Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Aliyun: o sistema que incomoda o Google é mesmo um fork do Android?

A semana passada fechou com uma notícia surpreendente: apesar da sempre propalada licença aberta adotada no Android, a Acer teria sido ameaçada pelo Google de perder o direito de continuar a distribuí-lo em seus aparelhos se concretizasse o plano de lançar seu smartphone A800, trazendo o sistema rival Aliyun, desenvolvido pela Alibaba, gigante chinês do varejo.

O lançamento foi cancelado às pressas, a natureza do que o Google afirma que vai retirar da Acer foi esclarecida, mais acusações, explicações e réplicas ocorreram, e um ponto central dos argumentos envolvia a “acusação” de o Aliyun ser um fork do Android, algo que o Google permite no licenciamento do software mas limita nos termos de participação da Open Handset Alliance, entidade que congrega os parceiros do seu sistema Android.

Na minha coluna no TechTudo procurei sintetizar os argumentos (ou ao menos os que haviam sido expostos até o fechamento), e levantar alguns fatos sobre o Aliyun ser ou não fork do Android. Adianto a minha conclusão: claramente ele inclui código do Android, mas os dados divulgados o afastam da definição de fork (além de não ter iniciado a partir de uma clonagem do código do Android, seu componentes essenciais são outros (o kernel veio diretamente do projeto Linux, seu app engine estilo JVM não é o Dalvik, etc.) – os componentes do Android para compatibilidade com seus apps foram acrescidos a este conjunto. Mas, fork ou não, o Aliyun não está isento de críticas, inclusive quanto a descumprir licenças de apps que distribui.

Faz diferença? Depende pra quem, e a conclusão da coluna trata sobre esse aspecto também. Leia em techtudo.com.br – “Aliyun: o sistema que incomoda o Google é mesmo derivado do Android?”.


• Publicado por Augusto Campos em 2012-09-20

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Diogo (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 3:46 pm

    Se o Android já é cheio de problemas, imagina um fork xing-ling.

    Igor Cavalcante (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 5:20 pm

    Bem, pra quem ainda pensava que o android era livre e criticava os colegas que usam iphone por causa disso… Acredito que precisam repensar suas idéias!

    Patola (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 5:56 pm

    Alguém já parou pra pensar que esse bafafá pode acabar contando como publicidade pro Alyiun, até então um desconhecido das manchetes dos blogs de tecnologia?

    miranda (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 6:19 pm

    Alguém já parou pra pensar que esse bafafá pode acabar contando como publicidade pro Alyiun, até então um desconhecido das manchetes dos blogs de tecnologia?

    Pode crer, isso mesmo!

    Porfírio (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 6:48 pm

    Olha, @Diogo, o Android continua sendo aberto (e não livre, a única parte dele licenciada por GPL é o kernel) como sempre foi.

    O que teria sido quebrado pela Acer seria um acordo firmado por ela para fazer parte da Open Handset Alliance. Não há realmente nada que impeça a Alibaba, a Amazon, a galera do CM ou qualquer um de fazer um fork do sistema.

    Nem a Acer estava proibida a nada. Ela tinha a opção de deixar a OHA (e seus privilégios) mas não teria de parar de distribuir o Android sem seus produtos (como muitas empresas que usam Android, mas não fazem parte da OHA). Foi a própria Acer que decidiu não fazer isso.

    O que eu acho que foi uma decisão bem acertada. Embora tenha um bom marketshare, a Alibaba não é uma boa parceira porque realmente faz jus ao nome. Colocar software em sua loja sem a autorização de seus autores é dose pra urso!

    Beto (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 7:15 pm

    Google não proibiu, só chantageou.

    Isso a gente vê o tempo todo.

    Jacques Marques (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 7:37 pm

    Pelo menos a Google não cobra royaltes por algo que não fez, como certos concorrentes por aí… O Android é livre, para uso, por isso está cheio de xing ling por aí que nunca sequer perguntou a Google se podia usar o Andorid, já a Open Handset Alliance, é outra história, afinal de contas se você está em uma parceria para receber alguns privilégios você tem de ter alguns deveres, e o principal é defender o produto pelo qual se fez esta parceria. Essa história da Acer de querer participar de outro produto que claramente compete com o Android é dose para leão.

    Eduardo Siemann (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 8:00 pm

    @Igor Cavalcante

    Cara defendo o Android e o Google(antes que joguem as pedras kkk ), porém o que o Google fez está certo pensa se cada um da OHA faz um “fork” como bem entender, afinal o Google abriu o Android, criaram o consórcio OHA e ainda vem a Acer que deve ter assinado alguns papéis concordando em seguir os padrões da OHA, onde deve ter algo relacionado a forks.

    Quer fazer um fork pode a Amazon está ai e fez, além de outras empresas fizeram também(principalmente xing lings), porém está automaticamente fora da OHA. Simples assim. O BB Play Book também não é Android, porém o mesmo roda Apps do mesmo, o Bluestacks também roda Apps no PC, acho que o problema é o fork mesmo e pq é participante da OHA.

    http://www.openhandsetalliance.com/oha_faq.html

    Eduardo Siemann (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 8:02 pm

    kkk meio atrasado, pq depois q comentei vi os novos comentários depois da 18:00
    Mas agora q vi é isso ai q o @Porfírio falou :)

    marcoapc (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 11:43 pm

    Deve seu por isso, que a Samsung ainda não lançou o Tizen Linux https://www.tizen.org/

    Porfírio (usuário não registrado) em 20/09/2012 às 11:57 pm

    Nada a ver, @Marcoapc. O Tizen é Linux mas não é Android ou baseado nele.

    Ela já tem o Bada, que unido com o Meego faz o Tizen. Ela não lançou porque ainda não dá pra considerar ele um produto acabado e não deve estar investindo nele por não ver demanda. Mas a Sammy não perde a oportunidade de dizer que ele é um plano B.

    Hoje, ela fatura demais com o Robô verde pra pensar em outra coisa. Porque ter trabalho de desenvolver um sistema seu quando outra empresa pode fazer isso por ela?

    Patola (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 7:13 am

    Olha, @Diogo, o Android continua sendo aberto (e não livre, a única parte dele licenciada por GPL é o kernel) como sempre foi.

    Tá viajando, Porfírio? As outras partes do Android fora as ferramentas fechadas como a loja e o Gmail têm licença Apache, estilo BSD/MIT! E a licença Apache é uma licença livre sim, o que faz do Android (tirando ferramentas proprietária) um sistema livre.

    Não existe nem nunca existiu distinção das palavras “livre” e “aberto” para GPL ou não. O que existe é uma outra definição que não ressalta a moralidade de escrever software livre, mas ainda trata dele, que é a definição da Open Source Initiative. Mas a única diferença é que o que a FSF chama de “Software Livre” ela chama de “Open Source” (Código Aberto). No entanto, são as mesmíssimas licenças…

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 8:05 am

    A Google tá fazendo igualzinho ao que o governo Chinês fez, quando proibiram a atuação do buscador na China: Chantagem.

    Spif (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 10:02 am

    O Google está numa campanha clara de controle do ecossistema Android, e começou subjugando um fabricante menos expressivo na arena de smartphones, a Acer.

    O MarcoAPC tem um bom ponto: Nós vemos como algumas fabricantes, como a Samsung, jogaram suas alternativas pela janela sem mais explicações. Hoje podemos inferir que essas atitude foram por conta de um “papo camarada” da Google. Já até imagino: “Já tão levando paulada da Apple, querem ficar sem o Android também? Te arranco até os Nexus da sua Mão! Daí você vai viver de quê? Abre teu olho!”

    Spif (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 10:21 am

    O Google está mostrando as garras e a máscara de nice guy deles está quebrando. Como eu já disse (e vou só colar aqui) na última discussão desse assunto:

    Na prática o Google reduziu os trabalhos derivados de Android aos hobbies. Se você fizer algo profissional, ele vai obliterar a sua empresa. Se você abrir o capital, aposto que eles compram pra depois fechar.

    Em resumo, o Google deu um tapa na mesa e falou: “Don’t be evil é o c@$$%$, agora meu nome é Zé Pequeno”.

    As coisas são assim mesmo! O Google simplesmente fez o que eu sempre disse que ele podia fazer: Jogar o peso dele para força um fabricante a fazer algo.

    Mas ele pensou em usar isso para o bem do consumidor, forçando as fabricantes a fazerem dispositivos com Androids atualizáveis e versões mais novas em todos os aparelhos? NÃO. Ele usou para acabar com uma concorrente, ainda que pequena mas expressiva em um mercado como a China, e dar um tapa na cara de uma fabricante, passando uma mensagem para as outras.

    Mas agora no que dói mais, que é toda parte de “ser aberto”: O Google tomou uma atitude que não condiz com uma empresa que trabalhe com Software Livre ou Open Source, mesmo que não esteja na licença, ela está limitando o uso de um código “aberto”.

    Comparando isso seria o mesmo que a Red Hat dizer que ia fazer chover enxofre na cabeça de quem permitisse o CentOS instalado em servidores.

    É ridículo ver que ainda vem pessoas que dizem ser defensores do Software Livre, Open Source e tudo que há de bom, passar a mão na cabeça desse monstro controlador que o Google se tornou.

    Agora mais uma pra abrir o olho: Se o Google fez isso com o Android, o que fará com outros projetos Open Source que ele financia ou tem interesse especial? Será que ele já não força, usando seu peso e dinheiro, esses projetos a não serem uma ameaça aos interesses dele?

    André Caldas (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 10:38 am

    Se eu distribuo código de terceiros licenciados sob a GPL então, não posso redistribuí-los impondo certas restrições. Imagine o seguinte cenário:
    1. Eu VOU lhe dar o código.
    2. Mas antes, eu pressiono você a fazer um outro acordo, independente do licenciamento se comprometendo a não utilizar o código de maneiras que me desagradem.

    Eu posso então pegar qualquer código GPL, distribuí-lo com uma licença livre e ao mesmo tempo fazer um acordo com quem recebe o software para que não usufrua das liberdades da licença? Assim fica fácil “violar” a GPL. É quase que uma EULA atrelada a licença.

    Sei que no caso do Google é um pouco diferente. Mas acho que pelo que eles impõem aos membros desse Open Handset Alliance, o Google é que deveria perder o direito de distribuir código do kernel ou qualquer outro GPL diretamente relacionado com o acrodo Open Handset Blah Blah.

    André Caldas (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 10:41 am

    @Augusto,

    Incompatível !== sem certificação.

    Sem certificação ===> não me pagou.

    Porfírio (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 10:57 am

    @Patola,meu caro, essas “partes” do Android que vc cita são apenas aplicativos! Eu tenho um tab aqui na empresa rodando sem absolutamente NADA fechado, baseado em uma versão não oficial do CM10.

    Porfírio (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 11:03 am

    Bem, se forks do Android fossem hobbies, a Amazônia não seria um forte ecossistema concorrente e os fabricantes chineses fora da OHA não estariam crescendo e aparecendo.

    Nada me impediria de vender um tab com CM e nem mesmo fabricantes parceiras da OHA, eu creio, porque o CM não pode ser considerado um fork: ele é Android completo.

    Porfírio (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 11:05 am

    Finalmente, @ André Caldas, não é “eu vou lhe dar o código” e sim “o código já está disponível”.

    A OHA pouco tem a ver com o sistema em si. Podia ser qualquer outro. Ela é um acordo entre empresas que têm regras. Vc não precisa participar.

    Patola (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 12:42 pm

    Porfírio, hã? Meu ponto não eram os softwares proprietários, e sim a distinção que você fez entre “livre” e “aberto”. Nada disso tem a ver com GPL, um software livre que use qualquer outra licença livre como MIT, Apache, BSD continuará sendo livre, e também “open source” (aberto). Não precisa ser GPL.

    Spif (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 12:43 pm

    André Caldas tem a inteira razão! Mais uma furada do Google e mais um quilômetro percorrido na estrada para uma empresa largamente monopolista!

    Porfírio (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 1:16 pm

    Sim, @Patola, com isso eu concordei, só quis enfatizar que as partes proprietárias que vc citou não são obrigatórias.

    Essa questão de ser ou não livre por ser ou não GPL eu ainda sou cauteloso como o pessoal “das antigas”: um projeto no qual se permite um trabalho derivado fechado não pode ser qualificado como “livre”. Código disponível é bom, mas não tão bom quanto código que não pode ser fechado.

    No meu entender, dentro desse critério, o código do kernel Linux é ótimo, o do resto do Android é apenas bom, o código proprietário das aplicações que rodam em cima dele, mas que não tem o intento de escravizar o usuário com contratos caninos, ou são fechados porém baseados em padrões abertos é apenas ruim, e o o código dos aplicativos proprietários leoninos (como Apple, Microsoft, Oracle e outros tais), que inclusive podem incluir cláusulas discriminatórias em relação a credo, raça ou nacionalidade, é literalmente péssimo.

    Complementando a resposta que eu dei para o @Andre Caldas (que não tem intenção de mudar pensamento de ninguém, principalmente quando a intenção do pessoal do outro lado do espelho não é realmente debater e sim tentar impor):

    A Google não tem nenhum direito sobre o código já liberado do Android. Ele é aberto. Nada impede uma empresa qualquer já envolvida com ele, como a Samsung ou a HTC, de assumir um fork gigante do sistema e reunir as outras para fazer a própria Handset Alliance, usando o código já publicado como ponto de partida.

    Isso ainda não foi feito por um motivo óbvio, ao menos na minha opinião. A Google tem feito um bom trabalho, mesmo com a avalanche de críticas (a maioria destrutiva ou com intuito de destruir) que tem recebido. Ninguém, ao menos por enquanto, tem demonstrado igual capacidade técnica, liderança e poder de propaganda. Ninguém tem soluções tão boas de pesquisa, mapeamento e distribuição de mídia.

    Finalmente, ninguém na atual OHA tem nenhuma vontade de gastar os bilhões em investimento e pesquisa necessários para assumir o papel de líder, se um sistema pronto, aberto e com garantias de continuidade é entregue para eles a custo próximo de zero.

    Se amanhã a Google se demonstrar incompetente, relapsa ou inadequada para o papel de líder, e/ou a atual OHA se demonstrar incapaz de enfrentar a concorrência (sendo que hoje a situação é inversa), fatalmente outra empresa mais capaz poderá assumir o sistema em uma organização paralela e ele vai continuar.

    O que faz a Open Handset Alliance poderosa são as empresas que fazem parte dela e o esforço compartilhado ao qual estão dispostas. A organização não é uma casa onde a Google está distribuindo doces. É uma coalisão de concorrentes que se apoiam, até certo ponto e desde que sejam observadas algumas regras.

    A decisão da Acer de não deixar o Olimpo só pra apoiar um ladrão de fora (sim, se apropriar de software alheio sem permissão e sem uma licença que o permita é roubo e deve ser coibido) é mais do que compreensível. Eu não faria diferente.

    Enquanto isso, o Ali das lendas deve ficar chutando o sopé da montanha e gritando por um tempo, até que se canse e vá viver a vida dele, uma vida mais honesta, de preferência. O Alyum parece ser uma boa ideia e tem um grande potencial de futuro, se for guiado pelas mãos certas.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 2:19 pm

    Igor Cavalcante

    “pra quem ainda pensava que o android era livre e criticava os colegas que usam iphone por causa disso”

    Ex-Usuários Linux que vão para Apple.. sempre querendo racionalizar a escolha.

    Não vejo motivo para culpa, que esse tipo de comportamento mostra. Podiam simplesmente usar, mas não, tem de inventar um jeito de avacalhar a escolha alheia.

    Patola (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 3:18 pm

    @Porfírio

    Uau. Belas considerações.

    Seu ponto de vista no entanto (que em grande parte compartilho) é realmente muito diferente do ponto de vista do Spif. Acho que não só ele vê as coisas por um prisma muito diferente, como exagera em algumas alegações pra tentar demonstrar malícia onde pode não haver.

    Porfírio (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 4:51 pm

    Fala, @Patola!

    Antes de mais nada:

    >> “Tá viajando, Porfírio?”

    Estava… De metrô! X-D

    Cara, o ponto de vista do @Spif, todos eles, aliás, são direcionados para produzir em quem os lê certos tipos de efeito. Ele demonstra ter uma espécie de cruzada pessoal para a qual quer conseguir partidários. Seu objetivo é fragmentar a comunidade (ao menos a daqui), tentando separar os projetos que estão na liderança do resto. E se qualquer ideia relacionada puder atacar a Google em particular (porque ela tem deixado a Microsoft em segundo plano ultimamente), melhor ainda.

    Dessa forma, na minha opinião, a maior malícia vem sempre dele, em primeiro lugar. Mas não acho que tenha potencial de causar muitos danos porque é transparente demais. Não do lado de cá do espelho.

    Na minha opinião não há a menor malícia nesse caso. A Acer tem um acordo com um conglomerado de empresas lideradas pela Google. Na análise e opinião da líder, que foi endossada pelas outras integrantes (porque ninguém que eu saiba reclamou, nem a própria Acer), distribuir o Alyum viola esse acordo.

    E esse acordo não tem nada a ver com o estado do projeto em si. Que essas empresas que se são brancas (ou melhor, amarelas e com muito orgulho) que se entendam. O projeto Android segue aberto normalmente.

    Spif (usuário não registrado) em 21/09/2012 às 6:07 pm

    @Patola, pra quem já se propôs e até mesmo criou um site para rebater FUDs da Microsoft e outros me espanta a sua posição de dar razão a uma empresa que está se mostrando nociva, como o Google.

    A posição do porfírio é sempre a mesma, motivada pela adoração dele pelo Google. Ele, sabendo que não tinha como rebater as críticas pelo movimento violento e humilhante do Google, sequer apareceu nos comentários da primeira notícia.

    A idéia que o Porfírio levanta de que a Acer é a culpada, meramente por ter explorado novos sistema operacionais para seus aparelhos é ridícula como parece.

    A Acer foi encostada na parede e ameaçada: “Olha, só quem libera o uso da marca, App Store e demais aplicativos sou EU. Se você OUSAR jogar esse produto na mídia, eu vou transformar a sua empresa em uma loja de usados.”. Logo, a Acer capitulou. O mais interessante é que se você volta na primeira história (com uma cobertura maravilhosa do nosso querido anfitrião), temos um texto muito oportuno:

    o Google foi consultado pore ela, e disse para irem perguntar para a Acer. E segundo ela o que está em jogo não é a licença do Android para a Acer, mas sim o “cancelamento da cooperação de produtos e da autorização técnica relacionada”.

    O Google além de forçar a Acer a não lançar um novo produto, inibindo a inovação e atacando um software aberto, ainda manda ela dizer o “motivo” do cancelamento do produto.

    Quando realmente temos um jogo sujo e uma chantagem, lá corre porfírio e seus puppets com os paninhos quentes: “não o que é isso, o Google não faria algo assim”. Acho lindo ver os nossos querido amigos entrando nessa.

    Mais ridícula é propor que os membros da OHA (que é só sobre o Android) podem apontar um novo líder. Oras NUNCA a OHA, ou qualquer outra pessoa, vai poder tirar o Google da liderança do Android, visto que a própria marca registrada é dela. Você não faz ANDROID, sem o Google te permitir.

    O que pra mim não tem o menor problema, mas é ridículo ver eles se gabarem de um “produto aberto”, que na verdade é fechado, ou como todos gostam, CLOPEN (tem cara de Open, mas na verdade é closed).

    Vamos encara os fatos com franqueza: Hoje em dia a comunidade linux aplaude atitudes monopolistas de quem faz um “Open Source” controlado por uma coleira e um bastão.

    @eduardoveiga (usuário não registrado) em 23/09/2012 às 1:47 am

    legalmente o google nao esta infringindo nada
    mas na pratica podemos ver que eles estao fazendo de td para terem um monopolio sobre o uso do codigo do android

    eles liberam o codigo SIM
    e entao nao infringem as licenças porem usam outras taticas para desencorajar concorrentes para o android

    eles estao longe de serem bonzinhos
    sao a melhor soluçao livre para smartphones no momento mas bem longe do ideal do software livre

    Joaquim Mariano (usuário não registrado) em 23/09/2012 às 3:40 am

    @eduardoveiga, muito ponderadas são as suas colocações. Não existe apenas preto e branco no universo do software. E cinza o Google tem se mostrado ser.

    Enquanto no mundo móvel o Google for a opção viável mais livre (ou menos fechada), com ele boa parte da comunidade livre estará. Quando opção viável mais livre do que o Google surgir, a ela aderirei. Grande é minha expectativa de ver um celular com Ubuntu (ou outra distro, embora mais perto de concretizar um celular a Canonical aparente estar).

    Spif, no travesseiro você consegue colocar sua cabeça sem a consciência pesar? Condena o Google, que obedece as regras de software livre, mas que nas relações empresariais tenta dominar, enquanto você mesmo usa equipamentos fechados e softwares fechados de uma empresa muito mais fechada cujas práticas são criticadas até mesmo por seus próprios usuários? Não se envergonha de o Google condenar e por livre e espontânea vontade Apple usar? Não se envergonha de o Google condenar e a Apple defender? Nos esclareça seu entendimento: quem é mais livre (ou menos fechado, se preferir): Android ou iOS?

Este post é antigo (2012-09-20) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.