As histórias de Um Computador por Aluno: adaptação, laptops roubados, sucesso em sala
Começa assim o texto do Gizmodo Brasil:
Via gizmodo.com.br:
Quando se fala em tecnologia na escola pública, sempre há muitos rápidos em criticar: “faltam professores treinados, os alunos vão usar mal o computador, vão roubar os aparelhos etc.” Felizmente há quem deixe essas críticas de lado e aposte em formas diferentes de educar. A Agência Brasil mostra os dois lados da moeda com o projeto Um Computador Por Aluno (UCA): como ele funciona, e quais são suas falhas.
O caso da Escola Municipal Jocymara Falchi Jorge, em Guarulhos (SP), mostra como o computador pode
O Colégio de Aplicação da UFRGS adotou esses netbooks da CCE. Uma das reclamações era a distribuição Linux que o equipava, se não me engano Metasys, que era extremamente lenta. Eles resolveram o problema a substituindo pelo Debian 6.0 e os alunos aprovaram a iniciativa – não há incidentes de subtração. Mas é claro que ainda há muitos professores que preferem giz e quadro negro.
André, a segunda fase do projeto UCA, foi vencida pela Positivo Informática que vem equipado com Mandriva.
Um computador (que preste!) por aluno, com acesso satisfatório à Internet, pode ser um instrumento fantástico para o aprendizado! Mas, sem professores adequadamente preparados, motivados e remunerados, que orientem o aprendizado, o computador vira só mais um eletrodoméstico…
@Alexandre
Os computadores do CAP são da CCE.
Eu ainda tenho algumas dúvidas em relação à isso. Sou totalmente a favor do uso de computadores em escolas, mas tenho um certo receio que eles acabem se tornando mais um elemento para distração dos alunos. O fato de ter mais alunos frequentando a escola não implica necessariamente num aumento de aprendizado. Eles aparecem porque tem uma “novidade legal” lá, que até tira o ambiente escolar do século XVI, mas não por que agora eles querem aprender e antes estavam impossibilitados. Muitos desses alunos têm pouco acesso a internet. Grande parte desses acessam a mesma por lan houses, cyber café’s e uma das coisas que eles realmente gostariam de ter em casa é um computador. Dessa maneira, ainda que não seja um suuper computador, esses aparecem na hora certa. Agora observem as associações entre o computador e o interesse do aluno. Não está associado ao aprendizado no sentido definido pela escola. Em outras palavras, essa associação me parece falsa (no momento presente):
computador -> aprendizado
Junto com esses projetos, deve-se pensar em toda uma nova forma de melhorar o ensino, principalmente em suas bases, para de fato despertar o interesse do aluno na direção certa e então transformar essas tecnologias numa verdadeira ferramenta de aprendizado. Então, a associação acima será mais verdadeira do que agora.
O computador em si não é garantia de aprendizado. Mas, por outro lado, se utilizado integrado ao uso do ambiente doméstico, com os professores e demais colaboradores interagindo com os alunos em casa, seria muito bom. Por exemplo, o tal reforço que alguns colégios fazem em ambiente escolar, poderia ser feito via mensageiro, por exemplo. Até mesmo com vídeos, se fosse o caso. Claro que para isso necessitaríamos de banda larga decente e a possibilidade dos alunos terem uma máquina em casa também.
O maior problema do programa UCA é que ele é uma adaptação feita a partir do OLPC que deixou de lado algumas premissas.
O computador como ferramenta de ensino é uma coisa fantástica, mas não adianta apenas ter o computador ele tem que ser transformado em ferramenta de ensino primeiro.
A parte fácil (e relativamente cara) do processo é tornar os computadores disponíveis. E é quase que só isso que está sendo feito.
A parte realmente difícil (mas que é a fundamental) é criar a infraestrutura para que esse computador seja usado como ferramenta de ensino. É preciso desenvolver softwares educacionais para serem usados, é preciso substituir os livros de papel por livros digitais (e só isso já iria ajudar a pagar boa parte dos custos).
O projeto está certíssimo, mas como tudo que se faz no nosso Brasil (infelizmente) começaram pelo lado errado !!!
@The Darkeness
Como você mesmo disse, começaram pela parte fácil e relativamente cara do processo. Assim, para certas pessoas (as que lucraram com isso), começaram do lado certo sim.
Será que todos os computadores tem aquela propaganda da CCE na frente da tela?
@The Darkness, mas existem sim vários projetos educacionais prontos e outros sendo finalizados. E existe a capacitação dos professores. Tanto que já tem vários projetos dando resultado, tanto em instituições públicas quanto privadas.