Participação das licenças permissivas continua em ascensão entre os projetos de software livre
A edição mais recente de um conjunto de coletas de dados que vem ocorrendo desde 2008 indicou a continuidade de uma tendência que já havia sido indicada em períodos anteriores: a participação do conjunto das licenças da “família GPL” (GPLv2, GPLv3, AGPL, LGPL) está em declínio enquanto a participação das licenças permissivas está em ascensão no conjunto dos projetos de software livre observados.
A GPL continua com uma confortável participação majoritária, mas que vem descrescendo de forma contínua: de 70% em 2008, se prosseguir no mesmo ritmo chegará a 50% ainda no ano que vem.
O artigo do link a seguir dá mais detalhes sobre as estatísticas mencionadas e propõe algumas possíveis explicações para as 2 tendências observadas: a do crescimento das licenças permissivas e a da redução da participação da chamada “família GPL”. (via blogs.the451group.com – “451 CAOS Theory » On the continuing decline of the GPL”)
Acho que são dois motivos principais que estão fazendo a GPL perder força:
1-os desenvolvedores estão começando a ver que cooperar com as empresas é melhor do que se isolar. Por exemplo o que acontece com a apple. E a GPL3, ao invés de caminhar neste sentido, tentou separar ainda mais estes dois mundos;
2-o stallmam ficou completamente insano e ninguém quer sua imagem associada a esse ser bizarro.
Eu nunca fiz nenhum soft livre de impacto significamente, mas sempre usava GPL. Hope em dia uso uma licença BSD-like.
Stan
“1-os desenvolvedores estão começando a ver que cooperar com as empresas é melhor do que se isolar. Por exemplo o que acontece com a apple. E a GPL3, ao invés de caminhar neste sentido, tentou separar ainda mais estes dois mundos;”
É uma interpretação.
A GPL3 foi criada para evitar que se sugue o trabalho dos outros sem retribuir. É o princípio da GPL.
A interpretação de “cooperar com empresas” é Válida no sentido que muito empresário realmente pensa isso. Mas tem muita empresa que quer sugar, pegar e nunca devolver.
“2-o stallmam ficou completamente insano e ninguém quer sua imagem associada a esse ser bizarro.”
A parte de não quererem associar a imagem a ele é certo. Louco não, ou não muito, hehe. Pra “normal” ele não serve, mas se usasse colã preto e fosse “queridinho”, com nível de acerto dele, chamariam de visionário.
E o comentário segue a linha de muita gente, bota no mesmo saco GPL, LGPL e outras. É MUITO diferente.
Acho que a licença GPL deveria ser menor, mais simples e ter separado as partes de “pregação”(bom isso nunca seria feito mesmo). Mas seu tamanho não é culpa para essa questão.
@stan
1 – A GPL é bem rígida justamente para evitar os chupadores ou seja os desenvolvedores que que usam códigos livre e não retribuem em nada.
2 – O senhor Stallman pode falar muita besteira, mas se for analisar o que ele já disse no passado veremos que muita coisa se saiu como certa como o que ele falou sobre o java e sobre o android.
[]‘s
UPDATE – It is has been rightfully noted that this decline relates to the proportion of all open source software, while the number of projects using the GPL family has increased in real terms. Using Black Duck’s figures we can calculate that in fact the number of projects using the GPL family of licenses grew 15% between June 2009 and December 2011, from 105,822 to 121,928. However, in the same time period the total number of open source projects grew 31% in real terms, while the number of projects using permissive licenses grew 117%. – UPDATE
André, essa atualização é importante mesmo, para o texto original em inglês, que possivelmente permitiria a interpretação (para quem lesse pela metade) de que tratava de números absolutos.
Por aqui, como já sou gato escaldado, me esforcei para deixar claro em todas as frases que as tendências mencionadas eram referentes ao grau de participação, e não ao número absoluto. Mas não tenho dúvida de que os leitores interessados acham óbvio que se o número absoluto da GPL estivesse encolhendo, ao mesmo tempo em que o número de projetos livres continua a crescer, teríamos uma curva bem mais acentuada naquele gráfico.
De qualquer modo, os números adicionais da atualização também são interessantes, indicando que o crescimento absoluto dos projetos sob a “família GPL” do estudo cresceu a uma taxa (15%) que corresponde a cerca da metade da taxa de crescimento do total dos projetos livres estudados. O tamanho do crescimento absoluto dos projetos sob as licenças permissivas estudadas (117%) também é um número interessante.
Pois, parece mesmo aquele tipo de notícia onde primeiro o sujeito cria a afirmação, depois procura números que a sustentem(ou quase).
Meio polemista, porque cada um escolhe a licença que bem entende. Até mesmo mais de uma licença ao mesmo tempo.
Não sei se diz na pesquisa, mas o que aparenta é que Software Livre está tornando o padrão de desenvolvimento.
GitHub’s e Google Code’s da vida estão bombando.
A série de números está lá se alguém quiser interpretar de outra forma, mas me parece que conduzem de forma bem direta à conclusão apresentada. Não é exatamente sobre qual licença que cada pessoa vai escolher, mas sim sobre cada licença que as pessoas nos anos recentes escolheram.
Já sobre o crescimento do número de projetos sob licenças livres, o que se pode verificar ali é que de meados de 2009 ao final de 2011 o número de projetos sob licenças livres aumentou 31%. Não sei se na sua opinião isso sustenta ou não a sua suposição.
Isso é ruim para o Software Livre, pois estas licenças permissivas acabam garantindo o uso de terceiros, mas não a liberdade do código.
O uso de licenças permissivas a maioria delas com excecões como a apache não tem nenhuma restrição ao abuso de patentes.
O uso de licenças permissivas não só permite que terceiros roubem o código e ganhem muito dinheiro com isso ,mas também crie um concorrente proprietário imbátivel baseado no projeto permissivo.
Este é o caso do
Truncou
Este é o caso do MacOS e os BSDs da vida.
Isso acontece com o LLVM também.
A longo prazo as licenças permissivas destroem o software livre.
Augusto, pensou que algo que falei era pra você ?
Pois não era, colocaria o vocativo para indicar, sem problemas.
Estava me referindo ao autor/autores da pesquisa, que nem fui ver, tanto que falei “parece”, que devia deixar claro que é pura impressão.
Muito nervoso. Correria de final de ano fazendo mais uma vítima?
Não, apenas te respondi esclarecendo sobre tuas suposições. Pensou que eu havia interpretado errado? “Muito nervoso. Correria de final de ano fazendo mais uma vítima?”
Augusto,
Sim, pensei. Entre significado e interpretação algo se perde ou se cria.
Então me desculpe.
Olha a propaganda enganosa aí gente!