BR-Linux no Papo de Buteco 8: Gato Zi, Flash no Linux e o Goobuntu
O vídeo abaixo mostra a edição da semana passada do Papo de Buteco, com a minha participação. Seguindo o link você pode ver como participar ao vivo durante a gravação da edição de hoje, a partir das 22h.
Enviado por Julian Fernandes (julianΘubuntubrsc·com):
Nessa edição contamos com a presença de dois grandes “monstros” da comunidade open source brasileira, Augusto Campos, fundador e mantenedor dos gigantes Efetividade.net e BR-Linux.org, bem como Rodrigo Belém, grande contribuidor do Kubuntu e um dos fundadores da Comunidade Ubuntu Brasil.
Confiram o vídeo no post do blog Ubuntu-BR-SC e nos encontrem as 22:00, para mais um Papo de Buteco! (:” [referência: ubuntubrsc.com]
Poxa, quase 4h!!!
Augusto, você parece mais “clean” na foto, no vídeo você tá mais pro stallman hahaha
Bem, seguindo a própria “filosofia do Ubuntu”, o mais “simples” para qualquer ser humano é o Mint. Afinal, esse vem com Flash, Skype, Java, novos drivers proprietários da NVIDIA, ATI…
É instalar e usar. Logo não vale a pena usar Ubuntu por isso(no qual você tem que instalar gstreamer/ubuntu-restricted-files e outras coisas para rodar um MP3 ou AVI.)
Se o “free” para Ubuntu significa que qualquer coisa possa ser instalada, poderia fazer que nem o Mint e resolver o problema de vez.
@Ícaro,
mas o Mint a rigor não poderia fazer o que fazem, pois precisariam ter autorização psra incluir software proprietário de terceiros…
Não gosto do Mint, é muito caseiro, a central de softwares do Ubuntu hoje é muito mais bonita que a do Mint, para ser honesto, o Mint nem bonito é, aquela tela de login é uma droga..o cara tem que escrever o nome de usuário além da senha, isso é ser mais fácil?
O Mint é horrível mesmo, Carlos.
Apenas disse sobre o Mint porque ele já vem com tudo “que o usuário precisa”.
Mas o Mint é feio pra caramba, as distros mais bonitas hoje, com colírio para os olhos é o Fedora e depois Ubuntu(isso porque o Unity não é tão bom quanto o GNOME 3 com Shell).
Bem, uso Trisquel e acho o visual padrão interessante também, mas prefiro instalar o GNOME Shell, que estou adorando =) É tão simples de usar que as vezes cansa de tanta simplicidade.
O Trisquel é uma boa distro, apesar das limitações em prol da experiência libre, mas já vem com codecs, roda flash sem adobe etc
O Ubuntu na hora de instalar você pode marcar para atualizar e instala software de terceiros, no Mint vem os softwares de terceiros, mas você precisa baixar o pacote de idiomas pt_BR, sai uma coisa pela outra…
Puxa Augusto, sou seu fã cara. As vezes alguma opinião em notícias pode parecer que vc “ah num ligo mais pra linu etc”.. mas que nada cara. Você diz que o site surgiu como algo que vc só armazenava seus dados sobre Linux etc.. mas vc ajudou e ajuda e gosta muito de Linux.
Muito muito e muito obrigado pelo br-linux, leio sempre e te admiro mais ainda por te ver com a galerinha batendo um papo. Abraço cara, tudo de bom a vc.
Ladies first, guys!
Come on!
:)
Sabe por que é que tanta gente bate nessa ponto de precisar ser livre? LIVRE!
Porque mesmo depois de tantos anos, tanta batalha tentando esclarecer, gente ativa e participante do ecossistema de software livre e Linux ainda comete um equívoco básico de confundir “livre” com “grátis” e “proprietário” (ou “privativo”) com “pago”. Um freeware é tipicamente proprietário. Um software livre pode ser pago (como muitos jogos do Humble Bundle são, como o Aquaria e Lugaru HD).
O Julian Fernandes nem menciona software livre, ele trata o problema como se fosse o preço mesmo.
O Cedrik Rocha coloca o ponto de vista de “ter que pagar” claramente de forma equivocada. Ele usa a palavra “free” como “grátis”, apesar de traduzir como “livre”.
O próprio Augusto, que devia ser letrado nisso, fala em jogos “comerciais”, se referindo novamente a preço e não liberdade de software.
Adicionando um pouco à conversa, eu acho que uma das distribuições menos problemáticas de software proprietário em plataformas livres é a de jogos estilo console. Primeiro, porque em geral esse tipo de desenvolvimento tem muito mais pressão e geração de código rápida do que outros segmentos como aplicativos comerciais; segundo, porque esses jogos têm muito mais foco na arte, música e sons do que o código em si; e terceiro, que surge como uma espécie de consequência dos outros dois pontos, porque esse tipo de desenvolvimento costuma trazer mais tentativas de padronização e liberação de código (do jogo ou de bibliotecas relacionadas) do que outros tipos de desenvolvimento.
Então ao fim e ao cabo, acho que especificamente a aceitação de jogos comerciais em plataformas livres tem que ser estimulada porque, no cenário atual, não chega nem a ser um “mal menor”, e sim um passo necessário a um cenário de “tudo software livre” (que embora seja uma meta interessante, talvez nunca chegue a acontecer).
Consigo mesmo imaginar que para determinadas pessoas uma pergunta sobre a relação entre jogos pagos e a filosofia do produto seria obrigatoriamente respondida com uma correção ao ouvinte dizendo que na verdade ele deveria perguntar outra coisa relacionada à liberdade da licença, apresentando a lista de termos que a FSF recomenda evitar porque se tornam confusos no paradigma dela ou ainda respondida com um argumento centrado na liberdade de software, e não no pagamento perguntado – e não simplesmente respondida com a opinião solicitada sobre a relação entre jogos comerciais (que podem ser livres ou não, embora não tenha sido perguntado) e a filosofia do Ubuntu.
Não estou entre elas, entretanto: a pergunta foi sobre pagamento, e a resposta também. Não acho que as palavras “pago” ou “comercial” sejam confusas para quem perguntou, nem que ele quisesse saber algo em relação a outra coisa que não o aspecto de haver pagamento envolvido.
Mas concordo com você na conclusão, Patola, especialmente com o seu trecho ” a aceitação de jogos comerciais em plataformas livres tem que ser estimulada”.
Se alguém mais tiver interesse em ver esse trecho específico do vidcast, está aqui neste link direto para os 22 minutos, pouco antes do gato Zi causar a primeira interrupção no fluxo da conversa, que foi aos 27 minutos ツ
Sim, por favor, assistam ao trecho que o Augusto citou aqui. Vocês verão várias vezes sendo mencionados “livre” e “grátis” de forma como se fossem sinônimos. Praticamente um festival de desinformação. O correto seria separar as duas coisas, de forma a ficar bem claro. A pergunta começou como software pago (pergunta dos jogos cobrados no centro do ubuntu), foi pra software “livre”, voltou pra grátis/pago, virou “open-source”, voltou pra “pagamentos” e daí por diante, sem contar as vezes em que “free” (que tem os dois sentidos) é colocado de forma ambígua na conversa.
Sim, assistam, e voltem para ver os próximos Papos de Buteco! Se possível, assistam ao vivo, façam suas perguntas, e interajam, porque fica bem mais divertido pra todos.
O da semana que vem já está gravado (participei de parte dele também), mas quem sabe no próximo eles não incluem nas conversas da mesa de bar virtual um segmento inteirinho dedicado ao Patola, usando palavras confusas como Pirataria, Grátis, Comercial, Freeware, Pago, Fechado, Linux, Hacker, Proteção e Propriedade Intelectual?
Sempre acompanho o Papo de Boteco pelo YouTube :)
Um brinde ao br-linux
@Patola, participe do próximo ao vivo.
Abraços.
Assisti o vídeo no trecho da discórdia e percebi que os comentaristas não focaram no fator “preço”, e sim no “pragmatismo” que alguns membros da comunidade SL não possuem ao se afastarem de soluções proprietárias. Houve quem argumentasse que as empresas precisam “ganhar dinheiro”, e que por causa disso não dá para abrir o código-fonte de todo e qualquer software.
Mas lembro que o Projeto GNU não se iniciou porque não existia Unix livre ou porque o VI estava se alastrando por aí, mas porque o fundador — o Bom Doutor Stallman — teve problemas com um driver de impressora, e o fabricante não queria encaminhar o código-fonte para ele resolver o problema, e nem mostrou que resolveria por si só.
Só quem tem um hardware com um driver problemático no Linux — como as placas de vídeo Unichrome da VIA e GMA 500 da Intel — entende a raiva de ver o fabricante não melhorar o seu driver e nem permitir que alguém o melhore, tudo por culpa de um pragmatismo imbecil em que a ganância por lucros está acima da necessidade do usuário.
Sempre existiram e sempre existirão softwares proprietários, mas é a vanguarda do pragmatismo defender que os softwares “de base” sejam livres (e essa é a postura defendida pela Canonical no Ubuntu, conforme revelado pelo Augusto na conversa).
(…)
No geral, gostei muito do bate-papo! Bebidas de todos os tipos e sabores (incluindo aparição especial do Ubuntu Cola), dois mascotes e piadas internas da comunidade SL a granel!
Se a próxima edição mostrar um cachorro e alguma bebida de código aberto, podem fechar a Internet o/