Amazon lança o Kindle Fire HD, comenta a situação de outros tablets Android
A Amazon lançou ontem seu novo tablet: o Kindle Fire HD, com tela de 9 polegadas, conectividade interessante, bom preço, e sistema operacional baseado no Android 4.
A tela de alta resolução (1920×1200), saída HDMI, redutor de reflexos e várias novidades em apps e recursos ampliam a utilidade e interesse dos serviços que a Amazon já oferecia na geração anterior do Kindle Fire. Uma salva de palmas para a nova geração, embora uma possível chegada ao varejo brasileiro ainda seja nebulosa.
No evento de lançamento, o CEO da Amazon também aproveitou para dar uma opinião sobre a situação dos tablets Android para os consumidores: “Os consumidores são espertos. No ano passado mais de uma dúzia de tablets com Android foram lançados no mercado e ninguém comprou. Por que? Porque eles são gadgets, e o povo não quer mais gadgets. Eles querem serviços que melhorem ao longo do tempo. Eles querem serviços que melhorem a cada dia, semana e mês.” (via amazon.com – “Kindle Fire HD – Most Advanced 7″ Tablet – Only $199”)
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E dá-lhe discurso populista anti-intelectual…
Alguém já percebeu isso? Algo que começou com a Apple, mas outros tomaram o rumo. Em nome de uma suposta “intuitividade”, “praticidade” e “facilidade”, agora virou moda bater em qualquer coisa que tenha qualquer vestígio de complexidade (e flexibilidade). O “gadget” está de novo virando apenas uma curiosidade e o “geek” está voltando a virar “nerd”, a ser acossado e estigmatizado pelos cavaleiros da mídia. É pecado gostar de explorar as possibilidades de um dispositivo não-trivial. É pecado do dispositivo ser não-trivial.
E pouco a pouco eles assumem o controle da sua vida…
@patola, o produto se dirige para as massas, e as massas compram o que lhe apetece.
Coloque ao mesmo tempo, na mesma cidade, em locais diferentes- e com divulgação iguais – um concerto da filarmônica de e um show do grupo de pagode/brega/sertanejo/forro/funk do momento, e me diga qual é que lota, qual é que gera mais renda, e principalmente, qual é o que agrada ao povo.
E sempre foi assim. Dos Beatles – que na epoca eram o equivalente ao nosso michel teló na visão da sociedade elitista-cultural dominante, até hoje, em quaisquer áreas do consumo. Ignorar isso é um erro grotesco.
Até mesmo o nerd Steve Jobs fez um produto destinado para as massas burras e que se dispusessem a compra-lo, e nem por isso ele foi menos nerd, ao fazer produtos para os não-nerds.
Faça como o povo: compre o que lhe apetece, ignore o que não lhe interessa, e viva a vida. :D
Eu sei disso que você falou, Olavo Bilac, o problema é a virada cultural em quase demonizar dispositivos que são um pouco mais complexos e voltar a estereotipar pessoas que preferem esses dispositivos, entendeu?
É mais ou menos como se a mídia de repente quisesse pintar Michel Teló como uma escolha intelectual e saudável e Mozart como preferência doentia de alguém anti-social e sem amigos.
Eu acho muito bem colocado a posição do Patola.
De fato, da forma como o pessoal está vandendo seus produtos, me parece uma tentativa de me fazer sentir um excluído caso não siga a sua proprosta, e não a apresentação de seu produto/proposta, suas vantagens e deixando a opção para nós consumidores, de acordo com nossas necessidades ou opniões pessoais.
Não querendo plagiar, mas já plajiando, é um belo de um “sigam-me os bons.
Hah! Mas a Amazon está com a razão. Enquanto os concorrentes estufam os seus tablets de cores e whatnot, a Amazon estufou de CONTEÚDO.
Isso que a Samsung não capta, mas a Apple e a Amazon dominam.
Patola, me diga apenas UMA época/década/lustro/ano/mes/semana/dia na história da humanidade onde os que gostavam de algo mais complexo não eram estereotipados.
Agora, com a globalização e com o advento de uma quase consciencia coletiva, ficou mais evidente. Mas todo nerd, em essência, é estereotipado. O próprio nome, nerd, é prova disso.
Excelente produto e palmas para a concorrencia sadia!
Bom, quase sadia, porque o discurso foi desnecessario. Se baseia em uma mentira, porque temos 500.000.000 de dispositivos ativos com o Android (isso contando apenas o da Google) e 5% deles sao tablets. Ou seja: 25.000.000 de tablets nao encaixa com o conceito de “ninguem comprou”.
Respeitar a concorrencia e a inteligencia do publico, isso a Amazon precisa aprender. No resto ela vai por um bom caminho.
Infelizmente, enquanto a Amazon nao aprender que o Brasil existe, um Kindle Fire aqui sera um brilhante peso de papel.
Falando de estereotipos, a coisa nao e bem assim. Certo que existem pessoas que parecem ter prazer na alienacao (e elas tem um perfil que prefere um certo tipo de produto produzido por um certo tipo de empresa), mas a maior parte das pessoas nao se encaixa nesse perfil. Mesmo quando nao sao inteligentes como gostariam (e o seculo XXI exige), elas querem ser.
Se o discurso do Balmer, que a Amazon parece estar imitando, tivesse uma ainda que pequena relacao com a realidade, o Windows Phone estaria vendendo de enxurrada. Mas essas ideias funcionaram no seculo passado, tem gente que ainda nao percebeu que o mundo mudou.
A disputa nesse nicho tem a ver com preco, nao conteudo. Espero que o Nexus 7 responda com um custo ainda menor e a Amazon responda de novo, ate o limite. Como resultado teremos dispositivos de qualidade rodando Android e acessiveis para todos, e o mercado de dispositivos de ma qualidade encolhendo ate sumir.
@Spif, tirando os dois primeiros meses de estreia do Kindle Fire, ele vendeu menos que a Samsung. Então, quem teria que captar alguma coisa não seria a Amazon.
Ola,
Alguem sabe se as facilidades de sincronizacao funciona com desktop gnu/linux?
As pessoas querem preço baixo, mas também o mínimo de qualidade e utilidade no tablet escolhido.
iPad ainda é a melhor opção para quem pode pagar mais. Tem qualidade e conteúdo inigualáveis.
Nexus 7 é barato, mas tem pouco conteúdo.
E Não, nos tablets, o Android não é tão bom como nos celulares.
Para os fandrois essa realidade dói, mas é “A” realidade.
Vender muito só porque é barato, não é mérito algum.
Ter um SO elegante com Apps excelentes é algo que depois que a pessoa conhece, não tem mais como voltar atrás.
Garage Band, iMovie, iPhoto, djay, dentre outros milhares, não tem comparação.
Quero ver vender mais que iPad custando o mesmo que um iPad. Essa é a prova da superioridade do produto da Apple.
Compre o seu http://www.apple.com/ipad/
@Beto,no geral as pessoas ainda compram mais celulares que tablets. No caso da Apple,elas compram mais o iPad porque o iPhone até então era muito pequeno.
No caso do Android, o menor atualmente tem o tamanho de um iPhone e o maior quase o tamanho de um Tablet, então os smartphones vendem mais.
Em relação ao conteúdo para o Nexus 7, de parte do proprietário de um (eu, ditando esse texto pra ele, agora), posso dizer que eu tenho muito mais conteúdo do que preciso e muito mais do que eu ou qualquer outro usuário seria capaz de usar. A única pena é a Google Play ainda não distribuir mídia no Brasil, mas isso ainda ninguém faz.
De resto, só vou marcar seu comentário como spam, porque ele de fato foi escrito como um… :-)
“posso dizer que eu tenho muito mais conteúdo do que preciso e muito mais do que eu ou qualquer outro usuário seria capaz de usar.”
Que tal falar só por você?
Beto, que tal seguir o seu próprio conselho? Afinal:
“Nexus 7 é barato, mas tem pouco conteúdo.”
É uma tipica generalização vazia de fã alienado, incapaz de perceber que pessoas diferentes possuem necessidades diferentes.
Eu preciso de um tablet, bom e barato. Se roda android ou iOS não faz diferença… Bem que a Apple podia lançar o bichinho de 7″…
Marcos, A samsung vende vários tipos diferentes de dispositivos que podem se chamar “tablet”. 2 Meses na frente dela é uma sra marca.
É a mesma coisa que a Apple sozinha segurar 30 e tantos % do mercado: Com a quantidade de Androids, para a quantidade de iPhones, é muito impressionante.
Marcelo Ulianov, espere o lançamento do iOS 6, pq no mesmo dia dizem que sai o de 7″.
Começando pela virada do milênio e até entre 5 e 2 anos atrás, mais ou menos, minha impressão era que o sucesso de certos “nerds” como Bill Gates, os caras do Google, o do facebook e o próprio Jobs ajudaram a melhorar a intolerância contra tecnófilos na sociedade, para então começar a piorar de novo, com o discurso da “facilidade de uso” se deslocando pro lado de “quem não gosta de coisas com um botão só que fazem só um punhado de ações que a gente permite é um idiota sem amigos que só sabe lidar com máquinas”.
Se você notar bem, esse é um discurso de controle. Dá pra percebê-lo sutilmente no discurso da Amazon desse thread, porque o tal ‘conteúdo’ de que ela fala é controlado com mão de ferro com ela. Lembra o episódio em que ela apagou os livros “1984″ dos Kindles?
Passem a perceber mais esse aspecto nas notícias relacionadas a “coisas para o público leigo”. Vocês verão que é praticamente uma lavagem cerebral de tanto que é repetido.
“E Não, nos tablets, o Android não é tão bom como nos celulares.
Para os fandrois essa realidade dói, mas é “A” realidade.”
Provavelmente não é a minha realidade, pois o meu Asus TFT300 é um espetáculo. Bem melhor que o novo ipad que temos aqui em casa. E eu não sou um “fandroid”, pois ainda prefiro um desktop.
@Beto, que tal ter um Nexus 7 primeiro pra depois falar mal dele?
Eu mantenho o que eu disse: tem mais conteúdo na loja do que eu conseguiria usar na minha vida. E aposto que vc também teria.
@Patola, o discurso malfadado da Amazon é “inspirado” no do Steve Balmer (se tinha que copiar de alguém, porque logo dele, bom Deus?): é um texto criado para socorrer quem precisa arranjar um diferencial para seu produto e a vaga de sistema/hardware preferido dos geeks já está ocupada.
Eles não devem acreditar realmente nisso. Não me parece que haja uma campanha da Amazon para marginalizar os geeks. Como dizem, é “só negócio”.
Escrever espaçado entre as linhas e de forma afirmativa (“o mundo será dos ipads”.A terra “está congelando”.”Essa é a realidade”) e ainda colocar o site da empresa é dose hein.
Mas não gosto muito do kindle fire.É um modelo bem restrito no modelo de ebooks.Não sei se deixam copiar ebooks de mídias externas.