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Diretor da FSF nega que o novo pacote do kernel da Red Hat esteja violando a GPL

Bradley Kuhn, diretor da Free Software Foundation e presidente do Free Software Conservancy, analisou as mudanças que a Red Hat promoveu no empacotamento do kernel Linux que inclui em seus produtos, e divulgou seu parecer negando uma alegação que havia surgido de várias fontes: segundo ele, a nova forma hermética de distribui-lo não viola a GPL.

A análise inicial da questão foi publicada pelo LWN, e as teorias se multiplicaram: seria para dificultar o trabalho do CentOS (não dificulta), seria para dificultar a concorrência predatória no setor de serviços (essa estava certa – Red Hat confirmou oficialmente), o novo modo de distribuir violaria a GPL (agora sabemos que não viola).

Mesmo assim, acredito que estamos longe de ver o final desta história, pois a cooperação open source é multilateral e, como disse o próprio Bradley Kuhn, concluir que a medida não viola a GPL é uma análise objetiva, e não equivale a dizer que há aí uma cooperação comunitária otimizada em funcionamento.


• Publicado por Augusto Campos em 2011-03-15

Comentários dos leitores

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    É a velha diferença entre o que é legal e o que é ético…

    Não vejo nem como problema ético, é só uma opção diferente. Continuou livre.

    Leandro Santiago (usuário não registrado) em 15/03/2011 às 1:47 pm

    Hum….

    Alguém já ouviu falar nos utilitários diff, patch, etc? :-)

    Ao que parece o problema é que a RedHat está distribuindo o kernel na forma de tarball, não disponibilizando patches. Não é a forma mais eficiente de fazer as coisas, mas não há nada de anti-ético (na minha visão de ética, já que isto varia de pessoa a pessoa).

    zer0c00l (usuário não registrado) em 15/03/2011 às 5:00 pm

    Já viram a FSF contrariar a RedHat? Pede é benção… E vocês GNU/Linux tolinhos com suas ideologias púberes.

    elias (usuário não registrado) em 15/03/2011 às 5:45 pm

    tenchi, mas qdo vc aplicou varios patches e tenta recupera-los, o diff te dá um ‘super patch’ com todos eles combinados. seria então mais difícil de entender que patches o red hat aplica.

    a ética da coisa consiste em que a red hat disponibiliza os patches a clientes que contratem o suporte dela. sob gpl, claro, mas se o cliente exercer seu direito de redistribui-lo, seu contrato de suporte é cancelado!

    a alegação é que ameaçar o cliente com a perda de contrato de suporte seria uma ‘restrição adicional’ à redistribuição, proibida pela gpl. mas não é o entendimento de vários especialistas consultados.

    Patola (usuário não registrado) em 16/03/2011 às 12:41 am

    Eu preferiria o esquema antigo de separação dos patches para até reconhecimento de crédito de cada um dos patches, mas não vejo nada de anti-ético nesse ato. Pode expandir por que não acha isso ético, bardo?

    cafecraft (usuário não registrado) em 16/03/2011 às 1:19 am

    Ná verdade isso é para dificultar a cópia realizada pela Oracle com seu Unbreakable Linux, mas ao meu ver é falta de ética…

    imagina se aproveitar de patchs de segurança do Debian, Centos e Fedora e não retornar algo para comunidade.

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