BeOS: O estado atual do Haiku
Enviado por Iuri de Arruda Gules (iuri_gulesΘbrturbo·com·br):
“Com o título “Haiku Could Change the World” há um texto mostrando várias características deste clone open source do BeOS, com imagens, no OSNews. Fala de algumas características distintas que ele tem mas não deixa de comentar suas falhas como sistema. Boa leitura [osnews.com/…]” [referência: osnews.com]
• Publicado por Augusto Campos em
2011-01-07
O jeitão desse Haiku me fez lembrar de quando usava Linux em 1996. Talvez seja um projeto interessante para quem está trabalhando nele, mas para mim, por enquanto, vale a brincadeira.
Pois é, lá no site deles tá rolando a maior discussão, porque uns querem que os programas do Haiku sejam instalados “a la Mac” (eu também prefiro assim); outros querem um gerenciador de pacotes e outros querem algo como a “App Store”. Mas parece que o gerenciador de pacotes ganhou, pois já contrataram alguém para fazer um pro sistema. E eu vou dizer: o sistema não é ruim não viu, esse Alpha 2 seria até usável pra mim como desktop PRINCIPAL se não fosse problemas com meu som (que não funciona, deve ser o driver) e problemas com a iso (um erro que dá na hora da instalação, não deixa ir pra frente). Vamos ver como será a versão R1, talvez eu troque meu Opensuse por ele.
Mas é feio que é uma desgraça, hein?
Deve ser muito bom fazer parte de um projeto assim. Mas sendo sincero, qual a utilidade prática, em 2011 de um S.O totalmente 90′s.
Lembrando apenas que o vice presidente da Haiku Inc eh Bruno Albuquerque, desenvolvedor brasileiro e engenheiro google. Ele foi entrevistado ha algum tempo no Guanacast onde comenta sobre seu trabalho no desenvolvimento do Haiku: http://www.guanabara.info/2010/08/guanacast-87-profissao-engenheiro-google/
@Fernando
O Haiku começou em 2001 como OpenBeOS, se o Linus, os primeiros kernel developers e os carinhas do BSD pensassem assim não criariam os clones livres/abertos do Unix, afinal qual a utilidade prática de um SO tão anos 70?
continua lindão
Umas das vantangens é que sempre foi uma promessa, agora há a possibilidade de ao se encontrar um aplicativo importante ou um nincho ele possa se estabelecer definitivamente enquanto opção para usuários e desenvovledores. Apesar da grade vantagem que já possui quanto ao uso de memória.
O pessoal que fica sugerindo o sistema de instalação de arquivos deve ser nostágico do tudo que poderia ter sido e não foi pois se não fosse o openSTEP, e o estevão, os macs atuais seriam o BeOS…mas aí veio a hitachi, o código aberto e o resto é história….
@Ricardo Carvalho, os SOs que você citou procuraram um diferencial e encontraram um nicho onde os SOs da época não atendiam.
Será que o Haiku vai conseguir o mesmo? Pelo tempo que está sendo desenvolvido e os resultados até agora, não creio.
@Marcos
Concordo, acho que o Haiku será um projeto de hobbyistas, como tem sido até agora, gente que gostava do BeOS ou que simplesmente gostam de brincar com SOs, ou que querem aprender a programar num projeto grande, e não vejo isso mudando por uns 5 anos.
Muitos projetos começam assim antes de virar algo útil para muita gente, alguns nunca vingam, mas seguem com suas comunidades.
O que eu de fato queria dizer é que pra muita gente o legal é desenvolver algo novo, desenvolver um kernel que boota é projeto de férias para alguns, tentar juntar um sistema maior exige mais tempo, e provavelmente mais pessoas, mas raramente eles surgem com o motivo de tentar dominar nichos, se isso acontece é outra história.
@ Marcos,
Lembre-se que o Haiku nunca prometeu nada (até onde eu sei). Tão somente o programador principal quer provar que hoje seria possível (do Linux, inclusive) ter-se um sistema operacional relativamente simples e voltado para multimídia.
Não vou dizer que o Linux irá conseguir atingir isto com o PulseAudio, mas o Wayland é uma ótima promessa.
Em tempo: quando o Haiku suportar corretamente a minha placa de vídeo e a resolução nativa do meu monitor, vou colocá-lo em dual boot. Até lá, vou continuar rodando ele em uma VM.
O legal do Haiku é que existe, em seu desenvolvimento, alguma preocupação com “engenharia de software”, coisa que não existe no Linux, que é feito a trancos e barrancos.
O Haiku é extremamente rápido, de uma maneira que parece impossível para os SOs de hoje.
Pra quem reclama da falta de aplicações, saibam que o QT já foi portado pro Haiku. Até o KDE já funciona nele. Ou seja, toda e qualquer aplicação em Qt puro já funciona no Haiku, inclusive usando a toolkit nativa. Eu mesmo tenho num “haikuzinho” virtual o Arora, o Qt Designer…
Aqui comigo só consegui rodar o Haiku bem no qemu. E, mesmo no Qemu, ele é tão ou mais rápido que o sistema que tenho instalado no meu note, que roda o qemu. Boot quase instantâneo, aplicações que abrem rápido, recursos como alpicações 3d sem aceleração por hardwaer funcionando a mil… Enfim, se um dia o Linux acabar, espero que seu substituto seja o Haiku.
Cada povo tem o SO que merece.
Bem que a Google poderia dar uma bela ajuda ao projeto e remoldar o ChromeOS sob o Haiku.
Eu continuo achando que o Chrome OS deveria ter sido baseado no Haiku, devido a forte herança focada em multimídia do sistema oriundo do BeOS, mas…A obssessão do Google por um um sistema em Nuvem sem aplicativos para desktop razoáveis foi a preferência.
Já usei o Beos original em um pentium 2 266 com 64MB de RAM e ele “cantava” que nem o windows em um pentium D 2.8 com 3GB de RAM.
Espero que o Haiku continue e atinja a maturidade.
@bebeto_maya, acho que a questão da escolha do Google foi pra aproveitar os drivers já existentes pra Linux. No Haiku os fabricantes teriam que desenvolver drivers nativos pra ele.
Bom, opinião minha.
Deixo uma dica aqui: um dos desenvolvedores do Haiku criou um curso de C++ voltado para a programação do SO. Apesar de ser em inglês, a linguagem está bem didática, e em poucas lições ele passa todos os conceitos de Orientação a Objetos e manipulação de APIs que um iniciante precisa saber para ajudar no projeto.
As lições podem ser acessadas pelo site oficial do Haiku ou no site pessoal do autor.
É interessante que, segundo a matéria, ele ainda não tem suporte a multiusuários. Será que sua utilização é como em um certo sistema, onde somos root o tempo todo?
@André Machado,
Sim, o Haiku se utiliza como root o tempo todo. Infelizmente o sistema não tem muita preocupação com segurança, ao menos por enquanto. Os desenvolvedores chegam a alegar que “quem não tem por que ser invadido não precisa se preocupar com ser invadido”.
Tirando isso, é um excelente sistema.
Só não sei a qual “certo sistema” você se refere. Se for o Windows, ele já pode ser usado sem ser como administrador há cerca de uma década.
http://dev.haiku-os.org/wiki/FutureHaikuFeatures
Lá no final da página mostra multiuser como algo pra ser feito depois do R1 ou no R1 só se estiver pronto. E se não me engano isso foi perguntado para os usuários se deveria ou não ser implementado na versão R1.
Pow sei lá mas essa parada de comparar o desenvolvimento do linux(kernel) com o haiku (kernel+um monte de kits) é meio palha. Imagine se o Linus tivesse que se virar pra fazer, além do kernel, todo o que o projeto GNU fez. Nem sei se ia dar muito certo. E olha que o pessoal do haiku tem que fazer coisas como o mediakit (parece com o phonon do kde) e outros programas parecidos só que pra outras áreas. São coisas bem diferentes pra ficar comparando assim. E se vai fazer sucesso como o linux (ele é um sucesso?) só o tempo vai dizer.
Bom, quanto a não ser multi usuario ou todo mundo ter permissão de root, acredito que vai do foco que o SO quer ter, não vejo como ponto negativo.
Sistema monousuário é muito mais simples de se projetar, talvez pela equipe ser pequena, eles tenham uma mais modesta, o que não significa que o sistema como um todo seja simples.