Expresso V3 será lançado nesta quarta-feira
Enviado por Vacy Alvaro (vacyΘprognus·com·br):
Neste momento estão sendo entregues os módulos de e-mail, Agenda, Contatos, Activesync, Vídeoconferência, Comunicação Instantânea e Tarefas, com expectativa futura dos módulos clicktodial, gerenciador de arquivos e crm. Funcionalidades como arquivamento local e sporte a certificados digitais estão sendo trabalhadas para a próxima versão.
A nova versão introduz tecnologias como uso de frameworks amplamente conhecidos no mercado(Zend e EXTjS) além de ser 100% orientada a serviços via protocolos Json RPC. Esta nova realidade arquitetural proporciona ao expresso um novo conceito tecnológico, possibilitando com isto que aplicações externas possam valher-se de seus serviços bem como “alivia” o processamento servidor em função da total separação da camada de apresentação da camada de negócio.
Confira mais detalhes em: [cafe-expresso.org/…]” [referência: cafe-expresso.org]
Não conheço este projeto, por parece ser voltado mais para o ambiente corporativo, de grandes empresa.
Mas por curiosidade, dei uma olhada e segundo a wikipedia, o Expresso Livre é desenvolvido pelo comitê gestor (empresas de informática pública do Brasil) a partir da customização da ferramenta alemã E-GroupWare. Teve seu desenvolvimento iniciado em 2004 pela Celepar, que em 2006 lançou a primeira versão.
Segundo notícia aqui do BrLinux de 13/04/2012 , a versão 2.4 Beta do Expresso Livre foi desenvolvida pela Prognus Software Livre em parceria com a 4Linux e patrocinada pela Caixa Econômica Federal , tinha compatibilidade com as distribuições Debian Squeeze, CentOS 6 e Ubuntu Server 11.10. Mas procurei no site Pkgs search vi que este software ainda não está no repositório oficial de nenhuma grande distro.
Não passou nem um ano, e segundo esta notícia, já há outras entidades tocando o projeto, que está sendo conduzido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) com juntamente com a comunidade Expresso Livre, comunidade Tine20 e apoiado pelo Comitê Gestor do Expresso Livre . Será isso está relacionado com as mudanças do contrato da CEF com o 4Linux?
Há dois sites sobre o projeto:
Página oficial: Expresso livre (não vi nada claro indicando qual a licença deste software, imagino que seja GPL. Será? O Expresso Livre é uma versão customizada do E-GroupWare, que é software livre, mas também não vi qual é a licença do E-GroupWare, mas parece que é GPL, conforme histórico disponível no site oficial do Expresso.
Página oficial Expresso para iPhone, iPad e iPod Touch
Apesar de indicar ser um software livre usado por vários órgãos públicos no Brasil, não achei o Expresso na lista de software Portal do Software Público Brasileiro – SPB.
Parabéns e sucesso aos desenvolvedores do projeto pelo grande trabalho e espero que haja o apoio necessário para que seja dado continuidade ao aperfeiçoamento desta ferramenta.
É uma solução opensource para o Exchange/Lotus em servidores. Estilo “all in one”.
O Expresso é derivado do Egroupware. Se por um lado o software Expresso não está no respositório de nenhuma distro grande, verificando no site PKG Search dá prá ver que o software EGROUPWARE, está no repositório oficial das distros Mandriva, Mageia e Ubuntu.
Acho que seria bom para divulgação do Expresso Livre entre usuários e desenvolvedores que tivesse pacote DEB para distros Debian e derivadas (Ubuntu, Mint, etc) e pacote RPM, para distro RedHat e derivadas (OpenSuse, Mandriva, Mageia, etc).
A matéria daqui do BrLinux de 13/04/2012, sobre o Beta do Expresso Livre 2.4 diz que versão 2.4 “se destaca pela compatibilidade com as distribuições Debian Squeeze, CentOS 6 e Ubuntu Server 11.10″.
Deveriam informar também se a compatibilidade da versão 2.4 com essas distros se mantém nessa nova versão 3.
@Macxi
A história do Expresso é um pouco mais longa. Começou na Celepar, a empresa pública de informática do Estado do Paraná, como uma customização do EGroupware. Segundo reza a lenda, os funcionários mudaram algumas coisas na base do sistema, tentaram enviá-las ao projeto-mãe, e ele gentilmente negou receber as alterações. A partir daí, a empresa passou a manter o seu fork, batizando-o de “Expresso”.
Quando o diretor de lá, o sr. Marcos Mazzoni, se tornou diretor-presidente do Serpro, tratou de implantar a ferramenta da pior forma possível: na base da força. Já comentei sobre isso aqui no blog. Até hoje, muita gente de lá possui ódio da ferramenta, quando não um sentimento de frustração enorme por causa dessa implantação.
Com o passar do tempo, o Serpro foi implantando o sistema em outros órgãos públicos, foi obrigado a aceitar as reclamações de seus clientes, e começou a melhorar um pouco a ferramenta.
Quanto à Caixa, ela entrou no dito “Comitê Gestor do Expresso” em abril de 2009. Ela contratou a Prognus em outubro de 2010 para customizar o Expresso às necessidades internas, e a 4Linux para auxiliar na migração do MS Outlook para o novo groupware. Por uma série de fatores, acabou desistindo do Expresso e fechou com o MS Outlook 2010.
Tive a oportunidade de assistir a reunião do Comitê Gestor do Expresso no último Fisl, e não foi nada animadora. Conversei com um funcionário da Caixa, um da Dataprev e outro da Presidência da República, indignados com o novo Expresso 3.0. Segundo eles, o Serpro entrou em contato com a equipe do Tine 2.0 (outro fork do EGroupware) para entrar no projeto — o primeiro contato do Serpro com seus “novos amigos” ficou registrado no fórum do sistema. Vários meses depois (e poucos dias antes da reunião no Fisl), os outros membros do Conselho Gestor foram informados dessa mudança, juntamente com o novo logotipo e o aviso de que a antiga versão seria aposentada.
O representante da Caixa falou que a empresa investiu milhões de reais para modularizar o código-fonte do sistema, resolveu todos os problemas de integração entre o Exchange e o front-end e, quando terminou de gastar 50% do orçamento previsto no contrato, descobriu que seu trabalho não serviu para nada, pela incompatibilidade entre o código-fonte feito para o Expresso Livre e o código do Tine 2.0. Os outros representantes, por sua vez, estavam contaminados com a “síndrome da esposa traída”, ao sentirem-se excluídos da gestão do Expresso.
Mas, apesar dos pesares, o Tine 2.0 é uma ferramenta mais madura que o seu antecessor. Desde o início, o projeto se preocupou em fazer uma boa modularização do código (como citei acima, é um problema grave do Expresso e, por sua vez, do EGroupware) e em possuir uma boa interface, aplicando os princípios do Design de Interação na construção dela.
É muito bom uma empresa pública participar de um projeto de Software Livre sem buscar um protagonismo desnecessário, aceitando ficar no mesmo nível de outros contribuidores. Mas a forma como essa entrada na comunidade se deu, com todo o rastro de sangue e tripas no meio do caminho…
IMHO, essa última cartada do Serpro foi o remédio amargo para sanar os problemas do antigo Expresso. Amargo, mas necessário para uma ferramenta que era sustentada a grandes doses de política. Com isso, mesmo que o Governo mude ou algum gestor público queira destruí-la, todo o código-fonte criado estará bem cuidado, recebendo amor, carinho e atualizações de uma comunidade “de fato”.
De resto, desejo sorte aos envolvidos no Novo Expresso e no Tine 2.0. Espero que seja o primeiro projeto “internacional” de SL em que o Governo Federal participe ativamente, e não somente com propaganda ou ajudas esporádicas, como tem sido até agora.
@Tércio Martins,
Obrigado pela explicação detalhada. Apesar dos conflitos pelo caminho, pelo menos a sua conclusão foi mais positiva.
Interessante saber que o Expresso é um fork (independente) do atual EGroupware e não uma versão derivada, dependente dos lançamentos e atualizações do EGroupware.
Acho uma pena q não houve integração entre os desenvolvedores brasileiros e o pessoal do EGroupware internacional. Essa é a grande vantagem do software livre, redução de custo com o desenvolvimento colaborativo. Pega uma ferramenta já pronta e desenvolvem em conjunto, internacionalmente. Pena também que o trabalho da CEF não foi aproveitado, como vc comentou.
Mas esse é um jogo complicado e o próprio EGroupware tem duas versões, uma comercial, paga e um comunitária, liberada com licença GPL, v2.
Mas imagino que esteja havendo um grande aprendizado nos últimos anos por parte das áreas de TI de órgãos públicos e de empresas brasileira sobre como lidar com melhor com esse ambiente de desenvolvimento colaborativo do software livre.
Há muitos casos interessante em que desenvolvedores brasileiros contribuem para o software livre, as vezes de forma mais complexas, as vezes menos, como o caso do desenvolvimento da distro Mandriva, que grande parte era feita em Curitiba, na Conectiva. e do desenvolvimento do Linux Educacional inicialmente pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e agora pela C3SL da UFPR , o caso do desenvolvimento do software STOQ pela empresa Async, que optou pelo software livre e o caso do InVesalius, software livre para imagens medicas 3D, entre outros, muitos deles inclusive estão no Portal do Software Público Brasileiro.
A esperança é que consigam lidar com os desafios e os benefícios que o desenvolvimento colaborativo do software livre tem a oferecer.
Destaco que o InVesalius também é projeto governamental (governo federal), desenvolvido pelo CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer), centro de pesquisas do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, e está hospedado no Portal do Software Público.
É multiplataforma ( download p/;win, mac e linux ) e tem pacote para Ubuntu (DEB) e Fedora (RPM), e já está no repositório oficial da Mandriva (ver aqui ).
Alguém sabe dizer se essa versão terá uma interface para dispositivos móveis de verdade? O mobile da versão 2 é muito ruim.
Acho tão fofinho quando certos usuários fazem sock puppetry no Br-Linux.org. Olha como Tércio e o MacXi trocam mensagens com carinho, quase num script elaborado. Parece até telecurso 2000.
Enquanto isso eles vão minando um projeto brasileiro, para depois botarem a mão no quadril e reclamarem que ninguém desenvolve no BR.
Parabéns à única pessoa envolvida.
Não esqueçam que eu sou socket puppet do self_liar.
Que lindo, tão maduro.
Bem minha opinião pessoal, não gosto do produto, é péssimo em todos os sentidos. Tudo de software livre foi empurrado goela abaixo para os funcionários da Serpro, não só o Expresso. Por isso temos tantos problemas, que são só resolvidos na gambiarra ou após muitas testadas no ambiente em produção. Por mim colocava Exchange ou outro produto que realmente atenda melhor do que esta porcaria do Expresso.