Governo acena com o fim da exigência de provedor
Enviado por Fabio Augusto Mazzarino (fabio·mazzarinoΘgmail·com):
“Graças ao Plano Nacional de Banda Larga, uma novela que já dura quase 10 anos está caminhando para um fim. O Congresso está considerando a possibilidade de acabar com a necessidade do provedor de acesso para as conexões de banda larga. Isso inclui os serviços de ADSL, que vira e mexe chamam a atenção da mídia com relação à legalidade da necessidade ou não do provedor. Veja mais detalhes no Blog Doses Diárias” [referência: dosesdiarias.seucaminho.com]
• Publicado por Augusto Campos em
2011-02-28
@brlinuxblog
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Impressionante é a lentidão como as coisas que são do interesse maior da população tramitam lentamente nas esferas públicas. O que as empresas faturam com serviço apenas de autenticação é um absurdo, para não fazerem praticamente nada.
Felizes dos filiados da ABUSAR, que se livraram desse problema judicialmente já a alguns anos. Isso só mostra que o provedor só se sustenta pela lentidão política e pelo desconhecimento da maioria dos usuários.
Espero que, dessa vez, o negócio vá pra frente.
@ José Pissin
Depois a ABUSAR resolveu virar “webflanelinha” também. Eu na época usava o PS5 para autenticação (com ADSL da BrT) e depois passei para o Vírtua, que não exigia provedor.
“Provedor” que não provê nada excluso mais burocracia e arrancar o dinheiro do usuário. Ah, que seja eliminado mesmo! E sem aumendo disfarçado de alguma forma no preço p/ “compensar”.
Sim, lentidão Jose Pissin (pizza) qdo é p/ nós os benefícios, mas qdo é p/ causa própria a aprovação leva minutos ou algumas horas (vide os “minúsculos” salários dos par(a)lamentares).
Na realidade isso vai dar mais dignidade a quem tem o serviço ADSL como Velox e Speedy a usarem a internet sem recorrer aos famosos “jeitinhos” para autenticar sem pagar “pedágio”.
Em São Paulo o “provedor” TERRA chega a ser gratuito para usuários do Speedy,mas no resto do Brasil não existe provedor gratuito para banda larga em tecnologia ADSL não.
Não os culpo pela desinformação, afinal as Teles são grandes anunciantes e a Midia nunca quis informar a verdade sobre a questão.
Mas os provedores não são webflanelinhas. Eles são tão vitimas das Teles quanto o consumidor. Explico:
Antes do ADSL e do Cabo, o acesso à internet se dava da seguinte maneira: Tele conectava os provedores a Internet através de links Dedicados -> Os provedores possuiam Centenas/Milhares de linhas telefonicas -> Os usuários usavam suas linhas telefonicas para se conectarem ao provedor e entrar na Internet atraves do link dedicado do Provedor. Este modelo levou a concorrência efetiva, pois o Brasil chegou a ter quase 8 mil empresas provedoras, ou seja, media de 3 provedores por municipio. A Lei Geral de Telecomunicações estabeleceu que, por deterem a Rede de Dados, as Teles não poderiam vender acesso a Internet diretamente, pois com seu Poder Econômico e sua vantagem herdada da privatização, elas acabariam com a saudável concorrência pois nenhum provedor conseguiria competir com elas, pois não possuia a rede, logo os provedores tinham um custo que as Teles não possuiam. Por outro lado, o fracassado plano da Privatização previa o incentivo à criação de Novas Teles ( as espelhos ) que competiriam entre si, tanto pelo assinantes de telefonia quanto para fornecer Link Dedicado para os provedores. Assim, haveria competição no atacado ( entre as Teles ) e no varejo (entre os provedores).
Porem, quando as Teles instalaram as Centrais ADSL que tinham como meio fisico de conexão o cabo telefônico das ruas, ao invés de conectarem os assinantes aos Provedores, para que o usuario navegasse na Internet atraves do Link Dedicado do provedor contratado, elas conectaram os assinantes ao seu próprio link internet e, por não poderem vender diretamente o acesso ao usuario final, obrigaram os provedores a assinar um contrato em que os provedores pagavam para a Tele a banda utilizada pelo assinante que escolhia determinado provedor. Sem contar que, obviamente, primeiro as Teles conectaram às Centrais ADSL somente os provedores ligados diretamente a elas, como o Terra, o IG, BrTurbo e meia dúzia de provedores grandes, como o UOL que por serem clientes grandes e donos da Mídia poderiam causar estragos se denunciassem a fraude das Teles a Lei Geral de Telecomunicações e ao Direito do Consumidor, sim, porque ao contrario do que sempre a Mídia fez parecer, o consumidor estava sendo lesado pelas Teles no seu Direito de escolha pois o resultado final foi que de quase 8 mil provedores, em 98/99, restavam pouco mais de 600 em todo o Brasil ao final de 2001. Para os milhares de provedores as Teles ofereceram as migalhas de se conectarem as Centrais ADSL DEPOIS QUE A GRANDE MAIORIA DOS CLIENTES DISCADOS DESTES PROVEDORES JA TINHAM ADERIDO AO ADSL E AOS PROVEDORES DELAS.
E a trambicagem não parava aí não. A máfia das Teles ainda usava métodos de dumping e concorrência desleal, exemplo: Meu provedor tinha que pagar R$ 28,90 para cada assinante de Speedy que nos escolhesse como provedor da banda larga dele, então, para a operação não ser deficitária nós tinhamos que cobrar pelo menos R$ 44,00 , mas o Terra oferecia a autenticação dele por R$ 31,90, ou seja: O Terra pagava R$ 28,90 para a Telefônica, 5% de iss, funcionarios, suporte, manutenção de servidores com apenas R$ 3,00 por assinante? Claro que não, o Terra na verdade tinha “prejuizo” para poder matar os provedores concorrentes à falência, pois a Lei Geral de Telecomunicações prevê que as Teles devem tratar com ISONOMIA a todos os seus clientes, ou seja: o que ela oferece para um, deve oferecer para todos, e o que concede para um, deve conceder a todos. Como o balanço do Terra nunca foi negativo, imagina-se que a Telefonica simplesmente fraudava a Lei novamente.
Portanto, peço o favor: não usem o termo webflanelinha para se referir aos provedores de internet, pois autenticador de ADSL hoje existem poucos: Terra, BrTurbo, Ig, UOL. Estes são webflanelinhas. Os provedores de Internet ressurgiram a partir de 2001, usando redes Wireless, e hoje são mais quase 3 mil com registro na ANATEL. Os provedores estão migrando para redes de Cabos profissionais, Coaxiais ou fTP, e tambem para fibra optica. Estão fazendo uma revolução silenciosa. Estamos dando o troco.
um dia… um dia…
to usando o autenticador da oi 4,90
mais estou afim de n pagar nada!
xD
@Gilberto
Saindo da grande quantidade de detalhes que vc. forneceu e indo para os finalmentes:
O QUE O CONSUMIDOR QUER (em qualquer rede ou nicho):
Se a instituição fornece um trabalho útil e agrega algum valor, ela fica no mercado.
Se a instituição não fornece valor agregado aos clientes (seja por qualquer razão que seja), ela deve sair desse mercado.
Bem sucinto, bem simples.
@Gilberto,
Bastante interessante seu texto. Entretanto, fiquei com a impressão de que não somente o governo, mas também os provedores, deveriam ter avaliado melhor a situação quando foi feita essa divisão entre teles e provedores, logo na época da internet discada.
Porque veja bem, logo na época da privatização, já existia a tecnologia de ADSL e de Cable, apenas não era explorada no Brasil. A capacidade teórica máxima de banda da conexão discada já havia sido alcançada. Não parecia ser inevitável que logo isso chegaria ao Brasil?
O governo deveria ter tido uma visão menos míope e percebido que essa gambiarra legal não iria compensar o monopólio garantido às teles por muito tempo, já que os provedores não serviriam mais para nada do ponto de vista técnico com o advento do ADSL.
Os provedores deveriam ter olhado para as tecnologias que estavam prestes a chegar e tentado sair na frente das teles no fornecimento do last mile. Já que as linhas telefonicas eram das teles e não poderiam ser exploradas, impossibilitando a adoção de ADSL pelos provedores, deveriam ter começado a investir em sua própria infraestrutura de cabos, usando Cable, Ethernet, ou outra tecnologia.
Concordo com o Carlos.
Em suma, os provedores deveriam ter alterado seu foco para uma área em que poderiam oferecer algum valor aos seus usuários em troca de seu pagamento.
Ao invés disso se contentaram em permanecer em um mercado em que só atuavam como cúmplices do esquema cujo propósito era lucrar com a sobretaxa imposta sobre o consumidor.
Meus caros, os provedores tentaram… Eles migraram sua estrutura para o wireless, que exigia menos investimento e poderia rapidamente alcançar os usuários cujos cabos de telefone (e, por resumo, o ADSL) já estavam atendendo. O grande problema, porém, foi que a tecnologia se revelou ineficaz quando a banda aumentou demais e os equipamentos de rádio (a saber, em sua maioria os que atendem o espectro 2.4 e o 5.8) não conseguiram atender a clientela de forma satisfatória (e o 3g está indo pelo mesmo caminho, a meu ver). Agora, os provedores tem que correr atrás do prejuízo, novamente, e investir em redes GPON / FTTX / Cable, etc e tentarem agregar serviços de voz, dados e imagem, ou serão “consumidas” pelos outros que já vêem nesse mercado o futuro do nicho deles (o que seria a oi TV)?
Eu vejo que, para os provedores que não oferecerem um serviço muito diferenciado para o cliente, vão acabar indo pro poço, porque para concorrer com os pacotões que as teles estão preparando aí o bicho não vai ser fácil!
Vamos ver o que vai dar…
Esse negócio é fogo…
Conforme já foi muito explicado pelo @Gilberto, no começo a obrigatoriedade de provedor era boa pois a concorrência era saudável. Porém hoje é um baita problema pelas razões já colocadas.
Aqui antes tinhamos o acesso velox (oi), cabo (wayinternet), rádio (provedores locais).
A Velox para matar a concorrência comprou a wayinternet e degredou bastante a qualidade do serviço (de 3 roteadores passo agora por 7 para acessar qualquer site).
Como os provedores são muito pequenos perto da Oi eles não conseguem revidar, um link de rádio deles de 256 custa quase 1MB de ADSL.
@Morgan
Sim, os provedores passam por dificuldades, porque a concorrência com as teles de fato não é nada simples. Isso é um fato.
Não podemos deixar de perceber, entretanto, que esse é um mercado que, de um jeito ou de outro, sempre pertenceu a elas (desculpem-me quem trabalha em provedores, mas esse tb é um fato): oferecer um serviço através de recursos (cabeamento) que não me pertencem sempre foi um risco.
Que os provedores passarão por desafios para se sustentar é indiscutível. O foco do assunto aqui, no entanto, é que nada justifica a posição que esses provedores assumiram contra o consumidor.
Eles usaram a legislação vigente para obter remuneração sem agregar valor ou prestar serviço. Não aceito que posem de vítimas nesse caso.
O termo flanelinha digital se aplica, sim.
Eu não pago provedor, acho um absurdo pagar ser receber nenhum serviço por isso, desta forma eu uso um logim de uma conta empresarial qualquer, pra me conectar ao velox, com isso não pago provedor, ou se vc quiser também pode usar o do seu visinho, se ele permitir né, com isso vc não precisa pagar, e não dá problema nem cai a conexão por estarem usando ao mesmo tempo.
Queremos liberdade
Outro detalhe, a mesma conexão de 1Mb que pago 69,00 no interior, na capital custa 39,00, absurdo isso!
Uso GVT, aqui não se paga provedor.
Diferente de outros lixos da internet brasileira.