Por que existem tão poucos computadores com Ubuntu no mercado?
Enviado por Adilson Oliveira (adilsonΘubuntu·com):
“Atendendo às sugestões nos comentários da notícia sobre o notebook CCE com Satux postada aqui no br-linux, escrevi um texto sobre o mercado de computadores com Linux, especificamente Ubuntu, no varejo no Brasil. Apesar de ser o responsável técnico por todos projetos da Canonical junto à OEMs na America Latina, este artigo reflete minha experiência e pensamentos pessoais e não uma opinião oficial da Canonical.” [referência: bloguemos.com]
• Publicado por Augusto Campos em
2011-01-21
Hoje em dia simplesmente não me importo mais se as pessoas usam ou deixam de usar Linux. Uso pq é bom. Uso pq atende minhas necessidades.
Eu acho que um dos fatores de PCs com Windows serem mais vendidos é porque eles conseguem baratear o PC instalando inúmeros programas “Freeware”. Sempre achei que empresas devem pagar para ter os seus freewares pré-instalados nas máquinas, mas é só um palpite.
Só sei que uma editora especializada em Linux, aqui no Brasil, exige “Vivência e experiência comprovadas em Mac OS X e Adobe InDesign”.
Talvez sejam as regras do jogo…
Talvez eu seja idealista demais…
A falta de informação sobre o Linux por parte dos varejistas, é um aspecto bem interessante na matéria do Link de referência.
Acho que seria uma alternativa mais “viável”, dar a opção de vender o produto “Sem SO”. Na maioria das vezes, quem coloca Linux, é pq quis formatar, e possui habilidades para tal tarefa.
(O que fica dificultado com a estratégia da Microsoft, de pagar para que seus produtos venham pré-instalados em equipamentos.)
Me incluo entre os clientes da CCE que tiveram que tirar o Satux e tentou usar o Ubuntu sem sucesso. A placa de vídeo da SiS tem ‘ódio’ do Ubuntu =)
Estou usando o OpenSuse, pelo menos a parte 2D tá rolando.
Uma máquina sem SO não serve para nada.
Como um vendedor vai explicar para um cliente, que em sua maioria são leigos, que depois de comprar o computador ele precisa antes de usar chamar um técnico para fazer a instalação do SO. O cliente nem sabe que SO. A saída não é por ai.
Muito boa @adilson a explicação, parabéns :)
Ao contrário dos leitores anteriores que não leram o artigo e expressaram sua opinião pessoal, não tendo nada de substancial a acrescentar no debate, concordo com o que foi dito: os integradores nacionais não veem valor agregado em uma distro de qualidade. NO ENTANTO, gostaria de salientar que já vi mais de uma vez, e em diferentes lojas, que a Positivo e a Philco estão vendendo notebooks e netbooks com Mandriva que, mesmo sendo uma versão personalizada, é muito superior a estes Satuces da vida.
a alguns anos atraz eu me envolvia e defendia essas discuções.
Hj me dá sono.
Daqui a alguns anos, no mercado domestico, sistema operacional será irrelevante. Vide os supersmartphones, que podem ser adaptados a um monitor/teclado/mouse de maneira simples, vide tvs com internet.
Meus pais, que como todos os mais velhos, nao sao muito ligados em tecnologia, ja acham mais importante a internet que a tv.
O que manda é o conteuto, e sua disponibilidade. Se posso pesquisar no google, ver videos direto na tv, e participar ativamente de redes sociais atraves do celular, pra que me preocupar com windows, linux e afins.
Essa discuçao nao tera fim, ela será irrelevante. Se já não é.
Sou da opinião do @Ironmaníaco e nao concordo com o @Mandriva – Fedora, pois deveria ter a OPÇÂO de vir sem sistema operacional a máquina, mesmo aquelas que vem com o Windows padronizado na instalação.
>)
@André Machado
Sim, existiam e ainda existem máquinas com Mandriva no mercado mas estas existem por razões específicas como acesso a incentivos fiscais (existem incentivos nas esferas federal, estadual e mesmo municipal), pedidos específicos ou contratos antigos. Existem PCs com Ubuntu também mas meu ponto é o porquê não vermos uma fatia maior de boas distros no varejo.
@Davi, devido aos fatores que mencionei em meu artigo, chega a ser mais caro vir sem o OS.
Um item importante mão só ao Ubuntu: ao instalar não há BOA ORIENTAÇÃO PENSANDO NO USUÁRIO FINAL no momento do PARTICIONAMENTO. É um tanto vago aos leigos. Pior ainda é esse “ponto de montagem” que não é nada orientado “o que é, para que é, etc” e assusta os iniciantes…
Eu que na parte particionamento sei bem mas no “ponto de montagem” já me perdi algumas vezes. Aí penso no leigo e: ou vai pelo default quase sempre inadequado ou vái ao malfadado MS-Ruin.
@Linuxweb Será pq DTP tradicionalmente se faz em Mac ? Será pq não existem softwares livre para o mercado de DTP que possam competir em pé de igualdade com a suite da adobe ? DTP é um nicho que a Apple dificilmente perderá.
Bom hj em dia eu me focaria mais no conteúdo do que no S.O., seja ele qual for. Como já foi dito, vc acessa o conteúdo de qq lugar, de qq aparelho.Ai sim, seria muito bom se o conteúdo fosse livre !!!
o que não entendo é por que os fabricantes escolhem uma distribuição menos conhecida, ao invés das mais tradicionais.
não é preciso muita pesquisa para saber que uma distribuição é mais indicada que outra.
Nenhum leigo que conheço aqui sabe instalar Windows e particionar o HD. Sempre procuram um técnico ou uma amigo “fuçador”. Na questão pontos de montagem fica a critério de quem sabe o que está fazendo. Por exemplo: Tenho dois HDs e prefiro ter minha HOME e um HD em separado. Mas, como disse um colega lá em cima, prefiro não me importar com quem usa ou deixa de usar determinado SO, pois uso Linux desde sempre e sempre me dei muito bem com ele. Até mais do que com o Windows que há muito tempo só uso quando quero jogar certos games que só rodam nele. Então o Windows hoje é meu ganha pão e meu play game.
Concordo com o texto, dias atrás fiz uma pesquisa de preço pra comprar um computador novo, encontrei um modelo que está disponível tanto com linux (satux) quanto com o windows, a diferença de preço é de menos de cem reais e a versão com win vem com o office.
Me pergunto se não é de propósito que usam distros fundo de quintal: Satux, Fenix, Insigne, Brlix, Keep OS (esta é baseada no Ubuntu) etc para a pessoa ter a pior impressão do LINUX e sair correndo atrás de um “técnico” da própria loja para instalar um Windows piratão ou compra uma licença da Microsoft, outra do Office, um antivírus etc, afinal as lojas de computadores não ganhariam mais tanto com a venda de softwares.
Em primeiro lugar desde que começou o papo de inclusão digital, as lojas sempre quiseram Windows e fizeram de tudo para afundar a imagem do Linux por causa de birra com o governo.
Mesmo sendo venda casada, tem que ter um sistema operacional no computador. Se não estou enganado isso é obrigatório.
E fato leigo não instala nem Windows e nem Linux.
Uma das principais dificuldades do Linux no desktop resume-se a falta de apps que existem no windows… Exemplo: Compro um PC ótimo com uma distro de primeira (não será fácil, mas vamos ser otimistas), pego meu celular Nokia (coloque a sua marca preferida aqui) e vou fazer sincronização, baixar mapas ou o que mais o aparelho me ofereça… Ué, no linux não funciona? Não tem app pro Linux? Como faço então? Uso parcialmente meu celular? Formato o HD e instalo o XPiratex ou Win7Piratex? Ou deixo ele em dual boot? Ou uso outro micro para utilizar as funções que eu queria que meu desktop com linux fizesse? Posso dizer: Eu uso Linux, adoro Linux, por sua qualidade e principalmente por sua ideologia, mas tenho de usar o windows por conta deste problemas. Outro exemplo: AutoCAD.
Abraço a todos.
Todas as minhas mensagens estão caindo na “malha fina” rs. Porque será que o antispam não está indo com minha cara?
A anterior não caiu…rs
@adilson – no meu caso compensaria sim. Ao menos no meu caso, por exmeplo: na última vez que comprei um notebook paguei R$ 2000 por ele (menos de 1 ano), e se pelo menos viesse sem sistema operacional e apenas com os drivers eu poderia economizar cerca de R$ 100, conforme o post do nosso amigo @Igor.
Isso já pagaria um jantar com a minha namorada, daria para colocar combustível no meu carro para rodar metade do mes, de acordo com o meu uso médio do veículo, ou ainda pagar alguma conta de casa.
quanto a usabilidade, seria de bom tamanho, como já me serve.
Um exemplo do que o amigo @frank_w disse é um colega aqui do serviço: cerca de 1 ano atrás ele comprou um note com Linux e queria mudar para o Windows. Sugeri a ele que continuasse usando o Linux por um tempo para ver se realmente tinha a necessidade de formatar. Pergunte agora se ele mudou para o Windows…:-P
>)
@Mandriva – Fedora,
Venda casada é casada qualquer que seja o sistema que venha instalado. Mesmo quem quer windows, deve poder escolher qual!! E não ter que aceitar o que o lojista impõe. O vendedor não vai ter que explicar o que você está colocando!!! Você tá falando m… O que o vendedor vai ter que explicar é que o computador vem com o SO x, mas que se o cliente quiser pode pedir sem o SO e ter o desconto correspondente.
Estou com o Ironmaniaco… basta que os computadores sejam oferecidos com o SO de sua escolha (cada um com seu preço) ou SEM NENHUM SISTEMA.
@André Machado,
Philco eu não sei… mas o Mandriva personalizado da Positivo é uma bsta… uma m…, mesmo!!!
Li o artigo todo, ok, respondeu, de certa forma a questão proposta, mas eu fiquei, ainda, com uma questão:
“- O que a Canonical tem feito pra reverter isso?”
E nem falo apenas de esforço junto aos OEMs mas junto aos clientes destes e aos consumidores finais, a Canonical tem interesse nisso, aparentemente não, ao menos não sinto isto de forma visível, não apenas ela mas nenhuma das outras distribuições, quer sejam comunitárias ou produzidas por grandes empresas, e não vale a pregação aos convertidos, eu já estou convencido a muito tempo que o melhor pra mim é usar Linux, mas meus colegas de classe, de bairro e do trabalho que só conhecem a contra-propaganda?
Hoje mesmo tive o desprazer de ver no outro blog que já foi parceiro deste um artigo falando sobre o Gnome 3, onde o articulista encerrava com a frase: “Se bem que, o simples fato de não ter o marrom-cocô do Ubuntu já faz o visual ficar melhor, mesmo que fosse o Gnome 2.x…”
Então colocar a responsabilidade sobre as OEM’s me parece apenas uma saída fácil, já que não foi analisado outros elementos importantes da questão inicialmente posta.
O conceito de venda casada não é o que se está colocando aqui.
Se eu compro um video-game ele não vem necessariamente com os jogos.
Se compro um DVD eu compro o aparelho, não os filmes.
O Computador e o SO são separados e o fato de ser obrigatório ter o SO para usar não significa venda casada.
Ora, o PC vem com o sistema instalado, mas se eu não quiser, compro com outro sistema ou sem nenhum sistema.
Já houve casos de pessoas que compraram computadores com Windows, pediram para retirá-lo e receberam o valor de volta.
No caso do Linux, o valor do software é tão pequeno que não compensa pedir reembolso.
“Ivan: – O que a Canonical tem feito pra reverter isso?”
Fornecendo todo o OS de graça, pagando pelo desenvolvimento, apoiando comunidades, mantendo UDS, enviando CDs de graça. Existem outras estratégias sendo implantadas sobre a quais não posso comentar mas infelizmente a Canonical não tem dinheiro para gastar em marketing de varejo direto até porquê se não houver presença de OEMs para fornecer o hardware para rodar o SO, de que adianta?
HeDC, usuário final não instala SO. Por isso toda a idéia de vir pré-instalado.
synn, como comentei no meu artigo: preço. Por motivos éticos não posso comentar valores mas acredite, o que certas distros cobram é totalmente inviável para a Canonical ou qualquer empresa que tenha uma estrutura de engenharia e suporte decente cobrar.
Não é venda casada até porque um depende do outro para funcionar. Que tal comprar um celular sem SO?
O consumidor final não entende e nem tem o porque entender, o que ele quer é comprar e usar. Quem vai definir o SO vai ser o vendedor ou a loja ou o mercado que vende o produto.
Depois disso se o consumidor não estiver gostando vai acabar pedindo para tocar de SO.
Mesmo no futuro, aonde o que importa é o conteúdo, sempre vai existir um SO provendo o mesmo.
Não podemos tomar como base os nossos pensamentos, pois se estamos comentando neste site temos algum conhecimento de informática, e sim da população em geral.
As montadoras caem no papo furado de “distribuição 100% brasileira” e instalam porcarias como Sidux e derivados.
Se quiser entender o que se passa e efetivamente tomar uma posição para mudar isso, esqueça conceitos como ‘porcaria’ ou ‘venda casada’ ou ‘ta todo mundo errado’.
Comecei usando o Ubuntu 8.x por necessidade, sei que não mudei antes pela fama de complicação que linux tem; uma curva de aprendizado considerável. Já na versão 8 ví que as coisas eram relativemente simples.
Creio que é assim é com a maioria das pessoas, a questão é elas mudarem, mudar hábitos dói. Pelo o que ví do artigo as pessoas não exigem isso pq não veem vantagem, o grande público ao meu ver deve ser o alvo da conscientização.
Se *de fato* o pessoal do Ubuntu quer mais público, eles podem partir do conceito de out-teach salientado no livro ReWork. Uma estratégia de se mostrar melhor do que a concorrência sem recorrer a taticas milhonárias de marketing. Traga informação às pessoas, mostre que se importa, assim talvez elas te ouçam e comprem seu produto.
O estou tentando falar é que é mais efetivo fazer uma empatia com o conceito de código aberdo do que escrever 100 linhas de código.
Me parece que seria legal algo assim, didatico e fun, porém linkado a mais informação de qualidade http://www.youtube.com/watch?v=PQbuyKUaKFo
@adilson
reli o artigo e entendi.
complementando…
até agora, no mundo desktop, o linux serviu para baratear o windows