O tablet “com Android” da Amazon: se for verdade, estou gostando
Rumores são rumores, e vice-versa – mas este rumor sobre a Amazon estar prestes a lançar um tablet para estar no mercado ainda na temporada de compras de final de ano de 2011 é persistente, e no final da semana passada ganhou um complemento interessante: o testemunho do MG Siegler no TechCrunch afirmando que foi autorizado a interagir com um modelo de pré-produção e recebeu várias “confirmações” não oficiais sobre os planos de anunciar/lançar já no próximo mês, com o nome de Kindle.
Mas não é um Kindle como os outros. Ele terá 7 polegadinhas (para vantagem da turma das pochetes e calças cargo, como os leitores já apontaram inúmeras vezes), tela colorida e rodará Android, mas não da forma restrita como o seu concorrente Nook roda: ele exporá os recursos do Android ao usuário nativamente, sem precisar de hacks. A imagem abaixo é uma reprodução artística, pois não há fotos.
O MG Siegler destaca que acredita na sua fonte: é a mesma que antecipou corretamente que a Amazon lançaria sua própria App Store para o Android, o que ela fez em março.
E esta App Store (que tem verificações prévias bem mais estritas do que o Android Market aplica às apps que expõe a seus consumidores) tem um papel maior do que o imaginado no lançamento do novo tablet: segundo o relato, o Android que o novo tablet Kindle roda seria na verdade um fork feito a partir de uma versão 2.x do Android oficial (as versões 2.x do Android têm boa parte do seu código-fonte disponível a qualquer interessado sob licenças open source permissivas) e sintonizado especialmente aos aparelhos e serviços do tablet Kindle.
Assim, a App Store da Amazon teria o recurso extra de permitir identificar que as apps lá presentes, além de terem passado pela verificação prévia quanto a outros aspectos, têm compatibilidade plena com o seu tablet. E App Store não é o único serviço de conteúdo que a Amazon pode oferecer de forma especial aos usuários deste (por enquanto vaporoso) tablet: ela brilha no acervo de livros e de música, por exemplo – não é qualquer “lojinha” com meia dúzia de títulos arrumados às pressas pro lançamento do produto.
Por ser um fork independente, outros recursos do Android não estarão lá também, diz o relato. A interface será diferente (a tela inicial lembra o CoverFlow da Apple, por exemplo), e os recursos e aparência típicos do Android sumiram e foram substituídos por recursos e visual típicos da Amazon, profundamente integrados aos serviços da empresa, enquanto os do Google (como o Android Market) sumiram. Há também portões de saída, como um navegador web (baseado no WebKit), agregador de notícias e e-mail, por exemplo.
Ainda segundo o relato, o preço é aproximadamente metade do iPad 2 mais barato: US$ 250 (sem câmera, só Wi-Fi, armazenamento local reduzido). A tela de 7 polegadinhas, o fork que possivelmente não garante compatibilidade plena com aplicativos do Android e o fato de ter derivado do Android 2 (para smartphones) e não do 3 (para tablets) são os aspectos que me fazem gostar menos do produto da forma como foi relatado, se for verdade. Mas o restante (integração a serviços já estabelecidos, preço competitivo, controle de qualidade nas apps apresentadas aos clientes, etc.) me agrada bastante, e estou curioso para ver quanto disso se confirmará.
@brlinuxblog
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Bem legal esse tablet da Amazon. O único problema que eu vejo (e me faria não comprar de jeito nenhum) é a desconfiança de que seria um Android “capado”. Se eu não puder fazer as personalizações típicas do SO a que estou acostumado no meu smartphone, pra mim o produto já perde mais da metade do valor. Se não for compatível com as apps a que eu estou acostumado (e já comprei) perde mais pontos ainda.
Para ler ebooks do Kindle, acho que seria mais vantagem ter um aparelho mais completo que leia livros, veja filmes e faça todo o resto, nem que eu tenha que esperar um pouco mais o meu cofrinho encher. Ou então ficar no velho leitor Kindle mesmo, que quase não gasta bateria.
E, pra piorar, a Amazon AppStore me deixa ainda mais chateado de não estar disponível para o Brasil (ao menos, nunca pude baixar nada de lá pro meu smart). Se for pra continuar assim, aí realmente o Amazon Tablet perde 100% do atrativo mesmo.
Eu gostei da iniciativa da Amazon. Gosto do kindle dx e do kindle3, tenho 1 de cada.
Sou a favor de um tablet decente, com um controle restrito de aplicativos e de preferencia que não seja acessivel a modificações por terceiros. Sou da singela opinião que se o aparelho deixa a desejar, o usuário sente necessidade de corrigir por si mesmo, mas não é função do usuário corrigir nada, usuário é quem usa. Administrador é quem conserta.
Até parece que eu, dono de um carro importado, vou eu mesmo me meter a arrumar alguma peça. Levo na autorizada e deixo com eles, eu pago para isso. Afinal, com um carro de 200.000 na mão, eu quero mais é perder o meu tempo curtindo a paisagem atrás da direção, e não perder o meu tempo debaixo do capô apertando parafuso.
@henry, exatamente, é assim que eu penso, e esse é um atrativo da plataforma da maça, na minha opinião é claro, muito veem aquilo como algo ruim e entende, depende muito do uso da maquina. Mas falta algum smart ou tablet android que venha descente de fabrica.
Eu não ligo se eu não puder meter uma ROM no meu aparelho. O que eu quero é usar a home-screen que eu quiser, com a lock-screen que eu quiser, os widgets que eu quiser e com os aplicativos de sistema ou usuário que eu quiser, incluindo os das empresas concorrentes. Coisa que um usuário comum e corrente sabe, pode e gosta de fazer.
No Google Market tem o app da Amazon AppStore. Será que vamos ver o contrário?
Achei a moldura grosseira e hedionda e ainda por cima tem a questão da fragmentação: O surgimento de Forks inúteis em cima de um sistema foi umas das razões do fracasso do Linux no Desktop
Vi algures que é apenas um rumor mesmo. mesmo assim deixo aqui a minha análise. Podia estar bem melhor isso é certo mas porquê dar luta á excelente concorrência, deviam ter pensado noutras ideias pois existem produtos semelhantes bem melhores de outras empresas
Será que terá 3G gratuito como o Kindle?
Eu vou apoiar o Henry e o Guilherm_: Para tablets, esse lance de se meter a mexer demais é um saco.
Num laptop, pc e etc, vá lá. Mas num dispositivo como um tablet ou um celular, mexer demais e legal para um grupo muito seleto de pessoas das quais os usuários não fazem parte. Oras, eu que já tenho experiência na área ainda acho muito esquisito!
Eu já prefiro um tablet da mesma forma que um PC: sendo fácil de usar, configurar e atualizar o software.
Hardware até entendo que o upgrade é mais complexo e é melhor o usuário comum atualizar o equipamento, mas software é chamar o consumidor de idiota. Seria o mesmo que você comprar um carro e o fabricante ter de te dar permissão em quais estradas você pode andar com ele e levar apenas nos mecânicos que ele mandar.
Fico bobo como tanta gente aceita ser chamada de idiota por um CEO arrogante, que se compara a um deus e que quando morrer quer virar mito.
O “Amazon Kindle” (esse será o nome do tablet), em sua primeira versão, não trará 3G, apenas wi-fi. O jornalista da TechCrunch foi convidado a manusear o aparelho que será vendido à partir do mês que vem. Ele vem para competir com o Nook Color e não com o iPad. Realmente, a grande espectativa do pessoal é o quanto será configurável esse brinquedinho.
Só para lembrar, o Kindle 3 roda Ubuntu, mas nada nele é configurável. Para criar pastas é uma chateação e não dá para trocar nem a tela de descanso. Tudo para não comprometer o desempenho do equipamento que é, digamos, para lá de básico.
O Nook Color por sua vez é o equipamento com Android mais configurável que há e essa, com certeza, é uma das razões do seu sucesso.
Se o tablet da Amazon for bom mesmo, logo teremos uma guerra de preços nos tablets pois a empresa vai com tudo para cima da Apple :-)
Hehe é muito engraçado a falta de coerência no mundo Linux. Quando era só iOS e Android, o povo criticava o iOS por ser fechado. Hoje, com os rumores da Amazon, até elogiam a atitude à lá Apple.
Outra opinão controversa: sempre se disse que a maior vantagem do software livre é a liberdade em modificá-lo de acordo com as suas necessidades e agora o Bebeto_Maia diz que isso é idiotice? Porque? Só porque a sua plataforma preferida corre o risco de ser fragmentada? Ou de acontecer o que aconteceu com o khtml, que foi engolido pelo seu fork, o WebKit(a melhor coisa que aconteceu, e cortesia da Apple)?
Agora, Marcus, só para te contrariar: você compra uma belíssima M5, você vai mesmo fazer rally com ela e colocá-la na mão do mecanicom da esquina para trocar a rebimboca da parafuseta? A BMW recomenda andar em asfalto bem conservado e fazer revisões na SUA rede altorizada com os mecânicos DELA. Você tem opção? Tem: jailbreak. Mas é por sua conta e risco. Da mesma forma que fazer rally com a M5 e dar manutenção com o mecânico da esquina. Não estou falando que vc está errado, estou falando para não ser radical. Eu tenho um colega que não gosta do iOS e ele é da TI. Ele só fala: eu prefiro Android. Só isso. Para o seu argumento existe o jailbreak e o iOS fica tão livre quanto o Android.
Bom, finalizando: eu prefiro o modo Apple e Amazon. Nada a ver se o software é livre ou fechado, mas pelo cuidado que elas tem com o seu produto. A partir do momento que se põe um produto no mercado, filosofia, sonhos, tudo vira negócio. E o produto tem que ser tratado com carinho, com foco, e de forma a cativar o cliente. Poucas empresas sabem fazer isso. O Android eu considero sem cuidados, a Samsung desfocada com seus produtos, e a Motorola, bem, foi até comprada.
Sabe, a maior lição que a Jobs deu não é a sua criatividade, e sim o cuidado perfeccionista com os seus produtos e com a relação dos clientes com os seus produtos. Eu não sei porque ninguém copia isso. Querem copiar a interface, o modelo do hardware, mas a essência, ninguém da bola. Eu tenho que explicar isso para ninguém sair falando que eu sou contra o software livre.
@Tiago, e isso, de nenhuma empresa amar seus produtos e cuidar deles no pós venda, tão bem, ou pelo menos de forma aceitável, com updates e afins.
A questão não é o produto ser travado, ok se ha pessoas que gostam de modificar ele elas darão um jeito, assim como conseguem no iphone com o jailbreack. A questão é o produto vir incompleto de fabrica e vc ter q modificar ele pra ele ficar usavel, pra ele ser bom não só para os usuarios avançados mas mesmo os que só querem usar. Vide os motorolas quem vem com o motoblur pra encomodar a vida alheia.
Pois é, Guilherm_. O iOS vem completinho completinho. Mas esse exemplo que vc citou da Motorola é que é o fim: é a prova cabal de falta de cuidado com o produto e com o cliente.
Um dos motivos da Apple travar tanto o desenvolvimento de aplicativos é para não ter aplicativos que ferram com o aparelho. Ela está preocupada com a imagem dela, em não destruir a sua plataforma de vendas com pirataria, e… não destruir com a experiência do usuário no uso do aparelho.
Independente de travar ou não, acredito que o cuidado com o produto e o cuidado com a relação dos clientes com o produto é essencial.
Por exemplo, a Samsung tem o excelente Galaxy S2. Putz, é um puta aparelho. Me deu vontade de sair do iPhone e ir para ele. Mas depois a Samsung inventa de lançar um Galaxy tab 5,5″! Que putaria é essa? E o foco no galaxy? Sabe, eu sinto falta desse comprometimento pelas empresas que concorrem com a Apple.
Eu fiquei muito feliz com a compra da Motorola pelo Google, porque eu tenho a esperança do Google fazer uma plataforma decente: Hard+Soft. Um aparelho bacana, com um Android bem acabado. Hoje isso ainda não existe.
E outra, enquanto o Google não fizer isso, vai abrir portas para a concorrência. E a Amazon está tomando muitas atitudes corretas, no meu ponto de vista. O que pode sim tornar um grande concorrente para o Android.
@Tiago vc considera o Android “sem cuidados”? Ele já é líder de vendas em smartphones e a Google vem pisando no freio com a disponibilização dos fontes. Segundo ela é para evitar a fragmentação excessiva e lançamento de aparelhos com o sistema mal ajustado. Acho que ela está fazendo algo à respeito, não acha? Outra coisa: tenho um Samsung Galaxy 5 e acabei de instalar uma ROM modificada nele (Cyanogem 7.2 , versão 2.3.5 do Android) e ele está voando, além da interface muito boa e bonita. Acho que o Android vem evoluindo muito rapidamente e a concorrência logo-logo vai ter é que correr atrás…
@Lauro você não compreendeu o que o Tiago falou, pois seu exemplo é o extremo oposto.
Por exemplo, digamos que você adquira um iPhone. A Apple frequentemente atualiza a versão do iOS até o hardware não suportar mais.
O Galaxy 5, você comprou com o o Android 2.1, certo? O recém saído na época era o 2.2. Mas a Samsung não ligou para os seus clientes e não atualizou. Você teve que recorrer à terceiros.
Isso eu acho muito decepcionante no pessoal que vende Android: Os aparelhos continuam descartáveis. Já a Apple vem dando uma sobrevida aos aparelhos dela de até 3 anos. Não sei como você vê isso, mas eu acho que é respeito ao consumidor.
@Lauro César, então voce deu o exemplo que o thiago falou. O android é otimo pq vc pode customizar, mas isso é otimo para voce q gosta disso, mas para 95% das pessoas não é pq elas queriam q a samsung continuasse a dar suporte e tratar bem seu antigo aparelho. O que o thiago falou e eu tambem, é isso, se vc quer ter o android “tinindo” vc tem por q a mão na massa, a fabricante ta poco se lixando pra voce. Não que voce se importe mas 95% das pessoas sim.
@Guilherme, entendi bem o que vc disse e não concordo que se “eu quiser o android tinindo tenho que por a mão na massa”. Ele já estava muito bom em meu Smartphone, eu apenas quis dar um upgrade “desautorizado” nele hehe. Quanto ao respeito (ou cuidado com os) aos usuários que apple tem, concordo contigo, mas isso não é culpa do Android ou da Google (acho que não) é culpa de quem fabrica o hardware e depois não o atualiza (na maioria das vezes para vender outro com a última versão) e nisso acho que também o Google está mexendo: com uma empresa que produz os dois (SO e equipamento) ela pode “forçar” as outras empresas a fazer como ela: manter os equipamentos atualizados por mais tempo (foi/é assim com os Nexus e Nexus-S).
Foi divulgado que a Google irá manter rédea curta com os fabricantes, exigindo atualização do Android por um certo período de tempo.
@Guilherm_, “95% das pessoas querem o sistema atualizado”!!! De que planeta vc vêm? O que mais se vê em todo lugar são windows desatualizados (se está funcionando por que mexer??? :) e em SO de telefone, que é coisa para ligar e usar, duvido que seja diferente. Cade a pesquisa dizendo isso?
Acho que vc têm que separar, ao menos, a opinião de público geek dos que não são geeks.
Se é para chutar um percentual eu diria 95% não estão nem aí para atualização, que são os usuários ditos comuns. Os 5% dos que querem, são formados majoritariamente por geeks.
@Tiago e @Marcos
Concordo em gênero, número e grau.
Tem gente aqui que parece não ter dormido bem esta noite passada e acabou elogiando a tranca da Apple e incentivando que a Amazon faça o mesmo.
E olhe que é gente que diz defender o open source/software livre.
@Xinuo, foi um chute os 95% fiz pelo q vejo de meus amigos e familiares ;P
mas então, eu faço parte dos 95% assim como amigos e familiares q tem iphone aguardam a atualização e atualizam, outros não atualizam o android e ficam brabos quando algo nao funciona por ter android velho, ou alguma modificação porca na UI do smartphone e tem medo de mudar pq eles nao entendem ou nao quer perder a garantia. Sério, tem um na facul q fica sem usar o wifi pq tem q instalar um app q eu passei pra ele pra conseguir se autenticar, mas tem q fazer root, então tem medo, e fica puto com essa “falta de liberdade,” segundo ele. Enquanto isso outros com iphone acessam livremente a wifi, sacanagem não? No meu famingerado n95 eu tinha q selecionar um certificado e só, e a culpa é dos fabricantes, deles nao do android.
@Tiago, pra começar não tem comparação o preço de uma BMW e Ferrari com um tablet ou celular. E querer proibir alguém de instalar um software ou atualizar o SO de seu aparelho é o mesmo que você precisar trocar a BMW se furar um pneu, porque “quem tem BMW não quer saber como trocar o pneu, quer apenas usar. Se precisou mudar, que compre outro”.
Por fim, a Apple proibe que você instale qualquer aplicativo não é porque está preocupada com experiência de uso ou o rendimento da bateria, não sejamos ingênuos. Ela está preocupada é de controlar os lucros com a plataforma, qualquer coisa na loja dela você tem de ceder 30% do seu faturamento, por que iria permitir que outros usassem por fora?