Phoronix analisa o andamento do Debian GNU/Hurd: pouco suporte a hardware, sem SMP, sem X.org, mas interessante
Com o anúncio recente, por parte de desenvolvedores do Hurd, de que há intenção de lançar um Debian GNU/Hurd juntamente com o lançamento da próxima versão do Debian (o Wheezy, atualmente agendado para o final de 2012 ou início de 2013), o Phoronix buscou uma versão de desenvolvimento desta distribuição que usa o kernel que o projeto GNU vem desenvolvendo desde 1984 para ver em que pé ela anda, e compará-la com o Debian GNU/Linux.
Os benchmarks foram inconclusivos, na minha opinião: o número dos que puderam ser rodados no Debian GNU/Hurd foi limitadíssimo, e o fato de as restrições de compatibilidade de hardware do Hurd terem exigido que os testes fossem rodados em máquinas virtuais precisa ser considerado na análise dos (poucos) dados gerados.
Mas isto não equivale a dizer que o artigo foi inconclusivo: a descrição do estado do Hurd incluído no Debian GNU/Hurd pelos autores é bem mais extensiva do que outras que tenho visto em anos recentes.
Recomendo a leitura atenta da íntegra das 4 partes do artigo original, mas destaco alguns aspectos que me chamaram a atenção na descrição feita pelo Phoronix:
- O suporte a hardware disponível no momento é pobre: é basicamente o que seria esperado no Linux 2.0 (lançado em 1996) ou anterior.
- Nenhum hardware no laboratório do Phoronix é suportado nativamente pelo Hurd, razão pela qual todos os testes realizados foram feitos usando uma máquina virtual.
- Não há suporte a SMP, o que significa que mesmo que o hardware atual fosse suportado, o Hurd só tiraria proveito de um núcleo ou thread da CPU.
- Boa parte dos pacotes do Debian já estão disponíveis para o Hurd, mas não há um ambiente gráfico funcionando. Há relatos de que funciona com uma versão antiga do XFree86 (e hardwares antigos), mas nada de X.org (~2004) rodando nele ainda.
- Conforme o Hurd amadurece, possivelmente ainda na década corrente, será possível ter um número maior de testes de desempenho comuns que possam ser rodados nele. Quando o suporte a SMP e a hardwares mais recentes chegar, o número de testes relevantes se tornará ainda mais expressivo. Para os 5 testes de CPU realizados na máquina virtual, entretanto, o Hurd virtual não ficou longe do Linux virtual nas respectivas versões do Debian Wheezy, com vantagem máxima de 20% (e em apenas um dos testes) para o Linux.
- Será interessante ver como o Debian GNU/Hurd se desenvolverá nos próximos marcos do projeto.
(via phoronix.com)
Chinese Democracy: check.
Duke Nuken Forever: check.
GNU/HURD: …
Enduro no Atari 2600: check.
GNU/Hurd: …
O Hurd é o maior vaporware da história!!!
Antes tarde do que nunca!
Viva o GNU/Hurd!
A fundação Debian deveria esquecer o Hurd e criar um Debian GNU/L4Linux
http://os.inf.tu-dresden.de/L4/LinuxOnL4/overview.shtml
http://os.inf.tu-dresden.de/L4/LinuxOnL4/status.shtml
que parece estar bem mais ativo.
Faz tempo que não uso, já fui developer, inclusive, mas o Xorg roda sim.
http://wiki.archhurd.org/wiki/Xorg
http://wiki.archhurd.org/wiki/File:Vmware.png
http://www.x.org/wiki/Hurd_Porting
O projeto Debian não vai esquecer o GNU/Hurd, pois eles querem é o GNU/Hurd rodando, e não o GNU/L4Linux.
é interessante como uma instituição desperdiça tempo com algo que n vai dar em nada, duplicando esforços que seriam mais úteis no kernel torvaldiniano.
Não vai dar em nada uma pinoia, todo software livre é bem-vindo. E creio que, se os desenvolvedores do kernel Hurd não estivessem desenvolvendo o mesmo, não estariam também contribuindo com o kernel Linux. E desenvolver o kernel Hurd não significa estar impedido de contribuir com o kernel Linux.
nossa
a situação do Hurd é pior do q eu imaginava
sinceramente DUVIDO q um dia o Hurd seja utilizavel
e se for, nunca chegará perto do linux
o motivo maior é q o projeto do Hurd foi meio utópico
ao inves de escolherem uma arquitetura simples escolheram algo arriscado e complicado
NAO DEU CERTO
Qual o critério para algo não dar certo?
Ele falta suporte a hardwares, o que a equipe do Arch Hurd já está conseguindo resolver portando todos os drivers do kernel 2.6 para o hurd.
Feito isso, um desempenho 20% pior, em um sistema MUITO mais seguro e flexível não representa nada, pelo contrário, pode atrair desenvolvedores para fazer um sistema superior.
20%?
ouvi falar em 8 vezes mais lento q o linux
alem de q
segundo o proprio Stallman vc pode ver no Revolution OS qnd ele fala sobre o HURD
a Escolha de uma aquitetura complexa fez o Hurd se tornar dificil de ser debugado. O HURD n tem um desenvolvimento lento somente por falta de pessoal, é pq o projeto n é simples o bastante, o kernel linux é mt simples, e por isto ele se tornou o q é hj, pela facilidade de manuntençao e debug
por isso n bofo fé no HURD
Tecnologias evoluem.
O hurd tem um calcanhar de aquiles, chamado March, um microkernel da década de 80.
Uma arquitetura desenhada totalmente para esse microkernel, fez com que o sistema não pudesse ser portado para qualquer outro.
Solução? Trabalhar no March, que, esse sim, é cheio de problemas estruturais e de código.
O HURD é MUITO simples, por incrível que pareça. Fazer qualquer coisa nele, hoje, é mais fácil do que no linux. O problema é quando aparece um bug relacionado ao March, que é onde estão 90% dos problemas. Debug? é tudo por gdb, bem facinho mesmo.
Hoje existe um trabalho de alguns desenvolvedores em desenvolver um novo kernel, chamado viengos, cuja pretensão é poder um dia substituir o March, usando tudo no estado da arte em conhecimento de microkerneis. Todavia, no mesmo passo, trabalha-se muito mais em tornar o March usável.
Falar que o Debian GNU/Hurd não é usável quando ele já foi colocado em servidores de nosso país, em sistemas de médio porte, para fins de teste, é bastante dessarazoado.
“possivelmente ainda na década corrente”
huahuahua
Com suporte ao hardware de 1984. hehehe
Leonardo Lopes, so uma correção é Mach e não March.
http://en.wikipedia.org/wiki/Mach_%28kernel%29
Realmente foi algo interessante, pois serviu como base para varios kerneis
Eu instalei o debian gnu/HURD no virtualbox usando o chipset ICH9 e a instalação foi surpreendentemente rápida, e o funcionamento do sistema pós instalação tb é muito bom.
O único problema dessa instalação é a falta do suporte a placa de rede, mas isso logo deixará de ser um problema, pq o pessoal do Arch hurd conseguiu portar os primeiros drivers do linux 2.6 para o gnumach. E a previsão para uma versão de testes sair no ano que vem ou no início de 2013 parece bem viável sim. O debian gnu/hurd, por exemplo, ja possui o GCC 4.6.1 instalado e funcionando na instalação padrão.
De novo, o comentarista médio do Br-Linux não entende de sistemas operacional o suficiente para comentar algo que se aproveita. Uma sorte que alguns se disponibilizaram para esclarecer.
@Eduardo Veiga: Para o seu azar eu revi o Revolution OS à 2 dias. RMS nunca diz isto, diz apenas que o HURD é baseado numa arquitetura melhor, mas muito mais complexa de se implementar. Ele chega até a descrever as dificuldades do HURD, mas não coloca da forma que você insinua.
@Leonardo Lopes, além do erro no nome do “Mach”, onde vc colocou um “r” indevido, vc errou no “ViengoOS”, pois faltou um “o”. :)
O Arch Hurd está caminhando a passos largos, achei covardia o Michael trabalhar com o Debian e não com o Arch.
E qualquer forma, como o @Leonardo Lopes disse, o calcanhar de aquiles do Hurd é o Mach, que teria que ser TOTALMENTE reescrito e reestruturado para ser usável, tentou-se usar o L4, mas tem alguns problemas sérios e passou-se a pensar no Viengoos, que está com o desenvolvimento atualmente parado.
Xorg? Quem precisa de Xorg? O pessoal deveria mesmo é pensar em colocar o Wayland como um serviço…. :-)