Contemplando o abismo: como anda o GNOME 3
A propósito de um post de Benjamin Otte no blog.gnome.org, o OSNews comenta a situação atual do GNOME 3.
O post do Otte faz e detalha algumas afirmações interessantes sobre os bastidores e circunstâncias, incluindo: desenvolvedores centrais abandonando o projeto, equipe subdimensionada, predominância acentuada de funcionários da Red Hat, ausência de objetivos estratégicos, declínio da visibilidade.
E o artigo do OSNews começa assim: “Uma pergunta honesta. Você acha que o GNOME está tão saudável hoje como estava há, digamos, 4 anos atrás? Benjamin Otte explica que não, ele não está. Ao GNOME faltam desenvolvedores, metas, visibilidade e usuários. A situação como ele descreve é bem mais extrema do que eu pessoalmente achava.”
Go, GNOME! (via osnews.com – “GNOME: ‘staring into the abyss’”)
Realmente, embora alguns fanáticos elogiem o Gnome 3, ele não é tão bom quanto o Gnome 2. Não sei para qual caminho ele anda, quanto mais o tempo passa mais recursos são excluídos, um exemplo vivo é o novo Nautilus que tiraram várias funções e cresceram seus botões. Já vi que o Gnome 3 visa apenas as telas touch-screen. Com o tempo isso vai prejudiar os trabalhos da Canonical que trabalha visando a facilidade de uso nos desktops, em breve a mesma deverá criar um fork de aplicativos do Gnome e abandonar o projeto.
@Lucas, a Canonical já abandonou o Gnome3 faz tempo e está investindo no Unity, que é uma cópia piorada do Gnome3 (sim, há coisas piores).
Bom, eu sinceramente não gostei do Gnome 3…quando instalei em minha máquina me senti totalmente preso, fiquei uma semana tentando me habituar e não consegui. Realmente falta customização, e faltam melhorias no Gnome 3.
Hoje uso Debian com Gnome 2, é muito melhor.
Tenho usado o Gnome3 mas tive grande dificuldade de mudar do Gnome2. O Gnome3 realmente é muito bonito, mas falta muitos recursos. Estes podem ser adicionados como extensões. O Unity não consegui usar de jeito nenhum.
@Coboleiro, acredito que o Lucas se referiu a sub-projetos do Gnome utilizados pelo Ubuntu, como o Nautilus e a diversos outros componentes.
O Ubuntu não abandonou o GNOME 3, pelo contrário, está usando o GNOME 3 por trás do Unity.
O que a Canonical abandonou foi o GNOME Shell. Mas o artigo fala do GNOME 3, que é todo o pacote (Nautilus, e tudo o mais).
RIP Gnome.
Long live KDE!
@Humberto, realmente estou falando dos ótimos programas do Gnome 3 que estão sendo modificados, em particular o Nautilus, se eu fosse a Canonical mudava de gerenciador de arquivos o mais urgente possível pois o que estão fazendo com ele é muito triste.
Não sou fã do Gnome, mas recentemente instalei o Fedora 17 com Gnome em meu netbook e achei bom para telas pequenas, pelo melhor uso do espaço disponível. Claro, não é o melhor dos mundos, mas não achei tão ruim como muitos pintam. Sempre usei KDE mas vez ou outra experimento outros gerenciadores para ficar atualizado e não tive tanta dificuldade assim para usar o Gnome. Concordo com o @Lucas: essa encarnação do Gnome é para telas touch.
Gnome com problemas, futuro do Qt nublado, a coisa anda estranha para o mundo opensource.
Só completando: ainda estou esperando portarem para o Gnome 3 diversos programas pequenos que eu usava como o Gwget, parece que foi abandonado depois da mudança de biblioteca :-(
Não sabia que ainda existe este tipo de discussão no mundo linux.
Eu uso Unity e estou mais que satisfeito.
Espero que a canonical continue com ele.
Uma coisa é verdade: o GNOME é praticamente da Red Hat.
Boa parte dos desenvolvedores e designers são de lá.
Mas eu adorando o caminho que o GNOME está seguindo =)
Super novidades na versão 3.6.
Eu vejo o Gnome 3 como um WIP (Working in Progress), só que muito óbvio, mais ou menos a sensação que eu tenho quando uso o Enlightment, visualmente fantástico, mas sempre aquela sensação de coisa “inacabada”. Diferente do Gnome 2 ou do KDE4, onde está tudo “pronto”. Eu realmente espero me surpreender com as próximas versões do Gnome 3.x. No aguardo!
Que a Red Hat “domina” o projeto não é uma novidade, foi a forma que eles encontraram de contribuir com o projeto.
Será mesmo o fim? Ou o MATE irá fazer o Gnome ressurgir das cinzas?
Estou usando no meu escritório o Gnome 3 Clássico. Usei por vários anos o Kde no Mandrake e no Kurumin. Um dia resolvi experimentar o Gnome no Mandriva e e depois no Ubuntu. Achei muito bom e nunca mais voltei para o Kde.Acho o Dholpin feio. Gosto muito do Nautilus.
Tenho instalado o Ubuntu 12.04 com Gnome Shell no meu notebook.Já tentei mais não consigo achar bonito nem prático o Unity. Na minha preferência neunhum dos dois supera o Gnome 2.
Se tivesse que dar uma mídia com Linux ao um novato sem experiência para instalar, dariao Linux Mint com o Mate ou o Cinnamon.
Espero que o Gnome mantenha a opção Clássica e implemente mais recursos de personalização.
Também acho muito triste todos os recursos que já estavam prontos e estão sendo retirados. Se continuar assim, a situação do Gnome3 ficará insustentável e a Canonical terá que adotar outra base ou criar sua própria. Espero que ela adote os aplicativos do projeto “ElementaryOS”, que são baseados nas libs do Gnome3 também, são simples e bem acabados. Enquanto isso, a Red Hat vai ficar “Forever Alone”…
Tenho usado o Unity em meu note e não tenho nada a reclamar. Acho que o requisito usabilidade foi bem explorado e acho os programas com facilidade. Sobre o gnome3 eu cheguei a testa-lo por alguns meses até descobrir o unity, e concordo com os posts acima. Realmente falta customização para ele, mesmo baixando extensões ainda sempre tem uma coisa q voce irá sentir falta.
Acho o Gnome Shell belíssimo, embora claramente inacabado. Tentei usá-lo no Ubuntu 12.04, mas ficou muito instável, travando o X a todo momento.
Experimentei o KDE e, quando finalmente consegui entender a complicação do Plasma, lembrei-me do porquê abandonara o KDE há 10 anos atrás. O seu excesso de opções de configuração me cansa.
Acabei voltando ao Unity que é tudo o que preciso: algo que simplesmente funciona. Vida longa ao Unity, ao Gnome 3, ao KDE, ao E17 e a todo o resto!!!
Gostei do Gnome 3. Consigo abrir os programas de forma fácil e isso é o mais importante, num ambiente grafico, para mim. Realmente sinto um pouco de falta da personalização, mas não jogaria o Gnome na fogueira por causa disso.
Além disso acho que é um ótimo ambiente para pessoas menos experientes. Instalei no computador da minhã mãe e ela adorou, visto que agora é bem fácil para ela abrir o navegador, o skype e o digitalizador…
É como alguém disse num dos comentários acima, temos que ver o publico alvo. Se o usuário irá passar 99% do tempo com o navegardor de internet aberto, o resto é apenas isso: resto.
Se você é um usuário mais avançado então deve se dar muito bem com opções em linha de comando (um exemplo no meu caso, prefiro usar o MOC (mocp) do que qualquer outro player)
RIP Gnome.
Long live KDE! [2]
Também uso o GNome 3 e, até agora, não tenho muito do que reclamar. Acho um ambiente muito fácil e simples de usar e simples, algo que para mim é muito importante.
Também gosta bastante da interface simples.
RIP Gnome.
Long live MATE! [FTFY]
Pelo que li no artigo, a conclusão não está criticando a qualidade do Gnome 3 em si, mas constata que os usuários não o adotaram como esperado e, com isso, o projeto encontra mais dificuldades para se manter. Infelizmente tenho que concordar com esta conclusão, eu fui um dos que migrei para XFCE por não me adaptar ao Gnome 3 e depois ao Unity. Pode ser uma limitação minha, mas fazer o que, não me acostumei aos novos paradigmas. Só posso confirmar que estou satisfeitíssimo com XFCE, mas não fico nem um pouco feliz em ver a situação preocupante do Gnome.
BTW, parece que tem um bando de babacas que ficam felizes quando vai mal um projeto SL que não é de sua preferência. Eu só ficaria feliz quando projetos não livres se derem mal.
Me recuso a usar uma interface que “CAPADA” deixa meu netbook(Amd E350) a 1.2 de Load Average devido ao maldito Gnome Shell ser mal feito. Desabilitados efeitos, extensões relacionadas a redes sociais e uma série de coisas não resolve. Como o @Flávio disse acima, bonito mas claramente inacabado.
O KDE com Akonadi e google apps habilitado(Kontact) e Amarok e Kwallet e uma série de Widgets lançando ao login, não deixa meu netbook pesado.
“parece que tem um bando de babacas que ficam felizes quando vai mal um projeto SL que não é de sua preferência.”
@Reikainosuke Nekomata
Se você não percebeu, os usuários do Linux adoram criticar tudo, por um lado é bom para os desenvolvedores melhorarem seus aplicativos, mas as vezes temos a sensação que nada presta para ninguém. Mas pelo menos eu já estou acostumado. Eu uso KDE4, fui o primeiro a comentar, mesmo assim admiro o projeto Gnome 3 e espero que ele melhore a cada dia.
Olá,
Recomendo o Ubuntu para Desktop. Gostaria muito de ganhar este exemplar pois quero muito aprimorar meus conhecimentos em Software Livre. Já utilizei Debian, Fedora e Slackware e pretendo a voltar a a administrar redes em Linux. Boa Sorte a Todos !
Antes era gnome2 10 x 0 no KDE4 agora é KDE4 10 x 0 no gnome3.
Não acredito que o gnome3 vá para o buraco mas se realmente os desenvolvedores estão meio sem norte no desenvolvimento esse comentário pode ser de algum valor.
O nível dos comentários aqui tão bem ruizim, alguém leu a notícia completa ou só a tradução da chamada da notícia que faz referência ao comentário no blog do gnome??
O post original do Otte é bem breve e objetivo. Ele lista 5 problemas atuais do GNOME:
- desenvolvedores estão abandonando o GNOME,
- a equipe do GNOME está subdimensionada,
- o GNOME é um projeto da Red Hat,
- o GNOME não tem objetivos, e
- o GNOME está perdendo participação de mercado e notoriedade.
O maior problema do GNOME (que inclusive originou os demais problemas apontados pelo Otte) é a redução da sua participação no mercado. E isso se iniciou com a perda do Ubuntu.
Ao fazer a drástica mudança do GNOME 2 para o GNOME 3, o GNOME precisava ter uma base de usuários minimamente grande para suportar as oscilações de usuários insatisfeitos. E foi justamente nessa época que o Ubuntu abandonou o GNOME. Com pelo menos 30% da base de usuários de Linux, o Ubuntu era bastante importante para o GNOME (especialmente naquele momento), mas o GNOME não percebeu isso.
O gnome tem um problema crônico que é o de ser composto de um monte de pacotes que têem em comum apenas a GTK (seja em qual versão for). Ele nunca foi – e continua não sendo – um suíte integrada e completa (como é, ou ao menos se esforça para ser, o KDE por exemplo) isso dificulta muito a adoção dele em ambientes corporativos. As mudanças que estão fazendo nos últimos tempos embora possam ser agradáveis comesticamente falando não colaboraram em nada para melhorar e integração e a usabilidade, pelo contrário. Do unity então não tem nem o que comentar. Claro que tem que goste, sempre tem, mas sempre me pareceu um grande desperdício de horas de programação. E não me venham com a história da “evolução”, evolução foi o WindowMaker em 1999, e o gnome nem o unity nem chegaram onde o WM parou ainda.
Só espero que o Xfce não cometa as cagadas que o KDE 4 e o GNOME 3 fizeram… &;-D
O que me dá noia no Gnome Shell é que eu uso e abuso da minha área de trabalho, jogo tudo lá e esse shel esconde-o.. Fora o botão desligar..não quero sair atrás de extensões..
Enquanto uns são apocalípticos, outros estão animados e demonstram muita animação e confiança no futuro do projeto: http://afaikblog.wordpress.com/2012/07/31/an-awesome-guadec-and-a-bright-future/