Exército apresenta seu uso de Software Livre e destaca adoção do Ubuntu
Do PSL-Brasil:
O tenente-coronel do Exército Paulo Fernando Lamellas apresentou no Fisl 12 a experiência da instituição militar com o Software Livre. Lamellas explica que o projeto nasceu há 10 anos dentro da corporação e que com o tempo foi ganhando forma, espaço e conquistando bons resultados. As atividades são orientadas pelas diretrizes do Plano de Migração para Software Livre do Exército, documento que é revisado a cada três anos.
Atualmente, ele comemora que a 4ª edição do Plano, implantado no fim de 2010, já está em conformidade com os padrões da arquitetura e-Ping. O diferencial desta versão e a previsão da migração dos desktops para Ubuntu. O tenente-coronel explica que a escolha do Ubuntu deve-se as seguintes características: “o Ubuntu é a distribuição mais fácil para o usuário utilizar e também proporciona maior facilidade de customização, o que permitiu adaptar a nossa distribuição ao usuário final”, detalha Lamellas.
De acordo com o militar, mais de 67% do parque tecnológico, composto por cerca de 60 mil máquinas, já está operando com o novo sistema operacional (…) (via softwarelivre.org)
a vantagem da migração no exército é que não tem essa de resistência do usuários. O General chega e fala: “você vai usar esses sistema” e ai de quem reclamar.
Pede pra sair windows.
A melhor parte é que não vão criar uma distribuição específica, vão usar uma conhecida e consolidada.
Parabens, alguem por aqui está levando a sério a migração para software livre !
renato
‘a vantagem da migração no exército é que não tem essa de resistência do usuários. O General chega e fala: “você vai usar esses sistema” e ai de quem reclamar.’
É verdade…
E eu pensei que o mimimi era só em empresas públicas. Me deparei com um caso em empresa privada onde fui modificar um sistema.
Uma diretora disse que já tentaram fazer outras mudanças, mas os funcionários “barraram”, pois criaram uma “comissão de funcionários” que levaram a reclamação a diretores e alegaram que iria “afetar a produtividade, podendo inclusive atrasar os prazos”.
Essa última parte me soou de forma mais simples: chantagem.
Fazer o que quando o próprio gestor é fraco e se submete…
Mais uma boa ação do EB, parabéns.
Ótima notícia!!!
Parabéns,
Olá pessoal.
Eu fiz essa mesma “observação” ao Paulo, quando conversamos sobre esta migração e ele respondeu algo como “Quem dera fosse tão fácil”, entre risadas. Apesar de haver uma forte hierarquia inerente à cadeia de comando militar, o Exército trata estes assuntos como uma corporação onde usuários são ouvidos, problemas pesados, etc, então não foi um “é isso que você vai usar agora” e pronto, teve todo um trabalho de levantamento, projeto e convencimento antes.
eu atendia o exercito em maceió e realmente eles utilizavam o ubuntu, e pediam para eu instalar o ubuntu nos notebooks e desktop de uso pessoal, resumo da opera , eles estavam tirando o windows porque achavam um sistema ruim. é um trabalho bem feito pelo exército brasileiro.
Exercito brasileiro está de parabéns realmente. Eu cheguei a ver outros projetos deles também adotando software livre que são muito interessantes. Eles adotaram a política de não só comprar o software/hardware mas sim de conseguirem também a tecnologia.
Braço forte mão amiga.
Como eles fazem para treinar os recrutas no CoD? ;)
parabéns!
@Weber Jr.
Você teve resistência quando foi implementar algum sistema open source? É normal resistência quando há alguma mudança, mas parece que quando há a palavra linux a situação fica pior ainda. Eu gostaria de participar de uma implementação para ver o que acontece.
Pobre de nossas forças armadas. Vive sucateada e sem recursos, acho que a adoção do Linux foi mais uma nescessidade de contenção de gastos do que outra coisa.
Mas têm males que vêm para o bem. Eu ficaria MUITO preocupado se eu soubesse que o E.B. tivesse Windows Server para lidar com questões estratégicas sigilosas. :P
Parabéns para nosso exército.
Tomara que se espalhe por outros cantos do governo e forças armadas.
“Pede pra sair Janelas” +1
Pedro
@Weber Jr.
“Você teve resistência quando foi implementar algum sistema open source?”
No caso não, é um sistema proprietário que precisava de mudanças. Só usei como exemplo.
“mas parece que quando há a palavra linux a situação fica pior ainda.”
Por vezes existem detratores em equipes, um sujeito que faz de tudo contra uma mudança, inclusive procurando ativamente influenciar os colegas.
E em alguns casos existem esses que fazem de tudo quando ouvem Linux, Software Livre ou Open Source.
É uma questão muito mais de jogo de poder. Por isso que é muito difícil de lidar, contra emoção não adianta empilhar dados que comprovem a superioridade de uma solução.
as forças armadas não estão alterando para software livre porque querem ser cool ou porque irão economizar em licensa e muito menos por causa de estabilidade no sistema.
A migração é feita pra que seja possível a auditoria dos sistemas. Como o windows é uma caixa preta, fica impossível a auditoria.
Ou seja, o Ubuntu deve ser somente um ponto de partida, mas mudanças devem ocorrer para adequação a políticas de segurança mais rígidas.
Excelente.
Isso para mim ainda aumenta a segurança, pois os EUA já usaram sabotagem contra os soviéticos (com razão) e poderiam fazer isso com o Brasil se nós usarmos código fechado da Microsoft.
E é uma maravilha terem usado o Ubuntu. Odeio quando uma instituição que quer adotar código aberto resolve criar a sua própria TabajaraLinux. Já existem distribuições excelentes, bem suportadas, estabelecidas e customizáveis, como Fedora e principalmente Ubuntu. Mil parabéns ao Exército por usar Ubuntu ao invés de inventar o centésimo AspiraLinux.
@Weber Jr.
É, realmente… quando entra emoção+poder não há “lógica” que resista, rs.
Já tem uns anos que tenho interesse de trabalhar nessa área de mudanças tecnológicas. Não com a parte de tecnologia em si, mas com a parte de mudança organizacional/pessoal. Parece ser um desafio muito grande.
Caro Alberto.
No caso das Forças Armadas foi apenss uma volta ao passado seguro que tinhamos (eu estive na FAB, entre 80 e 90), quando saímos dos IBM/360-90, para o Unix V, em superminis.
O emprego do conhecimento/informação, nesse cenário, têm que ter autonomia, ser auditável, tem que ser extremamente seguro.
Migrar estações para Linux é parte desse esforço, que nos preocupa desde 1984.
Sucateamento, e falta de outros recursos, sempre houveram, mas não são motivos para esquecermos que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.
Abraço.
O governo deveria começar a ensinar as crianças sobre linux,
mas começando pelos adultos já é um começo…
Parabéns aos que tiveram a coragem de enfrentar a resistencia
da ignorancia ….acostumada a usar uma MARCA paga ou pirateada
@Weber Jr.,
O problema não é o gestor ser fraco e se submeter. O problema é o gestor colocar “o dele” na reta.
Pense bem: houve uma comissão de funcionários afirmando que iria diminuir a produtividade.
Por mais que não diminua em nada a produtividade qualquer problema com prazo que venha ocorrer, os funcionários já têm a desculpa na ponta da língua e o gestor é que vai “rodar” perante a alta administração. Inclusive com o agravante de ter sido previamente avisado pelos funcionários.
Como o renato falou, no exército não tem isso.
CarlosCaldas
‘O problema não é o gestor ser fraco e se submeter. O problema é o gestor colocar “o dele” na reta.’
No geral esta afirmação é correta, nesse caso específico não. Um gestor é o dono, outra é vital para o funcionamento, pessoa de confiança do dono.
‘Inclusive com o agravante de ter sido previamente avisado pelos funcionários.’
O próprio gestor encomendou a mudança devido a problemas de segurança e falta de controle que estava enfrentando. Causados devido a alguns funcionários não obedecerem as normas de uso.
Augusto, o Efetividade não tem algum texto nesse sentido? De implantação de soluções, funcionários que tem poder de influência, etc.
Esse tópico não é muito do meu perfil. Aliás, cada vez prefiro mais enfrentar especificações e problemas complicados de código e mexer no “Serve Side”.
Lidar com pessoas(principalmente em grupo) é muito mais complicado que qualquer tópico de Computação.
O exército dos EEUU lançou mais um release de sua distribuição portátil. Está no Distrowatch o anúncio. Dar boot com um live-cd hardenizado, realizar as tarefas e desligar a máquina sem rastros locais. Coisa de spy… rss
Lightweight Portable Securit – http://distrowatch.com/6794
A gente está chegando lá também. Graças ao OSS.
Só nao entendo pq o EB estava pra comprar licenças de antivirus.
http://www.forte.jor.br/2010/09/16/exercito-brasileiro-anuncia-parceria-para-combater-crime-cibernetico/
“e também proporciona maior facilidade de customização”
Isso foi até o Ubuntu 10.10, porque com o Unity, essa facilidade de costomização morreu.
Não sou anti-Unity, mas ele, apesar de ser usável, ainda tem muito o que melhorar.
O que realmente me preocupa é ver coisas como esta: https://bugs.launchpad.net/ayatana-design/+bug/733349 (+ de 150 comentários e 99 pessoas afetadas pelo “bug”, e o sr. Mark disse que não iriam fazer e ponto)
Ubuntu ?! Não tinham coisa melhor para usar não ??
@Luis Fernando Planella Gonzalez
Não sei o que tu entendes por “customização”, mas entendo que neste ponto é possível fazer um remix baseado no Ubuntu, usando outro desktop manager. Sendo assim, a possibilidade de personalização ainda existe. O Lubuntu surgiu de um remix, assim como o Kubuntu e o Xubuntu (agregados ao projeto principal). Só achei estranho chamarem o Fubuntu de Fluxbuntu (o nome F+ubuntu não ficou pejorativo, na minha opinião — no Fluxbuntu basta tirar-se o “L” e está feita a confusão). Bubuntu, em contrapartida, seria engraçado (Blackbox+Ubuntu).
O Ubuntu, bem lá no início dele, lembra-me muito o saudoso Kurumin (baseado no Knoppix); obviamente não falando do DM (Gnome em um, KDE em outro).