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Atualização de aparelhos com Android: Sony e Motorola dizem a razão do prazo

Via gizmodo.com.br:

O silêncio das empresas  envolvidas com o Android — Google, fabricantes e operadoras — sempre tornou a discussão sobre atualizações mais incisiva. O Google anuncia uma nova versão, as pessoas querem a versão em seu aparelho, as fabricantes demoram meses para atualizar. Mas agora, com a iminente chegada do Ice Cream Sandwich, Sony Ericsson e Motorola decidiram expor com detalhes o processo de lançamento de uma atualização do Android.

O discurso das duas empresas — que postaram textos semelhantes com poucas horas de diferença — é parecido: o processo se estende na hora de adaptar o sistema a diversos tipos de hardware, as fabricantes de processadores (Nvidia, Texas Instruments, Qualcomm) precisam adaptá-lo também e, como era de se esperar, as fases que demandam mais tempo são as de “adaptação de conteúdo” do sistema para as skins dos fabricantes e das operadoras. Elas, inclusive, ainda precisam aprovar a versão do sistema, o que pode demorar meses. (…)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-12-09

Comentários dos leitores

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    Spif (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 8:13 am

    Estranho, quando eu lí dizia: “mimimi nós demoramos por que estufamos os smartphones de crapware mimimi não entendemos como smartphones funcionam mimimi”

    Jacques Marques (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 8:13 am

    Eu sei bem como isso pode ser demorado, tenho um Sony Xperia X10 e até hoje não foi atualizado para o Android 2.3 e agora recebi um e-mail dizendo que tenho de enviá-lo para a assistência técnica para fazer isso…

    Ou seja se os drivers dos dispositivos fossem livres, bastaria recompila-los para a versão mais nova do android, mas eles não são. Se não enchessem de porcaria o Android e entregassem ele do jeito que nos queremos, ou seja igual a google lançou e sem aplicativos que não queremos da fabricante e da operadora para comer memoria e bateria desnecessariamente, sem esses dois problemas provavelmente poderiamos ter um google update diretamente da google e atualização do nosso celular enquanto o processador/memoria suportassem.

    Lauro César (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 9:53 am

    O primeiro problema vai ser difícil de resolver, ou vc imagina a Nvidia, Samsung ou outras fabricantes abrindo seus drivers e expondo seus “segredos”? O segundo é um problema, mas ao mesmo tempo é uma das vantagens do Android: você tem opções de interface e as opções muitas vezes acabam revertendo ideias e novas funções para a original (vide funções que eram do HTC-Sense e hoje fazem parte do ICS). Enfim, para qq lado que formos sempre encontraremos pontos positivos e negativos, mesmo em plataformas totalmente fechadas como do IOS.

    Otávio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 11:16 am

    Conversa para boi dormir. Concordo plenamente com o Spif.

    A prova disso é a comunidade das roms alternativas como o CM, que como exemplo o meu Atrix, já está na 2.3.5. Enquanto isso a Motoenrola está na 2.2.2. Porque o time da CM consegue e o time da Motoenrola não?

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 11:24 am

    Bem, pra começo de conversa porque as atualizações do CM não terão clientes insatisfeitos fazendo reclamações e devolvendo produtos. CM é “por sua própria conta e risco”, atualizações da fabricante não são.

    O time da Cyanogem pediu um mínimo de 3 meses para ter o ICS rodando com qualidade suficiente em um único modelo. Atualmente, o Mod não roda perfeito em nenhum aparelho.

    Por outro lado, o tablet Novo7 já roda ICS corretamente, com qualidade de produção. Parabéns para os chineses. Mas, porém, todavia, portar o sistema para um dos processadores no qual o sistema já foi testado, aliado a componentes “genéricos” é um tantinho mais fácil.

    Kombi Rangers (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 11:35 am

    É, “clientes insatisfeitos fazendo reclamações e devolvendo produtos” parece mesmo ser uma característica dos produtos mencionados q o Cyanogen não compartilha.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 11:53 am

    Na verdade sim, @Kombi… “Meu procedimento deu errado – será que fiz alguma #@%? – e o aparelho não dá mais boot. Vou mandar pra assistência técnica.”

    É só procurar nos fóruns da vida.

    Kombi Rangers (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 12:05 pm

    Agora tá claro. Pro Porfírio das 11:24 isso não aconteceria, mas pro das 11:53 isso “na verdade” acontece.

    Davi Dalben (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 2:26 pm

    Caso claro é o do Defy, que vem com Android 2.2. O Defy+ (que tem processador ligeiramente mais rápido – 1 Ghz contra 800 MHz) vem com o 2.3. Só que alguém pegou a ROM do Defy+ e baixou no Defy e conseguiu adaptá-la perfeitamente.

    Hoje tenho um Defy modificado para Defy+ com overclock para 1 GHz sem nenhum problema. Mas se a Motorola fizesse isso por sua conta, quem compraria um Defy+, que é mais caro?

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 2:44 pm

    Pro @Kombi das 11:35hs, que parecia estar sendo irônico, eu falei o que pode acontecer quando um leigo se mete a instalar uma versão qualquer de ROM personalizada sem se informar direito, sem tomar os devidos cuidados e sem mesmo saber se a ROM que ele escolheu é adequada ao dispositivo dele.

    O que de fato acontece e é muito comum, aliás. Daí o destino desse pobre e sofredor aparelho é sempre a assistência técnica.

    Não dá pra “devolver” o aparelho pro desenvolvedor da ROM, nem reclamar dele no PROCOM.

    É exatamente esse tipo de problema que NÃO PODE acontecer com uma fabricante. É por isso que o tempo extra, ou até a negação de atualização de um determinado aparelho, se justificaria. Imagina se o seu aparelho é atualizado automaticamente e… alguma coisa para de funcionar? Escândalo na certa.

    Então minha posição como cliente é: leve o tempo que levar com essa atualização, mas faça direito…

    Kombi Rangers (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 4:57 pm

    Fica a dica pra Motorola: se quiser parar de ficar abaixo da média na pesquisa de satisfação do consumidor de smartphones, é só encontrar mais consumidores porfírios. Pra eles, a o tempo extra e a negação de atualização se justificam, e a atualização pode levar o tempo que for.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 5:18 pm

    E do contrário, se a Motorola quiser ficar na boa com a satisfação dos clientes, basta encontrar mais usuários @Kombi:

    Faça a atualização nas coxas e de qualquer jeito. Esses usuários não se importam com piscadas verdes esquisitas na tela e periféricos que não funcionam, desde que tenham a atualização mais cedo.

    Spif (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 5:27 pm

    Davi tem um ponto quando ele fala:

    “Hoje tenho um Defy modificado para Defy+ com overclock para 1 GHz sem nenhum problema. Mas se a Motorola fizesse isso por sua conta, quem compraria um Defy+, que é mais caro?

    O problema é que os smartphones com Android são vendidos como Dumbphones. Isso é o ridículo motivo que tantos telefones são abandonados. Não só a Motorola, como a Samsung insistem nessa prática.

    É por isso que você, que já usa um Android, pode comprar um N9 sem medo de ser feliz. Device que não é atualizável, por device que não é atualizável, tanto faz.

    É por isso também que a Apple atualiza uma média de 3 vezes cada smartphone dela. Logo, eles tem uma vida útil muito mais longa que o Android médio.

    Na minha opinião, isso é um problema de modelo do android. O Google terceiriza tanto que o sistema deixa de ser inteligente.

    Kombi Rangers (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 5:32 pm

    Eu não quero de má qualidade, quero bem feito e rápido ou, no mínimo, em um prazo que não se conclua meses depois da chegada do software em outros aparelhos. Ainda mais se o fabricante do sistema operacional chamar ele de open source.

    Não é porque você diz que se contenta com um padrão inferior que deve esperar que os outros também aceitem qualquer migalha. E a satisfação dos consumidores com os smartphones da Motorola mostra que eles também tem expectativas que não estão sendo atendidas.

    Eu acho que a Motorola e a Sony podem demorar quanto quiserem, elas investem de acordo com o nível de satisfação dos clientes que esperam gerar, e colhem o fruto disso, que talvez seja a satisfação abaixo da média, fato previamente divulgado e que alguém acima já mencionou, mas provavelmente também envolve chegar a lucro operacional.

    Afinal sempre haverá quem compre, se outras variáveis forem ajustadas corretamente, assim como sempre haverá alternativa para quem chega a se importar com isso. Por exemplo, no que diz respeito ao prazo para disponibilização, há fabricantes com outras estratégias de atualização, lançando versões para aparelhos lançados anos antes no mesmo dia da disponibilização para os mais recentes. Opções e alternativas não faltam, e claro que a Motorola e a Sony fazem de maneira consciente suas escolhas estratégicas quanto ao nível de satisfação do consumidor que elas desejam atingir.

    Mas vendo a discussão eu lembrei de uma notícia sobre uma previsão do Gizmodo lá no distante mês de outubro: Ice Cream Sandwich não fará parte de sua ceia de Natal. Começava assim: “A não ser que você compre um Galaxy Nexus, claro. Além dele, tudo indica que a espera será semelhante ao que aconteceu com versões anteriores do Android: demora, tensão, discussão entre operadoras, fabricantes e Google. Por que achamos isso?”

    Na época houve bastante reação (não só aqui no BR-Linux) negando a previsão e dizendo que era absurdo imaginar que os fabricantes não atualizariam suas linhas em novembro e dezembro, mas aparentemente para os fabricantes mencionados a questão é bem assim mesmo: quem quiser upgrade suportado precisa esperar os meses correspondentes ao investimento em celeridade que o fabricante resolveu dedicar a quem já pagou pelos seus aparelhos.

    spif (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 6:21 pm

    Isso que não entendo: Por que os clientes dos fabricantes de Androids são tratados como pedintes?

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 6:44 pm

    Se nos concentrarmos na solução ao invés de no problema, temos os seguintes desafios:

    a) Para qualquer fabricante número de modelos legados a suportar é sempre bem maior do que o número de modelos novos que já virão com o novo sistema. E esse número de legados aumenta a cada dia.

    b) Os aparelhos, mesmo que do mesmo fabricante, estão muito longe de terem o mesmo padrão.

    c) O desenvolvedor do sistema (Google) adota uma ferrenha política de neutralidade (justificada, frente ao cenário) e não pode (ao menos, não poderia) avisar apenas os fabricantes mais evidentes com antecedência, antes de fazer o anúncio público. Depois do anúncio público, todo mundo quer a nova versão.

    d) O desenvolvedor do sistema (Google) não tem a responsabilidade de homologar o sistema com todos os hardwares usados pelos fabricantes: isso é e tem de ser responsabilidade deles.

    Algumas não-soluções para o problema:

    a) Padronizar uma única arquitetura para todos os aparelhos. Isso ainda nos deixa com o problema dos legados, claro.

    b) Padronizar os periféricos.

    c) A Google passa a nova versão para os fabricantes mais visados “na surdina”, antes do público saber.

    As opções a) e b) simplesmente acabariam com a diversidade no ecossistema Android, uma das coisas mais legais que ele tem.

    A opção c) atrairia as mais duras críticas à Google, por privilegiar determinados fabricantes em detrimento de outros (existem muitos fabricantes, inclusive fora da tal da OHA).

    Será que podemos comparar com outros projetos open-source? Quanto tempo as distribuições Linux, por exemplo, levam para lançar uma nova versão, depois que o Linus libera um novo kernel?

    Não, acho que não dá de comparar o Android com projetos open source na forma mencionada – os desafios entre eles são completamente diferentes, assim como os calendários envolvidos, as eventuais relações com consumidores, etc.

    De todo modo, a solução existente no momento já está escolhida, e a Motorola e a Sony as explicaram com detalhes: o consumidor que deseja o upgrade suportado por elas aguardará meses.

    Spif, o nível de satisfação do consumidor que se deseja alcançar é uma decisão estratégica e cada empresa a toma de maneira diferente.

    Ramos de atividade costumam ter patamares típicos (pense no que se espera de call centers de empresas de telefonia ou de companhias aéreas), e às vezes há serviços “Premium” ou superiores, oferecidos a todo o conjunto de consumidores de algum fabricante que deseja se diferenciar assim, ou apenas a uma parcela dos clientes que pagam pelo privilégio.

    A Motorola e a Sony agem de acordo com a satisfação que estão dispostas a gerar nos consumidores que esperam essa atualização nos aparelhos que já compraram.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 7:26 pm

    @Kombi, “bem feito e rápido” nem sempre é possível. Mesmo se você juntar 9 mulheres grávidas, ainda assim não terá um bebê em apenas 1 mês.

    Se a plataforma Android optar por seguir o rumo que está seguindo – atualizações com grande quantidade de features novos, grande diversidade de dispositivos, preços e fabricantes, manter a possibilidade de qualquer um que deseje criar um dispositivo movido a Android fazê-lo sem precisar consultar a Google para isso – há um preço a pagar. E esse preço é que, no mínimo, atualizações para dispositivos mais antigos demoram, pelo que estimo, no mínimo 3 meses para chegar.

    Ou isso ou devemos nos conformar com atualizações pífias, como a do iPhone4S. Ou nivelar o hardware para baixo como as iCoisas.

    Eu não tenho certeza se entendo essa demanda excessiva por atualizações. Se os softwares mais novos se recusassem terminantemente a rodar nos dispositivos mais antigos, isso ainda se justificaria. Mas não é o caso. A grande maioria dos desenvolvedores sempre se preocupam com compatibilidade.

    A única coisa que posso pensar é que bate uma inveja do sistema novo rodando nos aparelhos novos. Mesmo isso parece sem justificativas pra mim.

    Por exemplo, se o meu Galaxy 5 fosse atualizado amanhã para o ICS, nem por isso eu teria nas mãos um “Galaxy Nexus em miniatura” da noite para o dia. Eu teria um visual bonitinho, mas a câmera não necessariamente iria conseguir bater fotos panorâmicas em velocidade relâmpago, eu não teria Beam/NFC, ele não necessariamente ficaria mais rápido, os jogos mais exigentes não iriam rodar melhor e um monte de outros recursos novos que dependem do hardware mais atualizado.

    Pra ter tudo novo na crista da onda, ao menos enquanto não temos aparelhos nanotecnológicos cujo hardware se atualize sozinho, só comprando o novo modelo.

    Eu prefiro meu aparelho funcionando tão bem quando como eu comprei e, quando houver garantias de que ele vai continuar assim após a atualização, eu atualizo.

    O que me atrai nas ROM personalizadas não é a possibilidade de atualizar antes de todo mundo e sim as features que não existem na versão do fabricante.

    Pra mim o importante é saber que a atualização vai chegar, estendendo o tempo de vida do meu aparelho. Mas pra mim perfeição é mais importante que velocidade.

    Kombi Rangers (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 8:12 pm

    Nem sempre é possível, mas mesmo quando é viável se torna impossível quando o responsável opta por não fazer.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 9:27 pm

    … O que abre uma possibilidade de vantagem competitiva para o fabricante Android que conseguir um jeito de agilizar suas atualizações. Essa é a vantagem de um ecossistema variado: sempre tem concorrência e onde há concorrência existem opções.

    Kombi Rangers (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 9:37 pm

    É mesmo. Tem alternativas com melhor resultado de satisfação do consumidor, e pra quem escolheu um fornecedor que acha normal demorar meses pra atualizar, sobra o consolo de poder escolher melhor na próxima.

    Bremm (usuário não registrado) em 9/12/2011 às 10:31 pm

    @Porfírio

    Tua uĺtima frase de abertura foi sensacional! Em nove meses o cara vai ter quatro duplas de vôlei de praia e mais um árbitro. :-D

    @Todos

    A Acer deve liberar o ICS em janeiro para o A500/A501 (talvez para o A100 também, não sei ao certo). Sobre a Samsung, não imagino que sejam tão rápidos, até porque provavelmente o Galaxy 5 não deve rodar o ICS (no máximo o Gingerbread, sem “colocar os bofes para fora”).

    A Acer tem uns telefones bacaninhas rodando Android (em termos de desenho), mas não me informei muito sobre modelos e características. Talvez eu peça que alguém traga um da UE para cá (pois lá o preço não é abusivo como aqui no Brasil).

    (parece até que estou ganhando comissão para fazer propaganda deles)

    Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 10/12/2011 às 9:51 am

    Um artigo bem velho, mas a razão do porque não existem quase drivers livres: http://www.raelcunha.com/blog/?post=19

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