou menos como o Rudá Moura faz no Rudix, que empacota diversos componentes do GNU (e outros) pro OS X. Sei que quando eles pararam de tentar manter um sistema à parte, eles incluíram as 2 coisas (dificuldade de relacionamento com a Apple e ausência de interesse por parte da comunidade) entre os motivos.

    Também me parece que o PureDarwin, que é um sistema operacional baseado no Darwin, continua ativo, mas ninguém sabe, justamente por não haver interesse por parte do público.

    Manoel Pinho (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 6:46 pm

    Todas as pessoas que conheço que optaram pelo Mac OS X, em vez de tantos sistemas unix e unix-like (como linux) livres que existem, o fizeram não pelo “motor” unix/BSD do OS X, mas pela disponibilidade de aplicativos proprietários específicos (ou pelo menos não disponíveis para unix/unix-like livres), além de questões pessoais e relativas de usabilidade e aparência estética. O que quero dizer é que a grande maioria opta pelo OS X pela interface e características exclusivas do sistema, como APIs e estrutura ( http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f2/Diagram_of_Mac_OS_X_architecture.svg/400px-Diagram_of_Mac_OS_X_architecture.svg.png ), não pelo fato de ter uma base Unix.

    O “motor” Unix pode ter sido mais um fator decisivo pela escolha, principalmente naqueles casos onde a pessoa precise interagir com servidores unix e/ou programas para ambientes unix. Esse fator leva muita gente a optar pelo OS X em vez do Windows por exemplo, a plataforma onde há a maior disponibilidade de softwares proprietários em geral.

    Acho que, diante de tantas alternativas livres e maduras de sistemas unix e unix-like (como o linux), um novo sistema livre com kernel Darwin, mas mantendo a estrutura tradicional dos outros sistemas unix e unix-like livres (X, gcc, gtk+, Qt, etc), não traria nenhuma vantagem (ou nenhuma significativa) que compensasse o esforço extra de fazer um novo sistema e baseado em um kernel feito e mantido pela Apple, sem muita cooperação da empresa.

    É algo semelhante ao que ocorre com diversos sistemas operacionais livres que usam kernel do OpenSolaris. Com a compra da Sun pela Oracle, a atitude da nova empresa dificultou o desenvolvimento desses forks. Mas, apesar disso, um sistema livre baseado em um kernel OpenSolaris mais a userland unix tradicional ainda teria mais vantagens e sentido do que um sistema baseado em Darwin e userland unix tradicional.

    Nyappy! (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 8:08 pm

    Para que colocar esforço em um kernel que não traria nenhuma vantagem sobre os outros?

    O problema do Linux é a falta de uma estrutura melhor para instalação de drivers proprietários(ou até mesmo drivers abertos já compilados), é frustrante que mesmo nos melhores drivers proprietários falte tantos recursos por causa das dificuldades de implementação.

    E ainda tem gente aqui que condena os “blobs binários”, gente, é melhor bons drivers proprietários com suporte do fabricante do que nada.

    Manoel Pinho (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 8:49 pm

    @Nyappy!

    Que estrutura melhor para instalar drivers proprietários para o linux você sugere ?!

    Eu mesmo estou cansado de usar o driver proprietário de plavas de vídeo Nvidia e instalar impressoras HP que necessitam de um plugin binário para funcionar. A diferença é que a Nvidia e a HP (no caso das impressoras pelo menos) fazem instaladores decentes (mais a Nvidia), coisa que os outros fabricantes não fazem.

    Mesmo o kernel linux, que é livre, admite a instalação de módulos do kernel proprietários (o da nvidia é um dos exemplos).

    Eu uso intensamente o linux em desktops e notebooks há muitos anos e ajudo muita gente todos os dias a instalarem dispositivos e periféricos no linux. O que noto é muito mais a falta de interesse dos fabricantes em suportar de forma decente o linux do que Windows ou Mac, em parte pela popularidade da plataforma e, acredito eu, em parte pela ignorância e falta de velocidade suficiente para acompanhar as rápidas mudanças que acontecem no mundo do linux e do software livre. É só ver o que aconteceu com a Adobe recentemente, desistindo de suportar várias de suas tecnologias no linux.

    O que a Microsoft e a Apple fazem muito bem é entregar kits de desenvolvimento bem documentados, limitados mas mais fáceis de usar, além dos livros e cursos que existem sobre desenvolvimento para essas plataformas proprietárias.

    Embora muitos puristas do software livre rejeitem qualquer coisa proprietária, na prática a esmagadora maioria das distribuições linux traz e permite a instalação de programas não livres, BLOBs e drivers binários. O Stallman até listou algumas poucas distribuições puristas, mas que quase ninguém usa.

    Luiz Flavio (usuário não registrado) em 7/03/2012 às 9:08 pm

    “O que a Microsoft e a Apple fazem muito bem é entregar kits de desenvolvimento bem documentados, limitados mas mais fáceis de usar, além dos livros e cursos que existem sobre desenvolvimento para essas plataformas proprietárias.”

    Se nenhuma distro fizer o mesmo, o desktop Linux nunca será popular, pois nunca terá grande apoio da indústria.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 8:11 am

    Matéria Muito bacana, tanto sobre história sobre quanto tecnologia

    @Manoel Pinho
    > É só ver o que aconteceu com a Adobe recentemente, desistindo de
    > suportar várias de suas tecnologias no linux.

    A adobe NUNCA prestou suporte decente ao Flash, desde o Flash 8 e 9, que ficaram “no limbo” e uma série de workarrounds eram necessários para o pleno funcionamento do plugin em máquina x86_64.

    Não culpe o SO pela incompetência de uma empresa(Adobe). E o Flash ter sido descontinuado no Linux é o primeiro passo para que ela seja definitivamente marcada como “tecnologia legada”.
    (Já foi até tagueada assmi aqui no Br-Linux….heheheheheeh)

    > O que a Microsoft e a Apple fazem muito bem é entregar kits de
    > desenvolvimento bem documentados, limitados mas mais fáceis de usar, além
    > dos livros e cursos que existem sobre desenvolvimento para essas
    > plataformas proprietárias.

    O Software esta lá, e a documentação também.
    Quem acompanha as listas do lkml, e as atualizações de DRM/Xorg/Mesa e desenvolve drivers está apto para criar algo.

    Não é preciso que a Linux foundation imprima “livretos” para toda e qualquer empresa que quer seus devices direto no Kernel. Porque estas empresas não se importam em contratar as pessoas que fazem os drivers open na base da engenharia reversa?

    - Eles tem medo que este tipo de pessoa tenha mais acesso a informação devido ao seu potencial;
    - Eles tem interesse de ter Windows como carro chefe;
    - Eles tem medo que outros copiem seus “segredos tecnológios de engenharia” com drivers totalmente open;

    > Embora muitos puristas do software livre rejeitem qualquer coisa
    > proprietária, na prática a esmagadora maioria das distribuições linux traz
    > e permite a instalação de programas não livres, BLOBs e drivers binários. O
    > Stallman até listou algumas poucas distribuições puristas, mas que quase
    > ninguém usa.

    O problema do Stallman é que ele não lembra que, em tempos remotos a firmware era um recurso que ficava apenas na ROM dos hardwares. Quando tava por lá não tinha ninguém da FSF pra encher o saco.

    Agora que algumas delas por questões de praticidade/comodidade ficam no HD do SO, eles ficam fazendo tempestade em copo d’água.

    Tá certo que eles tem que defender o SL, e ser o mais chatos possíveis com os BLOBS, mas algumas empresas não querem abrir mão dos seus segredos tecnológicos abrindo por total o código-fonte de Drivers E firmwares.

    linuxer (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 11:41 am

    @Ironmaniaco

    Eu concordo que a Adobe não foi um bom exemplo mesmo porque ela é incompetente. Mas a maioria das pequenas e médias empresas de software realmente têm uma dificuldade maior de desenvolver softwares profissionais no linux do que nas plataformas proprietárias, isso é fato. Assim como você, torço muito pelo software livre e acredito na viabilidade do linux como desktop com poucas melhorias.

    O problema é que o ritmo de desenvolvimento dos softwares livres em geral é bem mais rápido do que o das plataformas proprietárias, as documentações dos softwares livres nem sempre são completas (afinal, sempre se pode dizer: leia o código-fonte) e há muitas alternativas possíveis de bibliotecas, linguagens de programação, etc, o que é uma dificuldade para quem está acostumado a usar IDEs e frameworks onde se parte de códigos semi-prontos.

    O Android mesmo é um exemplo de uma plataforma baseada em software livre onde o programador não tem muitas escolhas e que traz uma facilidade de programação de aplicativos semelhante ao de plataformas proprietárias. E por isso tem milhares de aplicativos.

    Entenda: não é que não seja possível fazer programas profissionais proprietários para linux. Apenas é mais complexo e requer profissionais mais especializados, normalmente mais caros, e que muitas vezes não existem em determinadas empresas, regiões ou países. Por isso muitas optam pelas plataformas proprietárias populares. A própria popularidade do Mac OS X no Brasil e países menos desenvolvidos é muito baixa perto do Windows por esse mesmo motivo.

    Porfírio (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 11:58 am

    “aspectos que uniram de forma definitiva a plataforma Mac OS X da Apple à base BSD Unix (mais recentemente e precisamente ao FreeBSD)”

    Sim, o relacionamento é o de predador e presa. O MacOSX é o Leão e o FreeBSD é a zebra.

    Tiago (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 1:25 pm

    “O que a Microsoft e a Apple fazem muito bem é entregar kits de desenvolvimento bem documentados, limitados mas mais fáceis de usar, além dos livros e cursos que existem sobre desenvolvimento para essas plataformas proprietárias.”

    Não, o que elas fazem é entregar algo completo. O linux só tem o kernel. Isso é insuficiente. Se desejam tanto que o linux levante, o linux deve ser visto como um sistema completo, do início ao fim. Kernel é apenas uma parte.

    Se eu fosse presidente de uma empresa de software, eu só desenvolveria para linux na seguinte situação:
    - linux deve ser compatível com linux. Compilou uma vez, rodou em qualquer distro;
    - linux deve te padronização;
    - linux deve ter mercado.

    Ou o sistema me entrega isso, ou não gastaria 1 centavo com o sistema.

    Com padronização e unidade forte, que é provido por padronização e uma visão do sistema como um todo, isso traz conforto e segurança para usuários. Conforto e segurança, atrai mais usuários. Mais usuários atrai mais desenvolvedores.

    Hoje não tem nada disso no linux. E ao invés de discutirem uma arquitetura realmente forte e completa, preferem discorrer se a Adobe é ou não incompetente para produzir para linux. Mas ninguém pergunta se é realmente interessante produzir para linux.

    Com um market share de 1.6%, isso não é um número nada empolgador. Se pegarmos os números do Mac, tempos o seguinte: 6% de market share mundial, porém, se olharmos o foco da Apple, computadores domésticos, esse número, nos EUA, sobre para 22%. É muita coisa. Já justifica produzir para Mac.
    E o Linux? Cadê a participação expressiva para justificar investimentos? Quando se trata de empresa, de investimento, de dinheiro, deve-se ter uma visão empresarial. Essa visão idealista de vocês se traduziria em prejuízo. Algum sem noção pode até citar a Red Hat, mas a Red Hat não possui foco no usuário doméstico, que é onde atua a Apple, e um monte de empresas que todos do linux gostariam de ver desenvolver software para SL.

    Nyappy! (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 2:28 pm

    @Tiago

    “linux deve ser compatível com linux. Compilou uma vez, rodou em qualquer distro;”

    E roda, só você colocar todas as dependências internamente no pacote ou no instalador — como faz o Windows e o MacOSX –, simples.

    Todo esse mimimi sobre programa que roda em uma distro e não roda em outra é, em minha opinião, completamente infundado. O que eu não aguento mais é ficar brincando com o Xorg cada vez que eu instalo um driver de vídeo e tento testar o desempenho de ambos.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 2:41 pm

    @Nyappy!
    > E roda, só você colocar todas as dependências internamente no pacote
    > ou no instalador — como faz o Windows e o MacOSX –, simples.

    Ai você falou um bagulho bem interessante;

    As empresas de game(Blizzard, cof, cof…) reclamam por exemplo que não liberam pra internet um client para Linux porque é instável ou tem todo o chenenigans de “dependências”(alegação deles)….

    …quando eles não podem sentar na cadeira e fazer exatamente isso que você propôs: Criar um zip inflado, com as libs necessárias, um wizard que extrai o zip no /opt, e dá o ownership da pasta do jogo para usuário, ou para um usuário administrativo, dá o group-ownership pro grupo “games”, e dá permissão de escrita para este grupo.

    Adicionando assim o jogador no grupo games, ele mesmo poderá efetuar os updates do software.

    Nyappy! (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 2:55 pm

    @Ironmaniaco

    E games precisam de poucas bibliotecas, já que a maioria já roda direito no OGL, ALSA ou SDL.

    É visível que a Blizzard não libera o client para Linux por causa do suporte, eles facilitam e deixam que o pessoal do Wine cuide disso para eles.

    skpato (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 4:39 pm

    “linux deve ser compatível com linux. Compilou uma vez, rodou em qualquer distro;”

    Isso é FUD. Programa compilado uma vez sempre rodou em qualquer distro. Como o Nyappy disse, basta ter as libs, que podem ser distribuídas no mesmo diretório do programa pelo desenvolvedor. Existem vários softwares proprietários que instalam isso – colocam o executável e todas as libs em um diretório /opt/programa e pronto, funciona em qualquer distro.

    Manoel Pinho (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 6:39 pm

    O Nyappy! falou e disse.

    A compatibilidade de aplicativos com múltiplas distribuições pode ser obtida de 2 maneiras: ou gerando um binário linkado estaticamente ou trazendo consigo e instalando (papel dos instaladores), os binários executáveis e todas as bibliotecas que precisarem.

    Basta ver como os navegadores firefox, opera e Chrome são distribuídos. Só porque não existem pacotes binários prontos para todas as distribuições que existem, não significa que se possa instalar esses programas em qualquer distribuição. Na pior das hipóteses, basta descompactar o .tar.gz ou .tar.bz2 binário em algum local e rodá-lo. Muita gente, diante do fato de muitos softwares livres só distribuírem o código-fonte por filosofia, acham que isso acontece por incapacidade de gerar um binário que possa ser instalado em qualquer distribuição.

    A ID Software, MUITOS ANOS atrás, já fazia e distribuía versões linux de alguns jogos e inclusive com instaladores “a la windows”:

    http://icculus.org/loki_setup/

    http://icculus.org/mojosetup/

    Tiago (usuário não registrado) em 8/03/2012 às 7:57 pm

    Ok, sem ter uma única lib do gtk ou do KDE, eu rodo o Firefox? Se eu quiser um sistema leve e exuto, como eu uso o a interface gráfica sem essas libs? E como eu posso homologar o meu software para todo e qualquer Linux e garantir isso para o meu cliente? Por é necessário criar repositórios ao invés de simplesmente não disponibilizar os binários na internet? Por o chrome e outros tantos softwares possuem binário para deb e rpm deixando bem claro: Debian/ubuntu e fedora/suse? Porque eu não posso instalar qualquer distro sem me preocupar se tem versão de software ou com compilação?

    Todas essas preocupaçōes não existe no Mac e não existiria no Linux se fosse padronizado. por isso que eu digo: Linux não é compatível com Linux.

    Sobre a interface gráfica, eu dei uma sugestão bem legal de como resolver esse problema no post que foi moderado. Basta decifrar o texto que vcs verão. Eu não vou repetir.

    Nyappy! (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 6:38 am

    @Tiago

    Quem fala isso não tem noção da realidade, temos que ser realistas, e o Linux nunca será “padronizado” universalmente, acredito que o Ubuntu possa sim ser “padronizado”; ou o Fedora; ou qualquer outra distro — “localmente”.

    A questão é que dá para rodar qualquer programa com todas as bibliotecas embutidas no instalador ou no pacote.

    sem ter uma única lib do gtk ou do KDE, eu rodo o Firefox

    E?
    Já rodei Firefox, Deluge, Comix, KTorrent e vários outros programas no Windows e tive que instalar as bibliotecas do GTK, KDE ou Qt(sem falar no python, Ruby, perl e um monte de coisa) normalmente e nem por isso achei algo absurdo. Qual é o seu ponto?

    Nyappy! (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 6:40 am

    Ah, e o Firefox que eu rodei no Windows foi o Firefox “do Linux”, compilado por mim mesmo.

    É engraçado que no Mac OSX e no Windows você tem que ter tudo embutido para rodar e no Linux você ache um absurdo.

    Ícaro (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 9:39 am

    Eu uso Trisquel e está perfeito para mim, recomendo instalar uma distro recomendada pela FSF até para testar o seu hardware.
    Quem sabe funciona perfeitamente e você talvez nem saiba.

    E com uma distro livre você realmente sabe o que é ou não livre(como fontes tipográficas, ícones ou outras coisas).

    *O Trisquel é baseado no Ubuntu, mas é muito veloz =) E sem muito dos bugs do Ubuntu. E tem uma excelente comunidade, sempre ativa.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 10:47 am

    Isso das empresas não darem suporte a Linux tem a verdade sendo usada como desculpa.

    Hã?

    Isso aí.

    Exemplo: drivers inferiores no Linux? Fato. Impeditivo ? Não, está aí o wii que vendeu como água com gráfico BEM tosco. Tão aí o XBox360 e Ps3 que estão bem defasados em relação a gráficos e vivem bem pimpões.

    Linux tem ambiente muito diverso, difícil padronizar? Fato! Impeditivo? Não, desculpa esfarrapada. Escolhe uma distro em uma arquitetura, homologa e pronto. Digamos Ubuntu 64 bits.

    Vai ter ranger de dentes, mas o pessoal de outras distros, se tiver interesse, em menos de uma semana, cria pacotes apropriados, não oficiais, claro.

    É a questão de relações públicas, mais fácil dizer que o universo conspira contra o suporte, do que dizer que simplesmente não considera a demanda atraente.

    J Vitor (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 11:11 am

    Linux é naturalmente anárquico, no sentido de despadronizacao. Essa e uma caracteristica chave, da origem a diversas distros de propositos e concepcoes diferentes. Tem quem adore, tem quem deteste. Quem ve como bagunca e fica p*** com cada Lx ser de um jeito, normalmente se sente muito bem em sistemas BSD que sao muito organizados, as coisas fazem sentido e tem razao e fundamento em cada detalhe, da hierarquia do sistema de arquivos a estruturacao do kernel. FreeBSD por exemplo, recompilar kernel eh simples e direto, as coisas sempre estao onde vc espera, as confs tambem.

    Ja o Mac OS X vcs podem dar o motivo que for mas esse BSD fez muita gente de Linux ter um BSD como plataforma primaria de computacao. De desenvolvedores Conectiva a kernel Linux como Riek van Riel. De gerentes de solucoes e vendas Linux, instrutores, da Red Hat a 4Linux no Brasil. De gestores das unidades Linux da IBM em Campinas a membros da FSF (mesmo com puxao de orelhas do Stallman). De pessoas influentes na midia geral a midia especifica ou blogs como o fundador aqui do br-linux.

    Cada qual a sua maneira, todos felizes com seu BSD de baixo do braço. Muitas vezes com seu BSD no bolso… na TV…

    Nyappy! (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 12:16 pm

    @J Victor
    ┐(‘~`;)┌

    Escolha uma distribuição e permaneça nela que você verá uma consistência, você cobrando consistência entre o Fedora e o Debian é o mesmo que você pedir consistência entre o FreeBSD e as outras “distro BSD”.

    Nyappy! (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 12:28 pm

    http://www.netbsd.org/docs/compat.html

    Até o NetBSD não tem compatibilidade plena com o FreeBSD, mesmo com as dependências satisfeitas, quase o mesmo acontece com o OpenBSD e o DragonFlyBSD.

    “Mas os BSDs tem kernels diferentes”
    E os desenvolvedores das várias distribuições Linux tem ideias diferentes também? Se vocês querem que todos renunciem de suas ideias e motivações por um bem maior, por que vocês não lutam também pela padronização dos BSDs? Para que essa besteira de kernel diferente?

    @Weber Jr.

    Linux tem ambiente muito diverso, difícil padronizar? Fato! Impeditivo? Não, desculpa esfarrapada. Escolhe uma distro em uma arquitetura, homologa e pronto. Digamos Ubuntu 64 bits.

    Vai ter ranger de dentes, mas o pessoal de outras distros, se tiver interesse, em menos de uma semana, cria pacotes apropriados, não oficiais, claro.

    Essa é a solução para uma coisa próxima de padronização no ambiente Linux, uma iniciativa conjunta — seja ela livre ou proprietária — que eleja uma distribuição (normalmente a mais usada) e o resto que se ajuste apropriadamente.

    Tiago (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 1:28 pm

    Sendo assim, e tendo consciência que tal comportamento não pode ser mudado (apesar que acredito sim, que é possível criar bases para resolver esse problema sem tirar a liberdade – tá no post moderado), o jeito então é não reclamar que a Blizzard não lança jogos para Linux, não reclamar que a Adobe não dá a mínima, não reclamar que a industra de hardware não se importa com o linux. Essa falta de suporte faz parte do linux da mesma forma que a liberdade faz parte. É aceitar.

    Eu acredito que sim, existe uma forma extremamente elegante de resolver esse problema. E nem é nenhum ovo de colombo, já foi usada em várias tecnologias. Mas eu acho que o pior é o ego de muita gente, porque a solução é algo realmente comunitário. Se isso não é possível com linux, esse sistema como sistema desktop vai sim ser para todo sempre, um sistema de nicho, para poucos nerds. Não é ofensa, é que eu queria muito ver o sistema crescer, mas sem enxergar o todo, não dá para fazer um produto bom. E o linux só tem o kernel. E isso é ruim, muito ruim.

    E quanto BSD, quem usa BSD? Mac OS possui sim um kernel fortemente baseado em FreeBSD, mas o OSX não é BSD, é Macintosh, é Mac OS X é OSX. Não é FreeBSD.
    Da mesma forma que Android não é Linux. É Android.

    Sylvio (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 1:53 pm

    Nyappy,

    Entre sistemas BSD você vê muita consistência. Desde conceitos, como kernel GENERIC até estruturas organizacionais, inicialização, o próprio rcng no FreeBSD e NetBSD são o mesmo, similar no OpenBSD. Processos de atualização e instalação dos sistemas, são levemente diferentes na operação mas conceitualmente equivalentes e muito intuitivo em outro sistema pra quem usa um deles. OpenBSD/NetBSD dividem conceitos e tem o mesmo sistema de gerenciamento de aplicações de terceiros (sao fork um do outro) DfBSD/FreeBSD também são fork, tem muito em comum e o Df usa o pkgsrc do NetBSD. O fato é que quem é usuário de 1 dos BSD não tem a menor dificuldade em utilizar outro. A adaptação leva 1, 2 dias.

    Os níveis de distinção entre sistemas BSD são mínimos quando comparamos por exemplo com distros Linux mainstream como Red Hat, SuSE, Fedora, Debian, Slackware… os BSD tem uma origem, o 4BSD de Berkeley e respeitam essa origem. A linhagem BSD open source é essencialmente 2, FreeBSD (386BSD) e NetBSD (fork 386BSD), os demais (DfBSD, OpenBSD, Darwin) derivam-se destes sem querer reinventar a roda. Portanto a consistência mais que existe… tal qual distinções, claro, mas as distinções são muito mais sob a ótica do kernel, e portanto afeta bem mais desenvolvedores e mantenedores de ports, do que o sysadmin usual, o usuário típico.

    E pros que acham que a Apple só “suga” do FreeBSD como o comentário sobre a presa e o predador acima, hoje FreeBSD tem GCD, OpenCL, BSM Audit, pra citar alguns recursos, herdados ou diretamente financiados pela Apple. A Apple também paga o salário de alguns desenvolvedores chave do sistema. Hoje FreeBSD tem subsistemas inteiros em kernel, como de roteamento, capazes de serem processados em GPU mantendo a CPU livre, tal qual o OS X desde o 10.5, e isso foi herdado da Apple. É algo que o usuário normal não vê mas é uma grande coisa. A base OpenCL no FreeBSD tem potencial pra também se tornar uma grande coisa, depende da aptidão e vontade dos outros desenvolvedores para começarmos ver mais e mais trechos do kernel podendo consumir GPU como o OS X hoje, e até aplicações. As últimas atualizações do PF no FreeBSD por exemplo foram retornos do PF no Darwin. Isso o usuário típico vê por exemplo no pfSense.

    Lógico que todos que gostam de open source e de BSD gostariam de ver mais contribuições da Apple, mas a verdade é que a Apple devolve sim as tecnologias que cria, quando relevantes ao FreeBSD. O sentido em que a Apple mais “suga” do FreeBSD do que contribui é no sentido do interesse: a Apple tem mais interesse na tecnologia FreeBSD do que o FreeBSD na tecnologia Apple, afinal fora Core Graphics e Core Audio (que o FreeBSD não tem o menor interesse), Audit, OpenCL, GCD, são algumas das poucas coisas boas que a Apple aprimorou no Darwin que é interessante pros usuários e sistema FreeBSD.

    Fora isso a Apple investe em que? Firulas gráficas, eye candie stuff e usabilidade. O que certamente atrai o interesse de diversos perfis de usuários inclusive de open source preocupados com Ubuntu, com a viabilidade do Linux no Desktop e que acabam arrastando tanta gente de Linux como citado pelo J Vitor acima, pra um OS X. Mas que não cai nas graças nem desperta interesse no Projeto FreeBSD. Então, lógico, a Apple poderia se quisesse com tantos bilhoes de dolares sobrando retornar mais pro FreeBSD mesmo em tecnologias e trabalhos que ela não venha a reaproveitar um dia. Mas tecnologicamente a Apple retorna sim, pouco, porque é pouca a proporção do que ela melhora no BSD…

    Enfim a Apple é menos significante pro projeto FreeBSD do que o contrário. Tal qual o Yahoo hoje. Mas não porque a Apple não devolva. É porque ela não evolui o BSD mesmo. Ela bebe da fonte, apenas. Mas quando ela evolui o sistema, ai sim ela devolve… mesmo que de vagar.

    Sylvio (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 2:11 pm

    Ahn?

    Como assim Android não é Linux amigo? OS X não é BSD? Avise a Apple, pobre empresa confusa ela diz que o BSD e o Mach são como está nesse mesmo artigo ai em cima, o coração do OS X.

    Quando você liga seu OS X Lion, e ao invés do seu usuario/senha você digita >console você vai num console BSD e o nome do sistema é Darwin/BSD. Como assim não é BSD? Então além da Apple, dos desenvolvedores, o sistema também está errado em se reconhecer como BSD, e você está certo?

    Quando você faz jail break e cai na shell do iPhone o que é aquele BSD de todo tamanho que você ve em todo lugar?

    Ja que nem Android é Linux nem OS X é BSD, vamos ter que começar repensar nossa própria origem antes de nos classificarmos homo sapiens (especialmente a parte sapien). Aposentemos os cientistas, pesquisadores, esqueça Darwin (o Charles, não o BSD), e vamos voltar a filosofar sobre quem, o que, de onde e pra onde… tudo de novo… ;-)

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 3:17 pm

    “cobrando consistência entre o Fedora e o Debian é o mesmo que você pedir consistência entre o FreeBSD e as outras “distro BSD”.”

    Nessa o Nyappy está certo, completamente sem noção a comparação.

    O Mac entra no mesmo barco, é apenas a forma como um distribuidor empacote seu OS. Distinguiu na comparação não sei porque.

    Nyappy! (usuário não registrado) em 9/03/2012 às 7:02 pm

    @Sylvio

    Enfim a Apple é menos significante pro projeto FreeBSD do que o contrário. Tal qual o Yahoo hoje.

    É até meio engraçado que você fale isso, o Yahoo! era realmente uma empresa que usava majoritariamente FreeBSD, ajudando no código e empregando muitos dos desenvolvedores do mesmo, mas já faz um tempinho que ela vem migrando rapidamente para Linux, sendo que 75% dos servidores da mesma estão com Linux(Red Hat) e os 25% restantes estão com FreeBSD somente por compatibilidade.

    É aí que eu me pergunto: por que saem de um sistema “consistente” para irem para um sistema totalmente maluco como o Linux?

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