Canonical na América Latina quer “tropicalizar” o Ubuntu
A nova versão do sistema operacional Ubuntu, baseado no Linux, foca nos serviços gratuitos na nuvem para atingir o público-alvo, cada dia mais sedento por informação e movido pela possibilidade de ter acesso à “biblioteca virtual privada” a partir de qualquer dispositivo, em qualquer lugar. É nisso que acredita o gerente geral da Canonical para a América Latina.
(…) A palavra de ordem dentro da Canonical quanto o assunto é o sistema operacional Ubuntu é tropicalização, e não tradução. A companhia quer, com isso, priorizar as qualidades locais e entender como cada usuário lida com software dentro do contexto geográfico e cultural em que está inserido.
A isso se deve a mudança de interface na nova versão, que pretende deixar a experiência online mais intuitiva. “A gente vai adaptando o que a gente enxerga e mantém aquilo em que a gente acredita como sendo demandas globais”, falou Pretto, concluindo que o trabalho da companhia é entregar a melhor interface possível para o usuário. E lógico, de quebra, fedelizar o público.
Fedelizar o público é transformar o público em fedelhos?
Querem tropicalizar? Basta trocar a mídia por DVD e encher com pacotes que são restritos em países que não tem liberdade de software, como codecs de áudio/vídeo.
A Conectiva fazia isso quando a sua distribuição era um Red Hat traduzido e tropicalizado, trazendo suporte a hardwares vagabundos mas comuns no Brasil, páginas de man traduzidas e muitas outras coisas.
Se a Canonical pretende aproximar o Ubuntu brasileiro do que tínhamos a tempos idos com o Kurumin, estará no caminho certo.
Bem lembrado. O kurumin foi um knoppix tropicalizado e por isso mesmo fez sucesso.
A primeira coisa que poderiam fazer é adicionar na mídia de instalação os pacotes de internacionalização pt_BR, todos os codecs proibidos nos EUA mas que não são ilegais aqui, firmwares proprietários e drivers para placas de vídeo comuns aqui e que sempre dão dor de cabeça.
exatamente! o ubuntu precisava vir com suporte a mp3 em todo lugar, *exceto* em lugares esquisitos que aceitam patentes de software, como eua, japão, etc.
outra coisa seria vir com um cliente para twitter
Uma coisa que faz falta em multimedia, além do DeCss e codecs win32, é um frontend razoável para o mencoder (além dos próprios pacotes mplayer/mencoder em si, distribuídos por padrão, pois caíram no gosto da galera por aqui).
Outra sugestão é já vir com uma lista de modems e serviços de banda larga e outras formas de acesso à internet. Na configuração de acesso à internet o usuário só diria se usa Velox, Speedy, Claro, Vivo, etc e qual modem usa e seria feita a configuração sem perguntar muito.
Usuário típico nunca sabe que tecnologia usa (ADSL, cable modem, discado, 3G, etc) e acha que “configurar a internet” é uma única coisa.
Gostaria muito que alguém da Canonical pudesse ver os comentários acima.
@Clésio, @linuxer e @Porfírio fizeram excelentes sugestões. Acho que uma distro com essas características que vocês citaram faria muito sucesso. Até porque são coisas que nem no Windows existem.
linuxer, pois é! um exemplo de como isto é um diferencial é que no android, aqui no brasil, um dos apps mais populares é o “apn brasil”, que permite ativar/desativar a internet via operadora de celular. ele detecta a operadora (vendo o sim card) e ativa/desativa o apn certo
tem alguns funcionarios da canonical que leem o br-linux (e ficam tb no #ubuntu-br da freenode), imagino que eles eventualmente vao ver =)
@linuxer
“Outra sugestão é já vir com uma lista de modems e serviços de banda larga e outras formas de acesso à internet. Na configuração de acesso à internet o usuário só diria se usa Velox, Speedy, Claro, Vivo, etc e qual modem usa e seria feita a configuração sem perguntar muito.”
Isso já funciona no 11.04 pelo menos, só espetei o modem 3g e abriu um formulario de setup bem simples, selecionei a operadora, e o tipo de conta (3g ou padrao) e vualá, o resto ja estava tudo configurado.
@elias: não sabia desse apn brasil. Vou instalar já! :)
Sim, muitos de nós passamos por aqui regularmente e podem ter certeza que sabemos e sentimos as mesmas dores e a idéia da tropicalização é exatamente minimizar isso.
Cara, ninguém vai corrigir o texto lá em cima não? Aquele trecho que chama os usuários de Ubuntu de fedelhos?
Tropicalizar para americano normalmente significa colocar as cores verde e amarela e alguns wallpapers da Carmen Miranda.
@Allan Taborda dos Santos
Morri de rir já no primeiro comment e não consegui ler os demais!
Tomara que “tropicalizar” não seja o mesmo que trocar acapulco por guarujá :-)