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Caros distribuidores: não instalem nada no meu celular sem eu pedir. Obrigado.

Trecho da minha coluna desta semana no TechTudo:

(…) E, na minha avaliação pessoal, os pontos negativos se multiplicam quando se percebe que o distribuidor em questão interpreta seus termos como um instrumento que lhe dá o direito de instalar aplicativos adicionais, independentemente de solicitação ou confirmação por parte dos usuários, quando julgar conveniente.

Ou seja: embora haja transparência dos termos, a amplitude de atuação disponibilizada ao distribuidor é muito maior do que pode parecer a quem adote uma interpretação comedida dos mesmos – e se a interpretação atual dos artigos 2.4 e 5.1 hoje vem acompanhada de uma explicação tecnicamente defensável, ela também é o precedente que pode justificar uma repetição futura em outras condições.

Teoria e prática

A situação do usuário da maioria dos serviços conectados e voltados ao mercado de massa hoje geralmente oferece duas alternativas básicas: renunciar ao seu uso ou aceitar termos de uso projetados para dar amplas liberdades ao fornecedor e restringir estritamente as do usuário. Sobre garantias nem vou comentar, pois o comportamento de reduzi-las a um nível bem abaixo do que o usuário preferiria é praticamente universal – até as licenças de software livre o praticam.

A regra do jogo é esta, mas estou bem mais acostumado a associar este tipo de interpretação ampla dos termos de uso às plataformas que não estão associadas a um rótulo de abertura.

Ou seja: se a disponibilização oficial de centenas de milhares de downloads de rootkits no repositório oficial, seguida de uma instalação não solicitada e nem confirmada de um pacote de segurança tivesse ocorrido na PlayStation Network da Sony, ou na App Store da Apple, eu imagino que até acharia natural: geralmente me parece que é isso mesmo que se espera delas. Mas foi no Android Market, e dali eu realmente esperava algo diferente. (…) (via techtudo.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-03-11

Comentários dos leitores

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    Gustavo Feijó (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 5:18 pm

    Também fico ressabiado com estas atitudes.

    É verdade que a ação foi para “nos proteger”, mas também é verdade que abre precedente para agirem da forma que bem desejarem, instalando e removendo aplicativos quando bem entenderem.

    A vantagem do Software Livre (Open Source) é a sua transparência. Infelizmente nem todos estamos aptos (ou dispostos) a ficar analisando código fonte para verificar a validade das funções incluídas. Neste caso só nos resta confiar na comunidade que “fiscaliza” a validade de tais funções.

    Wallacy (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 6:39 pm

    Acho que não existem muitas alternativas.

    Ou os aplicativos passam por um processo de análise previa, como na AppStore, não necessariamente com tantas restrições, ou você é obrigado a tomar medidas como essa após o sinistro.

    Ainda não vejo um meio termo em um horizonte próximo.

    Patola (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 6:44 pm

    Diferentemente da Apple, o Kill Switch (habilidade de matar/desinstalar aplicações remotamente) do Google é documentado, consta das cláusulas de aceitação de uso e faz parte de uma aplicação que não é parte obrigatória do sistema operacional, o Android Market. Interessados podem pegar o código do sistema (que tem tudo, menos as aplicações específicas do distribuidor e do Google (gmail, market, greader, etc.)) e fazer uma “ROM” alternativa que não contenha o Kill Switch, ou simplesmente desinstalar o Android Market.

    Como todos aqui, eu fico de pé atrás em deixar que uma empresa possa remotamente interferir no MEU aparelho. MAS reconheço que existem usuários totalmente sem noção do que fazem em seus aparelhos – a maioria, provavelmente – e que precisam ser tratados como bebês, pra não comerem pedras ou sujeiras da calçada. Para esses, por mais que me doa admitir, o Kill Switch faz sentido, e não é porque é o Google e não a Apple – esta última não documentou, não advertiu e procura impedir jailbreaks e ROMs alternativas e, claro, não libera o código do seu sistema nem permite jeito fácil de desativar o Kill Switch.

    Copernico Vespucio (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 7:00 pm

    Sem esquecer que o Kill Switch dá a oportunidade interessante de uma avaliação honesta do software baixado antes de comprá-lo definitivamente. Caso queira “devolvê-lo” em 15 min. de avaliação, basta marcá-lo dessa forma para que a Google o apague do seu sistema.

    Interessante é verificar se o recurso é possível apenas sobre os recursos manipulados pelo Market, única situação onde ele faz sentido.

    De resto, em nome da sua própria privacidade, nunca confie em computadores 100% conectados, webmails, computações nas nuvens, etc. Não compartilhe mais do que deveria. Tenha um computador privado e desconectado. E use criptografia ou até mesmo o protocolo DPC-DPL (Disco Para Lá, Disco Para Cá) sempre que isso fizer sentido.

    Guilherme (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 7:49 pm

    @Patola, agora fiquei interessado mesmo, qual app a apple removeu com o kill swith dela? ela só bloqueia o jailbreack assim como as fabricantes tentam bloquear as atualizações do android.

    e concordo com voce, realmente o google tem q tratar os usuarios como bebes, por que assim como eu eles nao querem ter que se preocupar com codigos e resolver tudo a mão. No caso da remoção dos apps foi muito mais benefico que prejudicial. Ponto pro google.

    psicoppardo (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 8:07 pm

    concordo com o texto, não prq ele fala especificamente do caso google, mas por causa das benditas fabricantes que epurram demos, aplicativos inuteis etc.

    Marconi Pires (usuário não registrado) em 11/03/2011 às 9:50 pm

    Durante o carnaval eu acessei a internet via plano TIM WEB, e para minha surpresa logo no primeiro acesso a TIM reconfigurou totalmente o meu Opera Mini: mudou os favoritos do meu speed dial, mudou o buscador para o yahoo etc. Me senti lesado e irritado com isso. Reinstalei o navegador para deletar as configuraçoes da TIM.

    A Apple é uma empresa inovadora desde os primórdios, basta ver a sua história e a enorme contribuição tecnológica, primeiramente com o microcomputadores.

    Contudo, citar apenas o Steve Jobs e deixar o Steve Wozniak de lado é um pecado. O Wozniak foi e é um idealista, o cara é pura tecnologia. Um escovador de bits mas com visão de usabilidade e empregabilidade tecnológica superior ao Jobs e outros ai! O Jobs é marketing enquanto o Wozniak é mão-na-massa. (Wozniak se acidentou, perdeu a memória, a recuperou, vou para a Apple, saiu e agora faz palestras e alguns programinhas).

    Depois de um tempo de glória, a Apple cai no ostracismo, mesmo vendendo ótimos equipamentos que se tornaram CULTs, ou seja, um pequeno grupo de pessoas compravam, embora ganhasse a admiração de muitos. É parecido com filmes cultuados mas que não tem bilheteria.

    Mas o que a Apple fez? Inovou novamente (Ipad, IPhone, etc), após um tempo de mesmice e claro: forçada por resultados. E o que aconteceu? A mesma coisa que no final dos anos 70 inicio dos 80. Um buuuummmmm!!

    Naquela época, aconteceu uma corrida tecnológica de micros onde havia outros fabricantes, outras tecnologias como: IBM-PC, Sinclair e TRS-80 que aliás, muito forçosamente e corruptivamente difundido pela ditadura militar no Brasil (prológica com cp-500 e outros).

    Embora não tivesse a melhor tecnologia, o IBM-PC engoliu os outros projetos de microcomputador por ser um projeto aberto (receio da IBM deste não dar certo) e quase a Apple deixou de existir, se não fosse o mercado norte-americano.

    Nos tempos atuais, a Apple se destaca novamente mas tem um forte concorrente que é a plataforma Android e não parece que tenha espaço para um terceiro. E assim a história se repete, com a Nokia caindo no abismo por falta de visão, o que é uma pena para a saudável concorrência.

    A questão agora será o preço do hardware (tela do lcd + touch). Se as telas baseadas em GRAFENO forem economicamente viáveis num curto prazo, tudo isso muda! Será um outro cenário com outros modelos de negócios. Acabaria as telas LCD fixas e teremos telas dobráveis e ultra-finas com preço extremamente baixo.

    Tudo é uma questão de oportunidade. A Apple achou um nicho de mercado, apostou, inovou, fez o marketing certo e está ai: Em voga! Portanto, cabe aos outros fabricantes acharem o caminho para concorrer! Será que a Nokia vai pedir pra sair e levar para o inferno o windows phone?

    diego cananea (usuário não registrado) em 12/03/2011 às 8:16 am

    Eu nao lembro de ter tido um problema desse com repositorios das distros. Eu acho q o google deve se responsabilizar e responder pelos programas do market. A divulgacao desse backdoor da google, vai atiçar muita gente para explora-la.

    Igor Cavalcante (usuário não registrado) em 12/03/2011 às 2:29 pm

    Caro escritor, pode ficar com seus softwares maliciosos no seu celular!

    Rodrigo Pinheiro Matias (usuário não registrado) em 12/03/2011 às 10:44 pm

    agora entendi pq nao surgiu o br-android.org e só o br-mac.org

    psicoppardo (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 10:48 am

    Caro Rodrigo, o Augusto já deu a explicação dele, coisa que acho muito plausível visto que, o br-mac, abrange todo o universo mac, assim como o br-linux inclui todo o universo linux, android, apesar de muitas críticas ainda é linux, portanto não vejo a necessidade de um br-android, seguindo a linha de pensamento do blogueiro claro.

    O Android até consta no cabeçalho do BR-Linux, é um dos focos de cobertura. Antes de criar um BR-Android, acredito que eu criaria um BR-Ubuntu e um BR-Servidores, se fosse pra fragmentar o site – mas não vejo vantagem.

    Carlos Felipe (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 2:47 pm

    @Augusto Campos

    Pois é, BR-Iphone, BR-Fedora…leigo que é leigo a ponto de não saber da relação Android e Linux e não saber que este site também fala sobre Android fica, infelizmente, de fora.

    Rodrigo Pinheiro Matias (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 3:19 pm

    kkkk one, two, tree fight kkk

    Rodrigo Pinheiro Matias (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 3:20 pm

    não perceberam até hj que so venho aqui alimentar os troll’s

    Rodrigo Pinheiro Matias (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 3:28 pm

    O Augusto pode fazer o que ele quiser nos blog’s dele, desde que ele ache e tenha fundamentação para o que ele vai fazer tenho certeza que ele esta satisfeito com o que esta fazendo, falando do que ele gosta, então não vejo problemas, o que tento mostrar é que este blog vem cada vez mais sendo visitado por geeks mas um tipo de geek conhecido como troll que defende suas ideias como as unicas existentes,

    Vou dar um exemplo eu tenho o dispositivo model (Motorola Milestone) que venho amanda a experiência com ele, ainda não escrevi sobre o mesmo por falta de tempo, mesmo assim venho aqui alimentar os trolls e não podia tirar minha camisa de defender a nokia com suas atitudes, apesar de curti d+ da conta o projeto Qt e o Megoo que ainda não viram realidade, agora o firefox eu defendo mesmo porque infelizmente este navegador ainda é o melhor para quem desenvolve sistemas ditos web, infelizmente porque gostaria de ter mais opções.

    Agora tomara que os trolls não leiam este meu comentário porque é muito engraçados os flames que rolam aqui neste blog.

    self_liar (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 4:08 pm

    Acredito que o augusto tem exagerado em ressaltar o android como um grave problema de privacidade. Sendo que na verdade não é.Sem contar que muitos outros sistemas possuem de forma SISTEMÁTICA o controle do que o usuário faz.

    Na minha opinião ,augusto deveria ter deixado esses desabafos para as maças da vida .Mas não sei não ,eu acho que ele comprou macs e por isso tem agora o br-mac.org.

    self_liar, falando de modo geral, considero um problema de privacidade bem grave o operador de um repositório instalar ou remover remotamente aplicativos, funcionalidades ou conteúdos nos aparelhos dos usuários sem oferecer a eles de forma explícita a opção de escolha ou confirmação da operação.

    Acho isso ruim na Amazon, que removeu livros da memória do Kindle, acho isso ruim no Android Market, que na semana passada removeu e inseriu apps em celulares, e acho ruim no caso do usuário que narrou acima que a operadora de celular desconfigurou seu navegador Opera também forçosamente. Acho também bem negativos para os consumidores todos os Termos de Uso obrigatórios que permitem aos fabricantes e distribuidores esta opção.

    O fato de não ser uma atualização oferecida e confirmada (ou não) pelo usuário torna a questão muito pior, no meu ponto de vista.

    Para comparar: no caso similar do PlayStation 3, em que a Sony removeu a funcionalidade de usar Linux (também péssimo), ao menos o usuário tinha a opção de não fazer o “upgrade”, e continuar usando indefinidamente o que já tinha em seu aparelho. Não que isso seja grande consolação (o ideal seria que ele pudesse continuar a fazer atualizações sem se ver obrigado a abrir mão de uma funcionalidade que lhe foi oferecida, e que a remoção de funcionalidade fosse comunicada de forma bem mais explícita aos usuários no momento do aviso de atualização), mas teria sido muito pior se a atualização chegasse a todos os aparelhos assim que se conectassem à Internet, sem oferecer ao usuário a opção de não realizá-la.

    Acharei igualmente ruim se a Apple forçar a instalação ou remoção de aplicativos nos celulares e tablets de seus clientes, ou se a Microsoft o fizer, ou a Positivo, ou a Red Hat. Quem fez recentemente foi o Android Market, que está bem dentro do meu foco de cobertura, e é natural que eu escreva a respeito.

    O fato de você não ver problema nos casos já ocorridos me surpreende, e o fato de você querer que os outros restrinjam as críticas a pontos que vêem como negativos em algum sistema me surpreende mais ainda, considerando o quanto você pratica o hábito de criticar aquilo que discorda.

    self_liar (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 6:50 pm

    O problema é que você criando um artigo para criticar especificamente o problema da Google faz as coisas ficarem piores. Você deveria primeiramente considerar que este ato que a Google cometeu não é sistemático.Não é todo dia que a Google faz isso.

    No mais,deveria ter feito um artigo mais leve e ver os pesos da Google mais adequadamente .Por exemplo ,ela permite aplicativos livres.Ela também demonstra sinais que não fará isso sistematicamente.

    TALVEZ ,este artigo que você fez poderia calhar quando a Google começasse o tempo inteiro acessar remotamente a máquina do usuário na cara dura.Ai sim seria justificável fazer um artigo desta maneira.

    E mais ,isso é um chamariz para os idolatras da Apple ,pois ela não é normalmente criticada por muitos meios e faz coisas sistemáticas e muito ruins com os usuários. Ela provavelmente rouba dados de muitos usuários ,mas não são citados pelas pessoas e pela dificuldade de saber o que se passa no software proprietário da Apple.

    Inclusive , acredito eu que existiu mais repercurssão na atitude da google do que as ações da Apple e da Sony.

    Sendo assim ,você pondera muito o ato do google,enquanto ninguém critica as atitudes assasinas da apple.

    Não, “o problema”, se há algum, é essa ideia de que expor uma situação que ocorre em desfavor do usuário “faz as coisas ficarem piores”.

    O que eu “deveria ter feito” é o que eu fiz: expor minha opinião e descrever os fatos como os vejo, para quem tiver interesse em lê-los.

    Acho triste e lamentável ver alguém dizer que falar sobre algo negativo só deve ser feito se o ato em questão se tornar repetitivo – não acho que o Android Market tenha alguma habilitação especial para fazer este tipo de coisa uma vez ou outra sem que seja legítima a discussão a respeito.

    Não sei a que “atitudes assassinas” da Apple você se refere, ou que evidências você possui sobre os tais roubos de dados dos usuários que diz serem cometidos por ela, mas acredito que viria a calhar um artigo seu expondo as evidências e demonstrando quem foi assassinado ou teve algo roubado. Se você quiser posso lhe enviar até mesmo os requisitos de formatação do site em que este meu artigo foi exposto, imagino que seus editores teriam muito interesse em publicar um artigo sólido comprovando estes crimes.

    Flavio (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 7:41 pm

    Só uma correção: a Sony obriga que os usários façam upgrade do sistema PS3, sob o risco de alguns jogos não funcionarem, além de não poder usar PSN e PS Store, entre outras funcionalidades.

    Juntando ao que disse acima, creio q vc Augusto pega pesado qdo se trata de criticar o Android.

    Em relação a Apple, ainda não vi crítica alguma no BR-Mac, só amenidades.

    No mais vc é livre para escrever oq quiser, mas deve aceitar as críticas que podem ser feitas aos seus textos.

    Flavio, aceitar críticas é diferente de concordar com o mérito delas. Eu não só aceito as críticas que fazem ao que escrevo, como ainda ofereço os meios para que elas sejam publicadas em meu próprio site. São bem-vindas, aliás. E sempre que posso eu respondo a elas, ao contrário de muitos autores que preferem ignorar o que seus leitores lhes escrevem.

    Sobre a Sony, me parece que concordamos. Eu não escrevi nada em desacordo com o que você mencionou. Mas, repetindo, “ao menos o usuário tinha a opção de não fazer o “upgrade”, e continuar usando indefinidamente o que já tinha em seu aparelho”.

    Quanto ao BR-Mac, você tem lido com frequência? A impressão que me deu é que não.

    Guilherme (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 7:53 pm

    Apoio o @Augusto Campos, por deveras vezes aqui neste blog os comentarios exautam falhas de sistemas proprietarios e minimiza ao maximo os problemas do software livre. Não é assim que se supera algo, não é assim que se cresce, temos que reconhecer as falhas. E a apple é o principal alvo, deus, ela nao fez nada como o google fez, nao tem aplicativos maliciosos na app store e quem quiser trollar que tem poste a fonte que eu me desculpo.

    E o android não tem criticas infudadas sendo postas aqui, são todas plausiveis de provas, e se quizerem que ele se torne a melhor alternativa e cresça sem limite, tem que parrar de cuspir a desculpa de ser livre e exigir melhorias dele. Ta ali o bada, o windows phone 7 que podem começar a concorrer com o android se ele nao se tornar mais seguro, menos invasivo e mais atualizavel, ambas alternativas tem atualizações assim que nova versão chega.

    Wallacy (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 8:28 pm

    Criticar uma falha sempre ajuda, nunca atrapalha… Fechar os olhos para a realidade é que faz as coisas piorarem.

    Como eu disse, não vejo como a curto prazo isso pode mudar, mais certamente não é uma coisa boa. O exemplo do colega com relação a TIM é excelente, odiaria ter meu celular configurado pela operadora só porque ela assim desejou. O celular é meu ou dela? Tanto é que no meu Android (também TIM) já removi tudo que vinha original da TIM (e da Motorola).

    Convenhamos, não é porque o sistema é livre que tenho que me sujeitar a essa palhaçada toda, na verdade, não é justamente para isso que existem os sistemas livres? Para não ficarmos reféns das distribuidoras de software? Quando elas instalam e desistalam o que querem do seu dispositivo isso é sim um problema.

    Uma coisa que não gosto do Android também, é que quando ativamos o GPS ele emite uma mensagem dizendo que sua localização será enviada para o Google, de vez em quando, independente de existir ou não uma aplicação rodando solicitando tal atualização, obviamente isso é para manter os contatos do latitude atualizado, porém seria justo se isso só ocorresse se eu previamente estivesse rodando o latitude.

    Outra coisa, segundo fui informado pela vendedora (e confirmado pelo site da Motorola), com o Motoblur a Motorola tem o poder de ativar remotamente seu GPS mesmo que seu celular esteja bloqueado afim de descobrir onde está seu aparelho. Ora, a funcionalidade faz sentido, se eu for roubado pode ajudar, porém quem me garante que essas informações pessoais não estão sendo usadas sem meu consentimento? Não tenho privacidade no meu próprio telefone?

    Eu amo meu Android, realmente gosto, fiz todos que eu conhecia comprar um, porém pelo andar da carruagem é capaz do iPhone garantir muito mais sua segurança/privacidade que o Android.

    Hugo (usuário não registrado) em 13/03/2011 às 8:43 pm

    Acho importante mesmo é a discussão sobre o tema, uma vez que nada podemos fazer agora para mudar esse caso do android market.

    Muitos criticando que essa abordagem do Augusto possa ter vindo por ter comprado macs, mas acho válida. A discussão foi levantada.
    Pior seria se todos achassem normal e nada se falasse a respeito. Garanto que fez com que um ou outro ao menos parasse pra ler os termos de uso no telefone.

    Mas reafirmo que não acho errado o que o Google fez, uma vez que está “documentado” nos termos e caso desse a opção para o usuário, muitos sem saber do que se trata, continuariam até agora com o malware coletando seus dados. Pode parecer contradição, mas se não foi a decisão mais correta, foi a mais acertada.

    self_liar (usuário não registrado) em 14/03/2011 às 9:29 am

    O problema ainda persiste pois a Google em contrapartida deixa que você altere a situação do seu Android caso aconteça .E se tiver até mesmo intenção ,você pode fazer um Android que nem mesmo aceite Atualizações remotas.

    E isso é uma grande vantagem do Android. Permite que vocÊ faça bem mais alterações no seu sistema.

    Em contrapartida outras empresas destroem essas permissões,mas não vejo muitos fazendo artigos fazendo críticas as atrocidades que estas empresas cometem. Na verdade vejo endeusamento delas e até aceitação ,como muitos por exemplo defenderam a Sony e Apple .

    Não acho que o Augusto não deveria fazer,mas sim que deveria ponderar um pouco mais no artigo .

    E sobre as palavras que eu citei como “assassinas” quis dizer que simplesmente matam a liberdade do usuário.

    Não acho que o fato de uma plataforma ser baseada em softwares livres seja uma carta de isenção para o comportamento do repositório mantido pelo proponente dela fazer o que quiser sem poder ter suas ações comentadas e criticadas.

    Discordo também que cada autor tenha que ficar desfiando um rosário de ressalvas sobre as contrapartidas oferecidas por cada repositório, loja online ou arquitetura, ponderando-as no mesmo corpo de texto, para poder escrever que discorda ou não aprecia algum comportamento dela.

    Interessante perceber que você tem este posicionamento, entretanto. Aparentemente ele não se reflete no material que você mesmo escreve.

    E uma sugestão: quando você perceber que “não vê muitos” escrevendo sobre uma situação, há algo de interessante que você pode fazer a respeito: escrever sobre esta situação, e publicar, ou encontrar quem publique!

    Deve ter bastante sites por aí onde esse tipo de crítica baseada em hipérboles (“assassinato” da liberdade, “roubo” de dados) e desacompanhado de exibição de evidências seja bem-vindo. Mas é pouco provável que tenha algum autor por aí com tempo livre e esperando para ser seu porta-voz assim que vir sua reclamação em comentários sobre o que outros estão escrevendo.

    Wallacy (usuário não registrado) em 14/03/2011 às 2:22 pm

    self_liar,

    Eu não tenha essa liberdade que você disse! Onde está o mecanismo que desabilita a função no core para evitar que o Google me localize sem minha alteração? Ou para remover as modificações que terceiros implementaram na ROM?

    Ele não existe, o melhor que eu posso fazer é colocar um ROM customizada, porém isso até no iPhone eu posso fazer! Em ambos os casos é necessário ser desenvolvedor, ou depender de aplicativos de terceiros para fazer tais modificações.

    Isso é liberdade homeopática, aquela que você sabe que está lá porém não tem acesso de fato a ela. A partir do momento que eu tenho que ser desenvolvedor da plataforma, e depender de terceiros para que eu possa ter a “liberdade” desejada na minha plataforma eu não tenho liberdade alguma.

    Eu por exemplo quero remover essa funcionalidade do meu Android, porém não sei como faz, ninguém até agora desenvolveu um aplicativo para isso, nem nas ROMs customizadas por ai, que por sinal não são compatíveis com meu telefone.

    Livre por livre não significa nada quando o usuário perde a liberdade de escolha. É aquele ditado: “Dá com uma mão e tira com outra”.

    Eu certamente não trocaria meu Android pelo iOS, principalmente por causa da política da AppStore, que limita as aplicações que posso ou não ter no meu smartphone. Porém não estou satisfeito também com toda essa “vigia” no meu aparelho, sem realmente nenhum mecanismo para mudar isso.

    Veja que o Market só pode ser instalado em dispositivos previamente autorizados com o Google, se esses mecanismos de vigia não estiverem presentes, o Google não autoriza. Isso não é legal, basicamente não tenho escolha de ter ou não tais funcionalidades. Isso é sim “assassinar a liberdade” do usuário, pois ela existe só no papel, pois na pratica não posso ter um telefone Android que não dependa das tecnologias Google e do que o Google deseja ou não obter do meu celular, não tenho a escolha de dizer o que deve ou não ser enviado ao Google.

    Guilherme (usuário não registrado) em 14/03/2011 às 2:48 pm

    para completar, na apple voce ainda pode fazer o jailbreak e ter aplicativos que a apple nao permite na appstore, ja no android vc pode rootear o aparelho, mas mesmo assim nao tera como se livrar do rastreamento descrito pelo wallacy… chega a ser surreal um linux ser menos livre que o ios, e os linux fanboys ainda o idolatram cegamente…

    Tony (usuário não registrado) em 14/03/2011 às 5:36 pm

    Guilherme, diferente dos fanboys deste mundão afora eu sou um estudante e amante da forma como as coisas funcionam. Uso Windows, já tive um Apple II (tem que esquecer este tempo) e te digo que o Linux é sim livre, mas as pessoas é que o tratam diferente. Mas, se eu baixo uma distro limpa (considerando suas origens) como o Debiam, Slackware eu posso com todas dificuldades/desafios que me apresentam, determinar tudo e mais um pouco o que pode e o que não pode na distro. Mas, se compro ou baixo gratuitamente um sistema que de certa forma está praticamente todo não mãos deles, aí fica difícil, mais difícil que pegar um Linux em modo texto, configurar sources.list, configurar drivers bcd, etc. e por ele no ponto de bala para um usuário comum navegar na internet em modo gráfico…

    Wallacy (usuário não registrado) em 14/03/2011 às 8:41 pm

    Nossa, cheio de erros no meu comentário…

    Só para deixar claro, não acredito que o iOS é mais livre que o Android, essa afirmação não faria sentido algum, afinal não tenho como afirmar que tais dispositivos não existem também no iOS, apesar de não existir report de tais problemas… Porém o Android está esbanjando funcionalidades contra a privacidade do usuário. E como o próprio post relata, contra o direito de controle das aplicações do que é instalado ou não no mesmo, passando por casos ridículos como o relatado pelo usuário Marconi Pires, com a reconfiguração remota do seu navegador web.

    Acho que no mínimo um botão para habilitar/desabilitar tais recursos seria o ideal, mas isso não existe, e provavelmente não vai existir.

    Guilherme (usuário não registrado) em 15/03/2011 às 12:03 am

    @Tony, desculpe acho q nao fui muito claro, eu nao quiz diser que o linux não é livre, é obvio que é, no momento não uso apenas por que a faculdade me prende a softwares do windows… gosto muito de linux acho incrivel algumas distros como o ubuntu ou mandriva, deliciosamente faceis de usar e se quizer faço magica com eles =)

    mas o q eu não gosto é de afirmar que o android é igual ao linux, pois não é, é cheio de coisas que voce nao pode alterar, é como comparar mac ao bsd…. e ele fuça muito a vida do usuario.

    e quanto ao iphone ser mais livre que o android é claro q não, mas penso que pelo menos algumas coisas a apple tem a favor no quesito privacidade, se bem q posso estar totalmente enganado e tenho um profundo odio das fabricantes do android por nao darem atualizações a ele ^^

    O mais engraçado da self_liar é que ao mesmo tempo que vive repetindo que a “comunidade” é que deve dizer o que uma empresa deve fazer. Mas quando a mesma “comunidade” discorda da opinião dela, a postura vira outra.

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