Sobre os acontecimentos na Associação BrOffice.org
Claudio Filho, presidente do conselho da questionada associação criada para representar formalmente o BROffice, e autor da carta pública que colocou este tema em discussão há duas semanas, escreveu novo texto apresentando detalhadamente sua visão sobre a situação.
O novo texto fala longamente sobre a comunidade, a associação, iniciativas, transparência e outros temas. Começa assim:
Antes de tudo, a comunidade e o produto BrOffice/LibreOffice SÃO INDEPENDENTES da ONG, pois o desenvolvimento é único e distribuído dentro do projeto internacional, e a comunidade brasileira está cada vez mais presente no seu meio e isso NÃO AFETARÁ a evolução do produto ou a sua adoção no país. Todos continuam podendo usar esta incrível ferramenta livre de escritório, seja no sistema operacional que for, e para todos os usos (institucional, doméstico ou educacional).
Devido às diversas postagens em sites nacionais, blogs e listas sobre a “degradação” do projeto BrOffice no Brasil, cabem aqui meus esclarecimentos como presidente da ONG sobre o desalinhamento entre a visão da comunidade (que também é a minha) com a visão do conselho da organização e para isso faço uma contextualização inicial.
O desalinhamento hoje apresentado sobre a condução da ONG não é novo, acontecendo há muitos anos, mas assim mesmo sempre busquei unir forças para ver o projeto crescer, integrando todas as suas partes. Hoje penso que pode ter sido um equívoco de minha parte e poderia ter me esforçado menos para isso.
É importante deixar claro o objetivo da Associação BrOffice.org quando foi constituída: apoiar a comunidade de software livre. Isto está em seu estatuto. A princípio, a condição necessária para ser um associado era de pertencer a uma comunidade de software livre e ter “pontos” dentro dela, através da meritocracia. No entanto, disseminar e divulgar as políticas da associação parece ser de interesse de alguns somente. Os novos associados foram trazidos praticamente por mim, com pessoas de diferentes comunidades, como a do PostgreSQL-BR ou Debian Brasil, além do pessoal do BrOffice e software livre em geral.
Em seguida, é preciso saber quem são as pessoas. O Conselho Administrativo é composto por (…) (via broffice.org)
O BR-Office tá parecendo com a Libia.
Agora parece que o negócio ficou suficientemente claro.
Na pior das hipóteses, caso a verdade seja exatamente como o Claudio descreveu, a situação é mesmo absurda. Na melhor (caso alguém do conselho consiga apresentar uma contestação clara e convincente), apenas a questão da falta de transparência já seria suficientemente alarmante e justificaria uma profunda reformulação na maneira como as coisas têm sido levadas.
Sou usuário Open/BrOffice e divulgador do mesmo. Bom saber que gente de bem quer transparência e sucesso para o projeto, e não somente $$$ que o projeto possa render. Claudio é merecedor do meus parabéns pela coragem e idealismo.
Deixo aqui meu apoio ao Cláudio e demais membros da comunidade BROffice.
Até porque a alguns anos eu conheci e participei de um treinamento realizado pelo Sr. Olivier Harold e entre uma conversa e outra com o mesmo, ficava bem clara a sua visão sobre Software Livre (bem diferente da minha e acredito bem diferente da grande maioria do simpatizantes desta filosofia) e vendo toda esta situação e claro alinhando as lembranças do passado, entendo perfeitamente a situação do Cláudio.
Disto só posso imaginar o seguinte, os verdadeiros membros da Comunidade sempre trabalharam por prazer e nem se preocuparam com questões financeiras e de mercado (não que isso seja errado, ter interesses financeiros é bom, pois ajuda, o problema é ter interesses não éticos) e cometeram o erro em deixar o conselho administrativo nas mãos de pessoas (supostamente) com uma filosofia distorcida.
Torço para que os associados da comunidade formem uma nova diretoria da Oscip e que seja idônea, e claro que a primeira medida seja a contratação de um secretário administrativo (pessoa profissional e que desempenhe suas funções administrativas para seus patrões, a comunidade), pois infelizmente questões administrativas em regra geral para nós (quem lida com TI) é uma deficiência.
Boa sorte e que tenham sucesso nesta convenção.
CLAUDIO,
VAI COM DEUS MEU IRMÃO, chega de FLAMERZINHOS idiotas e vira homem cara,
o negocio agora é : LIBRE-OFFICE e NÃO BROFFICE.
Vê se cresce um pouco entre na correnteza cara, sou dono de lanhouse e não quero maquina minha nenhuma com BROFFICE, só aceito LIBRE-OFIICE e em pt-br.
Adeu Claudiu, mas adeus mesmo.
PESSOAL PRA DE FAZER POLÍTICA E VAI PROGRAMAR!!
O QUE O OFFICE-LIVRE PRECISA É GENTE PROGRAMANDO.
AO INVÉS DE POLÍTICA DE EU EU EU REPRESENTO. VÃO PROGRAMAR, INSTALAR, DAR CURSOS, VAMOS AO TRABALHO.
Como diria o Galvão:
“Acabou!!! Acabou!!! É treta! É treta!!”
@Marcos Sato, vai lá e baixa o LibreOffice em pt-br. Depois de instalar você vai ver que tá tudo nomeado como BrOffice. Cara, o BrOffice É o LibreOffice.
eu sou um dos que se filiam às posições do claudio, faw e demais, mas sempre me incomoda o personalismo com que trata suas comunicações.
Olá
Só quero ver o que vai sobrar do BrOffice.org depois desta Assembléia.
Porque o outro lado não se manifesta.
Pelos menos para informarem que são inocentes.
Cuidado Claudio Filho.
Abraços
Deusdará
Recomendo a todos que estejam torcendo pelo Claudio e pelo futuro do BrOffice que se inscrevam na lista de discussão da COMUNIDADE:
https://listas.broffice.org/cgi-bin/mailman/listinfo/gubro-br
Estamos precisando de gente e de apoio nessa hora negra da história do BrOffice
Rogerio Luz Coelho – Grupo de Documentação LibreOffice/BrOffice.
Bom, falta ouvir o outro lado pra poder tirar conclusões.
Nunca achei errado ganhar dinheiro com software livre, nem o Stallman acha. E minha experiência de vida mostra que quem quer se fazer de mártir a história fica mal contada.
De qualquer forma, o Libre/OpenOffice é muito maior que eles, não vai fazer diferença no projeto maior.
Que resolvam entre eles
Sabe onde está o nó da questão?
No conceito de software livre da FSF.
http://softwarelivre.org/portal/o-que-e
@Luiz Marins,
não entendi seu comentário, fui ver no seu blog e achei o post sobre a mesma questão. E continuei não entendendo. Onde você vê problema no conceito?
“É fácil perceber que a FSF não aceita o free-proprietário como software livre, não por que tem o código fechado, mas por que não pode ser vendido e assim não gerará contribuições… $$$.”
1- Claro, gratuito-proprietário obviamente não pode ser livre, pois é fechado… por conceito! Seria absurdo o contrário! Como você queria que pudesse ser considerado livre tendo código fechado, independentemente de qualquer outro aspecto?
2- Soft Livre pode ser vendido como também pode ser gratuito; o ponto principal é que mesmo que seja vendido, você – se preferir- continua podendo obtê-lo da mesma maneira (e legalmente) por meio de qualquer tipo de cópia! Estando sob licença livre, o código fonte ESTÁ disponível para qualquer um. É você quem tem a liberdade de escolher o caminho para obtê-lo (pagando ou não) e não o fornecedor. Não há o menor problema quanto a esta questão. Se for isto, veja o exemplo RedHat x CentOS. E mesmo assim, é quase sem sentido e raríssimo vender “o” software; na verdade o que se vende são funções ou serviços adicionais que agregam determinado valor, o que é perfeitamente justo.
3- Freeware proprietário não pode ser vendido porque assim está definido na sua licença. Isso não tem relação nenhuma com o Software Livre. Banana não é laranja e laranja não é banana.
4- “não gerará contribuições… $$$”.
Aqui não tem como entender mesmo. Não gerará contribuições para quem? Para o autor não pode ser, pois o que se entende é que seu “ponto” é defender o freeware proprietário como “Livre”, e aquele é gratuito por definição. Então só resta que seria para a… FSF???!! Será possível que você acredita que “vender Software Livre” transfere algum $ para a FSF?!?!
5- O que isso tudo tem que ver com o caso do BROffice.org?????
Ninguém está aqui para fornecer software gratuito de qualidade para você nem para ninguém. Ao contrário, o Software Livre que você usa só está aqui porque há pessoas que se preocuparam e se preocupam em primeiro lugar em garantir A SUA LIBERDADE, incluindo a de usar software gratuitamente ou não. Se a sua intenção primordial é usar e disseminar o uso de software gratuito, não confunda tal posição com a defesa do Software Livre, pois são coisas absoluta e totalmente independentes uma da outra.
Eu uso alguns softs proprietários, alguns por opção e outros por falta dela. Mas não gosto; preferia que pudesse ser tudo livre. Cada vez que uso um soft não-livre estou abdicando da minha liberdade de fazer o que quiser com ele, e estou da mesma forma colaborando para que VOCÊ também a perca.
Esse negócio continua blá, blá, blá demais.
Espero que terminem com esse BROffice agora que a marca virou LibreOffice.
Aguardando ansiosamente pelos próximos capítulos com um lenço na mão… *chuif*
“Cachorro que tem dois donos, morre de fome”