Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


VLC no iPhone: a liberdade que remove

Publiquei em minha coluna dessa semana no TechTudo uma longa retrospectiva e minha análise pessoal do caso que levou à disponibilização do VLC para usuários do iPhone e iPad, seguida da remoção do mesmo por intervenção individual de um desenvolvedor do projeto.

Alguns trechos esparsos:

O VLC é um popular media player, em atividade desde 1996, com suporte a grande variedade de formatos de vídeo e adotado por muitos usuários que desejam um complemento que vá além dos programas com a mesma finalidade (mas bem mais restritos) oferecidos pelos fabricantes dos sistemas operacionais proprietários.

Tenho o VLC instalado em todos os micros com Linux que uso, e nos meses recentes tive oportunidade de usá-lo também ao me aventurar por micros com Mac OS X e com Windows, em um iPad e em um iPhone – e em breve poderei usá-lo também quando operar algum equipamento com Android, pois a versão para o sistema do Google está para ser lançada.

(…) Logo no início de janeiro, entretanto, essa disponibilização cessou, e hoje um usuário que queira rodar este software livre para ter acesso a vídeos que o player nativo do iPhone ou iPad não suportam só terá sucesso se recorrer a técnicas de desbloqueio do aparelho, o chamado jailbreaking.

(…) Para evitar ser mal compreendido, não posso deixar de destacar que acredito que as licenças em questão funcionaram exatamente como deveriam: elas são o compromisso em comum assumido por todos os desenvolvedores que contribuem para um projeto de software e, se em algum momento um destes desenvolvedores acredita que algo está ocorrendo em desacordo com a licença sob a qual concedeu sua contribuição ao projeto, é direito dele buscar impedir.

Valores que para muitos podem parecer obviamente prioritários, como a vontade da maioria dos desenvolvedores ou o benefício dos usuários envolvidos, não se aplicam (juridicamente, quero dizer) a este caso: (…)

(…) Esse impedimento ocorreu não por iniciativa da sempre criticada, controladora e restritiva Apple, e sim por pedido de um desenvolvedor individualmente, contra a vontade de outros integrantes do VLC que vieram a público, e com base em uma licença que durante anos nos acostumamos a associar à liberdade de software.

Não me parece que havia outro desfecho possível no momento: as aparentes decisões equivocadas quanto ao licenciamento do projeto e a forma do seu envio para a Apple conduziram a isso, e a ação do desenvolvedor em questão, quaisquer que sejam seus motivos, são os ingredientes necessários e suficientes para esta triste confusão.

Mas lamento sempre que ações relacionadas à liberdade de software conduzem a prejuízo real de outras liberdades valorizadas pelos seus detentores, e é como vejo a situação atual, em que a iniciativa de um desenvolvedor resultou em milhões de usuários deixando de ter disponível a liberdade de rodar o VLC na plataforma que usam. (via techtudo.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-01-20

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    devnull (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 2:48 pm

    Texto equivocado.

    O desenvolvedor fez o certo, licenças são feitas para serem respeitadas, mesmo que livres. Errado foi quem colocou o software na loja desse sistema super-fechado e proprietário.

    O usuário do iPhone topa não ter liberdade, então ele que use software proprietário.

    Davi (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:08 pm

    E quanto ao Xine? uso ele no pinguim desde sempre e nunca me deixou na mão. talvez seria a questão de fazer um port para as platafoormsa…just a idea…:-P
    Agora concordo com o devnull, e lembro que a grande maioria dos meus amigos que possuem iPhone usam o mesmo “jailbreaked”.

    Confesso que estou um pouco atrasado em relação as tecnologias móveis relacionadas com o iOS e Android (apesar de conhecer o funcionamento de ambos os sistemas), mas espero que em breve possa utilizar um smartphone com algum dos 2 sistemas.

    []´s

    André Caldas (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:17 pm

    Concordo com o @devnull. Se tem uma licença é pra ser respeitada. Se os outros desenvolvedores se sentiram prejudicados, deveriam ter optado por outra licença.

    Não se pode condenar Moisés pela injustiça do Faraó.

    Os usuários do iPhone podem sim, instalar o VLC sempre que quiserem. Só o que não pode é a Apple disponibilizar o software sem respeitar a licença.

    André Caldas (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:20 pm

    É exatamente pra isso que serve o Copy-Left!!!!!

    erico (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:20 pm

    ….e a propriedade torna privativo.

    bruno buys (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:33 pm

    Me admira esse povo que compra apple depois fica choramingando que não pode isso e aquilo. Ninguém é obrigado a comprar apple, comprou porque caiu no hype deles.

    Liberdade não é libertinagem. A GPL serve pra proteger a comunidade.

    Tá certo o desenvolvedor.

    Vida longa (e livre) ao VLC!

    bruno buys (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:35 pm

    “Os usuários do iPhone podem sim, instalar o VLC sempre que quiserem. Só o que não pode é a Apple disponibilizar o software sem respeitar a licença.”

    Pelo que eu entendo do DRM da apple, não pode não. O aparelho não vai deixar instalar ou não vai rodar o software se não for aprovado pela apple.

    No jardinzinho murado do jobs é assim.

    Emerson Casas Salvador (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 3:54 pm

    Não estou querendo puxar o saco, mas o Stallman está cansado de falar que DRM tira a liberdade do usuário (e nesse caso tirou a liberdade de executar o software).

    Licenças são feitas para serem aplicadas, e não vejo nada de errado em exigir que estas sejam aplicadas.

    Para os insatisfeitos com a DRM adquirida junto com o sistema IOs vejo duas saídas: Evitar comprar produtos com DRM ou jailbreaked neles.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:00 pm

    Aqui no BR-Linux mesmo, nos comentários vez por outra aparece alguém pregando um “pragmatismo enviesado”. Um pragmatismo que é SEMPRE a favor de um lado, o proprietário.

    Pragmatismo não é sinônimo de violação de licença, ou vira pirataria.

    O desenvolvedor pode muito bem ter se preocupado que não deturpassem a licença para qual cooperou.

    Mania triste essa de achar que se não envolve dinheiro, então pode tudo.

    A GPL é bem simples, tudo de complexo que existe nela é a fim de evitar espertinhos tentando roubar a liberdade de uso.

    Dark Schneider (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:02 pm

    Em vez de criticarem o desenvolvedor do VLC, que está coberto de razão pois a licença do programa tem que ser cumprida, os usuários do sistema da Apple deveriam se perguntar se não esta na hora de tomarem a pílula vermelha e acordarem da “matrix”.
    Reclamar da decisão do desenvolvedor do VLC frente ao que a Apple considera “correto” que é controlar qual software pode ou não ser disponibilizado a seus usuários chega a ser absurdo.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:09 pm

    @bruno buys,
    Isto eh ideia de hater, q nem conhece o produto q odeia. O iOS nao eh tao fechado assim, vc pode fazer o jailbreak, que ja foi considerado legal pela justica dos eua, em qualquer iphone/ipad e instalar programas fora da store. O jb instala o cydia, q nada mais eh q um shell para apt, como eh o synaptic, funcionando do mesmo jeito q o linux onde vc pode colocar repositorios extras. E fazer jailbreak no iphone eh mais facil que fazer equivalente no, q eh o root do sistema.

    O vnc pode ser instalado assim por meio de repositorio

    E pasmem, vc pode instalar inclusive android 2.3 em alguns modelos de iphone/ipad em dual boot, enq isto nao é possivel na maioria dos celulares nativos android com uma versao antiga.

    Qual hardware seria o mais fechado nesta situacao???

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:09 pm

    Meia dúzia de hackers felizes com suas licenças, e milhões de usuários sem um excelente software open source na plataforma que eles OPTARAM em adquirir.

    Xinuo (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:15 pm

    A GPL 2 é aquela mesma e as letras não vão mudar, por mais que tenha gente querendo ou reclamando.

    Já o que passa na cabeça do Jobs e dos seus cupinchas é bem mais maleável, tanto que foi citado exemplo de outros programas que não deveriam ter passado por estarem contra as tais regras, mas que passaram. Hoje mesmo li a notícia de que a Playboy poderá ser acessada da primeira a última página, o que também era contra as regras da tal loja da Apple.

    Portanto, mudar a licença de um programa porque não passa no crivo da loja é besteira. Pensem bem, se o VLC ainda estivesse lá, a qualquer hora os caras poderiam mudar de ideia e retirá-lo, como já fizeram anterioremente com tantos outros. Sem essa de abdicar do que se pensa por conta dos tiranozinhos da ocasião.

    Os usuários dos equipamentos Apple citados deveriam ficar cientes de que vivem numa prisão e a porta é controlada pelo Jobs, se querem usufruir da liberdade que saiam primeiro da prisão.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:19 pm

    @Rodrigo

    Só faltou dizer que o Jailbreak é uma feature do IOS.

    Ser ou não legal, não vem ao caso da discussão. O caso é que as insdústrias Jobs NÃO querem outro uso.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:21 pm

    @Lucas Timm

    “Meia dúzia de hackers felizes com suas licenças, e milhões de usuários sem um excelente software open source na plataforma que eles OPTARAM em adquirir.”

    Só porque eles aceitam as limitações sem saber, não os torna imunes.

    De novo o estímulo a pirataria quando conveniente.

    André Caldas (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:22 pm

    Sugiram que as pessoas que comentaram aqui comentem no TechTudo (os comentários são moderados).

    Marcelo Mendes (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 4:42 pm

    @Lucas Timm, ad populum?

    Os fins não justificam os meios. Seria bom se todos esses milhões de usuários tivessem acesso _legal_ ao software, mas se o preço pra isso é atropelar a licença, não vale a pena.

    Ivan (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 5:04 pm

    Eu acho estranho esse raciocínio de “o contrato deve ser respeitado até que não seja mais meu interesse”, no dia a dia das pessoas comuns é fato algumas quebras de palavra, mas quando se está falando de uma mega-corporação, acho que devemos olhar além da conveniência e ficar atento à legalidade, isso evita precedentes que possam vir a prejudicar os próprios usuários.
    A parte da notícia que gostei é que está pra sair a versão do VLC para Android, e essa questões não devem criar nenhum tipo de embaraço.

    Xinuo (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 5:39 pm

    @Augusto, gostaria de poder votar no post. Se o considerar bom (de alguma forma) clicarei no “+” se não no “-”, é um pedido simples.

    Aos que comprarem a ideia, favor clicar no “+” logo abaixo do meu post. Embora não apareça quantos clicam, o administrador do site têm como saber.

    Se muitos clicarem no “+” (abaixo), nós sempre poderemos argumentar com o @Augusto, de que milhares(?) estão sendo privados de se expressarem facilmente por esse meio só pq ele não quer.

    O que valerá mais para ele? Os motivos alegados por ele ou o desejo dos milhares de visitantes? :)

    Xinuo, já respondi a este seu pedido simples e off-topic antes.

    De qualquer forma, imagino que você já possa votar no meu post em vários sites hoje. Se os agregadores que existem e permitem votos não forem suficientes, você mesmo pode criar um agregador e cadastrar o conteúdo do RSS do BR-Linux nele, sem problemas.

    As razões pelas quais eu não vou fazer isso que você propõe já foram expostas no link que você mencionou. Talvez até seja um experiência interessante ver como isso funcionaria num site de conteúdo editado por uma só pessoa, e se você quiser testar isso em um site com conteúdo seu, estou à disposição para ir lá votar nos seus posts enquanto você testa, para ver a que resultado isso chega, e se o valor do feedback recebido será comparável ao que eu recebo abrindo um espaço para comentários.

    Aqui no meu blog, e até naturalmente, quem aprova ou desaprova os posts sou eu mesmo. Fico bastante feliz de oferecer espaço para os leitores comentarem e me darem valioso feedback inclusive quando discordam de mim, mas não vejo vantagem para mim em trocar este feedback tão claro e completo sobre o material que eu publico por uma oportunidade de clicar em um sinal de + ou de -.

    self_liar (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 6:13 pm

    Acredito que a comunidade do software livre não deveria facilitar de jeito nenhum acesso ao software livre para os usuários de iPhone.O nosso trabalho é escasso demais e valioso para ficar batendo contra o deus Trabalhos.

    Temos mesmo é que informar estas pessoas que estão usando aparelhos errados e injustos.

    Se as pessoas escolhem usar tais aparelhos que aguente todas as consequências e não fique chorando por ai. Afinal foram avisadas.

    A cigarra é avisada e a formiga não tem obrigação de trabalhar duas vezes.

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 6:27 pm

    Aqui no Brasil “Jailbreak” não pode ser considerado ilegal, porque não tem amparo na constituição, ponto. O mesmo acontece com o Mac OS X, se você tem uma cópia legal e a Apple te obriga a compar um Mac, é venda casada! Não existe uma “constituição da Apple”, como pensam os entubados fanboys da Apple. A lei é uma só e ponto de novo.

    Se Apple não respeita a licença do VLC, paciência.

    Idée_fixe (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 8:57 pm

    Como disse o próprio presidente da VideloLan… “com amigos assim, não precisamos de inimigos”.
    São pseudo-libertários ferrando a verdadeira liberdade.

    Mad (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 9:09 pm

    Quando vi o VLC na AppStore eu sabia que surgiriam problemas no futuro, porém pensei que eles não teriam essa proporção, sou usuário de IOS e também de LInux e quando vi veio a minha cabeça: VLC?????? Aqui?????

    Livio Costa (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 9:13 pm

    Só corrigindo alguns que estão dizendo que foi a Apple que tirou o aplicativo da App Store, não foi. Foi o cara que PEDIU para a Apple tirar o aplicativo de lá, por causa das licenças e o conflito com a applidium.

    “São pseudo-libertários ferrando a verdadeira liberdade.”

    Pois é. Se isso tudo não tivesse acontecido, muitas pessoas estariam usando o VLC, esse maravilhoso software, em seus iPads e iPhones, tendo a liberdade de usar um software livre.

    Condector (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 9:43 pm

    Quem já tinha o VLC não tem problema.. pena que ele não vai mais ser atualizado.. :(

    Fabio Luiz (falcon_dark) (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 9:53 pm

    @Idée_fixe
    Já que você citou o presidente da VideoLAN responda-me, quanto a VideoLAN pagou a Rémi Denis-Courmont por suas contribuições ao VLC? É fácil pedir aos outros que trabalhem de graça, mas que direito ele tem de criticar um programador que contribui para o software livre e está apenas exigindo que a licença seja respeitada?

    @bebeto_maya
    Há muitos anos ouço um bando de bobagens sobre “venda casada” em relação à softwares e computadores. Por que você não pega a lei que impede a Apple de obrigar que o Mac OS seja rodado apenas em Macs e mostra pra gente, apenas para fundamentar o argumento?

    Eu respondo, não pega porque essa lei não existe. Se exisitisse seria loucura porque impediria, por exemplo, a Fiat de te vender carro com pneu Pirelli ou com lubrificante Shell. Uma lei que transformasse a dupla MacOS e Mac em “venda casada” te daria o direito de escolher a marca das pilhas que vem com a câmera fotográfica que você compre. Vou ser mais específico. Imagina eu argumentar que o pente de memória DDR3 que veio junto com meu computador representa venda casada, pois eu deveria poder escolher qual marca (ou formato) de memória usar no meu computador.

    Venda casada se configura quando a empresa se nega a vender um produto sem que você leve outro que não está diretamente relacionado com o primeiro. Ao contratar um pacote de TV a cabo você leva vários canais que dispensaria e isto não é venda casada é um pacote de canais. Ao incluir ar-condicionado no seu carro você pode ter que levar direção hidráulica, mas são acessórios para carro. Venda casada seria a Apple se negar a vender um MacBook se você não comprasse um iPod junto. Você entraria com uma representação no Procon contra a Apple obrigando ela a te vender apenas o MacBook, e conseguiria.

    Quando a Sony vende um note com Windows 7 está entregando um pacote de hardware + software. Você pode devolver o software, ela vai aceitar a licença do Windows de volta. A Dell até têm reembolsado usuários que devolvem licenças de Windows. Se você quiser comprar o Mac sem sistema a Apple não vai receber a licença do Mac de volta pelo mesmo motivo que a Fiat não receberia o lubrificante de volta. Se você quiser jogar fora o Mac até funciona com Windows ou Linux. E se você quiser comprar o MacOS sem comprar um computador junto, também pode, mas vai precisar de um Mac para rodá-lo. Está no contrato de licenciamento do sistema, que você aceita quando compra o software, que ele só pode rodar em um computador da mesma marca. Se você não concorda com o contrato não deve usar o software, simples assim. Nenhum direito do consumidor foi desrespeitado.

    Com relação ao assunto do artigo tem dois vilões nesta história. A Apple, cuja política da AppStore proíbe software GPL e por isso mesmo a empresa deveria ter barrado o VLC na submissão. O VLC jamais chegaria ao iOS se a Apple fosse honesta. Mas algum dick vigarista quis dar uma de espertão e dar o famoso “se colar, colou” e o VLC entrou na store mesmo tendo uma licença que obriga a disponibilidade do código. E o outro vilão é a VideoLAN, que sabia que o trabalho de milhares de desenvolvedores seria desrespeitado com a violação da GPL, mas orientou outra empresa no processo de submissão e tentou assim mesmo. Se eu fosse desenvolvedor do VLC pularia fora agora pois está claro que tem gente querendo se aproveitar do trabalho gratuíto de desenvolvedores honestos para se dar bem.

    O usuário de iOS não tem nada de vítima, de coitado, por ter seu direito de usar um software desrespeitado. O usuário de iOS concorda com as políticas da Apple ao usar a App Store e se não consegue um software por problemas nesta política está livre… para mudar de plataforma ou para efetuar o jailbreak.

    Ou será que o fato do Gran Turismo 5 só ter versão para PS3 me torna vítima por eu não conseguir rodá-lo em meu PC com Linux? Se eu quiser rodar GT5 tenho que comprar um PS3, certo? Nada de vítimas aqui, não é? Pois é, não poder rodar o VLC em seu iPad não transforma o usuário desse dispositivo em vítima de nada.

    Fabio Luiz (falcon_dark) (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 10:00 pm

    @Livio Costa
    Quando todo mundo faz o que quer não é liberdade, é libertinagem. Da forma que você falou até parece que a polícia está por aí tirando dos bandidos a liberdade de assaltar outras pessoas. Mas não é por aí, não é?

    O VLC tem um licença que a Apple Store desrespeitou. Mudar a política da Apple Store poderia permitir que os usuários de iOS continuassem usando o VLC, por que a Apple não fez isso?

    Fabio Luiz (falcon_dark) (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 10:02 pm

    O título do artigo poderia tirar o foco da GPL e colocá-lo na política a App Store da Apple e chamar-se “VLC no iPhone: a teimosia que remove” e discorrer sobre como a obsessão por controle da empresa impede que usuários usem ótimos programas livres.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 11:17 pm

    Está certo o desenvolvedor. Mas eu ainda não consegui entender em qual ponto a loja da Apple viola a GPL, já que até onde eu sei, você pode disponibilizar o software em um lugar e o código fonte em outro.

    @Rodrigo, sobre o jailbreak, ele em si não é ilegal nos EUA, mas se você instalar apps que não sejam da App Store, você está violando a licença da Apple.

    É muita inocência acreditar que alguém vai fazer jailbreak só pra deixar o aparelho quieto.

    Por isso, concordo com o que o pessoal falou: se quer liberdade, não compre o iPhone. Quem comprou, que conviva com os mandos e desmandos do Jobs e seja feliz.

    Ivan (usuário não registrado) em 20/01/2011 às 11:43 pm

    Sei que corro o risco de parecer troll, mas a leitura que fiz desse artigo foi a de que ele não defende o interesse do software livre, mas o interesse da Apple, não entendo como o desenvolvedor pode estar errado em exigir que seja cumprida a licença e a Apple, coitadinha, foi obrigada a privar seus milhões de clientes de um excelente aplicativo. A algum equívoco , como o texto foi escrito pelo Augusto o equivoco só pode ser meu.

    eddie (usuário não registrado) em 21/01/2011 às 12:26 am

    A licença não é livre, para qualquer um, qualquer sistema?
    Liberdade de usar, modificar, etc…?

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 21/01/2011 às 2:02 am

    Fábio Luiz (Falcon Dark)

    “Por que você não pega a lei que impede a Apple de obrigar que o Mac OS seja rodado apenas em Macs e mostra pra gente, apenas para fundamentar o argumento?”

    Amigo, seus argumentos são primários. Agora vai ouvir o que já postei em outros lugares. Que historinha é essa de que não existe? Estude, filho. Estude a lei.

    Eu respondo, não pega porque essa lei não existe. Se exisitisse seria loucura porque impediria, por exemplo, a Fiat de te vender carro com pneu Pirelli ou com lubrificante Shell.

    E é, Doutor, tem certeza? Acontece que a Fiat não me obriga a utilizar o pneu Pirelli sempre, amanhã eu posso colocar um Goodyear. Mas eu não posso pegar o Mac OS X e instalar no meu PC, porque a Apple me obriga a instalar a caixinha adquirida em loja somente num Mac. Entendeu a diferença: Uma coisa é vir junto, outra é ser obrigatório.

    A Lei 8.137 / 90, artigo 5º, II, III tipificou essa prática como crime, com penas de detenção aos infratores que variam de 2 a 5 anos ou multa.
    * E a Lei 8.884 / 94, artigo 21º, XXIII, define a venda casada como infração de ordem econômica. A prática de venda casada configura-se sempre que alguém condicionar, subordinar ou sujeitar a venda de um bem ou utilização de um serviço à aquisição de outro bem ou ao uso de determinado serviço.
    * Pelo Código de Defesa do Consumidor, a Lei 8078 / 90, artigo 39º, “é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos”.

    Fonte:http://www.vendacasadaecrime.org.br/

    Tá bom, ou quer outra fonte?

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 21/01/2011 às 2:07 am

    Só complementando:

    Falcon Dark:
    “Vou ser mais específico. Imagina eu argumentar que o pente de memória DDR3 que veio junto com meu computador representa venda casada, pois eu deveria poder escolher qual marca (ou formato) de memória usar no meu computador.”

    O que caracteriza a venda casada da Apple não é o fato dela vender o Mac+Os x, é ela vender o OSX nas prateleiras e te obrigar a comprar o Mac para poder utilizar o sistema. Entendeu? Quer ler a fonte, leia a EULA da Apple. Procure pela internet.

    Saulo da Novela (usuário não registrado) em 21/01/2011 às 2:55 am

    o VLC tá certo! Que se danem os Usuarios!

Este post é antigo (2011-01-20) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.