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De volta a 1998: Como conectar um celular com Ice Cream Sandwich ao Ubuntu para acesso aos arquivos

Como era de se esperar, é possível acessar no Ubuntu os arquivos de um celular com Android 4.0 conectado via porta USB – e o procedimento para isso, publicado pelo OMG!Ubuntu, fará a alegria de quem sente nostalgia pela década de 1990.

Isso porque, para evitar determinados problemas técnicos mencionados no post, o Android 4.0 desativou o protocolo USB mass storage (que em versões anteriores do Android permitia que o computador o visse como um pen drive ou similar) e colocou em seu lugar o MTP (Media Transfer Protocol).

E o procedimento apresentado para conseguir acesso aos arquivos me lembrou bastante o que eu fazia na década retrasada para ter suporte a hardware parcialmente suportado no Linux. Não faltam comandos no terminal, pipes, greps, anotar id de vendedor e de produto para inserir em arquivos de configuração no /etc, criação manual de diretórios e usuários, inserção de linhas no bashrc, reboot, comandos de ativação e desativação manuais e tantos outros passos que há muito eu não via serem apresentados a usuários finais. (via omgubuntu.co.uk – “[How to] Connect your Android Ice Cream Sandwich Phone to Ubuntu for File Access”)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-12-12

Comentários dos leitores

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    Tiago (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 9:56 am

    Isso me levantou uma dúvida: uma das grandes vantagens do android frente ao iPhone na minha opinião é de plugar um android no som do carro, e ele ser reconhecido como um pendrive. Dessa forma, eu consigo tocar e controlar as músicas pelo som sem a necessidade do cabo auxiliar. Essa gambiarra tem que ser feito em muitos aparelhos quando eu quero conectar um iPhone ou iPod.

    Agora, com a mudanção do Google, o Android vai perder essa característica?
    No aparelhos que não implementarem o protocolo MTP também será necessário plugar o cabo auxiliar junto com o cabo USB?

    Tem um Q de noobice ai: Meu SE W995 funciona TRANQUILAMENTE sobre MTP no Ubuntu, reconhecido pelo Clementine (Embora um bug do upstream do Clementine ainda me force a usar Mass Storage pra ele), pelo (e muito bem) shotwell e pelo nautilus. Acho que no máximo é questão de ajustar o udev, não é não?

    Peterson Silva (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 10:19 am

    Tem coisas que o simples cabo USB faz na boa. Para todas as outras, exisste Airdroid =)

    José Ricardo (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 11:18 am

    Estou me perguntando se isso é pra evitar infecção por vírus ao plugar o celular em máquinas infectadas, ou se é simplesmente para poder usar algum outro sistema de arquivos sem ser o FAT sem deixar de suportar o Windows.

    Turambar (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 11:45 am

    José Ricardo, nem um, nem outro. A vantagem do MTP é que ele nao precisa ser desmontado no sistema original para poder ser montado no computador.

    Vocês já devem ter percebido que, ao plugar seu Android atualmente num computador, algo acontece. Esse algo é ele desmontando o filesystem do Android, para liberar para o PC.

    Ao desplugar seu celular, ele remonta a partição no Android. Isso leva alguns segundos, daí a explicação para a mensagem de “preparando a memória SD do celular” que alguns celulares fazem.

    Com o MTP, isso deixa de existir. As partições podem ser montadas tanto nos computadores quanto no próprio Android, tudo ao mesmo tempo.

    Isso nos leva a uma outra vantagem: Um único filesystem para o celular inteiro.
    No meu Atrix, por exemplo, eu tenho um certo espaço de memória interna, e uma outra área à parte para aplicações. Isso sem contar a terceira memória, do meu cartão SD.

    Pode acontecer de você ter 5gb livres na partição de mídia, mas a memória do telefone encher completamente, e você não poder mais instalar apps ou experimentar crashes constantes por falta de espaço em disco.

    Com MTP isso deixa de existir também =)

    Turambar (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 11:51 am

    E agora uma opinião minha: O Ice Cream Sandwich saiu oficialmente apenas no Galaxy Nexus.

    Apenas usuários meio hardcore já compraram esse aparelho.

    Usuários mais hardcore ainda usam Ubuntu.

    Galaxy Nexus + GNU/Linux de qualquer sabor = Usuário hardcore. Logo, não vejo tanto sentido na ironia apresentada pelo Augusto na chamada da matéria.

    Isso sem contar que, em breve, pode ser que lancem uma espécie de “Android File Transfer” para Linux (assim como já existe pra OSX, dependo dele pra mexer no meu xoom).

    E complementando ainda mais, logo logo alguém da comunidade envia um patch pro kernel, inicia um projetinho no sf.net com um front-end que faz isso sozinho, etc etc.

    O ICS é novinho em folha, com apenas um dispositivo disponível no mercado.. Acho que já já essa necessidade de “hackear” o gnome-terminal vai passar.

    Não pretendi ser irônico. O que escrevi é uma descrição objetiva da impressão que o tutorial do OMG!Ubuntu me causou, e naturalmente diz respeito à situação atual, e não a hipóteses (prováveis) de melhorias futuras.

    Rombo (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 12:45 pm

    que melda.

    Bremm (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 1:05 pm

    Não seria mais fácil usar o AirDroid ou o PAW Server?

    Spif (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 1:10 pm

    @Turambar “Galaxy Nexus + GNU/Linux de qualquer sabor = Usuário hardcore. Logo, não vejo tanto sentido na ironia apresentada pelo Augusto na chamada da matéria.”

    Primeiramente, ótimo nome! Ressalta muito bom gosto literário.

    Mas eu acho que uma coisa não anda junto com a outra. Um usuário normal pode estar usando, digamos, Ubuntu e comprar um ICS da vida. Não é algo aceitável no nível de maturidade do Linux como desktop.

    Acho ainda que até mesmo usuários “hardcore” se ressentem desse tipo de coisa. Eu, nos meus tempos de Linux todo o tempo, não gostava nem um pouco de fazer vários procedimentos. Pra mim demostrava falta de cuidado da companhia com o Linux e me desinteressava na marca.

    Posso dizer que, se eu usasse mais o Linux, eu ficaria consideravelmente mais ressentido se eu eu visse que eles saíram do caminho para criar uma aplicação, exclusiva, para Mac OS X, para facilitar o trabalho.

    Afinal de contas, já que ia fazer pra um Unix-Like, por que não pro Linux também?

    Tiago (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 2:02 pm

    @Spif, Unix, não Unix-Like. Mac é Unix! E o Linux só não é também pq ninguém quis pagar o certificado.

    Alias, se tem uma coisa que me incomoda muito é ter software para Mac e não ter para Linux. A única explicação que me vem na cabeça é: má vontade!

    douglas (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 2:26 pm

    puts cara valeu eu estava aqui tentando fazer isso. sou novato na plataforma linux mais ja estou me acostumando com as dificuldade do mesmo!!!

    Marcos (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 2:44 pm

    Se for este o caso valeria mais a pena usar o wireless com algum cliente de SFTP para o celular.

    Porfírio (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 3:04 pm

    Na verdade, esse protocolo é o mesmo utilizado em certas câmeras digitais. Esse malabarismo todo é porque o mtpfs consulta uma tabela para reconhecer o dispositivo. Se o teu dispositivo for registrado, o Linux vai reconhecer automaticamente.

    Essa questão não é exclusividade do ICS, alguns produtos já usam o MTP. Por exemplo, o meu tablet ASUS (TF101), que roda Honeycomb.

    Eu ia dizer que, antes que trollem, essa não é uma questão da Google ignorar o Linux ou coisa parecida (infelizmente cheguei atrasado, nosso colega chegou antes):

    Se continuar com o Storage, o esquema com cartões de memória (montar, desmontar, verificar conteúdo após a montagem) acima de 32Gb vai ficar uma carroça (Meu irmão usa um 32Gb no Galaxy Tab dele e a espera é dolorosa…). O MTP é a solução para esse tipo de coisa, mas exige o registro do dispositivo ou… Um monte de trabalho manual.

    Na prática, as distros só tem de se adaptar ao fato de que existe mais duas categorias de dispositivos MTP no mundo, chamadas tablets e smartphones, e seus dispositivos também tem de ser contemplados.

    José Ricardo (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 4:21 pm

    É só questão de montar uma regra de udev, se é que alguém já não fez isso. Eu faria em 15min se tivesse um dispositivo desses pra testar. Provavelmente na próxima versão do Ubuntu já vai reconhecer automaticamente os dispositivos.

    spif (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 7:46 pm

    Eu acho engraçado que no Android tudo seja na conta do cliente:

    Se certificar que a aplicação do Market é segura, é do cliente.
    Atualização, é o cliente que faz. Se depender do fabricante, não rola.
    Fazer configuração (somente no Linux), é do cliente.

    Diz aí, qual é a parte do Google? O lucro do Market? O lucro dos serviços deles? O lucro do acompanhamento dos dados dos clientes?

    Só eu que acho isso muito esquisito?

    José Ricardo (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 8:25 pm

    @Spif, O Market e as apps que dão lucro pra Google são opcionais, elas não vem em todo Android, aliás porque são proprietárias. Pega um Coby Kyros por exemplo. Ele só vem com o Android puro, vanilla, só componentes opensource.

    spif (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 8:31 pm

    Eu tenho um Kyros, José. Nada de Opensource lá, são todos componentes duvidosos.

    Rafael Gil (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 9:17 pm

    Só para esclarecer uma coisa: não foi o ics que “perdeu” suporte ao modo mass storage, mas o galaxy nexus que é assim por não possuir slot de cartão sd. O ICS ainda suporta o modo antigo.

    Porfirio (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 9:32 pm

    O suporte correto aos dispositivos MTP que usam o Android, e não ao Android em si, é da conta de cada sistema operacional. Assim como o é o suporte aos vários outros tipos de dispositivo que usam esse protocolo.

    A decisão de usar ou não o protocolo MTP é da conta de cada dispositivo.

    spif (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 9:37 pm

    @Porfirio, isso foi válido para o Windows, já o mac ganhou um aplicativo. O Linux ganhou…. nada.

    Joao Paulo (usuário não registrado) em 12/12/2011 às 9:56 pm

    Quem diria que o Augusto ia virar troller anti-Google. Eu queria entender o poder de lavagem cerebral que a Apple exerce sobre seus seguidores.

    No meu entendimento, lavagem cerebral é algo que poderia fazer alguém pensar que eu escrever no meu blog a minha opinião sobre a complexidade (em um nível que já foi comum em tutoriais de anos atrás) do procedimento descrito acima, exposto em um tutorial sobre acesso a arquivos de um dispositivo, é trollar – e ainda por cima contra o Google, que aparentemente nem tem nada com o pato.

    Não acho que ele fez nada criticável dessa vez – a troca do protocolo no aparelho até me parece bem fundamentada.

    Rodrigo Carvalho Silva (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 9:32 am

    Augusto,

    Te respeito muito, mas eu tive a mesma impressão do Turambar e um pouco da do João Paulo (lavagem cerebral é um pouco exagerado). Talvez a impressão tenha se dado pelos comentários sarcásticos contra o Android que sempre aparecem nas notícias relacionadas ao sistema, mas o fato é que também tive.

    De qualquer forma, eu acho que terem deixado de fora uma opção para continuar utilizando o USB Mass Storage foi um erro. Pelo menos não estão obrigando o uso de um software proprietário específico para poder ter acesso aos seus arquivos.

    Abraço!

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 10:27 am

    O Linux não ganhou um aplicativo porque ele não precisa de um. O suporta o Mtp sem necessidade de instalação de driver algum. O que falta é um simples registro de dispositivo que costuma ser até feito por mantenedores de qualquer distro quando surge um novo fabricante de câmeras digitais, por exemplo.

    Já o Windows precisa de driver.

    Bom, eu comento o que eu acho, e os produtos do Google recebem cobertura aqui tanto quando passam por bons momentos quanto quando passam por momentos nem tão positivos, na minha opinião. E desta vez, especificamente, eu acho que não são eles que estão sob o holofote.

    Spif (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 11:41 am

    Ridículo. O Android dá problema e o pessoal culpa o Augusto que só noticiou.

    Fanboys, menos. O problema ocorre, não é nada inventado.

    Marcos (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 11:56 am

    Não alimentem o hater…digo, o troll.

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 1:24 pm

    @Augusto, pelo eu entendi o que vc. quis dizer e que não é um problema com o Android. Isso, galera, porque:

    a) O MTP é adotado por dispositivos que usam Android, opcionalmente, e não um mandamento imposto pelo SO.

    b) O protocolo MTP é usado a anos, usado em muitos tipos de dispositivos, com destaque para máquinas fotográficas digitais, e bem suportado por todos os sistemas operacionais.

    c) Sem um aplicativo específico que faça o trabalho, ao contrário do que ocorre no Linux, no Mac a coisa simplesmente não funciona.

    Só acho que você exagerou um pouquinho na sua descrição de como a coisa funciona no Linux. Para os interessados, um resumo não poluído e não prolixo é descrito aqui.

    Em resumo: instale um pacote (se a sua distro já não o tiver instalado), rode um utilitário, anote um valor e edite um arquivo texto. Reboot.

    O que eu disse é que a minha referência e comentário são em relação ao procedimento apresentado no tutorial mencionado, publicado anteontem. Não acho que contenha qualquer exagero, os passos mencionados são os que constam nele. Nem acho que seja culpa do Google, ou algo assim, a complexidade dos passos apontados no tutorial em questão.

    Spif (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 3:18 pm

    O Google libera um programa para o Mac OS X (http://www.android.com/filetransfer/), uma plataforma Unix, para ajudar aos clientes dessa plataforma. Isso demonstra respeito e vontade de agradar os clientes da Apple.

    Já para o Linux, existe uma instalação, edição de vários arquivos e depois rezar pra dar certo. Isso demonstra o desrespeito para com a plataforma e como eles tratam os clientes com Linux como pedintes.

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 7:17 pm

    Que eu saiba, para que o protocolo MTP funcione no Linux é necessário criar/editar apenas um único arquivo de regras. Apenas um. O pacote que dá suporte ao protocolo já existe nos repositórios do Linux. Nenhuma necessidade de criar outro. O procedimento a ser feito me parece bastante simples e direto (talvez mais do que o tutorial que o @Augusto achou).

    Acredito que os usuários Linux tenham a fama de serem pessoas inteligentes.

    No Mac, também que eu saiba, não existe meio que permita o acesso MTP ao dispositivo. Além do mais, todo mundo sabe que se mudar a cor da grama, os usuários de Mac passam fome. Criar o app não é vontade de agradar: é necessário.

    Oh, bons deuses… Acho que estou me repetindo. Desculpem-me. Mas de vez em quando é preciso usar o método Teletubbie.

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/12/2011 às 7:21 pm

    Ops!!

    Enviei o comentário anterior e esqueci de postar um link realmente útil para o assunto: http://jornalandroid.com/google-esclarece-novo-sistema-de-armazenagem-no-ice-cream-sandwich/

    Spif (usuário não registrado) em 14/12/2011 às 5:06 am

    Taí exatamente o problema: Eu acho que os usuários de Linux são inteligentes, por isso não vamos nos dar ao trabalho de vender um produto completo pra eles.

    Claro, é mais fácil. Não precisam pagar o custo de criar uma nova aplicação para uma outra plataforma. O pessoal do Linux que crie tutoriais e/ou um método complicado para resolver isso. Quem sabe não criam um “Ícone Mágico” pra isso?

    Ah, esse pessoal do Linux, sempre disposto à fazer o trabalho que o fabricante deveria fazer. Como são inocentes trouxas inteligentes.

    Spif (usuário não registrado) em 14/12/2011 às 5:15 am

    Entrei no link realmente útil apologético sobre o assunto que você enviou (http://jornalandroid.com/google-esclarece-novo-sistema-de-armazenagem-no-ice-cream-sandwich)

    Aproveitei e perguntei lá pra ver se eles tem uma explicação sobre o Linux ter sido excluído nos aplicativos.

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