Rede de farmácias do RS anuncia migração para Linux
Texto do Baguete, enviado por Marco (marcodefreitasΘgmail·com):
No novo modelo, pensado desde o final de 2010, trocam-se máquinas e sistema operacional: sai Windows, entra Linux.
Máquinas da Positivo Informática completam a solução, que envolve o uso de dois equipamentos em cluster com um sistema operacional Linux desenvolvido pela própria TI da Maxxi, em parceria com a gaúcha E-projeti, instalada no Unitec, em São Leopoldo.
Segundo Diogo Santos, gerente de TI da Maxxi, serão usadas 142 máquinas novas, com o processador i5, da Intel, e 8GB de memória RAM.
“Decidimos que para atender bem nossos clientes a tecnologia da empresa não podia parar, teria que ser continua, então resolvemos desenvolver toda uma distribuição de Linux onde o banco de dados é nativo do sistema operacional ganhando já de arrancada em desempenho” conta Santos.
Somados os recursos, o processamento poderá chegar a 5 Ghz, com 16GB de RAM – quatro vezes mais que o atual.
Além da velocidade acelerada, explica o executivo, o sistema em cluster garante a manutenção das atividades das unidades. “Mesmo que uma máquina caia, continuamos com o dobro da capacidade anterior. Parar de funcionar, então, só com uma catástrofe”, enfatiza.
Cliente da positivo há dois anos, a Maxxi trabalhou na configuração dos PCs em conjunto com a equipe de desenvolvimento da fabricante. “É um ótimo negócio. Estamos economizando 50% do preço original”, diz Santos.
O software, desenvolvido em 90 dias de laboratório com a E-projeti, partiu de uma versão do Kernel Linux, com desenvolvimento do zero. Entre os programas nativos está o Firebird, para banco de dados.
“Nâo usamos nenhuma distribuição já existente como base. Foi uma forma de evitar os aplicações acessórias que só pesavam na máquina”, conta o gerente.
Antes da nova solução – já implementada em 10 unidades da rede – a Maxxi usava o Windows Server, rodando em máquinas com Core 2 Duo e 4GB de RAM. Além de economizar em licenças, já que o gasto com o Linux saiu por 10% do custo com o software proprietário, calcula Santos, a TI ganhou em tempo.
“Antes, uma manutenção levava quatro ou até cinco horas. Agora, em questão de minutos fazemos backup, limpeza de arquivos e restauração. Há processos que levam segundos. Nem nós acreditamos”, comemora.
O envio de informações das unidades para a matriz também caiu, de 10 para um minuto.
A TI também ganhou. Segundo Santos, agora a equipe trabalha com apenas quatro funcionários, focados em suporte, manutenção de hardware e outras rotinas operacionais da empresa.
“Hoje, a TI não é só suporte ao usuário, mas um setor que ajuda na empresa, automatizando processos e agilizando a execução de tarefas”, completa.
Com 18 anos de mercado, a Maxxi Econômica tem 70 lojas espalhadas em mais de 30 cidades do do Rio Grande do Sul, sendo 20 delas apenas na Grande Porto Alegre. Em 2010, a empresa faturou R$ 272 milhões, atendendo uma média de 700 mil clientes por mês.
Outras 10 unidades devem ser abertas neste ano.” [referência: baguete.com.br]
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isso mostra o poder do linux e que muitos ainda duvidam ! parabéns pela solução e sucesso !
Hum… migraram uma aplicação, que pelo jeito, é de grande porte, em 90 dias? Ok, desenvolvimento rápido e tals, no caso, como era só uma migração, vários passos do desenvolvimento (como entender os requisitos) puderam ser ignorados…. Mas, a não ser que a equipe seja mesmo eficiente ou que o sistema mão seja lá tão complexo, 90 dias me soa como sistema feito “nas coxa”. Ainda mais com a expressão “desenvolvido do zero”.
Espero que esta migração tenha sido mesmo bastante planejada, pois frequentemente migrações “apavoradas” para linux e outras aplicações open source costumam dar em m… Assim como migrações apavoradas para Windows ou o que quer que seja. Tudo que é impensado, feito às pressas, tende adar errado. No caso do software livre é pior, pois a espectativa é maior (melhoria de performance, menor custo e manutenção, etc…), o que pode apabar escondendo outros problemas que possam aparecer.
No mais, boa notícia ao Linux.
Moro no Rio Grande do Sul, e aqui na cidade temos 3 ou 4 farmácias desta rede. Ainda hoje as máquinas de frente de caixa rodam soluções Windows.
A noticia é meio confusa, como esta parte:
“então resolvemos desenvolver toda uma distribuição de Linux onde o banco de dados é nativo do sistema operacional ganhando já de arrancada em desempenho”
Acho que a maioria dos bancos de dados rodam nativamente em Windows, e como ele se refere ao Firebird, este teve suas origens no Windows. Qualquer banco de dados que roda no Linux tem um desempenho e estabilidade muito maior que no Windows.
Desenvolveram uma distribuição, sem utilizar nenhuma como base também é estranho, com isso o custo de manutenção e desenvolvimento acabam crescendo, sendo que temos ótimas distribuições livres no mercado.
Outro ponto estranho é a empresa Positivo estar envolvida nesta migração, no quesito hardware tudo bem, mas em software o Linux não é a praia deles.
Na minha opinião eles trocaram apenas os servidores para o Linux, usando um “cluster” como diz a noticia, para isso é evidente que o Linux é a melhor solução.
Não deixa de ser uma ótima noticia, mas se trocaram a estrutura apenas dos servidores isso para uma empresa não é novidade, até porque quem manda no quesito servidores é o Linux a muito tempo.
Parabéns à Maxxi Econômica, isso apenas mostra o poder do software livre e que ele está crescendo cada vez mais (tirando o fato de as máquinas serem da Negativo, é uma ótima notícia).
Mas não é de hoje que o Linux domina aqui no RS: no início da década passada, vimos muitas migrações, como as lojas Renner e Colombo. Além disso, acreditem se quiser, aqui na minha cidade tem uma filial da loja Quero-Quero que usa Linux com… WindowMaker!
Com essa migração, todo mundo só tem a ganhar!
“Segundo Diogo Santos, gerente de TI da Maxxi, serão usadas 142 máquinas novas, com o processador i5, da Intel, e 8GB de memória RAM.”
Acho que eles não precisam de 142 servidores, mas isso me força a perguntar: será que um poder de processamento TÃO GRANDE é necessário para uma máquina que será apenas frente de caixa?
Alguém sabe como ficarão as atualizações de segurança?
Hummmm,
Sistema operacional proprio, Positivo, Firebird, e para coroar, software desenvolvido em 90 dias.
Algo me diz em breve vamos ter mais um fracasso e que vão culpar o linux, quando na verdade um projeto com essa caracteristica não tem como dar bom resultado a longo prazo.
O importante é que mais pessoas usem Linux.
“O importante é que usem Linux e quando der a m…. voltem para o Windows acusando o Linux.”
Sério é melhor não ter mais pessoas, empresas ou instituições usando Linux sem criarem um projeto decente de migração. Como foi feito este projeto realmente está mais com cheiro de fracasso do que de sucesso.
Olha, estou longe de ser alguém otimista, mas vocês estão muito negativos.
Pelo que me parece, não foi algo feito na correria, nas coxas.
A escolha por firebird deve ter sido porque já o usavam anteriormente. E ok, não é o melhor SGBD, mas para cargas médias é bom, e principalmente nesse caso que deve funcionar localmente e depois sincronizado com a matriz.
O “feito do zero” deve ser pra impressionar a imprensa. Deve ser aquela coisa de personalizar bem um ambiente. Não faria nem sentido fazer do zero.
No máximo, pegaram um Gentoo, se enfiaram a configurar bem. Mas mesmo isso, duvido. Devem ter pego um OpenSuse ou Debian e retirado tudo que não interessava.
Moro aqui no RS e a muito tempo, a concorrente desta rede já utiliza linux, a Panvel. E o sistema deles é realmente muito bom (utilizam Opensuse como SO)
Qual o sistema ERP que essa rede usa? Um dos grandes obstáculos para redes de farmácias migrarem é que a maioria dos sistemas para automação das lojas é desenvolvido para ambiente Windows.
E a Panvel (pra mim a melhor rede de farmácias do RS, disparado), foi a única que conseguiu “conectar” o seu sistema com o do Governo Federal na época da implantação do programa Farmácia Popular. Todas as outras apanharam…
O que para alguns parece impossível, para profissionais é cotidiano.
Hoje em dia cluster é como “espalitar os dentes”, é evidente no entanto, que certas visões referentes a noticia estejam um tanto distorcidas.
Parabéns aos envolvidos.
Para comentaristas que escrevem blog ensinando “shutdown -h now” certamente possuem grande crédito para criticar soluções baseadas em linux.
“uma distribuição de Linux onde o banco de dados é nativo do sistema operacional”
O que isso exatamente significa?
Estavam rodando SQL Server com Wine?
“Moro aqui no RS e a muito tempo, a concorrente desta rede já utiliza linux, a Panvel. E o sistema deles é realmente muito bom (utilizam Opensuse como SO)”
Só se for onde você mora pois, aqui em Viamão, tanto a Panvel quanto a Nova, que aqui são da mesma rede, ainda usam um programa arcaico rodando sobre Windows XP.
Vi que http://www.graficalivre.com.br/ vai muito bem no mundo opensource desde o início…
A solução roda em plataforma linux baseado em gentoo, com um sistema proprietário de gerenciamento de redes (que inclui “clusterisação” dentre outro diversos modulos), desenvolvido pela e-Projeti,(http://www.e-projeti.com.br) chamado GwBoX.
A utilização do sistema é exclusivo para clientes e conta com uma grande equipe de analistas, desenvolvedores e gerentes de projeto.
Atualmente o sistema é pago e restrito. Porem existe a idéia de abrir o código de alguns modulos para comunidade.
Linux Inside!
Na verdade ouve uma divisão nesta rede de farmácias, existe a Maxx Econômica e a Mais Econômica. Nas duas aqui na cidade usam os PDVs e os terminais de pedidos em windows, o mesmo acontecendo na Panvel.
Outra gigante no ramo de farmácias aqui no Rio Grande do Sul, que cresceu do nada é a Farmácias São João, que só aqui na cidade tem 9 filiais, e todas usam a mesma solução, o mesmo sistema da Maxx e da Mas Econômica nos PDVs e terminais de pedidos, todas rodando um sistema em cima do SO Windows.
Eu acho que eles estão migrando os servidores apenas para o Linux, neste caso a empresa @e-Projeti que fez os comentários acima poderia esclarecer.
Faz sentido.
Já pensou um cidadão na farmácia, com pressa querendo um remédio para diarréia e o caixa ter que reiniciar o sistema devido a uma BSOD?
Pelo que observei dos fatos, foi uma grande migração, e bem planejada.
Neste caso, com consultoria e tudo.
Isso não é apenas uma migração, mas uma grande migração, feita de forma responsável e planejada.
Os PDVs nao foram migrados para linux ( ainda ), apenas os servidores foram migrados para linux com solução de HA
Então deveríamos mudar o título da notícia, dizendo que a rede de farmácias migrou os seus servidores de Windows para o Linux e não todo o seu sistema. Hoje isso é comum nas empresas, servidores Linux, mas os desktop, PDVs, terminal de pedidos rodam em cima do Windows.
Lembrando que uma farmácia em média tem entre 10 a 15 terminais cada filial, ai sim a migração economizaria um bom valor em licenças do SO.
Uma grande notícia seria ver toda a estrutura da empresa ser migrada para o Linux.
Obrigado e-Projeti pelos esclarecimentos.
Quase acertei, mas subestimei :D
“No máximo, pegaram um Gentoo, se enfiaram a configurar bem. Mas mesmo isso, duvido. Devem ter pego um OpenSuse ou Debian e retirado tudo que não interessava.”
e-Projeti:
“A solução roda em plataforma linux baseado em gentoo, com um sistema proprietário de gerenciamento de redes (que inclui “clusterisação” dentre outro diversos modulos), desenvolvido pela e-Projeti,(http://www.e-projeti.com.br) chamado GwBoX.”
Gentoo não é “da moda”, então é bom ver alguém aproveitar para um projeto assim. Parabéns aos envolvidos.