Como o Google obrigará fabricantes a atualizar seus novos Androids?
Trechos do Gizmodo Brasil:
Uma das revelações mais importantes do Google em sua conferência com desenvolvedores foi a promessa que o Ice Cream Sandwich traz ao Android. Segundo os executivos, eles forçaram todos os parceiros da Open Handset Alliance (ou quase todas as fabricantes que criam produtos com Android) a se comprometer a lançar novos aparelhos que aguentem atualizações do Android por até um ano e meio. Mas será que isso dará certo?
A proposta do Google é ótima para os usuários e visa eliminar a excessiva fragmentação do Android — tirando a linha Nexus, nenhum outro aparelho atual tem a promessa de atualizações. Nós já ouvimos diretores de grandes empresas falando “em momento algum nós prometemos atualizar os aparelhos”. Para isso, o Google bateu de frente com as empresas e as obrigou a darem suas palavras: a partir da data do lançamento, todo aparelho com Android terá de ser atualizável pelos próximos 18 meses.
(…) E como será a reação das empresas caso o Google dê datas específicas de atualização? Esperamos que o Google tome as rédeas, mas tudo depende de como as empresas reagirão ao caso. As notícias devem pipocar nas próximas semanas. (via gizmodo.com.br)
Tinham é que parar de colocar esses mecanismos de tivoização nos telefones, para permitir que a comunidade continuasse atualizando mesmo depois dos 18 meses.
Mas não vão fazer isso. Assim tem como forçar o consumidor a adquirir um novo produto sem necessidade.
Acredito que a pressão seja muito simples de exercer:
a) Enquanto vcs fizerem as atualizações, nós lhes daremos suporte.
b) A partir do momento em que vcs pararem de oferecer as atualizações, podem esquecer de usar a marca «Android».
c) Nós só liberamos o código das novas versões depois de algum tempo, mas quem mantiver o contrato e fornecer as atualizações aos usuarios receberá esse código antes.
Etc, etc…
Maldita obsolência programada! Será que ainda não se deram conta de que um telefone celular bem conservado pode durar até cinco anos?
Tomara que dê certo.
O problema é que as fabricantes precisarão oferecer produtos mais “acessíveis” e que não tem todo o poder de fogo que é necessário para rodar a última versão do Android. Desse modo, todos os Smartphones com Android terão que custar entre R$1,500 R$2.000, mas muitos dos Smarts que as fabricantes vendem, se não a maioria, estão abaixo desse valor, e precisarão ou de um fork do Android ou de outro sistema operacional. Não acho que o Google está errado, até porque ele precisa manter um padrão de qualidade e seu concorrente principal é a Apple. Quem vai ter que se balançar são as fabricantes, ou usa outro sistema (usem Symbiam kkkk) ou forkem-no.
@Copernico Vespucio
a) Seria uma trabalho a mais ao Google, neste caso teria que montar uma equipe responsável para cada empresa, essa foi a próposta também usada no Linux quando disseram que aceitavam fazer contrato de Não Divugação, muitas empresas rejeitaram isso no passado.
b) Então a fragmentação do Android seria ainda maior, como ocorre com a fragmentação da marca Linux, ops Android também usa um kernel Linux.
c) Da forma de como trabalha as empresas, é bem difícil aderirem a isso, parece que o MeeGo trabalha desta forma e só a Nokia e a própria Intel usava (detalhe é que o sistema é até mais estável que o Android além de prover os mesmos recursos nativamente, com excessão do Dalvic).
Coisa esquisita… Penso se eu comprar um SP com Android 1.6 por 500 reais, e daqui 6 meses o Android já estiver na versão 2.3 e esta não rodar no meu SP de “500 reais”, porque eu vou chorar? Ou eu fico com ele até onde ele aguentar ou compro um SP novo!!! É assim que funciona, pois eu mesmo tenho o WinXP rodando a 8 anos e só pude ter atualizações de segurança e de programas. O Win7 pode até rodar nele, mas vai ser um sofrimento só… Além do mais, aparelhos que rodavam o Android 1.6 e sua maioria, foram atualizados para pelo menos o Android 2.1.
Penso que não seja difícil controlar isto. E cada empresa tem direito de usar sua própria personalização. Contanto que não interfira na atualização ou instalação de programas…
Acho que estou é ficando mais bobo a cada dia. Vou esperar e ver no que vai dar…
@Maykon:
A idéia por trás do Icecream é mais inteligente. Quando sistema percebe estar rodando em um hardware inferior, desliga automaticamente os recursos que não podem ser suportados. A mesma coisa ocorre com a resolução e tamanho de tela: a interface muda para a mais adequada para o dispositivo.
Em linhas gerais, é apenas uma forma de unificar a distro mantendo a mesma versão para diferentes tipos de aparelhos sem criar «famílias» de versões. Algo parecido com o que o Ubuntu fez para unificar suas versões de desktop e netbook/notebook.
@tonyfrasouza o problema é que as empresas não estão fazendo sequer atualização de segurança, igual o seu Windows XP recebe até hoje. Atualizações para versões suportadas pelo hardware também não tem. Por exemplo o celular Sony Ericsson Xperia X10 mini suporta até Android 2.3, mas a Sony já anunciou que ele não vai passar do 2.1 . E muitas atualizações com correções de bugs foram feitos da 2.1 para 2.2, fora alguns recursos legais que não exigem mais do hardware, como a opção de instalar programas no cartão SD ao invés de na memoria do celular.
Para quem desenvolve programas para o Android também é ruim, você tem uma serie de celulares que podiam estar rodando pelo menos android 2.0, que estão com 1.5, 1.6, e no final das contas você tem um mercado com Android 1.1, 1.5 , 1.6 , 2.0 , 2.1 , 2.2 , 2.3 , 3.0
Pra ter compatibilidade com todos você tem que programar pra 1.1, oque vai dificultar e limitar os recursos do programa. Diminuir a fragmentação seria otimo para nos que teriamos as atualizações de segurança e alguns recursos novos e para os desenvolvedores que poderiam se concentrar em menos versões do android.
Quem perde é so a empresa que desenvolve o hardware, mas se eles liberassem o source dos drivers bastava colocar na arvore de source do android e a google mesmo se encarregava da atualização.
@Heaven:
a) Não é trabalho a mais, pq a Google já fornece suporte aos licenciados por contrato e já existe pessoal fazendo esse trabalho. Com a quebra do contrato, o suporte é interrompido. Simples…
b) Uma vez que não se trataria mais de um «android» não se pode falar mais de fragmentação, nesse caso. Seria simplesmente um dispositivo usando um SO «invisível» a mais (vc se suspenderia ao saber quantos celulares usam uma versão modificada de linux, por exemplo, e que ele é citado no manual do aparelho em letras beeeeeeeem pequenininhas).
A marca Android já se estabeleceu e transmite algumas garantias ao usuário: disponibilidade de aplicativos, integração com os serviços e a qualidade Google, etc. Abrir mão dela significa perder vendas e ficar para trás.
c) As empresas já aderiram! No momento em que falamos, o Honeycomb é atualizado para a versão 3.1 e os fabricantes de xing-lins ainda não têm o código do 3.0. Os players já licenciados o possuem. Não estar com a Google significa estar para trás pelo menos com um release de diferença. Isso é vantagem competitiva para quem cumpre as regras.
Não vou comentar sua comparação entre a «estabilidade» do sistema da Nokia e o Android. Não acho que vc tenha meios de comprovar sua afirmação e nem eu tampouco de refutá-la.
@Heaven:
Eu respondi vc, mas parece que o meu comentário está «de molho» e eu não sei o motivo.
@Heaven: opa! Olha o comentário aí!
“vc se suspenderia ao saber”
vc se SURPREENDERIA ao saber
@Chato:
Troféu cata-piolho pra vc, meu rapaz! Está coberto de razão. Desculpem a nossa filha.
OPS! Falha.
@Copernico Vespucio
Valeu pelo esclarecimento! Abraço.
Uma vitória
“Quem perde é so a empresa que desenvolve o hardware, mas se eles liberassem o source dos drivers”
Mas eles, em geral, liberam o source dos drivers. Inclusive, isso é uma exigência da GPLv2. Ausência de source não é o motivo da falta de atualizações. O motivo é a tivoização. Apenas kernel assinado digitalmente pela fabricante pode rodar no dispositivo. Tem uma proteção via hardware para assegurar isso.
Então veja, você tem um celular rootável por causa de uma falha de segurança da versão de kernel que foi utilizada pelo fabricante. Agora você pode rootar seu celular graças a essa falha, e modificar todo o userspace dele, inclusive Dalvik e etc. Mas ironicamente, não pode atualizar o kernel e corrigir a falha, porque o kernel é guardado em um lugar especial da memória Flash e assinado digitalmente pela fabricante. Você tem o source de kernel, mas se compilar, não vai bootar pela falta da assinatura. Então, você tem uma falha de segurança que não pode ser corrigida. Da mesma forma que você rootou seu aparelho, uma app maliciosa também pode rootá-lo.
@Copernico Vespucio: sobre a ideia do ice em ser mais inteligente ao ser usado em aparelhos inferiores, é ótima. Espero que os usuários entendam isso.
@anakinpendragon: Obrigado pelo esclarecimento, pensei só em mim usuário, mas realmente deve ser um osso para os desenvolvedores de software, que acabam fugindo e com isso o Android pode ir sumindo aos poucos. E parece que a Google está querendo reverter isso…
Bremm (usuário não registrado) em 11/05/2011 às 8:14 am
_____Maldita obsolência programada! Será que ainda não se deram conta de que um telefone celular bem conservado pode durar até cinco anos?______________.
Mais pura verdade, coloquei o meu Samsung no bolso da caça jeans e coloquei depois a calça para lavar na lavadoura elétrica, quando não achei o celular, abri a lavadoura, peguei o celular, escorri a água, coloquei no sol durante um dia e estou usando até hoje sem falha alguma.
Os celulares duram muito.